Submitted by Cristiane Chim (cristiane.chim@ucpel.edu.br) on 2020-08-03T11:29:38Z No. of bitstreams: 1 Jessica Trettim.pdf: 2786719 bytes, checksum: 4c4862269b08a060085f017643974ef5 (MD5) Made available in DSpace on 2020-08-03T11:29:38Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Jessica Trettim.pdf: 2786719 bytes, checksum: 4c4862269b08a060085f017643974ef5 (MD5) Previous issue date: 2019-03-22 The pregnancy-puerperal cycle involves from emotional to physiological changes that may be risk factors for the development of psychiatric symptoms, including suicidal ideation and suicidal behavior. Cohort studies with mothers-children dyads provide several findings that may result in strategies for prevention and health promotion for families. Some maternal characteristics can influence the child's development of children. Therefore, studies on the influence of maternal mental disorders on child development are important to the main risks and losses caused by this relationship. Thus, this thesis aims to verify the prevalence and factors associated with suicidal ideation in pregnancy, as well as the incidence of suicidal behavior in this period and the influence of the suicide risk and maternal depression on child development. The paper 1 was composed of pregnant women with up to 24 weeks of pregnancy in a cohort of the city of Pelotas/RS. The second paper consisted of children between 24 and 36 months of age and their mothers, who were followed up since pregnancy. The suicide risk (characterized by suicidal ideation and behavior) and maternal depression were assessed by the Mini International Neuropsychiatric Interview Plus, and child development was assessed through the Bayley Scales of Infant and Toddler Development III in domains: language, cognitive, motor, socioemotional, and adaptive behavior. The data analysis was performed in the SPSS 21.0 program, with the appropriate statistical tests for each study objective. In the first paper, 973 pregnant women completed the diagnostic interview for the assessment of psychiatric symptoms, totaling 9.6% (n=93) women with current suicidal ideation. Pregnant women with a previous history of suicidal behavior were four times more likely to present current suicidal ideation (95% CI 2.1, 7.4). In addition, 1.3% (n=13) of the pregnant women reported a suicide attempt in the last month, and of these, 11 had a history of suicidal behavior. The results indicate that despite the presence of suicidal ideation in pregnancy, this period was associated with a low prevalence and incidence of suicide attempts, which could be considered as a protective factor for further attempts. In the second paper, after adjusting for confounding factors, the suicide risk and maternal depression remained associated with a worse socioemotional development of the child (p=0.044). Therefore, it is suggested that the public health system can invest in strategies of interventions aimed at maternal mental health, from gestation to the period of child development, promoting a better quality of life and mental health for mothers and a child healthier for your children. O ciclo gravídico-puerperal envolve uma série de alterações emocionais e fisiológicas que podem atuar como fatores de risco para o desenvolvimento de sintomas psiquiátricos, incluindo ideação e comportamento suicida. Estudos de acompanhamento de díades mãe-bebê possibilitam uma série de descobertas que podem resultar em estratégias de prevenção e promoção de saúde para as famílias. Sabe-se que algumas características maternas podem influenciar no desenvolvimento infantil dos filhos. Diante disso, estudos sobre a influência dos transtornos mentais maternos no desenvolvimento infantil tornam-se essenciais, a fim de esclarecer os principais riscos e prejuízos que isso pode ocasionar. Dessa forma, esta tese tem por objetivo geral verificar a prevalência e os fatores associados à ideação suicida durante a gestação, bem como a incidência de comportamento suicida nesse período e a influência do risco de suicídio e da depressão materna no desenvolvimento infantil. O artigo 1 foi composto por gestantes com até 24 semanas de gestação participantes de uma coorte da cidade de Pelotas/RS. Já o artigo 2 foi composto por crianças de 24 a 36 meses e suas mães, acompanhadas desde a gestação na adolescência. O risco de suicídio (caracterizado por ideias e comportamentos suicidas) e a depressão materna foram avaliados através dos módulos correspondentes da Mini Internacional Neuropsychiatric Interview Plus, e o desenvolvimento infantil através das escalas Bayley Scale of Infant and Toddler Development III em seus domínios: linguagem, cognitivo, motor, socioemocional e comportamento adaptativo. Os dados foram analisados no programa SPSS 21.0, com os testes estatísticos apropriados para cada objetivo do estudo. No primeiro artigo, 973 gestantes completaram a entrevista diagnóstica para avaliação de sintomas psiquiátricos, totalizando 9,6% mulheres com ideação suicida atual. As gestantes com história prévia de comportamento suicida tiveram uma probabilidade quatro vezes maior de apresentarem ideação suicida atual (IC95% 2,1; 7,4) quando comparadas às gestantes sem histórico de tentativa se suicídio. Além disso, 1,3% (n=13) das gestantes relataram tentativa de suicídio no último mês, e destas, 11 tinham histórico de comportamento suicida ao longo da vida. Os resultados indicam que, apesar da presença de ideação suicida na gestação, este período foi associado a uma baixa prevalência e incidência de tentativas de suicídio, podendo a gravidez ser considerada como um fator de proteção para novas tentativas. No segundo artigo, após ajuste para os fatores de confusão, o risco de suicídio e a depressão materna permaneceram associados a um pior desenvolvimento socioemocional da criança (p=0,044). Diante disso, sugere-se que o sistema público de saúde possa investir em estratégias de intervenções voltadas à saúde mental materna, desde a gestação até o período da primeira infância, promovendo uma melhor qualidade de vida e saúde mental para as mães e um desenvolvimento mais saudável para seus filhos.