Rita Pinto, Madalena Lemos Pires, Mariana Borges, Mariana Liñan Pinto, Catarina Sousa Guerreiro, Sandra Miguel, Olga Santos, Inês Ricardo, Nelson Cunha, Pedro Alves da Silva, Ana Luísa Correia, Sílvia Fiúza, Edite Caldeira, Fátima Salazar, Carla Rodrigues, Mariana Cordeiro Ferreira, Gisela Afonso, Graça Araújo, Joana Martins, Marta Ramalhinho, Paula Sousa, Susana Pires, Alda Jordão, Fausto J. Pinto, and Ana Abreu
Introduction and Objectives: Center-based cardiac rehabilitation (CR) programs have been forced to close due to COVID-19. Alternative delivery models to maintain access to CR programs and to avoid physical inactivity should be considered. The aim of this study was to assess physical activity (PA) levels after completing a home-based digital CR program. Methods: A total of 116 cardiovascular disease (CVD) patients (62.6±8.9 years, 95 male) who had been attending a face-to-face CR program were recruited and assessed (baseline and at three months) on the following parameters: PA, sedentary behavior, adherence, cardiovascular and non-cardiovascular symptoms, feelings toward the pandemic, dietary habits, risk factor control, safety and adverse events. The intervention consisted of a multidisciplinary digital CR program, including regular patient assessment, and exercise, educational and psychological group sessions. Results: Ninety-eight CVD patients successfully completed all the online assessments (15.5% drop-out rate). A favorable main effect of time was an increase in moderate to vigorous PA and a decrease in sedentary time at three months. Almost half of the participants completed at least one online exercise training session per week and attended at least one of the online educational sessions. No major adverse events were reported and only one minor event occurred. Conclusion: During the pandemic, levels of moderate to vigorous PA improved after three months of home-based CR in CVD patients with previous experience in a face-to-face CR model. Diversified CR programs with a greater variety of content tailored to individual preferences are needed to meet the motivational and clinical requirements of CVD patients. Resumo: Introdução e objetivos: Os programas convencionais de reabilitação cardíaca (RC) foram forçados a encerrar devido à Covid-19. Modelos alternativos para que os doentes tenham acesso a um programa de RC evitando a inatividade física devem ser considerados. O objetivo deste estudo foi avaliar os níveis de atividade física (AF) de um programa digital de RC em casa. Métodos: Foram recrutados e avaliados (inicialmente e aos três meses) 116 doentes cardiovasculares (CV) (62,6±8,9 anos, 95 homens) que frequentavam um programa presencial de RC, nos seguintes parâmetros: AF, comportamento sedentário, adesão, sintomas CV e não CV, sentimentos face à pandemia, hábitos alimentares, fatores de risco, segurança e eventos adversos. A intervenção consistiu num programa digital multidisciplinar de RC, inclusive acompanhamento regular, sessões de exercício, de ensino e de psicologia em grupo. Resultados: Completaram com sucesso todas as avaliações online (15,5% drop-out) 98 pessoas com doença CV. Houve um efeito favorável no aumento da AF moderada a vigorosa e diminuição do tempo sedentário aos três meses. Quase metade da amostra fez, pelo menos, mais de uma sessão de exercício físico online por semana e assistiu a pelo menos uma das sessões educacionais online. Não se verificaram eventos major e registou-se apenas um minor. Conclusão: Em tempo de pandemia, os níveis de AF moderada a vigorosa melhoraram após três meses em doentes CV que frequentavam previamente um modelo presencial de RC. São necessários mais programas de RC com maior variedade de conteúdos adaptados à preferência individual para dar resposta às necessidades motivacionais e clínicas dos doentes CV.