In the present work, there is a concern to address a very peculiar characteristic of contemporary literary texts: a narrative motivated by memory. This mechanism works, in the tales A velha da sacola and Uma fantasia para Sofia - both present in the collection Fissuras (2018), by Henriette Effenberger –, as a reminder of problems related to patriarchy, with the consequence of a break in the hegemonic construction of female roles by protagonists. To support our discussion, we used, primarily, the books Tempo passado: cultura da memória e guinada subjetiva (2007), by Beatriz Sarlo, and Memória e identidade (2012), by Joël Candau, as well as other theoretical reflections related to the subject. En el presente trabajo, existe la preocupación de abordar una característica muy peculiar de ciertos textos literarios contemporáneos: la narrativa movida por la memoria. Tal mecanismo funciona, en los cuentos “A velha da sacola” y “Uma fantasia para Sofia” – presentes en la antología Fissuras (2018), de Henriette Effenberger –, como recuerdo de los problemas relacionados con el patriarcado, y también presentando como consecuencia la ruptura de la construcción hegemónica de los papeles femeninos ejercidos por las protagonistas. Para sustentar nuestra discusión, utilizamos fundamentalmente los libros Tempo passado: cultura da memória e guinada subjetiva (2007), de Beatriz Sarlo, y Memória e identidade (2012), de Joël Candau, así como otras reflexiones teóricas acerca del tema. No presente trabalho, existe a preocupação de abordar uma característica bastante peculiar de determinados textos literários contemporâneos: a narrativa motivada pela memória. Tal mecanismo funciona, nos contos A velha da sacola e Uma fantasia para Sofia – ambos presentes na coletânea Fissuras (2018), de Henriette Effenberger –, como a rememoração de problemas relacionados ao patriarcado, tendo como consequência a quebra da construção hegemônica dos papeis femininos exercidos pelas protagonistas. Para embasar nossa discussão, utilizamos, primordialmente, os livros Tempo passado: cultura da memória e guinada subjetiva (2007), de Beatriz Sarlo, e Memória e identidade (2012), de Joël Candau, bem como outras reflexões teóricas relacionadas ao assunto.