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As doenças cardiovasculares são as principais causas de morte em todo o mundo e a obesidade, bem como a diabetes mellitus tipo 2 emergem como epidemia global. A prevenção é a base para a abordagem das doenças cardiovasculares para se reverter esse panorama sombrio e a conscientização por meio da informação pode aumentar a adesão da população em geral às mudanças nos hábitos de vida que são fundamentais nesse contexto. As informações obtidas em um atendimento básico como anamnese compacta e objetiva, aferição da pressão arterial e avaliação de glicemia capilar, como parâmetro para orientações individualizadas, associados a palestras educativas com linguagem acessível, podem ajudar a romper a barreira entre o conhecimento científico e a população. O envolvimento pleno do acadêmico da área de saúde nesse processo de transmissão de conhecimento, sob a coordenação de um professor e pesquisador, permite a conexão plena entre a pesquisa, o ensino e a extensão. Sob esses fundamentos, foi criado o projeto de extensão sob o título: prevenção primária e secundária de doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2 como o objetivo de levar o conhecimento científico com linguagem apropriada para a população, tendo como um dos principais veículos o acadêmico da área de saúde.

O diabetes mellitus (DM) afeta cerca de 13 milhões de brasileiros e juntamente com outras doenças crônicas não transmissíveis é a quarta maior causa de mortes no mundo. Os objetivos deste trabalho são esclarecer a população sobre os fatores de risco para DM, esclarecer sobre o potencial deletério dessa doença e promover a saúde incentivando adoção de hábitos de vida saudáveis, aproveitando a alusão ao Dia Mundial do Diabetes. Foram conduzidas anamneses dirigidas, avaliação de medidas antropométricas, aferição de pressão arterial e glicemia capilar. Na sequência, foram realizadas palestras dirigidas à população para disseminar informações de maneira acessível sobre os fatores de risco e formas de prevenção de DM e doenças cardiovasculares (DCV), visto que a presença de DM aumenta em 3 a 4 vezes o risco de DCV devido principalmente a hiperglicemia e a resistência insulínica. As palestras abordaram temas como hábitos de vida mais saudáveis, alimentação e exercício físico. Foram atendidos 36 pacientes, dos quais 55,55% eram homens, 33,35% eram diabéticos confirmados, 35,4% apresentaram glicemia ≥100 mg/dl durante o evento, mas não possuíam diagnóstico de DM e 80% apresentavam sobrepeso ou obesidade. Os fatores de risco mais prevalentes foram a alimentação hiperglicêmica e a história familiar positiva para DM, ambas relatadas por 41,66% dos pacientes. O menos prevalente foi o tabagismo, identificado em 19,44% dos pacientes. Foram feitas orientações caso-a-caso, além de esclarecimento de dúvidas durante o evento.

A doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) é altamente prevalente na população adulta de países desenvolvidos e tem sido relacionada significativamente com o aumento da mortalidade por doenças cardiovasculares. A importância da pesquisa básica impõe a necessidade de modelos experimentais adequados e vários modelos tem sido propostos para a DHGNA, porém, não há modelo estabelecido como padrão até o momento. Desenvolver um modelo experimental de DHGNA em rato Wistar. Foram utilizados 16 ratos wistar, divididos em 4 grupos: grupo controle basal (CB), grupo controle normal (GN), grupo colesterol (GC) e grupo dieta hiperlipídica (DH). O grupo GN foi alimentado com ração padrão Nuvilar®, o grupo GC com ração colesterol a 3% e o grupo DH com ração hiperlipídica. Excetuando o grupo CB que foi sacrificado na linha de base, os outros foram submetidos à eutanásia na 8ª e 12ª semana. A avaliação realizada sob os critérios do sistema de escore para a análise histológica da DHGNA não mostrou alterações que caracterizam o desenvolvimento da doença em nenhum animal utilizado nessa proposta de modelo experimental. Conclusão: Nenhum dos grupos desenvolveu DHGNA. O período do estudo foi possivelmente insuficiente para indução de DHGNA em ratos Wistar por meio das composições dietéticas utilizadas.

A hipertensão arterial sistêmica é uma das doenças cardiovasculares mais prevalentes e gera grande impacto na saúde pública global. O evento do “Dia Mundial da Hipertensão: 1ª edição”, teve como objetivo o estímulo à adoção de hábitos de vida saudáveis, através de informações que facilitam a compreensão básica da hipertensão arterial sistêmica, de seus riscos, de sua relação com os hábitos de vida, bem como dos claros benefícios da adoção de hábitos saudáveis. Após o primeiro dia do evento, avaliando os dados obtidos, observou-se que 71,4% das pessoas eram portadoras de sobrepeso ou obesas e 32,1% tinham algum grau de hipertensão. Tais achados são semelhantes aos reportados em estudos populacionais nacionais e de outros países, e reforçam a necessidade de intervenção em nossa população para reduzir complicações cardiovasculares. Esse foi o primeiro evento extensionista da Liga de prevenção de diabetes e doenças cardiovasculares, cujo molde servirá para eventos futuros.

Postpartum infections are a significant cause of prolonged hospitalization and maternal morbidity and mortality, with cesarean delivery being one of the main risk factors. This is a retrospective cross-sectional study, in which the medical records of patients affected with postpartum infection in the years 2019 to 2021 at the Hospital Universitário Regional Wallace Thadeu de Mello e Silva / Hospital Universitário Materno Infantil in Ponta Grossa were evaluated. During this period, 9097 obstetric procedures were performed, and 58 cases of obstetric infections were recorded, resulting in a rate of 0.63%, going from a rate of 1.5% (45 notifications) in 2019 to 0.27% (8) in 2020 and 0.15% (5) in 2021. The rate of healthcare-associated infections in cesarean sections was 1.78%, and showed a decrease, being 5.26% in 2019 and falling to 0.63% in 2020 and 0.27% in 2021, while the rate in vaginal delivery remained similar in the three years studied (0.11% in 2019 and 0.12% in 2020 and 2021). Among these, 79.31% were wound infections, while 12.06% were endometritis infections. It is concluded that performing cesarean sections predisposes to a higher risk of postpartum infection, especially if performed after the onset of labor. Moreover, there was a progressive increase in the cesarean rate over the years studied, reaching 40.85% in 2021, considerably higher than that recommended by the World Health Organization. Las infecciones posparto son una causa importante de hospitalización prolongada y de morbilidad y mortalidad materna, siendo el parto por cesárea uno de los principales factores de riesgo. Se trata de un estudio transversal retrospectivo, en el que se evaluaron las historias clínicas de las pacientes afectadas con infección posparto en los años 2019 a 2021 en el Hospital Universitário Regional Wallace Thadeu de Mello e Silva / Hospital Universitario Materno Infantil en Ponta Grossa. En este periodo se han realizado 9097 procedimientos obstétricos y se han registrado 58 casos de infecciones obstétricas, lo que supone una tasa del 0,63%, pasando de una tasa del 1,5% (45 notificaciones) en 2019 al 0,27% (8) en 2020 y al 0,15% (5) en 2021. La tasa de infecciones relacionadas con la asistencia sanitaria en las cesáreas fue del 1,78%, y mostró un descenso, siendo del 5,26% en 2019 bajando al 0,63% en 2020 y al 0,27% en 2021, mientras que la tasa en el parto vaginal se mantuvo similar en los tres años estudiados (0,11% en 2019 y 0,12% en 2020 y en 2021). Entre ellas, el 79,31% fueron infecciones del sitio quirúrgico, mientras que el 12,06% se debieron a endometritis. Se concluye que la realización de cesáreas predispone a un mayor riesgo de infección posparto, especialmente si se realiza tras el inicio del parto. Además, se produjo un aumento progresivo de la tasa de cesáreas a lo largo de los años estudiados, hasta alcanzar el 40,85% en 2021, muy por encima de lo recomendado por la Organización Mundial de la Salud. As infecções pós-parto são importantes causa de hospitalização prolongada e de morbimortalidade materna, sendo o parto cesáreo um dos principais fatores de risco. Esse é um estudo transversal retrospectivo, em que foram avaliados os prontuários das pacientes acometidas com infecção pós-parto nos anos de 2019 a 2021 no Hospital Universitário Regional Wallace Thadeu de Mello e Silva / Hospital Universitário Materno Infantil em Ponta Grossa. Nesse período, foram realizados 9097 procedimentos obstétricos e registrados 58 casos de infecções obstétricas, resultando em uma taxa de 0,63%, indo de uma taxa de 1,5% (45 notificações) em 2019 para 0,27% (8) em 2020 e de 0,15% (5) em 2021. A taxa de infecções relacionadas à assistência à saúde em cesáreas foi de 1,78%, e apresentou queda, sendo de 5,26% em 2019 caindo para 0,63% em 2020 e 0,27% em 2021, enquanto a taxa em parto vaginal se manteve semelhante nos três anos estudados (0,11% em 2019 e de 0,12% em 2020 e em 2021). Dentre essas, 79,31% foram infecções de sítio cirúrgico, enquanto 12,06% por endometrite. Conclui-se que a realização de cesáreas predispõe maior risco de infecção pós-parto, especialmente se realizadas após o início do trabalho de parto. Além disso, houve aumento progressivo na taxa de cesáreas ao longo dos anos estudados, chegando a 40,85% em 2021, consideravelmente acima do preconizado pela Organização Mundial da Saúde.

Introdução: A acondroplasia, o tipo mais comum de nanismo, é uma displasia óssea que afeta 1 para cada 15000 a 40000 nascidos vivos, caracterizada por uma mutação no gene do fator de crescimento de fibroblastos (FGFR3). Esse trabalho tem como objetivo evidenciar as alterações ósseas presentes na acondroplasia e os possíveis achados radiológicos. Métodos: Revisão narrativa de literatura realizada de abril a junho de 2019, selecionando 41 artigos das bases de dados Scielo, Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e Pubmed. Também foram consultados 5 livros. Resultados: Inúmeras alterações ósseas foram encontradas nos indivíduos acondroplásicos. Foram observados no crânio: diminuição do diâmetro do forame magno, desproporção entre viscerocrânio e neurocrânio, dentição apinhada, prognatismo mandibular, ponte nasal deprimida, osso frontal proeminente e hipoplasia central da face. Na coluna, os pedículos vertebrais são mais curtos, ocorre estenose do canal vertebral, cifose lombar, hiperlordose e escoliose. A pelve apresenta espinhas isquiáticas pequenas e deprimidas, extremidades do ílio arredondadas, fossa ilíaca em formato quadrado e teto acetabular horizontal. O sacro é estreito e horizontalizado. Nos membros, destaca-se o encurtamento rizomélico e as proeminências dos acidentes ósseos. Ocorre supercrescimento fibular, com angulação anterior tibial, incapacidade de eversão do pé e Genu Varum. No membro superior, a cabeça radial é achatada, limitando a movimentação do cotovelo. As mãos são em tridente, com falanges proximais curtas e deformidades metacarpais. A caixa torácica é pequena, porém ampla, com costelas curtas, de extremidades anteriores alargadas. Discussão: As modificações mencionadas corroboram os achados clínicos e radiológicos no diagnóstico por meio de ultrassonografias a partir da vigésima semana gestacional e por radiografias após o nascimento. Conclusão: Das alterações descritas, destacam-se as do crânio, coluna vertebral, pelve, membros e tórax. Ainda há a necessidade de estudos mais completos sobre o tema.

Objective: The aim was to analyze the results of studies about the prevalence of Staphylococcus aureus and methicillin-resistant S. aureus among medical students. Methodology: A literature review was carried out from August to November 2020, being selected 19 articles from the Pubmed and “Biblioteca Virtual de Saúde” databases, using the descriptors “Methicillin-Resistant Staphylococcus aureus” and “Students, Medical”. Studies from the last 10 years that target medical students and samples collected by nasal swab were included. Results: Several studies have confirmed the hypothesis that, as students advanced in the academic years and, consequently, raised their exposure to hospital environments, colonization by methicillin-sensitive and resistant Staphylococcus aureus increased. However, some studies were divergent, not finding significant values ​​for this association. The prevalences found also varied according to the place and country surveyed. Conclusion: In general, the greater the exposure to hospital environments, the higher the rate of colonization of students by methicillin-resistant Staphylococcus aureus and Staphylococcus aureus. Objetivo: Analizar los resultados de los estudios sobre la prevalencia de Staphylococcus aureus y Staphylococcus aureus resistente a la meticilina entre los estudiantes de medicina. Metodología: Se realizó una revisión bibliográfica, de agosto a noviembre de 2020, con la selección de 19 artículos de las bases de datos Pubmed y Biblioteca Virtual de Salud (BVS), utilizando los descriptores "Methicillin-Resistant Staphylococcus aureus" y "Students, Medical". Se incluyeron los artículos de los últimos 10 años que tenían como población objetivo a los estudiantes de medicina y a las muestras recogidas mediante hisopo nasal. Resultados: Varios estudios han apoyado la hipótesis de que, a medida que los estudiantes avanzaban en sus estudios de medicina y, en consecuencia, ampliaban su exposición a entornos hospitalarios, aumentaba la colonización por Staphylococcus aureus sensible a la meticilina y resistente a la meticilina. Sin embargo, algunos estudios que difieren de los anteriores no encontraron valores significativos para esta asociación. La prevalencia encontrada también varió según el lugar y el país encuestado. Conclusión: En general, cuanto mayor era la exposición al entorno hospitalario, mayor era la tasa de colonización de los estudiantes por Staphylococcus aureus resistente a la meticilina y Staphylococcus aureus. Objetivo: Analisar resultados de estudos com relação à prevalência de Staphylococcus aureus e Staphylococcus aureus meticilino-resistente entre os estudantes de medicina. Metodologia: Foi realizada uma revisão de literatura, de agosto a novembro de 2020, com a seleção de 19 artigos das bases de dados Pubmed e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), através dos descritores “Methicillin-Resistant Staphylococcus aureus” e “Students, Medical”. Foram incluídos trabalhos dos últimos 10 anos que tivessem como população alvo estudantes de medicina e amostras coletadas por swab nasal. Resultados: Vários estudos comprovaram a hipótese de que, conforme os estudantes avançaram nos anos do curso e, consequentemente, ampliaram sua exposição a ambientes hospitalares, a colonização por Staphylococcus aureus sensível e resistente à meticilina aumentou. Entretanto, algumas pesquisas que divergem das primeiras, não encontraram valores significativos para essa associação. As prevalências encontradas variaram, também, conforme o local e país pesquisado. Conclusão: De modo geral, quanto maior foi a exposição a ambientes hospitalares, maior foi a taxa de colonização dos alunos por Staphylococcus aureus meticilino-resistente e Staphylococcus aureus.