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O objetivo deste ensaio teórico consistiu em evidenciar um conjunto de argumentações que subsidiassem as reflexões sobre os (não) usos das tecnologias digitais na Educação Física escolar. Nos inspiramos fundamentalmente no campo da Mídia-Educação e em pensamentos da Escola de Frankfurt, que balizaram os olhares sobre as tecnologias na escola e na Educação Física. É possível vislumbrar a Mídia-Educação como abordagem privilegiada para o trato com o conteúdo midiático relacionado à cultura corporal. Finalmente, ressalta-se o papel necessário e urgente da Educação Física escolar em criar espaços de reflexão sobre os conteúdos midiáticos, tornando os estudantes conscientes das concepções distorcidas ou empobrecidas sobre a cultura corporal.

Este trabalho busca analisar as relações entre a Educação Física Escolar e a Educação de Jovens e Adultos (EJA) presentes nas produções acadêmicas do CBCE – Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte, entidade científica que congrega pesquisas em Educação Física no Brasil desde 1978. Foram analisadas as produções publicadas no interior do Grupo de Trabalho Temático Educação Física/Escola (GTT Escola), apresentadas nos congressos da entidade no período de 2007 a 2015. Tais análises buscaram identificar as diversas concepções de Educação Física e de EJA, bem como os olhares que as referidas produções lançaram sobre os sujeitos e seus processos de escolarização. Ao final, este estudo problematiza impasses e perspectivas acerca das relações entre Educação Física Escolar e Educação de Jovens e Adultos, sugerindo pautas de pesquisa e intervenção que articulem este componente curricular a esta modalidade de educação.

Este trabalho é uma síntese de Tese de Doutorado, defendida junto a Faculdade de Educação da UFMG em 2011, e aborda a experiência formativa dos deslocamentos urbanos de trabalhadores pela Região Metropolitana de Belo Horizonte. Como pressuposto fundamental deste estudo defende-se a idéia de que os deslocamentos urbanos não são apenas um hiato ou um simples ato funcional, mas constituem processos de subjetivação e experiência das pessoas que se deslocam pela cidade. Neste sentido, tomo como conceitos fundamentais para a realização da investigação as idéias propostas por Walter Benjamin de Experiência (Erfahrüng) e Vivência (Erlebnis) para compreender a construção de sensibilidades nas tramas da cidade. Conceito de Experiência que, por sua vez, mantém vínculo indissociável com as narrativas produzidas pelos sujeitos pesquisados. O material empírico constituiu-se de três tipos diferentes de fontes. A primeira delas trata-se da observação participante dos deslocamentos de quatro trabalhadores residentes na cidade de Belo Horizonte (mais particularmente na região do Barreiro), com ênfase no ato de caminhar e nos usos cotidianos do transporte coletivo. O segundo conjunto de fontes de análise tratou de dois suportes letrados presentes nos ônibus que circulam pela cidade de Belo Horizonte: o “Jornal do Ônibus” e os “Quadros de Horários”, entendidos neste estudo como portadores de representações acerca de como os usuários de ônibus se apropriam da cidade. A terceira parte do material empírico foi composta de entrevistas semi-estruturadas, nas quais se buscou elementos da história de vida dos sujeitos, suas relações com a cidade de Belo Horizonte ao longo dos tempos e suas percepções acerca do cotidiano do deslocar-se pela cidade. De posse destas fontes, a experiência do deslocar-se pela cidade foi analisada a partir dos seguintes eixos: as relações que sujeitos estabelecem com os múltiplos tempos da cidade; os usos e percepções do espaço do ônibus; as relações que os sujeitos estabelecem com os estranhos que se apresentam nas viagens; o lugar do corpo e das sensibilidades nos deslocamentos. As experiências dos trabalhadores pesquisados suscitaram um conjunto de pautas de reflexão e ação. Entre elas, destaco a necessidade de se tratar a temática da velocidade como questão pública junto aos processos sociais; o questionamento dos critérios de funcionalidade que orientam o provimento do transporte público em Belo Horizonte; e principalmente, uma necessária abertura para a dimensão estética dos deslocamentos urbanos, condição fundamental para a construção de uma cultura pública de encontros que materialize o Direito à Cidade aos seus habitantes.

The present work aims to inquire the construction of scientific knowledge in the motor learning area. A necessary historical retrospective on this study field considers the epistemology of Francis Bacon, Karl Popper, Paul Feyerabend and Thomas Kuhn. Bacon and Popper’s conceptions show to be inadequate to explain the scientific progress of motor learning. Feyerabend’s ideas are also inadequate as they lack coherency, even though in some aspects they are adequate. The Kuhnian approach, however, seems more satisfactory, particularly with regard to the notion of “crisis of paradigm” between the ecological approach and the information-processing approach. A critique is offered from human and social sciences perspective. This leads us to reflect on the possible growth of a new paradigm and consider scientific practice as a social practice. O presente trabalho busca levantar reflexões sobre a construção do conhecimento científico em aprendizagem motora. Para isso fez-se uma retrospectiva histórica do campo de estudo, submetida aos olhares da epistemologia fornecidos por Francis Bacon, Karl Popper, Paul Feyerabend e Thomas Kuhn. Quanto a Bacon e Popper, suas concepções se mostraram inadequadas para explicar o progresso científico na aprendizagem motora. Em relação a Feyerabend, a revisão não foi conclusiva quanto a sua efetividade, apesar de confirmar alguns aspectos. Já a abordagem Kuhniana se mostrou como a mais satisfatória, apontando uma possível “crise de paradigmas” entre a abordagem ecológica e a abordagem de processamento de informações. Verificou-se também uma crítica emergente das ciências humanas e sociais às duas abordagens, o que nos leva a refletir sobre o possível surgimento de um novo paradigma, como também apontar considerações sobre a prática científica enquanto prática social.

O presente estudo buscou compreender como se manifestam as corporeidades dos educandos da EJA frente às suas experiências e memórias, bem como identificar qual o lugar e o sentido das práticas corporais no processo de formação humana desses sujeitos. Como opção metodológica, o estudo se pautou na produção de uma pesquisa qualitativa, tendo como base as narrativas compartilhadas. Para tanto, o estudo contou com a participação de três estudantes da Educação de Jovens e Adultos, sendo duas mulheres e um homem, com idades variadas entre 30 e 57 anos, que foram entrevistados por meio de ligações telefônicas e vídeo chamadas. A metodologia em questão foi realizada no período de isolamento social causado pela pandemia de Covid-19, instaurada entre o fim do ano de 2019 e todo o ano de 2020/2021. Para o desenvolvimento dessa temática, tomou-se o cuidado de assumir como interlocutores autores como Henri Bergson, Maurice Halbwachs, Michael Pollak, Walter Benjamin e Merleau-Ponty, que vão tratar das questões envolvendo memória, experiência e corporeidade que, ao longo do texto, vão dar vida ao que denominei como tríade para a formação humana, a qual estaria a interconexão existente entre memória-experiência-corporeidade. Amparado pelas narrativas dos sujeitos pesquisados, o texto vai se costurar, inicialmente, por reflexões pessoais e problematizações, que consequentemente vão dar voz aos sujeitos e possibilitar a construção das categorias empíricas deste estudo, quais sejam: A vida e seus deslocamentos, Mundo do trabalho e Sentidos da escolarização. Estas, por sua vez, vão estabelecer diálogo com o reconhecimento das manifestações corporais diante das experiências narradas. Assim, o trabalho aponta para a importância do direito e desenvolvimento de trabalhos com as práticas corporais na educação de jovens e adultos. Por fim, o trabalho esboça por meio das realidades analisadas uma Unidade Didática, que apresenta possíveis formas de dialogar com as práticas corporais, repensando a prática docente nessa modalidade da Educação Básica. The present study sought to understand how the corporeities of the students of the EJA are manifested in their experiences and memories, as well as to identify the place and meaning of body practices in the process of human formation of these subjects. As a methodological option, the study was based on the production of a qualitative research, based on shared narratives. To this end, the study included the participation of three students of Youth and Adult Education, two women and one man, aged between 30 and 57 years, who were interviewed through telephone call sand video calls. The methodology in question was formed by the period of social isolation caused by the Covid-19 pandemic established between the end of 2019and the whole of 2020/ 2021. For the development of this theme, we were careful on taking as interlocutors’ authors such as Henri Bergson, Maurice Halbwachs, Michael Pollak, Walter Benjamin and Merleau-Ponty, who will treat each one in their own way, d the issues involving memory, experience, and corporeity, which to the text goes to the life to what I called atriad for human formation, where would be the interconnection between memory-and experience-corporeity. Based on the narrative of the subjects surveyed, the text will initially be based on personal reflections and problematizations, which will consequently give voice to the subjects and enable the construction of the empirical categories of this study, which are: Life and its displacements, World of Work and Meanings of Schooling. These, in turn, will establish dialogue with the recognition of the bodily manifestations in the face of the narrated experiences. Thus, the work points to the importance of the right and development of work with body practices in the education of young people and students. Finally, the work out lines through the realities analyzed by a Didactic Unit, which presents possible ways of dialoguing with body practices rethinking the teaching practice in this modality of Basic Education.

CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior Neste trabalho apresento resultados de uma pesquisa onde o objetivo foi descrever e analisar as experiências de professores de Educação Física com os Jogos Escolares de Minas Gerais - JEMG. Esta pesquisa teve caráter qualitativo, buscando compreender os significados dos jogos escolares e do fenômeno esportivo atribuídos pelos professores, sujeitos da pesquisa. Para tanto, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com oito professores de EF, das diversas redes de ensino. Como metodologia para analisar os dados utilizou-se como inspiração a análise de conteúdo, através de técnicas de pré-análise, exploração do material e tratamento dos resultados. O JEMG é uma ação do Governo de Minas Gerais, realizado por duas secretarias, a SEDESE (Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social) e a SEE (Secretaria de Estado de Educação) cuja a execução do evento é feita pela FEEMG. Encontramos contradições entre os objetivos declarados do evento e suas ações e características. O discurso afirma que a competição é uma ferramenta pedagógica, que auxilia na construção da cidadania, de forma educativa e democrática, onde busca-se a sociabilidade e a integração. No entanto, suas ações buscam o desenvolvimento de uma competição esportiva com características do esporte de alto rendimento. Tal evento ocorre sob condições precárias para o desenvolvimento desta política pública: condições de trabalho, materiais e infraestrutura e relações didático-pedagógicas, consistindo em um “fomento precarizado” do esporte enquanto direito social. Buscamos uma articulação entre as minhas experiências docentes e as experiências dos professores, entendendo os docentes entrevistados como “sujeitos territórios", onde coisas lhes acontecem. Constatamos uma diversidade de experiências nas infâncias, adolescências, tendo como pano de fundo suas relações com o esporte e aulas de EF. Percebemos entre os professores diferentes e conflituosas visões sobre o esporte, as práticas pedagógicas e o JEMG. Suas formações e experiências, da infância aos dias atuais, influenciaram/influenciam estas relações, apresentando diferentes práticas, pensamentos, objetivos, experiências e motivos da participação ou não neste evento. Tais diferenças estão presentes nas narrativas dos professores quando vislumbram mudanças e sonhos para os jogos escolares. Se por um lado surgiram ideias pontuais em relação à organização, condições de participação e formas de disputa, por outro lado, vislumbraram e sonharam festivais esportivos que permitiriam um maior acesso aos estudantes. Chamamos de “inéditos viáveis” as sínteses provisórias deste trabalho. O primeiro inédito viável seria sonhar com práticas pedagógicas e realização dos jogos sob condições menos precarizadas. Além disso, foram apontadas como possibilidades a problematização junto aos estudantes de questões relacionadas à própria competição, à seletividade, meritocracia, assim como as características do esporte moderno. Vislumbra-se a possibilidade de adesão ao evento como uma forma de resistência e luta política. O outro inédito viável seria construir em nosso campo de atuação profissional espaços de diálogo com os professores com o objetivo de refletir e organizar eventos esportivos escolares a partir de outros princípios, objetivos e formas. O processo de construção do evento se torna tão importante quanto o próprio evento pois pode permitir que os seus atores debatam, reflitam e sejam autores de suas próprias práticas, numa perspectiva de gestão democrática do esporte nas escolas enquanto direito social. In this work, I present results of research where the objective was to describe and analyze the experiences of Physical Education teachers with the School Games of Minas Gerais - JEMG. This research had a qualitative character, seeking to understand the meanings of school games and the sports phenomenon attributed by the teachers, subjects of the research. To this end, semi-structured interviews were conducted with eight PE teachers, from different teaching networks. As a methodology to analyze the data, content analysis was used as inspiration, through pre-analysis techniques, material exploration, and treatment of results. The JEMG is an action of the Government of Minas Gerais, carried out by two secretariats, SEDESE (Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social) and SEE (Secretaria de Estado de Educação) whose execution of the event is done by FEEMG. We found contradictions between the stated objectives of the event and its actions and characteristics. The speech states that competition is a pedagogical tool, which helps in the construction of citizenship, in an educational and democratic way, where sociability and integration are sought. However, its actions seek to develop a sports competition with the characteristics of high-performance sport. Such an event occurs under precarious conditions for the development of this public policy: working conditions, materials and infrastructure, and didactic-pedagogical relations, consisting of a “precarious promotion” of sport as a social right. We seek an articulation between my teaching experiences and the experiences of teachers, understanding the teachers interviewed as “territorial subjects”, where things happen to them. We perceive between teachers differents and conflicting views about sport, pedagogical practices, and the JEMG. Their backgrounds and experiences, from childhood to the present day, have influenced/influence these relationships, presenting different practices, thoughts, objectives, experiences, and reasons for participating or not in this event. Such differences are present in the teachers' narratives when they see changes and dreams for school games. If, on the one hand, specific ideas regarding the organization, conditions of participation, and forms of dispute arose, on the other hand, they envisioned and dreamed of sporting festivals that would allow greater access to students. We call the provisional summaries of this work “viable unpublished”. The first viable first would be to dream about pedagogical practices and to play games under less precarious conditions. In addition, the problematization among students of issues related to competition, selectivity, meritocracy, as well as the characteristics of the modern sport was identified as possibilities. The other viable first would be to build spaces of dialogue with teachers in our field of professional activity in order to reflect and organize school sports events based on other principles, objectives, and forms. The process of building the event becomes as important as the event itself because it can allow its actors to debate, reflect and be authors of their own practices, in a perspective of democratic management of sport in schools as a social right.

CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior Tendo em vista a presença tão marcante dos celulares smartphones no contexto da escola básica, este trabalho teve como objetivo investigar como o celular, do ponto de vista do ensino e aprendizagem pode ser utilizado no contexto das aulas de Educação Física Escolar. A partir do objetivo central do estudo, deriváramos seguintes objetivos específicos: Mapear os diferentes usos e relações entre os estudantes desta pesquisa e seus celulares smartphones; Identificar os usos do celular por discentes no contexto pessoal, escolar e, da Educação Física escolar; Analisar com os estudantes dos anos finais do ensino fundamental, os possíveis usos do celular enquanto ferramenta de ensino e aprendizagem no contexto da Educação Física Escolar. Este estudo justifica-se por compreendermos o quanto o conteúdo midiático é responsável pelas representações sociais construídas por jovens em idade escolar e por haver atualmente grande dificuldade na Educação Básica, particularmente nos anos finais do ensino fundamental, em materializar uma proposta crítico-reflexiva sobre esta temática. Para tal, desenvolvemos uma investigação de abordagem qualitativa, envolvendo diversos instrumentos e técnicas de pesquisa. Inicialmente, realizamos um mapeamento exploratório a partir da aplicação de questionários aos alunos do oitavo e nono anos, com idade entre treze e dezessete anos. Durante nossa permanência no campo empírico, o diário de campo foi o instrumento privilegiado no sentido de registrar fatos, impressões e quaisquer outros aspectos que pudessem compor uma imagem reflexiva mais apropriada do fenômeno estudado. A partir dos dados dos questionários, foi elaborado um roteiro de entrevista que permitiu aprofundamento daquela realidade. Por fim, nos valemos adicionalmente das imagens feitas no campo empírico por concordamos com Dussel e Gutierrez quando as autoras afirmam ser este um importante instrumento para a investigação educativa. Neste percurso, a fundamentação teórica se ancorou nos estudos sobre mídia-educação e na teoria crítica, a partir das pesquisas de Fantin (2006, 2012), Fantin e Rivoltella (2012), Belloni (2009), Martín-Barbero (2014), Zuin, Pucci e Lastória (2015), Turcke (2010) e Pucci (2016), apoiando-nos na discussão sobre o (não)lugar das tecnologias na educação e sobre a mídia-educação no contexto da Educação Física escolar. Dentre algumas considerações deste estudo, podemos destacar: a televisão e a internet, através do smartphone são os dois principais canais midiáticos destes jovens, ponto de acesso para um sem número de riscos e possibilidades. Os principais usos deste dispositivo entre esses estudantes são o acesso às redes sociais e os jogos eletrônicos, realidades ainda não adequadamente problematizadas pela Educação Física. O celular apresenta-se como uma potente aliada para propostas formativas na escola e, particularmente na Educação Física, tendo se mostrado viável para a abordagem do conteúdo voleibol. Percebe-se grande distanciamento entre o que são as tecnologias no âmbito educacional, o que podem e que deveriam ser, espaços que podem ser reduzidos com base na reflexão, ação e atitude política e pedagógica. In view of the strong presence of the smartphones in the context of basic school, this study aimed to investigate how the cell phone, from the point of view of teaching and learning can be used in the context of school Physical Education classes. From the central objective of the study, we derive the following specific objectives: Map the different uses and relationships between the students of this research and their smartphones; Identify the uses of cell phones by students in the personal, school and Physical Education context; Analyze with the students of the final years of elementary school, the possible uses of the cell phone as a teaching and learning tool in the context of school Physical Education. This study is justified because we understand how much the media content is responsible for the social representations built by young people of school age and because there is currently great difficulty in basic education, particularly in the final years of elementary school, in materializing a critical-reflective proposal about this thematic. For such, we developed a research with a qualitative approach, involving several instruments and research techniques. Initially, we carried out an exploratory mapping from the application of questionnaires to students of the eighth and ninth grade, aged between 13 and 17 years old. During our stay in the empirical field, the field diary was the privileged instrument in the sense of recording facts, impressions and any other aspects that could compose a more appropriate reflective image of the studied phenomenon. Based on the data from the questionnaires, an interview script was developed that allowed for a deeper understanding of that reality. Finally, in addition, we used the images made in the empirical field for agreeing with Dussel and Gutierrez when the authors claim that this is an important tool for educational research. Along this path, the theoretical foundation was anchored in studies on media education and critical theory, based on research by Fantin (2006, 2012), Fantin and Rivoltella (2012), Belloni (2009), Martín-Barbero (2014), Zuin, Pucci and Lastória (2015), Turcke (2010) and Pucci (2016), supporting us in the discussion about the (non) place of technologies in education and about media-education in the context of school Physical Education. Among some of the considerations of this study, we can highlight: television and the internet, through the smartphone are the two main media channels of these young people, access point for a numberless of risks and possibilities. The main uses of this device among these students are access to social networks and electronic games, realities not yet properly discussed by the Physical Education. The cell phone presents itself as a powerful ally for formative proposals at school and, particularly in Physical Education, having proved to be viable for the approach of volleyball content. There is a great gap between what technologies are in the educational field, what they can and should be, spaces that can be reduced based on reflection, action and political and pedagogical attitude.

O motivo de realização desta pesquisa foi minha preocupação frente à segregação de certos grupos - neste recorte, pessoas com deficiência - nas aulas de Educação Física, ocasionando na não-participação nas aulas, ou numa participação falsa, onde esses sujeitos estão na aula, mas não participam efetivamente. Vou à campo para pensar, a partir de debates, dinâmicas e relatos, as aulas de Educação Física na escola com o objetivo de construir coletivamente (professora/aluno/pesquisador), um recurso pedagógico que dê suporte para que sejamos capazes de vivenciar práticas que promovam a inclusão nas aulas. Em diálogo com os autores, disserto sobre como diferentes maneiras de participar podem enriquecer as aulas de Educação Física. Essa discussão abrange reflexões entre as noções de normalidade, os instrumentos legais que respaldam a participação de todos nas aulas de Educação Física e como o entendimento da função desta área de conhecimento na escola impacta em práticas inclusivas ou excludentes. Para minha intervenção em campo, me inspiro na ferramenta de pesquisa social Pesquisa-ação. Ao utilizar algumas estratégias desta ferramenta, convido professores e alunos para pensar na inclusão de maneira conjunta e correspondente às suas realidades. Por fim, trago uma discussão dedicada à construção do recurso pedagógico fruto dessa pesquisa, bem como as mudanças ocorridas ao longo da minha intervenção na Escola. O resultado do desenvolvimento deste trabalho se configura como um livro- objeto interativo denominado Fazer e Conhecer: a Educação Física nas Diferenças, que pode ser usado tanto por professores quanto por alunos, e vem em forma de um convite para o despertar do olhar sensível e receptivo para a diversidade de corpos, habilidades, potencialidades e possibilidades de participação nas aulas de Educação Física. Este trabalho tem a intenção de desconstruir a ideia de que nas aulas de Educação Física há apenas uma maneira de participar, e que ela está exclusivamente ligada à retórica corporal – corpos perfeitos e hábeis - perspectiva essa que acaba por excluir e segregar sujeitos que não se encaixam nessas expectativas. The reason for carrying out this research was my concern about the segragation of people whith desabilities at Physical Education classes, leading to they’re poor participatin, when they are in the class but not being included, or non participation at all. I then go to the field to comprehend, based on debates, dynamics and research notes how can we (researcher, teacher and students) can evolve a pedagogical resource that support us at being inclusive by promoting pratices and experiences of inclusion at Physical Education Classes. Dialoguing with the authors, I discuss how different ways of participating can enchance Physical Education Classes. This discussion also brings recletions between notions of normality, legal instruments that support the participation of everyone in class and how the unterstending and expertise at those knowledge areas are important to engage at inclusive pratices to being able to promote inclusion at school. For the field intervention, I was inspired by the social research tool called Pesquisa-ação and, using some of this tools strategies, I ivited teachers and students to think about inclusion at their realities. Finally, I pressent my way into constructing the pedagogical resource, result of this research, as well as the changes ocurred during my intervantions at the school. The resource is an interactive object-book called Fazer e Conhecer: a Educação Física nas Diferenças, wich can be used by both teachers and students and comes in the form of an invitation to being receptive to the diversity of bodies, abilities, potentialities and possibilities of participate at Physical Education classes. This work intends to deconstruct the idea that in Physical Educatio classes, there in only one way to participate and that it is exclusively attached to have a perfect, or able or skillful body, once that idea ends up excluding and segregating those who do not fit these expectations.