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Os saberes populares das espécies, assim como seu meio geográfico em que elas vivem e sua importância medicinal, econômica e social é de grande relevância científica, para a mudança de atitude e prática humanas, contribuindo desta forma, para a conservação e propagação das espécies, nas suas ações diárias. Assim, o estudo etnobotânico ajuda a conhecer melhor a interação do homem com a natureza. Diante disso, realizou-se um levantamento etnobotânico na comunidade Cristolândia, Humaitá – AM a fim de verificar as espécies vegetais da família Lamiaceae usadas como medicinais. Aplicou-se a entrevista com perguntas semiestruturadas, com os colaboradores na coleta de dados. De acordo com o estudo realizado, foram citadas 15 espécies de plantas medicinais pertencentes à família Lamiaceae, sendo elas: Rosmarinus officinalis L., Ocimum selloi Benth, Plectranthus barbatus (Andrews) Benth, Leonotis nepetifolia L., Mentha villosa L., Leonurus sibiricus L., Plectranthus amboinicus (Lour.) Spreng., Melissa officinalis L., Aeollanthus suaveolens Mart. Ex Spreng., Mentha arvensis (L.), Ocimum americanum L., Ocimum campechianum Mill., Plectranthus ornatus Codd, Pogostemon patchouly Pellet. e Scutellaria agrestis A. St.-Hil. ex Benth. A população apresenta multiplicidade de culturas e vários conhecimentos de uso e aproveitamento de plantas medicinais.

O estudo da etnobotânica busca conhecer as relações e interações que o homem possui sobre o uso das plantas. É por meio dela que se conhece o perfil de uma determinada comunidade, bem como seus costumes e peculiaridades. O presente estudo teve como objetivo realizar um levantamento etnobotânico das plantas medicinais pertencentes à família Fabaceae utilizadas pelos moradores da comunidade Cristolândia, Humaitá-AM. Buscando conhecer mais sobre os conhecimentos tradicionais das espécies, bem como sua flora, importância medicinal, econômica e social, permitindo assim uma melhor investigação e registro dos hábitos e usos diários dessas espécies pelos moradores. Fazem parte da família Fabaceae, dez espécies: Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville, Amburana cearensis (Allemão) A.C. Smith, Copaifera langsdorffii Desf., Senna occidentalis(L.) Link, Cajanus cajan, Inga edulis Mart., Hymenaea courbarilL., Caesalpinia ferrea Mart., Bauhinia forficata Link., Pterodon emarginatus Vogel. As partes das plantas mais citadas pelos moradores foram, as folhas (36%), em seguida as sementes (29%), cascas (21%) e frutos (14%), sendo o chá a forma de preparo mais utilizado e indicado para o tratamento de gripes, inflamações pelo corpo, infecções, pressão alta, diabetes entre outras. Conclui-se que este estudo se fez necessário, pois contribui no resgate cultural, social e econômico desses povos, além de servir como base para futuros estudos etnobotânicos.