A inserção de Assistentes sociais na política de educação remonta as primeiras décadas do século XX, cenários em que emerge as primeiras escolas de Serviço Social no Brasil. Durante esse século, a profissão passou por vários processos de reconceituação, decorrentes de mudanças políticas, econômicas, sociais e culturais, nacionais e internacionais, que foram capazes de remodelar suas matrizes teórico-metodológicas e o trabalho profissional junto às classes trabalhadoras. Esta pesquisa buscou investigar os fundamentos do trabalho do assistente social, a partir do conhecimento produzido pela profissão. O recorte temporal delimitado foi de trabalhos publicados entre os anos de 2000 a 2020. Esse período foi um marco na criação de políticas sociais, que contribuíram para uma maior ampliação de assistentes sociais no âmbito das políticas públicas, especialmente na educação: com forte incidência no ensino universitário. Considerou-se o prisma da teoria social crítica para examinar os processos que envolvem o objeto desta pesquisa. No desenvolvimento deste trabalho, lançou-se da modalidade de pesquisa documental e da pesquisa bibliográfica, envolvendo o estado da arte sobre o assunto. As fontes pesquisadas foram as revistas indexadas da área de Serviço Social no Brasil, com foco nas de Qualis A1 e A2, tais como: Serviço Social & Sociedade, Katálysis, Em Pauta, Ser Social e Textos & Contextos. O resultado da pesquisa demonstrou pelo menos quatro tendências presentes no trabalho de assistentes sociais na educação. A primeira trata-se da primaria do trabalho inter/multidisciplinar sobre as singularidades e decisões unitárias de profissionais; e tem fortes características de trabalho coorporativo. A segunda tendência relaciona-se à identificação pelo profissional ao trabalho educativo/pedagógico, em que ora hipoteca o pedagógico a professores, ora cristaliza como bom tudo que é educativo. A terceira, e última, é subsunção do técnico ao teórico e ético. Com isso, constatou-se que tal como a emergência nos primeiros anos do século XX, o Serviço Social e a forma de pensar de assistentes sociais ainda guardam latentes as práticas reguladoras e controlista de comportamento de sujeitos de políticas sociais. Reconhecemos que muito avançamos em termos de contexto social, quantidade de profissionais nas políticas sociais, mas formas de regulação social ainda seguem perenes. Considerando a realidade social algo dinâmico, processual e contraditório, a compreensão e combate a esses elementos do conservadorismo requer de todos atenção, estudos, pesquisas e atitudes. The insertion of social workers in education policy dates back to the first decades of the 20th century, scenarios in which the first schools of Social Work emerged in Brazil. During this century, the profession underwent several reconceptualization processes, resulting from political, economic, social and cultural, national and international changes, which were able to remodel its theoretical-methodological matrices and professional work with the working classes. This research sought to investigate the foundations of the social worker's work, based on the knowledge produced by the profession. The time frame delimited was from works published between the years 2000 and 2020. This period was a milestone in the creation of social policies, which contributed to a greater expansion of social workers in the scope of public policies, especially in education: with a strong focus on the University education. The prism of critical social theory was considered to examine the processes that involve the object of this research. In the development of this work, the modality of documental research and bibliographic research was launched, involving the state of the art on the subject. The sources researched were indexed journals in the area of Social Work in Brazil, focusing on Qualis A1 and A2, such as: Serviço Social & Sociedade, Katálysis, Em Pauta, Ser Social and Textos & Contextos. The research result showed at least four trends present in the work of social workers in education. The first deals with the primary inter/disciplinary work on the singularities and unitary decisions of professionals; and has strong corporate work characteristics. The second tendency is related to the professional's identification with the educational/pedagogical work, in which sometimes he mortgages the pedagogical to teachers, sometimes he crystallizes everything that is educational as good. The third, and last, is the subsumption of the technical to the theoretical and ethical. With this, it was found that, like the emergence in the early years of the twentieth century, Social Work and the way of thinking of social workers still keep latent the regulatory and control practices of behavior of subjects of social policies. We recognize that we have advanced a lot in terms of social context, number of professionals in social policies, but forms of social regulation are still perennial. Considering social reality as something dynamic, procedural and contradictory, understanding and combating these elements of conservatism requires everyone's attention, studies, research and attitudes.