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O câncer de mama (CM) é a principal causa de morte por câncer entre mulheres no Brasil, devido ao diagnóstico tardio. Sendo as principais causas o déficit no rastreio e no acesso ao serviço de saúde. Partindo desse pressuposto, este artigo tem como objetivo avaliar o rastreio do câncer de mama no Brasil, e a correlação com os indicadores socioeconômicos. Trata-se de uma revisão bibliográfica narrativa, o levantamento das publicações científicas foi realizado nas bases de dados: Lilacs, PubMed, Medline e SciELO. Através das pesquisas, verifica-se que o rastreio do CM está muito aquém das metas preconizadas, e sua cobertura ocorre de maneira heterogênea entre as macrorregiões do país. A correlação entre o rastreio e os indicadores socioeconômicos, não possui evidência suficiente, provavelmente, devido aos números pouco expressivos de exames realizados e as limitações dos indicadores, em contraponto com a realidade. Por fim, faz-se necessário que mais estudos sejam realizados a fim de ter melhores evidências quanto ao impacto do rastreio e dos indicadores, na vida das mulheres.

O objetivo do estudo é avaliar a cobertura da mamografia (MMG) de rastreio das macrorregiões do Brasil, e a correlação dos laudos mamográficos com os indicadores socioeconômicos estaduais. Trata-se de um estudo retrospectivo, do tipo ecológico que analisa os laudos das MMG de rastreio no Brasil, de mulheres entre 50 e 69 anos, dos anos de 2013 a 2020. Os dados foram obtidos do Sistema de Informação do Câncer (SISCAN), plataforma DATASUS, e organizados em um banco de dados no programa Excel. Os resultados mostraram uma cobertura nacional de 12,07%, no período estudado, o sul obteve a maior cobertura dentre as macrorregiões, de 17,07%, seguido do nordeste, com 12,56%. O coeficiente de correlação de Pearson entre o percentual de laudos suspeitos de câncer de mama e o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) foi - 0,0349. Como principais conclusões temos que o rastreio está aquém das metas e sua cobertura é desigual entre as macrorregiões. A correlação nula, pode estar relacionada aos números pouco expressivos de exames realizados e as limitações dos indicadores.

The intrauterine device (IUD) is a long-acting reversible contraceptive (LARC) option and has a low cost to the health system. It is an excellent cost-effective strategy for contraception. This study aimed to characterize the epidemiological profile of women who had an IUD inserted, in addition to evaluating the degree of pain during insertion, correlating it with age and obstetric variables. This is a retrospective study with women who inserted an IUD in a reference service in Sergipe between November 2018 and February 2021. Information such as age, number of pregnancies, deliveries and abortions before IUD insertion, pathology or reason for IUD indication, pain scale, hysterometry and wire size after insertion was analyzed. The study included 346 women who inserted copper IUDs and 47 who inserted hormonal IUDs. The mean age of patients was 27.1 years and 33.7 years, mean pain was 4.6 and 5.5 and mean hysterometry was 8.29 and 8.55, respectively. It was noticed that more than 60% of women had at least one pregnancy prior to insertion of the device, in both cases. There was no correlation between pain level and age and parity. Most women who inserted IUDs were in the post-adolescent phase. In addition, most had already had at least one previous pregnancy and experienced moderate pain during IUD insertion. El dispositivo intrauterino (DIU) es una opción anticonceptiva reversible de acción prolongada (LARC) y tiene un bajo costo para el sistema de salud, por lo tanto, es una excelente estrategia costo-efectiva para la anticoncepción. El objetivo fue caracterizar el perfil epidemiológico de las mujeres a las que se les colocó un DIU, además de evaluar el grado de dolor durante la inserción, correlacionándolo con edad y variables obstétricas. Se trata de un estudio retrospectivo con mujeres que se colocaron un DIU en un servicio de referencia en Sergipe entre noviembre de 2018 y febrero de 2021. Se analizó información como edad, número de embarazos, partos y abortos antes de la inserción del DIU, patología o motivo de la indicación del DIU, escala de dolor, histerometría y tamaño del alambre después de la inserción. 346 mujeres se colocaron DIU de cobre y 47 se colocaron DIU hormonales. La edad media de los pacientes fue 27,1 años y 33,7 años, el dolor medio fue 4,6 y 5,5 y la histerometría media fue 8,29 y 8,55, respectivamente. Se notó que más del 60% de las mujeres tenían al menos un embarazo antes de la inserción del dispositivo, en ambos casos. No hubo correlación entre el nivel de dolor y la edad y la paridad. La mayoría de las mujeres que se colocaron DIU estaban en la fase posadolescente. Además, la mayoría ya había tenido al menos un embarazo anterior y experimentaron un dolor moderado durante la inserción del DIU. O dispositivo intrauterino (DIU) é uma opção de contraceptivo reversível de longa duração (LARC) e possuem baixo custo para o sistema de saúde, sendo, portanto, uma ótima estratégia custo-efetiva para anticoncepção. O objetivo foi caracterizar o perfil epidemiológico das mulheres que inseriram DIU, além de avaliar o grau de dor na inserção, correlacionando-o com idade e variáveis obstétricas. Trata-se de um estudo retrospectivo com mulheres que inseriram DIU em um serviço de referência em Sergipe entre novembro de 2018 e fevereiro de 2021. Foram analisadas informações como idade, quantidade de gestações, partos e abortos antes da inserção do DIU, patologia ou motivo da indicação do DIU, escala de dor, histerometria e tamanho do fio após inserção. 346 mulheres inseriram DIU de cobre e 47 inseriram DIU hormonal. A média de idade das pacientes foi de 27,1 anos e 33,7 anos, a média de dor foi 4,6 e 5,5 e a média de histerometria foi de 8,29 e 8,55, respectivamente. Percebeu-se que mais de 60% das mulheres, tinham pelo menos uma gestação anterior à inserção do dispositivo, em ambos os casos. Não existiu correlação entre nível de dor e idade e paridade. A maioria das mulheres que inseriram DIU encontravam-se em fase após adolescência. Além disso, a maior parte já tinha tido pelo menos uma gestação prévia e apresentou dor moderada durante a inserção do DIU.

Hyperreactio luteinalis (HL) is a very rare and benign condition related to pregnancy, in which there is a massive and functional increase in ovaries, occupied by multiple benign theca lutein cysts. It generally does not affect pregnancy course and can be observed and diagnosed incidentally in third trimester. The cysts and, consequently, the ovaries regress spontaneously after delivery due to decrease in hCG. This report describes a case of HL in a 29-year-old primiparous woman with dyspnea, pelvic pain and clinical signs of hyperandrogenism, with the ovaries enlarged on transvaginal ultrasound. The conduct was expectant and, during delivery, a biopsy was performed, which confirmed the diagnosis. The knowledge of benign and self-limited disease defends a conservative treatment and helps in differentiation between HL and other malignant diseases. It is, therefore, essential that obstetricians are familiar with HL to guide the correct management and avoid unnecessary iatrogenic procedures.

Female Dexual Dysfunction (FSD) is a public health problem of high global prevalence, reported by about40% of all women in the world. The climacteric comprises the transition between the reproductive and non reproductive periods of woman’s life, being a biological phase and not a pathological process (BRASIL, 2008). In this phase, women become more vulnerable to sexual dysfunction due to the consequences of hypoestrogenism (Cabral et al., 2012; Cavalcanti et al., 2014; Crowley, 2018). Therefore, it is essential to understand the climacteric and the changes that happen in this period of the woman’s life, including sexual function, since with the increase in life expectancy, there is also an increase in the number of years lived in the climacteric. Objective: verify if there is a difference in the prevalence of sexual dysfunction and in the sexual domain scores according to menopausal status and evaluate which climacteric symptoms are more prevalent in women with sexual dysfunction. Methodology: a cross-sectional study with 84 women between the ages of 18 and 68, sexually active. Age, marital status, education, income, menopausal status and smoking were accessed. The Female Sexual Function Index (FSFI) was applied to the entire sample and theMenopause Rating Scale (MRS) to the postmenopausal women. Pearson’s Chi-Square test was used to evaluate categorical variables, the significance level adopted was 5%, and R Core Team 2018 software was used. Results: the overall prevalence of sexual dysfunction (FSFI ≤ 26,5) was 42.9%. According to the menopausal state, there was no significant difference in the prevalence of sexual dysfunction (37,9 and 53,8%, p = 0,234), but there was a significant difference in the areas of lubrication (5,1 e 3,9 p = 0,003 e D = 0,750) and excitation (3,3 e 2,7 p = 0,006 e D=0,673). In the postmenopausal group, sexual dysfunction was seen in 50% of women with severe climacteric symptoms. Higher frequency of dysfunction was associated with somatovegetative symptoms (92,9%, 50%, p = 0,036) and urogenital symptoms (92,9%, 58,3%, p = 0.018). Conclusions: the prevalence of sexual dysfunction was high, there was no difference in prevalence according to menopausal status and severe climacteric symptoms, particularly somatovegetative and urogenital, were associated with worse sexual function.