The interaction between society and technology in the context of mediated ambience, enhanced by processes and tools such as Big Data and Internet of Things are the basis of scientific advances that are gradually transforming our daily lives. With the Big Data phenomenon we are able to capture a massive quantity of data, creating endless possibilities of connections and control. The Internet of Things, in turn, is related to embedded devices networks that communicate with each other in an automated way to help make our lives more efficient and more vulnerable too. In the era of pervasive computing and datafication, any attempt to safeguard our data seems insufficient. So, this study presents a reflection on the existing oppositeness between the ideas of freedom as an essential attribute for online information sharing and the sovereignty imposed by the data control, besides we also examine the implications of this surveillance on the user autonomy. To understand the links between the mediations, the network and the members of this interconnected system, we adopted the Actor-Network Theory (LATOUR, 2012). This theory of social also inserts itself as the methodology, laying the foundations for guiding this study. Another important point is to understand the conceptual differences between surveillance, control and monitoring (LEMOS, 2009). The work, divided into two parts and their respective chapters, also includes the analysis of some attempts of resistance to this control imposed on members of the interconnected public sphere, and it points out the paradoxes concerning, particularly, to anonymity, one of the main forms of opposition to the monitoring state established in the net. Since we are in the middle of a still in progress process, accurate and airtight conclusions are not possible. However, if we are not able to set limits to the new digital society, then we run a risk of seeing vital rights, essential to the proper functioning of society, wrecked in the name of innovation and convenience. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES A interação entre sociedade e tecnologia presente no contexto da midiatização, potencializada por processos e ferramentas como o Big Data e a Internet das Coisas são a base de avanços científicos que vêm, paulatinamente, transformando o nosso cotidiano. Com o fenômeno do Big Data capta-se uma torrente de dados, gerando infinitas possibilidades de conexões e controle. A Internet das Coisas, por sua vez, está relacionada às redes de dispositivos embarcados que se comunicam uns com os outros de forma automatizada para ajudar a tornar nossas vidas mais eficientes, porém mais vulneráveis. Na era da computação pervasiva e da dataficação, qualquer tentativa de salvaguardar nossos dados parece insuficiente. Assim, este estudo traz uma reflexão sobre o oposicionismo entre as ideias de liberdade como atributo essencial para o compartilhamento de informações online e a soberania conquistada através do controle dos dados, além de examinar as implicações da vigilância sobre a autonomia do usuário. Para compreender os vínculos entre as mediações, a rede e os integrantes desse sistema interconectado, adotamos a Teoria Ator-Rede (LATOUR, 2012). Essa teoria do social insere-se também como metodologia, lançando os princípios norteadores para elaboração da pesquisa. Outro ponto relevante é a compreensão das diferenças conceituais entre as ações de vigilância, controle e monitoramento (LEMOS, 2009). O trabalho, dividido em duas partes e seus respectivos capítulos, conta ainda com a análise de algumas tentativas de resistência ao controle imposto aos integrantes da esfera pública interconectada, e com apontamentos às antinomias referentes, em específico, ao anonimato, uma das principais formas de oposição ao monitoramento instaurado na rede. Por estarmos diante de um processo em franco desenvolvimento, conclusões exatas e certeiras não são possíveis. Todavia, se não formos, desde já, capazes de estabelecer limites para essa nova sociedade digital, então correremos o risco de vermos naufragar direitos vitais para o bom funcionamento da sociedade em prol da inovação e da conveniência.