The work aims to discuss the importance of developing and consolidating Inclusive Cultures in school spaces as a set of values and actions, so that students, with or without disabilities, can be received and treated with equity in their schooling processes. Three visually impaired students and three mathematics teachers from a public school system were interviewed, exploring their perceptions and experiences regarding the adaptation period; to the classroom and other school spaces; working conditions, as well as aspects involving the teaching and learning of mathematics. The results, discussed in the light of Content Analysis, point to a school reality in which students had adaptation problems in the first few months, difficulties in establishing bonds and their participation classes were often limited to the role of listeners. In addition, there were teaching activities taking place outside the regular classroom and the lack of opportunities for teachers to be prepared for the challenges of diversity, which compromises the development of inclusive values and cultures, pillars that support policies and practices. Such values, already provided in legal recommendations of recent years, must be discussed and developed intentionally and collectively, aiming at the minimization or elimination of attitudinal, communicational, architectural and pedagogical barriers, under the risk of returning to the principles of integration, a period already surpassed by Brazilian education, at least in theory. El trabajo tiene como objetivo discutir la importancia de desarrollar y consolidar Culturas Inclusivas en los espacios escolares como un conjunto de valores y acciones, para que los estudiantes, con o sin discapacidades, pueden ser recibidas y tratadas con equidad en sus procesos de escolarización. Se entrevistó a tres estudiantes con discapacidad visual y tres profesores de matemáticas de un sistema escolar público, en busca de sus percepciones y experiencias sobre el período de adaptación; al aula y otros espacios escolares; condiciones de trabajo, así como aspectos relacionados con la enseñanza y el aprendizaje de las matemáticas. Los resultados, discutidos a la luz del Análisis de Contenidos, apuntan a una realidad escolar en la que los estudiantes tuvieron problemas de adaptación en los primeros meses, dificultades para establecer vínculos y el rol de los oyentes en las clases. Además, hubo actividades docentes que se desarrollaron fuera del aula regular y la falta de oportunidades para que los docentes estén preparados para los desafíos de la diversidad, que compromete el desarrollo de valores y culturas inclusivas, pilares que sustentan políticas y prácticas. Dichos valores, ya previstos en las recomendaciones legales de los últimos años, deben ser discutidos y desarrollados de manera intencional y colectiva, con el objetivo de minimizar o eliminar las barreras actitudinales, comunicacionales, arquitectónicas y pedagógicas, bajo el riesgo de volver a los principios de integración, un período ya superado por la educación brasileña, al menos en teoría. O trabalho tem por finalidade discutir a importância do desenvolvimento e da consolidação de Culturas Inclusivas nos espaços escolares como um conjunto de valores e ações, para que estudantes, com ou sem deficiência, possam ser acolhidos e tratados com equidade em seus processos de escolarização. Foram entrevistados três estudantes com deficiência visual e três professores de matemática de uma rede pública de ensino, em busca de suas percepções e experiências no que se refere ao período de adaptação à sala de aula e aos demais espaços escolares, às condições de trabalho, bem como aos aspectos que envolvem o ensino e a aprendizagem de matemática. Os resultados, discutidos à luz da análise de conteúdo, apontam para uma realidade escolar em que os alunos tiveram problemas de adaptação nos primeiros meses, dificuldades em estabelecer vínculos, e suas participações nas aulas, muitas vezes, se limitaram ao papel de ouvintes. Além disso, observaram-se atividades de ensino acontecendo fora da sala regular e a falta de oportunidades aos professores para que pudessem estar preparados para os desafios da diversidade, o que compromete o desenvolvimento de valores e culturas inclusiva, pilares de sustentação das políticas e das práticas. Tais valores, já previstos nas recomendações legais dos últimos anos, devem ser discutidos e desenvolvidos de forma intencional e coletiva, visando a minimização ou eliminação de barreiras atitudinais, comunicacionais, arquitetônicas e pedagógicas, sob o risco de retornarmos aos princípios da integração, período já superado pela educação brasileira, ao menos na teoria.