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Introdução: O parto distócico é uma condição que impede ou dificulta a parturiente de expulsar de modo eutócico o feto. Nesse sentido, o baixo número de fetos pode diretamente interferir no desenvolvimento fetal como também nos níveis hormonais maternos necessários para o desencadeamento das contrações uterinas, justo porque é sugestivo que um único feto seja incapaz de produzir concentrações de cortisol suficientes. Objetivo: Dessa forma, objetiva-se com essa revisão bibliográfica abordar brevemente possíveis distocias associadas à Síndrome do feto único em pequenos animais. Metodologia: Para isso, foi realizada uma busca de artigos e periódicos em base de dados eletrônicos: Pubmed e Google Acadêmico, utilizando as seguintes palavras chaves: Cesária, Cortisol, Obstetrícia, Parto Distócico, Único Feto. Resultados: Diversos estudos relatam que a Síndrome do feto único pode se manifestar na presença de um ou dois fetos e se associar a alguma distocia, acometida por causa fetal ou materna em combinação ou isolada. Observa-se em caso comumente distocias em razão de: estreitamento da pelvimetria materna, crescimento exacerbado do feto, baixa sinalização de cortisol -hormônio que exerce função estimulante na maturação fetal e de iniciação do trabalho de parto- devido ao pequeno número de concepção uterina, como também, por consequência, distocias causadas por inércia uterina primária completa ou parcial. Na completa, a paciente é enquadrada quando as contrações do miométrio são inexistentes. Já na parcial, as contrações iniciam, mas são insuficientes para a expulsão do feto. As fêmeas caninas e felinas quando acometidas na maioria dos casos de distocia são conduzidas para intervenção cirúrgica como a cesariana, já que a hipóxia durante o parto quando prolongada causa sofrimento fetal. Embora, em algumas situações de hipotonia ou atonia uterina, sem a presença de condições agravantes, o uso de agentes ecbólicos, como a ocitocina exógena, podem ser indicados. Conclusão: Para tanto, pelo desconhecimento da origem da Síndrome do feto único e escassa abordagem na literatura especializada, se conclui que o acompanhamento pré-natal de cadelas e felinas gestantes é imprescindível para detecção precoce de distocias e prover menores riscos de sofrimento materno e fetal.

Introdução: O Brasil possui um dos maiores rebanhos produtores de carne bovina do mundo. E para ocupar essa posição, normas de inspeção regulamentam a manutenção da sanidade dos rebanhos. Na qual, desde 2007, foi instituída a obrigatoriedade da vacinação dos rebanhos contra a Febre Aftosa devido à alta transmissibilidade e resistência do agente. Esta, trata-se de um fármaco liofilizado, onde sua produção é feita a base de óleo mineral, administrado via subcutânea. Quando não aplicada de maneira correta, acarreta no surgimento de abscessos nodulares na região da aplicação. O tratamento depende do grau da lesão, podendo consistir na drenagem, com pulso incisão ou na exérese do abscesso encapsulado. Este procedimento é indicado quando o grau está avançando, e o material fistulado se apresenta de forma mais consistente. Objetivo: O objetivo desse trabalho é relatar um caso no qual foi realizado o procedimento cirúrgico para exérese do nódulo em um bovino adulto. Relato de Caso: Uma fêmea, 4 anos, mestiça, produtora de leite, apresentou um aumento de volume de consistência firme, com formato oval de aproximadamente 7 cm no pescoço, na região que corresponde ao músculo trapézio esquerdo. Discussão: A técnica cirúrgica foi realizada com o animal em decúbito esterno lateral direito, consistiu numa incisão elíptica, com margem circundando o aumento de volume, abrangendo pele e tecido subcutâneo. Parte da estrutura encontrava-se aderida na musculatura, que precisou também ser incidida, após exérese total do nódulo foi realizada a rafia. Conclusão: O procedimento foi rápido e eficaz, o animal não apresentou complicação no pós-operatório e o local da cirurgia ficou imperceptível. A aparição de nódulos após a realização de aplicação de vacinas é bastante frequente nos rebanhos, tornando-se um incômodo estético ao proprietário, já que não interfere na produção nem afeta a saúde desses animais. Tem sido, inclusive, motivo para alguns produtores recusarem a utilização da vacina. É importante orientar sobre a importância da vacinação contra Febre Aftosa, a forma correta de aplicação para evitar o surgimento desses nódulos e a possibilidade de remoção cirúrgica dos nódulos.

Introdução: A Habronemose cutânea, popularmente chamada de ferida de verão, é uma enfermidade de caráter parasitário muito comum em equinos e tem como agente transmissor as moscas domésticas e de estabulo, que depositam seus ovos em feridas abertas e com presença de prurido. Objetivo: O objetivo deste trabalho é apresentar uma revisão de literatura sobre habronemose em equinos. Metodologia: Foi descrita esta revisão de literatura sobre habronemose cutânea em equinos, utilizando materiais disponíveis em sites como; Pubmed, Scielo e Google Acadêmico, a partir de buscas relacionadas a habronema, equino e feridas. Assim, a habronemose ocorre após a contaminação por larvas das moscas infectadas por Habronema spp., que se instalam em lesões de caráter exposto, por isso, é extremamente importante manter o saneamento das instalações e eliminar vetores do ambiente onde os animais se encontram, além de manter tratamentos de feridas e escoriações constantes, para que não haja um possível contágio. Salientando também, que é fundamental tanto para seu controle como tratamento, manter de forma correta e contínua a vermifugação desses animais, para eliminar parasitas viscerais, combatendo contaminações na propriedade. Tendo um cuidado maior em áreas endêmicas e épocas do ano, como o verão, que são mais propicias devido a proliferação das moscas. Resultados: O diagnóstico é baseado nos achados clínicos e quando há identificação das larvas na lesão pelo exame histopatológico, exames de sangue. Conclusão: Na grande maioria dos casos, os tratamentos instituídos são tópicos, com uso de pomadas ou misturas de fármacos que associados aceleram o processo de cicatrização e combatem a manifestação dessas larvas dentro das lesões, além de aplicações sistêmicas de antiparasitário ou de forma cirúrgica, onde pode ser realizada a exérese do tecido.

Introdução: Indigestão vagal (IV) ou síndrome de Hoflund é caracterizada por transtornos de motilidade dos pré-estômagos e abomaso, causados por disfunções do nervo vago, que acomete principalmente em bovinos e, em menor escala, pequenos ruminantes. Objetivo: Realizar uma revisão de literatura sobre IV em ruminantes. Material e métodos: Pesquisa no Google acadêmico, PubMed e Scielo. Resultados: Os sinais clínicos podem variar, dependendo da localização da lesão no nervo, e caracterizam-se por inapetência a anorexia, timpanismo ruminal crônico, distensão abdominal, fezes escassas e mal digeridas e diminuição da produção de leite. No exame clínico pode haver de hipermotilidade a atonia ruminal. E, frequentemente presença de som metálico à ausculta, com perda da estratificação, com predomínio do estrato líquido ou espuma nos casos que cursam com hipermotilidade. O contorno abdominal predominantemente acompanha o padrão maçã-pera, o lado esquerdo com o contorno maçã devido à distensão gasosa e o lado direito semelhante ao contorno de uma pera pelo acúmulo de conteúdo alimentar no rúmen ou abomaso. Nos animais cronicamente acometidos há perda da condição corporal devido à redução do fluxo da ingesta para os intestinos, produzindo um estado de inanição. A bradicardia é outro sinal clínico que pode estar presente, apresentando-se abaixo de 60 bpm. O diagnóstico baseia-se no histórico e achados do exame clínico, principalmente o contorno abdominal. A administração de atropina, que pode cessar a bradicardia e é uma forma de conclusão do diagnóstico. Se a causa primaria da disfunção do nervo vago não for determinada, exames complementares como os laboratoriais, ultrassonografia e laparotomia exploratória, podem ser realizados. No tratamento de casos emergenciais, é necessário uma intervenção imediata, deve-se considerar a descompressão gástrica, através da sondagem orogástrica. Nos casos menos graves, promover a salivação ajuda a desnaturar a espuma presente no rúmen, ou administrar bicarbonato que produzirá também um efeito tampão. Conclusão: No tratamento da IV, técnicas invasivas podem ser necessárias, contudo, na abordagem terapêutica é necessário considerar a etiologia multifatorial da enfermidade. Levando em consideração o grau de dificuldade no diagnóstico e tratamento desta doença, o prognóstico é desfavorável.