The dynamics of religious belief in the Latin American indigenous universe are not restricted to the multiple variants and strategies of colonial Catholicism. The historical presence of large international Protestant missions in the various indigenous territories at the beginning of the 20th century, as well as the recent pluralization of the Protestant offer and searches at the end of this same century, particularly around ethnic and rural Pentecostalism, convene again multiple interests, positions, strategies and local religious, symbolic and cultural adaptations. This text addresses some of these variants of protestant belief among the Misak indigenous people of the department of Cauca, Colombia. From oral narratives and the analysis of their representations on identity/alterity, particularly of the Misak traditional healer and the Protestant believer, some of the processes of breaking the deep doctrinal, institutional and cosmogonically established polarizations between these diverse contemporary expressions of indigenous belief are reconstructed. Undoubtedly, diverse offers of Protestant religiosity, linked both to the interdenominational missions of the early twentieth century and to the recent Pentecostal churches of the lowlands of the department of Cauca, brought to the Indigenous Reservation of Guambía, constitute referents that permanently confront the Misak mythical and ritual references. At the same time, particular ritual and social trajectories of this ethnic Protestantism, as well as a historical indigenous philosophy of contact, open, plural and syncretic, allow the construction of diverse ritual and ethnic religious resistances, and even symbolic bridges between the universe of Protestantism and ancestral shamanic practices. These permanent processes of negotiation, escape, adaptation, fusion or complementarity between symbolic and religious referents in confrontation, permanently renew the interest of the different syncretic metaphors. In this tex, Las dinámicas del creer religioso en el universo indígena latinoamericano no se restringen a las múltiples variantes y estrategias del catolicismo colonial. La histórica presencia de grandes misiones protestantes internacionales en los diversos territorios indígenas a principios del siglo xx, así como la reciente pluralización de la oferta y las búsquedas protestantes a finales de este mismo siglo, en particular, alrededor del pentecostalismo étnico y rural, convocan de nuevo múltiples intereses, posiciones, estrategias y adaptaciones religiosas, simbólicas y culturales locales. Este texto aborda algunas de estas variantes del creer protestante entre los indígenas Misak, del departamento del Cauca, en Colombia. A partir de narrativas orales y del análisis de sus representaciones sobre la identidad/alteridad, en particular del Médico Tradicional Misak y del creyente protestante, se reconstruyen algunos de los procesos de quiebre de las profundas polarizaciones establecidas doctrinal, institucional y cosmogónicamente entre estas diversas expresiones contemporáneas del creer indígena. Sin duda, diversas ofertas de religiosidad protestante, ligadas tanto a las misiones interdenominacionales de principios del siglo xx como a las recientes iglesias pentecostales de las tierras bajas del departamento del Cauca, llevadas al Resguardo Indígena de Guambía, se constituyen en referentes que confrontan permanentemente las referencias míticas y rituales Misak. Al mismo tiempo, particulares trayectorias rituales y sociales de este protestantismo étnico, así como una histórica filosofía indígena del contacto, abierta, plural y sincrética, permiten construir diversas resistencias rituales y religiosas étnicas, e incluso puentes simbólicos entre el universo del protestantismo y las prácticas chamánicas ancestrales. Estos permanentes procesos de negociación, de fuga, de adaptación, de fusión o de complementariedad entre referentes simbólicos y religiosos enfrentados, renuevan permanen, A dinâmica da crença religiosa no universo indígena latino-americano não se restringe às múltiplas variantes e estratégias do catolicismo colonial. A presença histórica de grandes missões protestantes internacionais nos diversos territórios indígenas no início do século xx, bem como a recente pluralização da oferta e as buscas protestantes no final desse século, em particular, em torno do pentecostalismo étnico e rural, convocam novamente vários interesses, posições, estratégias e adaptações religiosas, simbólicas e culturais locais. Este texto aborda algumas dessas variantes da crença protestante entre os indígenas Misak, do departamento de Cauca, na Colômbia. Com base em narrativas orais e na análise de suas representações sobre identidade/alteridade, em particular do Médico Tradicional Misak e do crente protestante, são reconstruídos alguns dos processos de ruptura das profundas polarizações estabelecidas doutrinal, institucional e cosmogonicamente entre essas várias expressões da crença. Várias ofertas de religiosidade protestante, vinculadas tanto às missões interdenominacionais do início do século xx, quanto às recentes igrejas pentecostais do departamento de Cauca, levadas à Reserva Indígena de Guambía, constituem referências que se confrontam permanentemente as referências míticas e rituais dos Misak. Ao mesmo tempo, trajetórias rituais e sociais particulares desse protestantismo étnico, bem como uma filosofia indígena histórica do contato, aberta, plural e sincrética, permitem a construção de diversos rituais étnicos e resistências religiosas, e mesmo pontes simbólicas entre o universo do rotestantismo e das práticas ancestrais xamânicas. Esses processos permanentes de negociação, fuga, adaptação, fusão ou complementaridade entre referentes simbólicos e religiosos renovam permanentemente o interesse das diferentes metáforas sincréticas. Neste texto, em particular, as figuras sincréticas de analogia e a ambivalência são analisadas dentro dos processos de rec