O artigo aborda leitura, formação de leitores e democratização da leitura. Tem como objetivo refletir sobre a necessária democratização do acesso à leitura, a partir da experiência do Projeto Geladeiroteca, à luz de fundamentos teóricos construídos em diálogo com os autores: Castrillón, Freire, Petit, Rouxel, Soares, Zilberman, entre outros. Relata uma iniciativa de estudantes da UFMA, campus de Imperatriz-MA, que buscam uma forma criativa de incentivar a leitura na universidade. O projeto nasce numa disciplina ministrada no curso de Ciências Contábeis, com orientação da Profª Celnia Teresinha Bastos, e ganha adesão de estudantes de outros cursos, como Matheus, do curso de Pedagogia. A ideia era criar uma estratégia de compartilhar livros e incentivar a leitura no ambiente acadêmico. Uma geladeira usada, encontrada por um aluno de Contábeis, transforma-se em cenário: a Geladeiroteca. Os estudantes tornam-se protagonistas. Foram utilizadas entrevistas semiestruturadas para colher informações junto à coordenadora do projeto original, professora Celnia, Matheus que se tornou divulgador do projeto e três estudantes que utilizam os livros da Geladeiroteca: uma estudante de Pedagogia e dois estudantes de LCH. Enfim, não basta saber ler, no sentido da ação formal de decodificar a escrita, é preciso tornar-se leitor, como alguém capaz de dialogar com o texto, com o mundo, com a realidade para, a partir dela e com ela, buscar alternativas de transformação.