Made available in DSpace on 2014-08-20T14:37:54Z (GMT). No. of bitstreams: 1 dissertacao_cintia_lidiane_guidoti_aguiar_cunha.pdf: 517290 bytes, checksum: 54cdb2ba4dc72f12759c702f6b1b7cda (MD5) Previous issue date: 2013-07-31 Neospora caninum is an obligate intracellular protozoan, causes neosporosis and resembles formation by Toxoplasma gondii tissue cysts in their hosts. Humans are not considered intermediate hosts for N. caninum, but its zoonotic potential is questionable, because of the close phylogenetic relationship with T. gondii and the report of a study, which fetuses of nonhuman primates, Rhesus, (Macaca mulatta) infected artificially with lesions similar to those caused by congenital toxoplasmosis. The present study aimed to verify the occurrence of antibodies to N. caninum in humans and its possible association with HIV infection and other risk factors. The presence of antibodies to N. caninum was determined from a sample of 156 HIV-positive patients and 100 HIV-negative individuals of Pelotas, Rio Grande do Sul, Brazil, through the reaction of Indirect Immunofluorescence Assay (IFA), with initial dilution of 1:25. Antibody titers found by IFA ranged between 25 and 800. Samples of 256 human sera analyzed, 47 (18.3%) were positive for N. caninum. Since antibodies to this protozoan were found in 36 HIV-positive patients (23.1%) and in 11 HIV-negative individuals (11%). Multivariate analysis showed that HIV-positive patients who have CD4+ T-lymphocyte count ≤ 350 cells/mm3 have 2.4 times more likely to be seropositive for N. caninum. HIV-negative individuals who have seropositivity for T. gondii have 4.71 times more likely to have antibodies to the agent studied. The results indicate the exposure of humans to N. caninum, with higher prevalence in immunocompromised individuals. Neospora caninum é um protozoário intracelular obrigatório, causador da neosporose e assemelha-se a Toxoplasma gondii pela formação de cistos teciduais em seus hospedeiros. Os humanos não são considerados hospedeiros intermediários para N. caninum, mas seu potencial zoonótico é discutível, em virtude da proximidade filogenética com T. gondii e do relato de um estudo, onde fetos de primatas não humanos, Rhesus, (Macaca mulatta) infectados artificialmente, apresentaram lesões semelhantes às causadas por toxoplasmose congênita. O presente estudo teve por objetivo verificar a ocorrência de anticorpos para N. caninum em humanos e sua possível associação com a infecção por HIV e outros fatores de risco. A ocorrência de anticorpos para N. caninum foi determinada a partir de uma amostra de 156 pacientes HIV-positivos e 100 de indivíduos HIV-negativos do município de Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil, por meio da Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI), com a diluição inicial de 1:25. Os títulos de anticorpos encontrados através da RIFI variaram entre 25 e 800. Das 256 amostras de soros humanos analisadas, 47 (18,3%) foram positivas para N. caninum. Sendo que anticorpos para esse coccídio foram encontrados em 36 pacientes HIV-positivos (23,1%) e em 11 indivíduos HIV-negativos (11%). A análise multivariada demonstrou que pacientes HIV-positivos que possuem contagem de linfócitos T-CD4+ ≤ 350 células/mm3 possuem 2,4 vezes mais chances de serem soropositivos para N. caninum. Indivíduos HIV-negativos que apresentam soropositividade para T. gondii possuem 4,71 vezes mais chances de apresentarem anticorpos para o agente estudado. Os resultados obtidos indicam a exposição de seres humanos a N. caninum, com prevalência mais elevada em indivíduos imunocomprometidos.