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Considering that journalism can be treated as one of the agents for the constitution of social memory, this paper intends to reflect about a city´s anniversary in journalistic specials. From this theme, discuss the agency character from the memory of the city made by the journalism and the attempt of journalism to narrow its belonging and link to the memory of the city. Considering that, it analyzes the multimedia special “BH 120 anos”, made by the newspaper Estado de Minas in 2017, on the occasion of Belo Horizonte's anniversary. Taking a hermeneutic analysis, it seeks to reflect about the temporalities, the memory gesture performed and the narrative strategies adopted that allow to glimpse this double movement in relation to the memory of the city made by the journalistic narrative. Teniendo en cuenta que el periodismo puede ser uno de los agentes para la constitución de la memoria social, este artículo reflexiona sobre la efeméride de aniversario de las ciudades en especiales periodísticos. A partir de este tema, se analiza el carácter de agencia de la memoria de la ciudad por parte del periodismo y el intento del periodismo de fortalecer su pertenencia y vinculación con la memoria de la ciudad. Para eso, se analiza el especial multimedia “BH 120 anos”, lanzado por el diario Estado de Minas en 2017, con motivo del aniversario de Belo Horizonte. A través de un análisis hermenéutico, buscamos reflexionar sobre las temporalidades, el gesto de memoria realizado y las estrategias narrativas adoptadas que permiten vislumbrar un doble movimiento en relación a la memoria de la ciudad realizada por la narrativa periodística. Levando em consideração que o jornalismo pode ser um dos agentes para a constituição da memória social, este artigo reflete sobre a efeméride de aniversário de cidades em especiais jornalísticos. Partindo desse tema, discute o caráter de agenciamento da memória da cidade por parte do jornalismo e a tentativa de o jornalismo estreitar seu pertencimento e vínculo à memória da cidade. Para isso, é analisado o especial multimídia “BH 120 anos”, lançado pelo jornal Estado de Minas em 2017, por ocasião do aniversário de Belo Horizonte. Por meio de uma análise hermenêutica, busca-se refletir sobre as temporalidades, o gesto de memória efetuado e as estratégias narrativas adotadas que permitem vislumbrar um duplo movimento em relação à memória da cidade feito pela narrativa jornalística.

O ato de relembrar e reconstruir o passado partindo do presente tem grande importância não apenas para aquele que lembra, pois as vivências de cada um podem contribuir para a análise de uma conjuntura, do cotidiano, dos valores e da cultura de uma sociedade. Se, por um lado, vivemos uma crise de identidade, como afirmam muitos autores, a memória cada vez mais vem se tornando um importante elemento para a solução dessa crise. Pretende-se aqui lançar um olhar para as possíveis relações entre identidade, esse conceito “sob rasura”, como considera Stuart Hall, e a memória, esse desejo incessante que os homens possuem, como afirma Jacques Derrida, a partir dos Estudos Culturais ingleses.