Objetivo: Comparar a ablação com isolamento das veias pulmonares por cateter com o sistema PVAC Gold de segunda geração com o tratamento clínico em pacientes idosos ( 65 anos) com fibrilação atrial (FA) paroxística sintomática sem cardiopatia estrutural. Métodos: Estudo prospectivo, randomizado, com inclusão consecutiva de pacientes com FA paroxística, com idade 65 anos, divididos em 2 grupos: (1) o grupo de ablação com cateter PVAC Gold e (2) o grupo de tratamento clínico com drogas antiarrítmicas. Os desfechos primários foram recorrências de FA, progressão para formas de FA persistentes e mudanças na qualidade de vida por meio do escore de qualidade de vida da FA (QVFA). Resultados: Um total de 60 pacientes foram incluídos com a idade média de 72 ± 4,9 anos, sendo 53,3% do sexo feminino. Em um seguimento mediano de 719 dias, a análise global combinada mostrou que não houve diferença estatística na recorrência de FA (80,0% vs. 64,3%, p = 0,119). Um paciente do grupo PVAC (3,3%) e cinco (16,7%) pacientes do grupo DAA evoluíram para FA persistente (Razão de verosemelhança p = 0,073) ao final do seguimento. Ambas as estratégias apresentaram melhora semelhante no escore de qualidade de vida ao longo do seguimento (p < 0,01), não sendo observada diferença entre os grupos. No entanto, a maioria dos pacientes submetidos à ablação por cateter permaneceu sem droga antiarrítmica em comparação ao grupo clínico, (20% vs. 80%, p < 0,001). Oito pacientes (26,6%) do grupo ablação apresentaram lesões cerebrais agudas assintomáticas após o procedimento na avaliação pela ressonância magnética, exceto um paciente com hemiparesia transitória, sem sequelas ou impacto na avaliação pelo Mini Exame do Estado Mental (MEEM) ao longo de um ano. Conclusões: A ablação por cateter com PVAC Gold em pacientes idosos (65 anos) apresentou taxas de recorrência semelhantes em comparação ao tratamento ix clínico, com uso de menos drogas antiarrítmicas após dois anos de seguimento, sem diferença nos escores de qualidade de vida. Apesar da alta taxa de lesões isquêmicas na RNM após a ablação, não foram observadas alterações na avaliação cognitiva pelo MEEM e nenhum paciente apresentou sequela aparente ou permanente Objective: To compare pulmonary vein isolation with the second-generation PVAC Gold system with clinical treatment in elderly patients ( 65 years) with symptomatic paroxysmal atrial fibrillation (AF) without structural heart disease. Methods: Prospective, randomized study, with consecutive inclusion of patients with paroxysmal AF, aged 65 years, divided into 2 groups: (1) the PVAC Gold catheter ablation group and (2) the clinical treatment group with antiarrhythmic drugs . Primary outcomes were AF recurrences, progression to persistent forms of AF, and changes in quality of life through the AF Quality of Life Score (QVFA). Results: A total of 60 patients were included with a mean age of 72 ± 4.9 years, of which 53.3% were female. At a median follow-up of 719 days, global pooled analysis showed no statistical difference in AF recurrence (80.0% vs. 64.3%, p = 0.119). One patient in the PVAC group (3.3%) and five (16.7%) patients in the AAD group progressed to persistent AF (Likewise ratio p = 0.073) at the end of follow-up. Both strategies showed a similar improvement in the quality of life score throughout the follow-up period (p < 0.01), with no difference being observed between the groups. However, most patients undergoing catheter ablation remained off antiarrhythmic drug compared to the clinical group (20% vs. 80%, p < 0.001). Eight patients (26.6%) in the ablation group had asymptomatic acute brain injuries after the procedure in the MRI assessment, except for one patient with transient hemiparesis, without sequelae or impact on the Mini Mental State Examination (MMSE) assessment throughout one year. Conclusions: Catheter ablation with PVAC Gold in elderly patients ( 65 years) had similar recurrence rates compared to medical treatment, with less antiarrhythmic drug use after two years of follow-up, with no difference in quality of life scores. Despite the high rate of ischemic lesions on MRI after ablation, no changes were observed in the cognitive assessment by the MMSE and no patient had apparent or permanent sequelae