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The Paleoproterozoic orogenies are among the most significant crustal growth events recorded in Western Gondwana, as depicted by their strong detrital zircon signature into the Gondwanan and peri-Gondwanan sediments. Indeed, the Neoproterozoic–Cambrian sediments of peri-Gondwanan terranes, particularly those in Iberia, Meguma, Avalonia, and Ganderia, display distinctive 2.2–1.8 Ga zircon distributions. In the Iberian Massif, the Galicia-Trás-os-Montes (upper allochthonous) and Ossa-Morena zones present distinctive 1.95–1.9 and 2.1–2.05 Ga peaks, whereas West Asturian-Leonese and Cantabrian zones show a prominent ~2.0 Ga peak. The Centro-Iberian Zone also has a curve centred at 2.0 Ga but of greater wavelength. In contrast, the Avalonian and Ganderia sediments show multiple peaks between ~1.6 and ~2.1 Ga, whereas Meguma has a distinctive ~2.05 Ga peak. These unique distributions are most likely paleogeographic indicators of the diachronic Paleoproterozoic orogenic events from the western blocks (Amazonian Craton) to the eastern blocks (Sahara Metacraton) of Gondwana. Indeed, in the Amazonian and the North African Precambrian regions, the magmatic-metamorphic Paleoproterozoic events are mainly constrained to: (1) ~2.0–1.6 Ga in the western Amazonian provinces, (2) ~2.2–2.0 Ga in the Transamazonian province, (3) ~2.2–2.0 Ga in the West African Craton, (4) ~2.1–1.9 Ga in the Trans-Sahara Belt, and (5) ~2.0 Ga in the Sahara Metacraton. Furthermore, North African sedimentary rocks show peaks within 2.1–2.05 Ga in the western block, while eastern blocks show peaks within 2.1–1.9 Ga, which are generally congruent with adjacent cratonic orogenic events. Indeed: (1) Anti-Atlas Tonian-middle Cambrian sedimentary rocks show prominent 2.1–2.05 Ga peaks, coincident with the 2.1–2.05 Ga event in West African Craton, (2) Trans-Sahara Belt Ordovician sedimentary rocks display ~1.75, ~1.9 and ~2.1 Ga peaks congruent with the ~1.9 Ga event present in the basement inlier of this belt, and (3) Sahara Metacraton Tonian sedimentary rocks present a ~2.0 Ga peak consistent with the main 2.0 Ga event in this metacraton. However, Sahara Metacraton Cambrian rocks show 1.85 and 2.05 Ga peaks, most likely suggesting provenance from Trans-Sahara Belt or that these orogenic events have not yet been adequately identified in this metacraton. The 2.2–1.8 Ga zircon distribution is, in some cases, a distinctive feature throughout the Palaeozoic. For example, the middle-upper Devonian sediments of the Iberian Pyrite Belt display a prominent ~2.1 Ga peak, similar to the West African Craton, Anti-Atlas and Meguma, which do not occur in any of the other Iberian zones

Publisher Copyright: © M. Chichorro, A.R. Solá, T.M. Bento dos Santos, J. Lains Amaral, L. Crispim, 2022. This work assessed the age distribution of Cadomian/Pan-African orogenic events (550-590 and 605-790Ma, respectively) in several zones of Iberian Massif by means of detrital and inherited zircon analysis compilation. Detrital zircon age spectra show that throughout the late Neoproterozoic-to-Early Ordovician era (~120Ma sedimentary record), the main systematic peak occurs at ~610Ma, followed by peaks at typical Cadomian ages (~590-550Ma). Inherited zircons incorporated in Cambrian-to-Lower Ordovician igneous rocks show typical Cadomian ages (~590-550Ma) but, once again, a remarkably consistent Pan-African ~610Ma peak occurs. In accordance with compiled zircon data and taking into account the evidence of North African peri-cratonic inliers, Ediacaran (~610Ma) zircons incorporated in Paleozoic magmas provide indirect evidence of Pan-African magmatism, suggesting that these magmas and synorogenic sediments are likely to constitute the cryptic stratigraphic infrastructure of most of the Iberian Massif. The main source of ~610Ma inherited zircons may be the lateral chrono-equivalents of the Saghro and Bou Salda-M`Gouna Groups (Anti-Atlas, Morocco) and/or coeval igneous rocks from West African Craton or Trans-Sahara Belt, emplaced at a stratigraphic level below the late-Ediacaran sediments of the Ossa Morena Zone and the Central Iberian Zone. Assuming that the Iberian crust is a fragment of the Pan-African orogen, a relative paleoposition situated between the West African Craton and the Trans-Saharan Belt during the Late Neoproterozoic is proposed. The closed-system behaviour of Stenian-Tonian detrital zircon ages in the Trans-Sahara Belt suggests that this mega-cordillera acted as a barrier, in paleogeographic terms, to separating the Sahara Metacraton from Iberia. In Iberia, the opening of the system to Stenian-Tonian detrital zircon during the Ordovician indicates that, at that time, the Trans-Saharan Belt had already become a vast peneplain, which favoured a large drainage system with a long-distance transport mechanism that fed the passive continental margins. publishersversion published

Mineralogical Magazine, Vol. 75 (3), 2011, p. 632, Goldschmidt Conference Abstracts

Apresentam-se os resultados provisórios das idades U-Pb de duas amostras das ilhas do grupo das Berlengas. No Farilhão Grande uma amostra de granito de duas micas com silimanite foi recolhida de um complexo metamórfico. Esta amostra ofereceu três fracções de monazite com idade 377+-1 Ma, interpretada como metamórfica, enquanto uma fracção de zircões de concórdia 483 Ma sugeriu uma idade Tremadoc. Esta última fracção é herdada, provavelmente do volumoso magmatismo do Ordovícico Inferior existente na Ibéria. Na Berlenga Grande o granito apresenta fracções de monazite e zircão concordantes de 307,4+-0,8 Ma.

O uso de software capaz de remover a dispersão nas taxas de arrefecimento petrológicas em migmatitos e granulitos da Faixa Ribeira (Brasil) revela padrões de arrefecimento confruentes com resultados termocronológicos baseados na integração de múltiplos sistemas isotópicos; a) os migmatitos arrefecem rapidamente a partir de altas temperaturas, diminuindo as taxas de arrefecimento com o tempo; b) os granulitos experimentaram taxas de arrefecimento baixas e altas temperaturas, seguindo-se um período curto de arrefecimento muito rápido, aumentando as taxas de arrefecimento durante a retrogradação.

Análise estrutural e resultados petrológicos recentes em granulitos da zona central da Faixa Ribeira indicam que a fase de deformaçãoD1 (cavalgamentos de alta temperatura: 245-260º, 55-70º NW) foi simultânea com o pico metamórfico, atingido aos 565-575 Ma, após os episódios colisionais com imbricação de nappes há 630-610 Ma (D0). Os marcadores cinemáticos de D0 e D1 foram abundantemente apagados pela fase de deformação D2. Esta apresentou uma componente cavalgante e, fundamentalmente, de cisalhamento direito (50-65º, 70-85º NW), associada a transpressão direita de longa duração, relacionada com uma prolongada taxa de arrefecimento do orógeno que durou até 480-520 Ma. O evento tectónico D3, frágil e em regime extensional (290-320º=, subvertical), associado a relaxamento térmico e à instalação de granitos tardios na área, foi seguido pelo colapso orogénico, aumentando drasticamente as taxas de arrefecimento há - 470 Ma. Os resultados sugerem que terá ocorrido um período de > 35 Ma de encurtamento ortogonal entre o Cratão de São Francisco e o Cratão do Congo Ocidental, até há 565 Ma, com o desenvolvimento da estrutura em flor D1. Posteriormente, quando as rochas deixaram de suportar encurtamento, o egime transpressivo direito D2 tornou-se predominante, tornando a estrutura em flor assimétrica. O posicionamento específico no interior da estrutura em flor e a existência de uma forte partição da deformação induziu cinemática antitética esquerda em alguns locais, dentro da estrutura predominantemente direita, bem como exumação diferencial: os granulitos na zona central da estrutura foram rapidamente exumados, enquanto nos ramos lateriais a exumação procedeu-se de uma forma mais lenta, resultando em taxas de arrefecimento muito baixas que duraram quase 100 Ma.

O sector São Fidelis - Santo António de Pádua, pertencente à zona central da Faixa Ribeira, é fundamentalmente composto por migmatites, granulitos e blasmilonitos. A aplicação de diferentes metodologias com o objectivo de obetr taxas de arrefecimento baseadas na difusão Fe-Mg entre granada e respectivas inclusões de biotite revelou-se infrutífera. Tal deve-se fundamentalmente a: a) elevada dispersão dos resultados causada pela existência de um sistema aberto; b) estreita variação das temperaturas de fecho do sistema causada por re-homogeneização da granada e altas temperaturas seguida de arrefecimento muito rápido. Os resultados obtidos são fundamentalmente qualitativos, mas estão de acordo com resultados termocronológicos previamente obtidos baseados na integração de múltiplos sistemas isotópicos.