Dissertação de Mestrado Integrado em Medicina Veterinária, na área científica de Clínica O sinus dermoide é uma malformação congénita, que surge devido a uma falha no encerramento do tubo neural, resultando numa separação incompleta dos elementos ectodérmicos dos dérmicos durante a embriogénese. Assim, existem seis tipos descritos de sinus dermoide, sendo o tipo VI o mais grave. Com base na localização anatómica, os tipos de sinus dermoide também podem ser classificados em: a (se se situam na linha média dorsal), b (os que se situam na região da cabeça, exceto no nariz) e c (os da região do nariz). A raça Leão da Rodésia tem predisposição genética para esta malformação, contudo pode surgir em outras raças. É raramente documentada em gatos, ainda que, na amostragem, o gato birmanês esteja sobre representado. Espinha bífida oculta, sinónimo de disrafia espinal fechada, é uma malformação congénita em que o tecido nervoso não se encontra protegido pela coluna vertebral, mas não está em contacto com o meio ambiente, uma vez que está coberto pela pele. É, muitas vezes, um achado imagiológico acidental que não inflige sinais clínicos ao animal. O caso clínico descrito nesta dissertação, é uma raridade. Trata-se de uma paciente, Leão da Rodésia, diagnosticada com sinus dermoide tipo VI, um trato fistuloso que se prolonga por uma banda fibrosa até à dura-máter, que também tinha espinha bífida. O sinus localizava-se na região sagrada, comunicando com a medula espinal ao nível da segunda vértebra sagrada. A paciente apresentava dor e inflamação na região, contudo não apresentava sinais neurológicos. O animal foi submetido a exames de imagiologia avançados, como Tomografia Computorizada e Ressonância Magnética para delinear o planeamento cirúrgico de excisão do sinus. As margens de excisão cirúrgica do sinus foram limpas, minimizando a probabilidade de recidiva da malformação. Para além da remoção do trato sinuoso, foi realizada uma laminectomia dorsal na segunda vértebra sagrada. A paciente, 9 meses após a cirurgia, encontra-se bem, tendo recuperado toda a sua vivacidade e qualidade de vida, sem sinais de recidiva ABSTRACT - DERMOID SINUS TYPE VI ASSOCIATED WITH SPINA BIFIDA IN A RHODESIAN RIDGEBACK - The dermoid sinus is a congenital malformation, which occurs due to a failure of neural tube closure. It results in an incomplete separation of the ectodermal from the dermal elements during embryogenesis. Thus, there are six described types of dermoid sinus, with type VI being the most severe. Based on the anatomical location the types of sinus dermoid can also be classified into: a (if situated in the dorsal midline), b (those in the head region, except for the nose) and c (those in the nose region). The Rhodesian Ridgeback breed, has a genetic predisposition for this malformation, but it may occur in other breeds. It is rarely documented in cats, however the Burmese cat is over represented. Spina bifida occulta, synonymous with closed spinal dysraphia, is a congenital malformation in which the nerve tissue is not protected by the spinal column, but is not in contact with the environment, since it is covered by the skin. It is often an accidental imaging finding that does not inflict clinical signs to the animal. The clinical case described in this dissertation is a rarity. It is a patient, Rhodesian Ridgeback, diagnosed with type VI dermoid sinus, a fistulous tract extending through a fibrous band to the dura mater, which also had spina bifida. The sinus was located in the sacral region, communicating with the spinal cord at the level of the second sacral vertebra. The patient was in pain and presented inflammation in the region, however no neurological signs were present. The animal underwent advanced imaging examinations such as Computed Tomography and Magnetic Resonance Imaging to delineate the surgical planning for sinus excision. The margins of surgical excision of the sinus were clean, minimising the probability of recurrence of the malformation. In addition to removal of the sinus tract, a dorsal laminectomy was performed on the second sacral vertebra. The patient, 9 months after surgery, is doing well, having recovered all her liveliness and quality of life, with no signs of recurrence. N/A