33 results on '"Almeida, Fábio Ferreira de"'
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2. RUPTURA E CONVERSÃO: BACHELARD E O PROBLEMA DA VIDA
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Almeida, Fábio Ferreira de, primary
- Published
- 2021
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3. CRÔNICA DO DESCALABRO
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ALMEIDA, Fábio Ferreira de, primary
- Published
- 2021
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4. Pierre Hadot e os exercícios espirituais: a filosofia entre a ação e o discurso
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Almeida, Fábio Ferreira de, primary
- Published
- 2011
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5. Bachelard e a filosofia
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Almeida, Fábio Ferreira de, primary
- Published
- 2003
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6. Foucault and the sex-event
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Martins, Igor Freitas, Ternes, José, Almeida, Fábio Ferreira de, and Amitrano, Georgia Cristina
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Poder ,Event ,Knowledge ,Saber ,Sexualidade ,Power ,Sex ,Sexo ,Acontecimento ,Sexuality ,CIENCIAS HUMANAS - Abstract
Esta pesquisa tem como objetivo nuclear explicitar a análise da sexualidade foucaultiana em termos de uma acontecimentalização do sexo. Trata-se de verificar em quais condições históricas, discursivas e não-discursivas, foi possível a emergência do sexo como objeto de saber, ponto de apoio e instrumento das relações de poder na perspectiva do pensamento de Michel Foucault. Nesse sentido, esta pesquisa procede transversalmente se levada em consideração certas concepções de comentadores das obras do filósofo Michel Foucault que acreditam existir, no estilo de pesquisa desse autor, três fases distintas: a arqueologia do saber, datada dos anos 1960; a genealogia do poder, efetivada a partir dos anos 70; e uma genealogia da ética realizada a partir dos anos 80. Diferentemente desta concepção, verifica-se que nos estudos foucaultianos sobre a emergência do sexo, datados dos anos 70, está presente, pelo menos de forma embrionária, tanto uma arqueologia do saber da sexualidade como uma genealogia da ciência do sexo. The core objective of this research is to explain the analysis of Foucaultian sexuality in terms of an eventalization of sex. It is about verifying in which historical, discursive and non-discursive conditions, it was possible the emergence of sex as an object of knowledge, support point and instrument of power relations in the perspective of Michel Foucault's thought. In this sense, this research proceeds transversally, taking into account certain conceptions of commentators on the works of the philosopher Michel Foucault who believe that, in the style of this author's research, there are three distinct phases: the archeology of knowledge, dating from the 1960s; the genealogy of power, implemented in the 1970s; and a genealogy of ethics carried out from the 1980s onwards. Differently from this conception, it appears that in the Foucaultian studies on the emergence of sex, dating from the 1970s, both an archeology of the knowledge of sexuality is present, at least in an embryonic form, as a genealogy of the science of sex. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES
- Published
- 2022
7. Foucault and philosophy: from criticism of the same to openness to the other
- Author
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Leal, Guilherme de Freitas, Lopes, Adriana Delbó, Almeida, Fábio Ferreira de, Kraemer, Celso, Marinho, Cristiane Maria, and Aggio, Juliana Ortegosa
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Abertura ,Foucault ,Crítica ,Same ,FILOSOFIA [CIENCIAS HUMANAS] ,Other ,Outro ,Mesmo ,Criticism ,Opening - Abstract
A tese visa colaborar na compreensão da relação entre Foucault e a Filosofia. Vislumbrando o campo tripartido da filosofia observado ocorrer pós-Kant, Foucault denomina esse momento de modernidade filosófica justamente porque o infinito como fundamento sai de cena e a finitude passa a se autossustentar. Cruzando o projeto crítico — a Crítica da Razão Pura, a Crítica da Razão Prática e a Faculdade do Juízo — com a Reflexão Antropológica, Foucault absorve a tradição filosófica através de Kant concatenando, ademais, uma resposta radical em Nietzsche, que o permitirá construir sua própria analítica de pensamento. Foucault observa que a fonte, o limite e a extensão do saber, do fazer e do esperar residem entre a verdade e a liberdade, concluindo que o ser humano faz a si próprio no curso da sua história, na interação da sua língua e no uso da sua bíos. As análises de Foucault se constituem em Crítica do Mesmo, que se consolida, obrigatoriamente, em Abertura para o Outro. Em outras palavras, fazendo a Crítica do Mesmo — quer dizer, delimitando as formações de saber, estabelecendo os limites das relações de poder, fixando as possibilidades das práticas de si —, podese promover Abertura para Outros modos de ser; pode-se construir outras formas de saber, outras relações de poder, outras subjetividades. Nesse sentido, a arqueologia, a genealogia e a hermenêutica são lidas como a possibilidade de determinação da Crítica do que é o Mesmo de uma dada época e de um dado lugar para enfim fazer pensar a Abertura para o Outro. A literatura e a linguagem são vistas como saber Outro. A pintura, a gravura, a fotografia, o cinema e o teatro, enquanto o poder Outro. A estética de si junto à política são vistas como o esperar Outro. Experiências que conseguem ir além do Mesmo e estabelecerem, nos âmbitos do Saber, do Poder e do Si, o inédito, o que antes nunca esteve ali — nem como fonte, nem como limite, nem como extensão de conhecimento teórico, prático ou moral no estabelecimento do modo de ser do homem. Dessa forma, possibilitando uma experiência para além do ser humano. The thesis aims to collaborate in understanding the relationship between Foucault and philosophy. Glimpsing the tripartite field of philosophy observed to occur post-Kant, Foucault calls this moment philosophical modernity precisely because the infinite as foundation leaves the scene and finitude starts to sustain itself. Crossing the critical project — the Critique of Pure Reason, the Critique of Practical Reason, and the Faculty of Judgment — with Anthropological Reflection, Foucault absorbs the philosophical tradition through Kant, concatenating, in addition, in Nietzsche a radical answer that will allow him to build his own thought analytics. Foucault observes that the source, the limit, and the extent of knowing, doing, and hoping reside between truth and freedom, concluding that man makes himself in the course of his history, in the interaction of his language, and in the use of his bios. Foucault's analyses constitute a Critique of the Same that necessarily consolidates itself into an Opening to the Other. In other words, by doing the Critique of the Same, that is, by delimiting the formations of knowledge, by establishing the limits of power relations, by fixing the possibilities of the practices of the self, one can promote Openness to Other ways of being, one can construct other discursive forms, other power relations, other subjectivities. In this sense, archeology, genealogy, and hermeneutics are read as methodological tools used by Foucault to perform this Critical determination of what is the Same of a certain time and place in order to finally make us think about the Opening to the Other. Literature and language are seen as knowledge Other, painting, engraving, photography, cinema, and theater as power Other, and the aesthetics of the self together with politics are seen as expecting Other. Experiences that manage to go beyond the Same and establish in the spheres of Knowledge, Power, and Self, the unheard of, what was never there before, neither as a source, nor as a limit, nor as an extension of theoretical, practical, or moral knowledge in the establishment of man's way of being. In this way, making possible an experience beyond man's being Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás
- Published
- 2022
8. The freedom of thought: study on the mystical background of Alexandre Koyré's history
- Author
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Machado, Hallhane, Salomon, Marlon Jeison, Assis, Arthur Alfaix, Condé, Mauro Lúcio Leitão, Almeida, Fábio Ferreira de, and Oiti, Carlos
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Alexandre Koyré ,Discontinuism ,Historiographical work ,Theory of History ,Liberdade do pensamento ,Descontinuísmo ,HISTORIA [CIENCIAS HUMANAS] ,Obra historiográfica ,Teoria da História ,Freedom of thought - Abstract
Esta é uma tese sobre a obra historiográfica de Alexandre Koyré. Analisamos seus estudos consagrados à história das ciências, mas também, e especialmente, seus estudos sobre história do misticismo especulativo alemão, centrados em Jacob Boehme, e sobre história da filosofia, centrados em René Descartes. Defendemos que, embora relativos a domínios distintos do saber, tais estudos de Koyré eram perpassados por uma mesma concepção fundamental: a da liberdade do pensamento como capacidade de autoformar-se, concepção expressa na “ideia mística”, segundo ele, da superioridade da vontade sobre o entendimento. Tanto em Boehme, quanto em Descartes, Koyré a destacou fortemente e posicionou-se em relação a ela de maneira favorável, declarando-a como verdadeira. Em Boehme, ele sublinhou uma doutrina da liberdade, construída em oposição à doutrina da predestinação, que dava ao homem o dom divino da autocriação, da formação de sua própria natureza. Em Descartes, ele sublinhou a capacidade do pensamento humano de suspender o juízo, negar a tradição, de fazer uso da sua vontade e se reformar. Nossa tese é a de que essa concepção, fundamental nesses trabalhos sobre Boehme e Descartes, não se perdeu quando Koyré se voltou para a história das ciências. Ela permaneceu em seu trabalho, formando o tônus de sua obra. Sua história da revolução científica é o momento de autoformação do pensamento, de manifestação de sua liberdade. Como Deus, os anjos e o homem em Boehme, os personagens da história das ciências de Koyré não possuem uma natureza que determinaria suas ações, mas possuem em sua essência liberdade de criar-se, de se modificar, de não ser sempre os mesmos. A concepção da liberdade do pensamento, em Koyré, é a condição de possibilidade da mudança, é o fundamento da sua teoria da história e a pedra angular de sua obra historiográfica descontinuísta. This thesis is concerned with Alexandre Koyré's historiographical work. We analyze his studies devoted to the history of science, but also, and especially, his studies about history of German speculative mysticism, centered on Jacob Boehme, and on the history of philosophy, centered on René Descartes. We argue that, although relating to different fields, those studies were permeated by the same fundamental conception: that of freedom of thought as the ability to self-form, a conception expressed in the “mystical idea”, according to Koyré, of the superiority of will over understanding. In both Boehme and Descartes, Koyré highlighted it strongly and took a stand favorably, declaring it to be true. In Boehme he underlined a doctrine of freedom, constructed in opposition to the doctrine of predestination, which gave man the divine gift of self creation, of forming his own nature. In Descartes, he underlined the capacity of human thought to suspend judgment, deny tradition, make use of its will and reform itself. Our thesis is that this conception, fundamental in Koyré’s works on Boehme and Descartes, was not lost when he turned to the history of science. It endures in his work, forming its tonus. His history of the scientific revolution is the history of the self formation of thought, of manifestation of its freedom. Like God, angels and man in Boehme, the characters in Koyré's history of science do not have a nature that would determine their actions, but they have, in their essence, freedom to create themselves, to modify themselves, to not always be the same. Koyré's conception of freedom of thought is the condition for the possibility of change, it is the foundation of his theory of history and the cornerstone of his discontinuous historiographic work. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES
- Published
- 2021
9. Righteous human being of Paul Ricoeur and the excelente human formation
- Author
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Ribeiro, Andrey Borges Pimentel, Coêlho, Ildeu Moreira, Faria, Gina Glaydes Guimarães de, Almeida, Fábio Ferreira de, Ferreira, Adegmar José Ferreira, and Ferreira, Evandson Paiva
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Formação ,Hermeneutics ,Ser justo ,EDUCACAO::ENSINO-APRENDIZAGEM [CIENCIAS HUMANAS] ,Educação ,Ética ,Formation ,Ethic ,Hermenêutica ,Education ,Righteous human being - Abstract
Esta tese insere-se na Linha de Pesquisa Fundamentos dos Processos Educativos do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Goiás, propondo-se a investigar o Ser Justo de Paul Ricœur e a excelência na formação humana, assumida no sentido de educação verdadeira, paideía. Para tanto, no primeiro capítulo busca-se compreender sua fenomenologia hermenêutica na esteira do projeto heideggeriano que põe o ser em discussão, problematizando a identidade, caracterizada como mesmidade (identidade, idem) e ipseidade (identidade, ipse), numa perspectiva que procura revelar o quem da ação. Isto motiva um estudo ético, objeto do segundo capítulo desta tese. Então, no segundo capítulo, procura-se definir o Ser Justo de Paul Ricœur a partir de sua “pequena ética” desenvolvida ao final de O si-mesmo como outro, 1990. O Ser Justo é concebido como ser bom, legal e equitativo, mas ainda persiste no conceito de homem frágil e capaz do filósofo francês. Ao mesmo tempo, o Ser Justo mantém a coerência filosófica do autor desde a noção de homem falível. Assim, o Ser Justo é o homem frágil e capaz, conceito aberto de humano. O terceiro capítulo da tese faz esta reflexão sobre o Ser Justo anunciado por Paul Ricœur em Kant e na tradição aristotélica, numa tentativa de contribuir para a questão da excelência na formação humana, a paideía. A teoria moral kantiana é interpretada em razão de seu télos, o princípio da humanidade que põe o homem como um fim em si mesmo. Ao realizar essa interpretação teleológica da moral kantiana, o Ser Justo é melhor compreendido na tradição aristotélica. Assim, o Ser Justo é investigado em Aristóteles, Cícero e Tomás de Aquino, tendo em vista a antropologia filosófica que põe o humano em discussão à luz do adágio socrático e de sua pergunta fundamental sobre o que é a justiça. A paideía ou humanĭtas é a educação verdadeira, a formação humana excelente, a ética em sua exigência de justiça que eleva o humano à condição de Ser Justo, não como conceito pronto, definitivo, mas o humano em seu inacabamento, em seu devir, desproporcional, um sujeito de direito autônomo e vulnerável no homem frágil e capaz da fenomenologia hermenêutica de Paul Ricœur. A filosofia ricœuriana e sua fenomenologia hermenêutica mantém a discussão platônica sobre a justiça e a verdade do humano; seu conhecimento confirma a importância da educação para a ética, a política, a realização da democracia. This thesis is part of the Research Line Fundaments of Educational Processes of the Graduate Course Program in Education of Federal University of Goiás, proposing to investigate the Righteous Human Being of Paul Ricoeur and the excellent human formation, assumed in the sense of true education, paideía. Therefore, the first chapter seeks to understand its hermeneutic phenomenology in the wake of the heideggerian project that puts the being under discussion, problematizing the identity, characterized as sameness (identity, idem) and ipseity (identity, ipse), in a perspective that seeks to reveal the who of the action. This motivates an ethical study, object of the second chapter of this thesis. Then, in the second chapter, an attempt is made to define Paul Ricoeur's Righteous Human Being based on his “little ethics” developed at the end of The Self as Other, 1990. Righteous Human Being is conceived as being good, legal and equitable, but it still persists in the philosopher's concept of the fragile and capable man. At the same time, Righteous Human Being maintains the author's philosophical coherence from the notion of fallible man. Thus, the Righteous Human Being is a fragile and capable man, an open concept of human beings. The third chapter of the thesis makes this reflection on the Righteous Human Being announced by Paul Ricoeur in Kant and in the aristotelian tradition, in an attempt to contribute to the question of excellent human formation, paideía. Kant's moral theory is interpreted in terms of its telos, the principle of humanity that puts man as an end in himself. In carrying out this teleological interpretation of kantian morality, the Righteous Human Being is best understood in the Aristotelian tradition. Thus, Righteous Human Being is investigated in Aristotle, Cicero and Thomas Aquinas, in view of the philosophical anthropology that discusses the human being in the light of the socratic adage and its fundamental question about what justice is. Paideía or humanĭtas is true education, excellent human formation, ethics in its demand for justice that elevates the human to the condition of Righteous Human Being, not as a ready-made, definitive concept, but the human in its unfinished business, in its becoming, disproportionate, an autonomous and vulnerable subject in the fragile and capable man of Paul Ricoeur's hermeneutic phenomenology. Ricoeur's philosophy and its hermeneutic phenomenology maintain the platonic discussion about the justice and truth of the human; their knowledge confirms the importance of education for ethics, politics, the realization of democracy. Outro
- Published
- 2021
10. Heidegger: from existential analytics to philosophy of interpellation
- Author
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Martins Filho, José Reinaldo Felipe, Almeida, Fábio Ferreira de, Herrmann, Friedrich-Wilhelm von, Casanova, Marco Antonio dos Santos, Duarte, Irene Filomena Borges, Korelc, Martina, and Christino, Daniel
- Subjects
Dasein ,Ser e tempo ,Da-sein ,Contributions to Philosophy ,Contribuições à Filosofia ,FILOSOFIA [CIENCIAS HUMANAS] ,Heidegger ,Being and time - Abstract
Desde a década de 1970 os estudos sobre o pensamento de Martin Heidegger no Brasil focalizaram sobretudo as intuições colhidas de Ser e Temo e algumas outras obras coetâneas. Ao longo dos últimos anos, contudo, mostrou-se cada vez mais crescente o interesse por textos relativos ao que se conhece como segunda fase do pensar heideggeriano, isto é, compilados em meio à reorientação dada pelo autor à sua filosofia a partir de 1930 em diante. Isso tanto no campo da análise interpretativa, quanto no implemento de traduções de obras até pouco tempo indisponíveis aos leitores brasileiros. Hoje o panorama é bem outro, tornando viável uma aproximação dos conceitos que atravessam de uma fase a outra e, mais que isso, garantem a “coesão interna” e/ou “organicidade” inerente à obra de Heidegger vista de maneira mais abrangente. Entre outras abordagens possíveis, esse é o caso do conceito Dasein, introduzido já nas preleções do início da década de 1920, embora com repercussão notadamente mais evidente a partir de Ser e Tempo. Àquela altura, com o propósito de reintroduzir à filosofia o questionamento sobre o sentido do ser em geral, Heidegger acabara por se deparar com dois problemas: de um lado, a impossibilidade de uma abordagem frontal a propósito do ser; de outro, a insuficiência da história da metafísica no tratamento dispensado ao tema. Justamente no horizonte desse impasse metodológico se localiza a eleição do ente dotado de precedência ôntico-ontológica, ou seja, o Dasein, o fenômeno humano tomado como existência. Existe, então, um embate crucial entre a função do Dasein, como aquele que negaria herança à metafísica tradicional, e um conceito que para Heidegger representara o seu máximo desdobramento, qual seja: o sujeito. Assim, o projeto de superação da metafísica é, em certo sentido, a tentativa de mover-se para além do sujeito, na exploração de um arsenal conceitual-hermenêutico completamente novo. Há, porém, quem suspeite da capacidade de Ser e Tempo na consecução desse intento – como é o caso de Edith Stein e Jean-Luc Marion – questionando até que ponto o Dasein pode ser tomado como foco de superação da metafísica. A propósito disso, os textos criados a partir da década de 1930 guardam importantes indicações sobre o processo de evolução seja da compreensão heideggeriana a respeito do ser, seja da reformulação do lugar atribuído ao conceito Dasein: desde a modificação em sua grafia, aparecendo daí em diante como Da-sein (separado por hífen), até os adjetivos que passaram a qualificá-lo, não mais o “detentor do ser”, mas o “buscador”, o “custódio”, o “cuidador da verdade”. Sobre isso, o contraponto com Ser e Tempo pode ser efetivado sobretudo a partir das Contribuições à Filosofia, material elaborado entre 1936 e 1938, mas publicado apenas em 1989. Na intermediação entre Ser e Tempo e as Contribuições, obras que podem ser consideradas os principais expoentes da trajetória de Martin Heidegger num espectro de mais de três décadas, a presente investigação tentará mensurar a função do conceito Dasein, suscitando-o como amálgama na continuidade de uma reflexão tencionada ao pensar inicial (Das anfängliche Denken). Since the 1970s, the studies on Martin Heidegger’s thought in Brazil have focused mainly on the insights gathered from Being and Time, and some other contemporary works. Over the past few years, however, there has been an increasing interest in texts related to what is known as the second phase of Heidegger’s Thought, that is, compiled in the midst of the reorientation given by the author to his philosophy from 1930 onwards. This is true not only in the field of interpretative analysis but also in the implementation of works’ translations that until recently were unavailable to Brazilian readers. Nowadays the panorama is quite different, making it possible to approach concepts that cross from one phase to another, and, more than that, guarantee the “internal cohesion” and/or “organicity” inherent in Heidegger’s work seen in a more comprehensive way. Among other possible approaches, this is the case of the Dasein concept, already introduced in the lectures of the early 1920s, although with a notably more evident repercussion from Being and Time. At that point, in order to reintroduce the question of the meaning of Being in general to Philosophy, Heidegger had come up against two problems: on the one hand, the impossibility of a frontal approach to Being; on the other, the insufficiency of the history of metaphysics in the treatment given to the theme. Precisely in the horizon of this methodological impasse is the election of the entity with ontic-ontological precedence, that is, Dasein, the human phenomenon perceived as existence. There is, then, a crucial conflict between the function of Dasein, such as the one that would deny inheritance to traditional metaphysics, and a concept that for Heidegger had represented its maximum unfolding, namely: the subject. Thus, the project to overcome metaphysics is, in a sense, the attempt to move beyond the subject, in the exploration of a completely new conceptual-hermeneutical apparatus. However, there are those who suspect the capacity of Being and Time to achieve this goal – as is the case with Edith Stein and Jean-Luc Marion – questioning the extent to which Dasein can be perceived as a focus for overcoming metaphysics. In this regard, the texts that have been created from the 1930s have important indications about the evolution process, whether from Heidegger’s understanding of Being, or from the reformulation of the place attributed to the Dasein concept: since the change in its spelling, appearing from there onwards as Da-sein (separated by a hyphen), even the adjectives that started to qualify him, no longer the “holder of the being”, but the “seeker”, the “custodian”, the “caregiver of the truth”. Thereupon, the counterpoint with Being and Time can be carried out mainly from Contributions to Philosophy, written between 1936 and 1938, although published only in 1989. In intermediation between Being and Time and Contributions to Philosophy, works that can be considered the main exponents of the trajectory of Martin Heidegger in a spectrum of more than three decades, the present investigation aims to measure the function of the Dasein concept, raising it as an amalgam in the continuation of a thought intended to the original thinking (Das anfängliche Denken).
- Published
- 2021
11. By the lights of the logos: the muse and the verb in livro de sonetos by Jorge de Lima
- Author
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Clemente, Fabrício Carlos, Camargo, Goiandira de Fátima Ortiz de, Jesus, Suene Honorato de, Almeida, Fábio Ferreira de, David, Nismária Alves, and Souza, Jamesson Buarque de
- Subjects
Ars erotica ,Modernismo ,LETRAS::LITERATURA BRASILEIRA [LINGUISTICA, LETRAS E ARTES] ,Modernism ,Poesia brasileira ,Brazilian Poetry ,Jorge de Lima ,Sonnet ,Soneto - Abstract
Esta tese intenta investigar, no Livro de sonetos (1949) do modernista brasileiro Jorge de Lima, um processo de escrita no qual se daria o uso deliberadamente perverso e antiestético da forma fixa como espaço de jogo e/ou campo de batalha entre o logos ocidental e um “antilogos” (DELEUZE, 1998), entre um discurso e um contradiscurso. Deve-se, para isso, considerar certo desmantelamento da ordem racional-silogística do próprio soneto (enquanto amparo organizacional e máscara construída pela subjetividade), graças à deriva lógico-formal propiciada pelos aspectos musicais, imagéticos e dialógicos com os quais flerta a rígida estrutura de quatorze versos. Tal deriva seria deflagrada pelo trabalho, entre oculto e evidente, desse logos outro dentro do logos. Numa abordagem nietzscheana da forma (NIETZSCHE, 2010), o apolíneo exala de seus poros certo extrato dionisíaco sem o qual jamais poderia se tornar significativo. Parte-se, assim, do pressuposto de que o constrangimento da tradição seja especialmente favorável ao automatismo psíquico, ao delírio criativo e à espontaneidade, dando ensejo a uma escrita experimental e improvisadora de inusitadas descobertas e encontros rítmico-sonoros e imagéticos, em perspectiva análoga à escrita automática do surrealismo. Esse pressuposto, embora proponha determinada recusa da técnica, apoia-se nos autores franceses da OULIPO (“Ouvriers de Littérature Poténcielle”), assim como em Timothy Steele (1990), poeta norte-americano ligado à valorização contemporânea dos metros como forma de expressão e conhecimento. Visto desse modo, o soneto seria, no livro de Jorge de Lima, um microcosmo propiciador da tensão lírica e dramática por meio da qual vaga um sujeito múltiplo e errante. Sujeito esse que se constitui como tal jogando com a potência e a artificialidade das leis do discurso lógico, surpreendendo-as na matemática do estilo como sonoridade anárquica em que as formas se sucedem e se perpetuam em devir incessante. Propõe-se, nessa perspectiva, aproximações a ideias como a da versificação como encenação e transgressão velada, tomada ao poeta russo Velimir Khléibnikov (1987), observando, assim, a imagem do eu-lírico-leitor como trágico protagonista de uma poesia pura ou de uma literatura absoluta (CALASSO, 2004). Os pressupostos teórico-críticos a amparar a abordagem valem-se, especialmente, de noções como a de espaço literário de Michel Foucault (2016), de “estilo antilogos” de Deleuze (1998). Tal abordagem, apoiada também em Henri Meschonnic (2009) procura, assim, empreender uma crítica anti-métrica à institucionalização do moderno. De forma heterodoxa, os fundamentos filosóficos dessa crítica baseiam-se em autores como Byung-Chul Han (2015), Martin Heidegger (2012) e também em Michel Foucault. Nesse sentido, o ímpeto teórico observado no Livro de sonetos é visto como manifestação de uma ars erotica (FOUCAULT, 2007), para além das delimitações do discurso da instituição literária. Num drama análogo àquele esboçado por Gottfried Benn (1983), em que o eu lírico encontra-se em dilacerante conflito com seu tempo, Jorge de Lima, poeta, médico, político e escritor, encenaria o drama do intelectual de seu tempo, especialmente o drama do escritor brasileiro aviltado pelo embotamento de uma conjuntura social cientificista e positivista: patriarcal e avessa aos aspectos mais emancipadores da modernidade. This thesis aims to investigate, in Livro de Sonetos (1949) by the Brazilian modernist Jorge de Lima, a writing process in which the deliberately perverse and unaesthetic use of the fixed form would take place as a space for play and/or battlefield between the western logos and a "antilogos" (DELEUZE, 1998), between discourse and counter discourse. Therefore, it should be considered a certain dismantling of the rational-syllogistic order of the sonnet itself (as organizational support and mask built by subjectivity), thanks to the logical-formal drift provided by the musical, imagery and dialogical aspects with which the rigid structure of fourteen verses flirts. Such a drift would be triggered by the work, between hidden and evident, of this other logos within the logos. In a Nietzschean approach to form (NIETZSCHE, 2010), the apolline exudes from its pores a certain dionysian extract without which it could never become significant. Thus, it is assumed that the embarrassment of tradition is especially favorable to psychic automatism, creative delirium and spontaneity, giving rise to an experimental and improvising writing of unusual discoveries, rhythmic-sounding and imagery encounters, in a perspective analogous to the automatic writing of surrealism. This assumption, although it proposes a certain refusal of the technique, is based on the French authors of OULIPO ("Ouvriers de Littérature Poténcielle"), as well as on Timothy Steele (1990), an American poet linked to the contemporary appreciation of meters as a form of expression and knowledge. In this way, the sonnet would be, in Jorge de Lima's book, a microcosm that favors lyrical and dramatic tension through which a multiple and errant subject wanders. This subject is constituted as such by playing with the power and artificiality of the laws of logical discourse, surprising them in the mathematics of style as an anarchic sound in which forms succeed each other and perpetuate themselves in incessant becoming. It is proposed, in this perspective, approximations to ideas such as versification as staging and veiled transgression, taken from the Russian poet Velimir Khléibnikov (1987), thus observing the image of the persona-reader as the tragic protagonist of pure poetry or absolute literature (CALASSO, 2004). The theoretical and critical assumptions to support the approach make use, especially, of notions such as Michel Foucault's literary space (2016), Deleuze's "antilogos style" (1998). This approach, also supported by Henri Meschonnic (2009), seeks to undertake an anti-metrical critique of the institutionalization of the modern. Heterodoxly, the philosophical foundations of this criticism are based on authors such as Byung-Chul Han (2015), Martin Heidegger (2012) and also on Michel Foucault. In this sense, the theoretical impetus observed in Livro de Sonetos is seen as a manifestation of an ars erotica (FOUCAULT, 2007), beyond the delimitations of the discourse of the literary institution. In a drama analogous to that outlined by Gottfried Benn (1983), in which the persona is in heartbreaking conflict with his time, Jorge de Lima, poet, doctor, politician and writer, would stage the drama of the intellectual of his time, especially the drama of the Brazilian writer debased by the dullness of a scientific and positivist social situation: patriarchal and averse to the most emancipatory aspects of modernity. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES
- Published
- 2021
12. Georges Canguilhem et la critique de la psychologie
- Author
-
Silva, Marcos Bruno, Almeida, Fábio Ferreira de, Souto, Caio Augusto Teixeira, and Almeida, Tiago Santos
- Subjects
Norma ,Épistémologie ,Psicologia ,Psychologie ,Epistemologia ,FILOSOFIA::EPISTEMOLOGIA [CIENCIAS HUMANAS] ,Rationalité ,Racionalidade ,Norme - Abstract
O objetivo do presente trabalho é o de examinar de que modo se pode vislumbrar o esta-tuto epistemológico da psicologia. A investigação toma como ponto referência a obra de Georges Canguilhem (1904-1995), partindo especificamente de seu ensaio de 1958, O que é a psicologia?. Vários autores e teorias serviram como apoio durante o desenvolvi-mento das análises e reflexões acerca do processo de reconhecimento da Psicologia en-quanto ciência formal, como Immanuel Kant, Michel Foucault e François Châtelet. Em vista deste propósito, busca-se reconstruir os aspectos mais elementares da epistemolo-gia canguilhemiana, a fim de destacar a singularidade de sua reflexão filosófica, bem co-mo a atualidade das críticas à psicologia elaboradas pelo autor de O normal e o patológi-co. Com isto, procura-se depreender as ferramentas que possibilitem uma crítica da psi-cologia como saber e como prática. Afinal, é ratificado que a identidade da Psicologia se dá a partir da várias epistemologias não apenas efetivamente científicas, mas também pelas sociais e políticas, em um constante movimento entre indivíduos e sociedade. Le but de ce présent travail est d´examiner comment on peut appréhender le statut épistémologique de la psychologie. Notre recherche s´appuie sur l´oeuvre de Georges Canguilhem, plus particulièrement l´essai de 1958 intitulé Qu´est-ce que la Psychologie? Plusieurs auteurs et théories servent de support lors du développement d’analyses et de réflexions sur le processus de recognition de la Psychologie comme science formelle, comme Immanuel Kant, Michel Foucault et François Châtelet. Pour ce faire, nous cherchons à reconstruire les aspects les plus élémentaires de l´épistémologie canguilhemienne afin de mettre en évidence le caractère unique de sa réflexion philosophique ainsi que l´actualité des critiques de la psychologie élaborées par l´auteur du livre Le normal et le pathologique, ce qui nous permettra de mieux saisir les outils qui rendent possible une critique de la psychologie comme savoir et comme pratique. Après tout, il est ratifié que l’identité de la Psychologie repose sur diverses épistemologies non seulement effectivement considérées comme scientifiques, mais aussi sociales et politiques, dans um mouvement constant entre les individus et la société. Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás
- Published
- 2021
13. 'Eppur, si mouve' : l'homme et la pensée dans les romans de Clarice Lispector
- Author
-
Camargo, Maicon da Silva, Salomon, Marlon Jeison, Avelar, Alexandre de Sá, Almeida, Fábio Ferreira de, Campos, Raquel Machado Gonçalves, and Vilela, Ana Lúcia Oliveira
- Subjects
Pensamento literário ,Épistémologie ,Clarice Lispector ,Epistemologia ,Concepção de homem ,Conception de l'homme ,HISTORIA::HISTORIA MODERNA E CONTEMPORANEA [CIENCIAS HUMANAS] ,Pensée littéraire - Abstract
Neste estudo buscamos compreender como o homem foi pensado no interior da literatura produzida por Clarice Lispector (1920-1977), bem como o tipo de pensamento que foi utilizado para se alcançar essa compreensão de homem. Privilegiamos os oito romances escritos e publicados pela autora, mas também recorremos aos seus contos, crônicas, entrevistas, cartas, ensaios e a biblioteca da escritora. Em sua literatura, Clarice concebeu o pensamento como uma energia e o espaço literário como um espaço capaz de potencializá-lo e pô-lo em movimento. Sua literatura buscou não representar a realidade, mas desenvolver um pensamento em ato, uma reflexão fecunda para transformar a realidade e o homem. Desse modo, percebemos que o homem foi pensado no interior desta literatura como um puro-devir, um corpo potente para assumir múltiplas formas, criticando, assim, a noção de homem construída na modernidade – àquela de sujeito do conhecimento, identidade e individualidade. Trata-se mais de aprender com a literatura do que propriamente analisá-la. Pensá-la em sua historicidade e compreender seus modos de produzir conhecimento. Lidar com ela não como objeto, mas como detentora de um saber o qual ansiamos ouvir. A literatura de Clarice ergue sua voz e se faz ouvida como epistemologia que agencia sujeitos, saberes e práticas sociais muitas vezes oprimidos, excluídos e ignorados pelas epistemologias predominantes na nossa cultura. Dans cette étude, nous avons essayé de comprendre la conception de l’homme à l’intérieur de l’œuvre littéraire de Clarice Lispector (1920-1977), ainsi que le type de pensée qui lui a permis d’en arriver à cette conception. Nous avons privilégié les huit romans écrits et publiés par l'auteure, mais nous avons consulté également ses contes, chroniques, interviews, lettres, essais et sa bibliothèque personnelle. Dans ses œuvres, Lispector a conçu la pensée comme une énergie et l'espace littéraire comme un espace capable de la potentialiser et de la mettre en mouvement. Sa littérature n'a pas cherché à représenter la réalité, mais à développer une pensée en acte, une réflexion capable de transformer la réalité et l'homme. Ainsi, on se rend compte que l'homme y a été pensé comme un devenir pur, un corps puissant pour assumer de multiples formes, critiquant ainsi la notion de l’homme construite dans la modernité - celle du sujet de connaissance, d'identité et d'individualité. Dans cette thèse, il s'agit plus de tirer des enseignements de la littérature que de l'analyser, de réfléchir à son historicité et de comprendre ses modes de production de la connaissance. Il s’agit de la traiter non pas comme un objet, mais comme la détentrice d'un savoir que nous désirons comprendre. La littérature s'élève et se fait entendre comme une épistémologie qui met en jeu des sujets, des connaissances et des pratiques sociales souvent opprimés, exclus et ignorés par les épistémologies dominantes. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES
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- 2020
14. The place of art in the world of technology - approximations and distancing between art and technology in the thought of Heidegger
- Author
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Castro, Leidiane Coimbra de Lima, Damião, Carla Milani, Duarte, Irene Filomena Borges, Pádua, Lígia Teresa Saramago, Sombra, Laurenio Leite, and Almeida, Fábio Ferreira de
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Verdade ,Criação ,Truth ,Technology ,Técnica ,Creation ,Disposição ,FILOSOFIA [CIENCIAS HUMANAS] ,Arte ,Art - Abstract
A com-posição (Ge-stell) é apresentada por Martin Heidegger como a essência da técnica moderna. Esta se apresenta contemporaneamente de um modo completamente distinto da relação instrumental e antropológica que envolve apenas os afazeres ou a lida com objetos técnicos cotidianamente. Como manifestação de ser, a com-posição abre para o homem mais uma possibilidade de ser-no-mundo. A partir da sintonia que pode estabelecer com essa nova disposição, ele realiza o modo de ser do técnico. Caracterizado por encerrar suas possibilidades de ser num único modo, sobretudo por ser característica da com-posição (Ge-stell), o pensamento calculador, o modo de ser técnico impossibilita o homem de refletir sobre o que lhe constitui propriamente, que é a abertura para modos de ser. Como alternativa para pensar a abertura de possibilidades que compõem a existência humana, Heidegger propõe pensar a técnica no âmbito da arte. A relação entre técnica e arte, contudo, é feita de tensões em que podemos estabelecer proximidades e distanciamentos entre ambas. Isto é possível pelo fato de que elas são um tipo de desvelamento (alétheia), de criação e de disposição. Se por um lado a arte revela mundo, a técnica também o faz. Se por outro, ela abre possibilidades de ser para o homem, a técnica também o faz. E, inegavelmente, as duas revelam entes através de suas criações. Entretanto, o mundo, a disposição e os entes revelados a partir de cada uma delas apresentam-se de maneira completamente distinta. O que leva nossa tese a investigar as características destes tipos de desvelamento (alétheia) e o modo como o homem habita o mundo a partir deles. Ge-stell is described by Martin Heidegger as the essence of modern technology. Contemporarily, it stands quite distinctively from the instrumental and anthropological relationship involved in the daily chores or in the day-to-day labor with technological objects. As a manifestation of being, Ge-stell offers man another possibility of being-in-the-world. He realizes his technological way of being from the attunement (Stimmung) he can achieve in his new disposition (Befindlichkeit). Characterized by limiting its possibilities to a single way of being - particularly as calculative thinking is inherent to Ge-stell, the technological way of being prevents man from reasoning on what constitutes his self: the openness for ways of being. Heidegger suggests thinking about technology within the limits of art as an alternative to reasoning on the opening of possibilities that compose the human existence. The relationship between technology and art, however, is built upon the tensions on which one can establish proximity and distance between them. This is possible because both are types of disclosure (alétheia), of creation and disposition (Befindlichkeit). If, on the one hand, art discloses the world, on the other, technology does the same. If the former opens up man’s ways of being, the latter does likewise. Unquestionably both reveal beings through their creations. However, the world, the disposition and the beings disclosed by both, present themselves in a complete distinctive way. This reasoning leads this thesis to address both types of disclosure (alétheia), and the way man experiences the world through them. Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás
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- 2020
15. Heidegger's world phenomenon of being and time
- Author
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Ferreira, André Prock, Almeida, Fábio Ferreira de, Christino, Daniel, and Padua, Ligia Teresa Saramago
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World phenomenon ,Fenômeno do mundo ,Cotidianidade mediana ,Space ,FILOSOFIA [CIENCIAS HUMANAS] ,Linguagem ,Median daily life ,Espaço ,Language - Abstract
O presente trabalho tem como objetivo apresentar uma análise do fenômeno do mundo tal como esse conceito aparece em Heidegger na analítica existencial desenvolvida em Ser e Tempo (1927). O mundo é compreendido por Heidegger como um dos constituintes fundamentais do Dasein. Por conseguinte, procuraremos mostrar que essa investigação desempenha uma função decisiva na estratégia argumentativa heideggeriana. Veremos que o fenômeno do mundo resguarda um primado metodológico a partir da delimitação do âmbito da cotidianidade mediana, uma vez que se mostra como um primeiro horizonte para o qual o Dasein se dirige em seu existir. Desse modo, desde o início da investigação empreendida por Heidegger, o referido fenômeno já se mostrava como uma questão para o filósofo. Para tanto, analisamos: a tradição fenomenológica, em traços gerais, a partir da sua origem no pensamento kantiano e seu desdobramento a partir do pensamento de Husserl; algumas “vias” pelas quais a noção de mundo é investigada por Husserl; e os indicativos apresentados por Heidegger no início da analítica. Destas análises, emerge o fio condutor a ser seguido pela investigação, isto é, o aspecto pragmático assumido pela analítica, visto que o modo mais imediato do Dasein se relacionar com o mundo e no mundo não é a partir de um comportamento cognitivo e sim do uso dos utensílios. Por conseguinte, nos deteremos na análise do fenômeno do mundo desenvolvida por Heidegger no tratado, apresentando os elementos que consideramos fundamentais para sua elaboração. É nesse sentido que se insere na investigação o tema da espacialidade e da linguagem enquanto elementos fundamentais para sua compreensão. A partir da análise desses dois elementos, o fenômeno do mundo se revelará um complexo referencial estruturado em uma “totalidade significativa” (Bedeutungsganze). Disso se segue que o que está no bojo desta elaboração de fenômeno do mundo pode ser compreendido como horizonte de habitação que resguarda uma dimensão poética. Por fim, apresentamos uma análise comparativa entre a elaboração que buscamos desenvolver em relação a outras duas interpretações. Desse modo, portanto, conscientes da abrangência e a complexidade da temática do mundo, de modo especial, no pensamento de Heidegger, não temos a pretensão de esgotá-la, antes, buscamos desenvolver uma primeira aproximação. This work aims to present a world phenomenon analysis – concept by Heidegger in the existential analytics developed in Being and Time (1927). The world is comprehended by Heidegger as one of the fundamental constitutive of Dasein. Moreover, we intend to show that this investigation performs a decisive function in the argumentative strategy of Heidegger. We will see that the world phenomenon shields a methodologic primacy from the delimitation of the median daily life, once it shows itself as a first horizon to where the Dasein turns in its existence. This way, since the beginning of Heidegger’s investigation, the phenomenon appeared as a question. For this, we will analyze: the phenomenological, in general traces, since its origins in Kant’s thinking and its development from Husserl thinking; some “ways” by which the notion of world is investigated by Husserl; and the indicatives presented by Heidegger in the beginning of the analytics. The guiding principle emerges from those analysis, that is, the pragmatic aspect assumed by the analytics, considering that the most immediate manner through which the Dasein relates itself with (and in) the world is not from a cognitive behavior, but from the usage of utensils. Consequently, we will consider the analysis of the world phenomenon developed by Heidegger in the treaty, presenting the elements regarded for us as fundamental for its elaboration. This way it is inserted in the investigation the theme of spatiality and the language as fundamental elements for its comprehension. From the analysis of these elements, the world phenomenon will reveal a referential complex structured in a “significative totality” (Bedeutungsganze). What lies in the scope of this elaboration of world phenomenon can be understood as a horizon of habitation that shields a poetic dimension. Finally, we present a comparative analysis between the elaboration we intend to develop and two other interpretations. This way, therefore, considering the coverage and the complexity of the world thematic, in a special manner, in the thinking of Heidegger, we do not intend to exhaust it, but to search to develop a first approach. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES
- Published
- 2019
16. The Kantian aufklärung
- Author
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Souza, Paola Nunes de, Klotz, Hans Christian, Almeida, Fábio Ferreira de, Santos, Paulo Roberto Licht dos, and Araújo, Márcia Zebina de
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Kant ,Autonomia ,Thinking ,Pensamento ,Enlightenment ,FILOSOFIA [CIENCIAS HUMANAS] ,Esclarecimento ,Autonomy ,Aufklärung - Abstract
Esta pesquisa tem o propósito de investigar alguns aspectos relacionados ao conceito de Aufklärung presente nos escritos de Immanuel Kant, tendo como ponto de partida a análise do processo de Esclarecimento desenvolvido pelo filósofo. A partir da observação de obras kantianas, vê-se que esse processo pressupõe como algo necessário o uso do entendimento, da autonomia, do pensamento por si mesmo e da liberdade por parte dos sujeitos envolvidos, apresentando, assim, uma correlação singular com o âmbito da ética postulada por Kant, além de articular-se com aspectos fundamentais políticos e educacionais. Nesse sentido, para entender a Aufklärung ou o Esclarecimento kantiano, procura-se, nesta dissertação, primeiramente, analisar alguns aspectos históricos desse conceito e também do contexto em que surge a pergunta que movimentou a Ilustração alemã sobre o termo Aufklärung, em 1783. Posteriormente, busca-se analisar mais profundamente a resposta kantiana e também observar a forma como se constrói o diálogo sobre o tema, a partir de outras problematizações presentes na própria filosofia crítica de Kant. Por fim, além de discorrer a respeito de algumas das ligações metacríticas que a discussão kantiana estabelece com o seu tempo histórico e com a sua própria filosofia, procuramos pensar na atualidade do conceito de Esclarecimento, alicerçados na reflexão de teóricos contemporâneos que pensaram a respeito do processo de Aufklärung. This research aims to investigate some aspects related to the concept of Aufklärung present in the writings of Immanuel Kant, from the analysis of the Enlightenment process developed by the philosopher. From the observation of Kantian works, we see that this process presupposes as necessary the use of understanding, autonomy, self-thinking and freedom on the part of the subjects involved, thus presenting a unique correlation with Kant's ethics, and also articulate with fundamental political and educational aspects. In this sense, in order to understand Aufklärung or the Kantian Enlightenment, this dissertation seeks, firstly, to analyze some historical aspects of this concept and also the context in which the question that moved the German Illustration about the term Aufklärung in 1783 arises. Subsequently, we seek to analyze more deeply the Kantian answer and also to observe the way the dialogue on the theme is built, from other questionings present in Kant's own critical philosophy. Finally, besides discussing some of the metacritical links that the Kantian discussion establishes with its historical time and its own philosophy, we try to think about the current concept of Enlightenment, from the reflection of contemporary theorists who thought about the Aufklärung process.
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- 2019
17. Jean-Paul Sartre: imagination as a way of existing and educating
- Author
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Cardoso, Liliane Barros de Almeida, Coêlho, Ildeu Moreira, Almeida, Fábio Ferreira de, Furtado, Rita Márcia Magalhães, Ferreira, João Roberto Resende, and Corbiniano, Simone Alexandre Martins
- Subjects
Intencionalidade ,Freedom ,Engagement ,Engajamento ,Educação ,Imaginação ,Intentionality ,Liberdade ,Imagination ,FILOSOFIA DA EDUCACAO [FUNDAMENTOS DA EDUCACAO] ,Education - Abstract
Essa tese busca compreender a obra de Jean Paul Sartre e sua relação com a educação, como fenômeno, que se realiza por meio de manifestações sociais informais e formais institucionalizadas, planejadas e articuladas entre si. Essas ações visam a um fim, que é o sentido do ato educativo. Para compreender essa relação, é preciso ter claro como se constituem alguns conceitos fundamentais para a teoria sartriana, como consciência, intencionalidade, imaginação e liberdade. Ao pensar, com Sartre, a educação como negação da adequação e da conformação, propõe-se a formação do homem engajado, responsável por seus atos no mundo, em de três dimensões: a linguagem, a criação e o compromisso ético, possibilidades continuamente abertas daconsciência imaginante e livre. A liberdade é condição da consciência que imagina, cria, comunica, realiza, escolhe, sente e age no mundo. Desse modo, a educação é atitude de liberdade, de disposição, de abertura ao mundo, ao novo, ao inexistente. É criação de sentidos na compreensão e conhecimento do real, busca constante de superação do que está posto, instituído. O imaginário, é transcendente, livre para recompor e reinventar o real numa atitude crítica em relação à condição humana, é ação indispensável à formação do homem livre e engajado no projeto de ser. In this thesis, we intend to understand Jean Paul Sartre's thinking and his relation to education, understanding it as a phenomenon, which carries out itself through informal social manifestations and formal institutionalized social manifestations, planned and articulated among themselves. These actions turn towards an purpose, which is exactly the meaning of the educational act. To understand this relationship, it is necessary to be clear how some fundamental concepts of Sartre's theory, such as consciousness, intentionality, imagination and freedom, are constituted. In the exercise of thinking, with Sartre, education, which is a denial of adequacy and conformity, proposes the formation of the engaged man, responsible for his actions in the world, from three dimensions: language, creation and ethical commitment , open possibilities of free and imagining consciousness. Freedom is a condition of the consciousness that imagines, creates, communicates, realizes, chooses, feels and acts in the world. Therefore, education is an attitude of freedom, of disposition, of openness to the world, to the new, to the nonexistent. It is the creation of meanings in the understanding and knowledge of the real, constant search for overcoming what is stated, instituted. The imaginary, which is transcendent, free to recompose and reinvent the real in a critical attitude to human condition, is an indispensable act for the formation of the free man, engaged in the project of being.
- Published
- 2019
18. Intentionality of consciousness and educational action in Sartre: by a pedagogy of freedom
- Author
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Viana, Cláudio Pires, Coêlho, Ildeu Moreira, Ferreira, Evandson Paiva, Almeida, Fábio Ferreira de, Ferreira, João Roberto Resende, and Furtado, Rita Márcia Magalhães
- Subjects
Freedom ,Educational action ,Ontologia fenomenológica ,Liberdade Sartre ,Intentionality of consciousness ,Fenomenologia ,Phenomenology ,Sartre ,Ação educativa ,Intencionalidade da consciência ,Phenomenological ontology ,EDUCACAO [CIENCIAS HUMANAS] - Abstract
Este estudo insere-se na Linha de Pesquisa Fundamentos da Educação e Processos Educativos do Programa de Pós-Graduação em Educação, da Universidade Federal de Goiás. A ideia de intencionalidade da consciência, conceito basilar da fenomenologia de Edmund Husserl[1859-1938] e radicalizado por Jean-Paul Sartre [1905-1980], supera de maneira rigorosa qualquer dualidade que se tente impingir à relação entre a consciência e o mundo. A partir do argumento de que “toda consciência é consciência de alguma coisa”, o conceito puro de mundo, de realidade objetiva, separado da subjetividade, não passa de uma abstração tanto quanto o conceito de indivíduo separado do mundo e de seus coeficientes de adversidade. Homem e mundo não podem ser considerados entidades autônomas, independentes e não-recíprocas. Trata-se, na verdade, de duas dimensões que, embora diferentes em essência, são totalmente inseparáveis. Pela intencionalidade, consciência e mundo formam uma totalidade, constituindo-se mutuamente. Com esses pressupostos, essa tese se propõe a investigar o sentido da educação, sua natureza, fundamento e fins, para além do empírico, do senso comum e da atitude natural. Embora Sartre não tenha elaborado qualquer estudo ou teoria a respeito dessa questão, entendemos que sua obra filosófica pode ajudar-nos a pensar a educação como um fenômeno essencialmente humano, o seu sentido ontológico, como um movimento permanente de formação e constituição do homem, ánthrōpos, na relação entre a consciência e o mundo. Buscamos, então, esclarecer e aprofundar a compreensão e os fundamentos de uma concepção de educação que venha contribuir para a formação do sujeito numa perspectiva humanizadora, em contraposição às visões instrumentalistas voltadas ao atendimento dos interesses do capital, do consumo, do mercado e da eficiência. Para tanto, propomos investigar os conceitos de intencionalidade e ação na obra de Sartre, estabelecendo uma relação com o fenômeno educacional e enfatizando o seu ser como algo inerente ao paradoxo da liberdade: não há educação a não ser em situação, e não há situação a não ser em liberdade. Educar é a ação de fazer-se livre, considerando as várias dimensões da formação humana postas pela relação do homem com o mundo e no tempo, implicando a totalidade do ser e da existência que forma uma unidade sintética inseparável e afirma a dignidade e o sentido do conhecimento, da corporeidade, da imaginação, da emoção, do desejo, da temporalidade, da historicidade, da espacialidade e da intersubjetividade como expressões intrínsecas à realidade humana em constante formação. This study is part of the Line of Research Education Fundaments and Educational Processes of the Graduate Course Program in Education of Federal University of Goias. The idea of the intentionality of consciousness, basic concept of the Edmund Husserl’s phenomenology and settled for Jean-Paul Sartre [1905-1980], rigorously overcome any duality that tries to enforce the relation between the consciousness and the world. As of the argument that “every consciousness is consciousness of something”, the pure concept of world, of objective reality, separated from the subjectivity, is no more than an abstraction as well as the concept of the individual separated from the world and its coefficients of adversity. Man and world cannot be considered autonomic, independent and non-reciprocal entities. In fact, they are two dimensions that are totally inseparable, despite of being different in essence. By intentionality, consciousness and world they form a totality, they constitute each other mutually. With these assumptions, this thesis proposes to investigate the sense of education, its nature, foundation and purposes, apart from the empirical, the common sense and the natural attitude. Although Sartre has not elaborated any study or theory about this issue, we understand that his philosophical work can help us to think about the education as an essentially human phenomenon, its ontological sense, as a permanent movement of the formation and constitution of the man, ánthrõpos, in the relation between the consciousness and the world. Therefore, we seek to clarify and to deepen the comprehension and foundations of a conception of education that will contribute for the constitution of the subject in a humanizing perspective, in opposition to the instrumentalist visions that aim to attend the interests of the capital, consumption, market and efficiency. For this purpose, we propose to investigate the intentionality and action concepts in the Sartre’s work, establishing a relation with educational phenomenon and emphasizing its being as something inherent in the paradox of freedom: there is no education except in situation, and there is no situation except in freedom. Educating is the action of being free, considering the several dimensions of human formation posted by the relationof man with the world in time, implying the totality of being and existence that forms an inseparable synthetic unity and affirms dignity and the sense of knowledge, of corporeity, of imagination, of emotion, of desire, of temporality, of historicity, of spatiality and of intersubjectivity as intrinsic expressions of human reality in constant formation.
- Published
- 2019
19. The question of history in Martin Heidegger
- Author
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Amaral, Antônio Henrique Paz do, Almeida, Fábio Ferreira de, Christino, Daniel, and Kirchner, Renato
- Subjects
Contemporary german philosophy ,Filosofia alemã contemporânea ,Philosophy of history ,Ontology ,Filosofia da história ,Metaphysics ,FILOSOFIA [CIENCIAS HUMANAS] ,Ontologia ,Metafísica - Abstract
Martin Heidegger não fez uma filosofia da história à parte de uma filosofia da linguagem, da homem, ou do ser. Não obstante, a temática da história foi de suma relevância a seu pensamento, que sempre aspirou uma totalidade unificante em torno da questão do sentido do Ser. Qual é a condição de possibilidade da história? O que faz de nós seres históricos? Esta pergunta é a que Heidegger chama, em Ser e Tempo, de a questão da historicidade da história. O ponto de partida para se pensar esta questão encontra-se na abertura distintiva do Dasein para a sua temporalidade própria, articulada em três ekstases fundamentais que se unificam no existencial do cuidado – em ordem de originariedade: o futuro-adveniente, o passado-essencial e o presente-instante. Pondo-se resoluto em seu ser-para-a-morte, o Dasein dá abertura para a retroveniência do passado, enquanto repetição das possibilidades derradeiras e mais originárias soterradas pela tradição. Outro ponto de partida, é o questionamento da história a partir da pergunta pelo sentido do niilismo e da morte de Deus, que envolvem nossa época, através de um diálogo atento com a obra de Nietzsche. Assim, Heidegger compreende a nossa historicidade desde uma remissão essencial àquilo que, em sua fase tardia de pensamento, ele nomeia de a “história do Ser” Martin Heidegger did not make a philosophy of history on the side of a philosophy of language, man or being. Nevertheless, the thematic of history was very relevant to his thought, which has always aspired to a unifying totality around the question of the meaning of being. What is the condition of possibility of history? What makes us historical beings? This question is the one that Heidegger calls in Being and Time, the question of the historicity of history. The starting point to think this question is found on the distinctive openness of Dasein to its proper temporality, articulated in three fundamental Ekstasis which unify themselves in the existential of care – in sequence of originality: advenient-future, essential-past and the instant-present. Assuming resolute in its Being-towards-death, the Dasein gives openness to the retrieval of past, as a repetition of utmost and most original possibilities buried by tradition. Another starting point is the questioning of history from the question of the meaning of nihilism and the death of God, which involve our epoch, through a attentive dialogue with Nietzsche’s work. So Heidegger understands our historicity since a essential remission to what that, in its late thinking phase, he calls “history of Being”. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES
- Published
- 2018
20. The heideggerian fundamental ontology in Being and time
- Author
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Barbosa, Alexandre Guedes, Korelc, Martina, Almeida, Fábio Ferreira de, Fernandes, Marcos Aurélio, and Christino, Daniel
- Subjects
Ser ,Ontology ,Sentido ,METAFISICA [FILOSOFIA] ,Being ,Heidegger ,Sense ,Ontologia ,Tempo ,Time - Abstract
A Ontologia Fundamental é o projeto heideggeriano que visa, com o alcance do sentido do Ser em geral, fundamentar todas as demais ontologias possíveis, uma vez que estas se caracterizam por investigar modos de ser específicos. A meta geral de Ser e tempo (1927), livro capital de Martin Heidegger (1889-1976), busca elaborar uma autêntica pergunta pelo sentido do Ser por referência ao tempo como horizonte possível para o Seu entendimento. Ao alcançarmos esta meta, seremos capazes de identificar o problema da relação doadora de sentido entre tempo e Ser e, assim, compreender propriamente o projeto da Ontologia Fundamental. Mas Ser e tempo não foi publicado em sua inteireza no ano de 1927, permanecendo neste estado de incompletude até a morte de seu autor. Sendo assim, nosso objetivo é compreender se, com a pausa estabelecida no tratado, sua meta geral e, consequentemente, a Ontologia Fundamental, foram comprometidas em seus projetos. Veremos que a Analítica Existencial Preparatória do Dasein pode nos conduzir à tematização do problema da temporialidade (temporalität) como condição de possibilidade da compreensão do Ser; que, neste sentido, a Ontologia Fundamental, enquanto projeto, estabelece seu início; e que, não obstante haver tarefas inconclusas, podemos compreender que a meta geral de Ser e tempo pode ser alcançada. A Ontologia Fundamental é o projeto heideggeriano que visa, com o alcance do sentido do Ser em geral, fundamentar todas as demais ontologias possíveis, uma vez que estas se caracterizam por investigar modos de ser específicos. A meta geral de Ser e tempo (1927), livro capital de Martin Heidegger (1889-1976), busca elaborar uma autêntica pergunta pelo sentido do Ser por referência ao tempo como horizonte possível para o Seu entendimento. Ao alcançarmos esta meta, seremos capazes de identificar o problema da relação doadora de sentido entre tempo e Ser e, assim, compreender propriamente o projeto da Ontologia Fundamental. Mas Ser e tempo não foi publicado em sua inteireza no ano de 1927, permanecendo neste estado de incompletude até a morte de seu autor. Sendo assim, nosso objetivo é compreender se, com a pausa estabelecida no tratado, sua meta geral e, consequentemente, a Ontologia Fundamental, foram comprometidas em seus projetos. Veremos que a Analítica Existencial Preparatória do Dasein pode nos conduzir à tematização do problema da temporialidade (temporalität) como condição de possibilidade da compreensão do Ser; que, neste sentido, a Ontologia Fundamental, enquanto projeto, estabelece seu início; e que, não obstante haver tarefas inconclusas, podemos compreender que a meta geral de Ser e tempo pode ser alcançada. The Fundamental Ontology is the Heidegger’s project that aims, with the reaching of the sense of Being in general, to found all others possible ontologies since they are characterized by investigating of specifics ways of being. The overall goal of Being and Time (1927), Heidegger’s main work (1889-1976), aims to elaborate the authentic question about the sense of Being by reference to time as possible horizon for His understanding. When we reach this goal, we will be capable to identify the problem of the relationship that give meaning between time and Being, so get properly the understanding the Fundamental Ontology’s project. However, Being and Time was not entirely published in the year 1927, remaining in this state of incompleteness until the death of its author. In this way, our aim is understand if with pause established in the treatise, the general scope and consequently the Fundamental Ontology were compromised in your projects. We will see that the Dasein’s preparatory existential analytic can conduct us to the thematization of the temporality’s problem (temporalität) as condition of the possibility of the Being’s comprehension; and so, we can understanding that the Fundamental Ontology qua project began; and finally, that notwithstanding there are incompletion tasks we can understanding that Being and Time reached its general goal. Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás - FAPEG
- Published
- 2018
21. The revision of ontology as phenomenology of life in Merleau-Ponty
- Author
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Mantovani, Harley Juliano, Almeida, Fábio Ferreira de, Ternes, José, Marques, Rodrigo Vieira, Silva, Claudinei Aparecido de Freitas da, and Caminha, Iraquitan de Oliveira
- Subjects
Humanidade ,Vida ,Life ,Humanity ,Merleau-Ponty ,Ontology ,Fenomenologia ,Phenomenology ,FILOSOFIA [CIENCIAS HUMANAS] ,Ontologia - Abstract
O propósito fundamental do nosso trabalho foi pensar uma fenomenologia da vida a partir da revisão da ontologia clássica que foi projetada por Merleau-Ponty. A fenomenologia da vida necessitava de um pensamento livre do peso da estrutura teórica da ontologia clássica. Por essa razão, a fenomenologia da vida não se encontra inicialmente pronta e disponível na filosofia de Merleau-Ponty, mas antes, ela se desenvolve e se apresenta através da identificação progressiva desta filosofia com um projeto de renovação da ontologia que começa por mostrar as condições históricas da crise da filosofia contemporânea. O surgimento da necessidade de pensar a vida como questão suprema e última da filosofia, além de denunciar um desvio filosófico de uma inversão racionalista, revela que a filosofia não triunfou, pelo contrário, se a vida é compreendida como a eternidade existencial de um resíduo, o pensamento da vida exige que a filosofia seja um começo perpétuo inicialmente despossuído de toda divindade separada e absoluta. O retorno a um começo humilde, que a vida espera de nós, significa se livrar da vaidade de um entendimento que nos encaminha para o niilismo que caracteriza o esquecimento das origens, portanto, apenas uma razão heroica alcança a humildade do começo, e foi este heroísmo de uma razão responsável que a fenomenologia de Husserl ofereceu ao projeto ontológico de Merleau-Ponty. Se o pensamento da vida necessita da busca heroica pela humildade do começo, então, ele nos apresenta a nouvelle ontologie como uma Ursprungsklärung que, iluminando o nascimento do Logos anterior à idealização da ciência, nos conduz a uma Naturphilosophie que nos mostra que a fenomenologia da vida não pode sofrer a ruptura idealista da natureza, do homem e de Deus que existe apenas no saber que constrói labirintos como entes racionais. Enfim, baseando-se sobre a humildade e o heroísmo do pensamento en naissance, a fenomenologia da vida representa a vitória sobre o labirinto mitológico do naturalismo, do humanismo e do teísmo. The fundamental purpose of our work was to think a phenomenology of life from the revision of the classic ontology that was designed by Merleau-Ponty. The phenomenology of life required a thought free of the weight of the theoretical structure of classical ontology. For this reason, the phenomenology of life is not initially ready and available in the philosophy of Merleau-Ponty, but rather, it develops and presents itself through the progressive identification of this philosophy with a project of ontology renewal that begins by showing the conditions of the crisis of contemporary philosophy. The emergence of the need to think of life as the supreme and ultimate question of philosophy, besides denouncing a philosophical deviation from a rationalist inversion, reveals that philosophy did not triumph, on the contrary, if life is understood as the existential eternity of a residue, the thought of life demands that philosophy be a perpetual beginning initially dispossessed of all separate and absolute divinity. The return to a humble beginning, which life expects of us, means to get rid of the vanity of an understanding that leads us to the nihilism that characterizes the forgetting of origins, therefore, only a heroic reason achieves the humility of the beginning, and it was this heroism of a responsible reason that Husserl's phenomenology offered to the ontological project of Merleau-Ponty. If the thought of life necessitates the heroic search for the humility of the beginning, then it presents us the nouvelle ontologie as an Ursprungsklärung which, illuminating the birth of the Logos prior to the idealization of science, leads us to a Naturphilosophie which shows us that the phenomenology of life can not suffer the idealistic rupture of nature, man and God that exists only in the knowledge that constructs labyrinths as rational beings. Finally, based on the humility and heroism of thought en naissance, the phenomenology of life represents the victory over the mythological labyrinth of naturalism, humanism and theism. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES
- Published
- 2017
22. Spaces others: gaps in the thought at Michel Foucault
- Author
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Carvalho, Juliana Damazio, Ternes, José, Almeida, Fábio Ferreira de, and Kraemer, Celso
- Subjects
Desvanecimento da forma- homem ,Literature ,Fading of the man-form ,Literatura ,FILOSOFIA [CIENCIAS HUMANAS] ,Michel Foucault - Abstract
O objetivo desta dissertação caminha em torno da relação entre o tema da ―morte do homem‖ e o aparecimento da literatura como modo singular da linguagem na modernidade, questão considerada por Michel Foucault em As palavras e as coisas sob os termos de uma incompatibilidade na qual o reaparecimento do ―ser‖ da linguagem, que cintila em nossa paisagem a partir do surgimento da literatura, é compreendido como uma ameaça ao estatuto soberano concedido pelo pensamento moderno à forma-homem. A partir deste recorte pretendemos explicitar os termos dessa incompatibilidade, considerando que face a esse novo espaço de linguagem, espaço heterotópico que suscita o desvanecimento da figura até então central à ordenação do saber moderno, abrem-se ao pensamento espécies de brechas, de espaços de abertura que nos possibilitam pensares outros. The aim of this dissertation is based on the relation between the theme "death of man" and the emergence of Literature as a unique means of language in modernity. This relation is questioned by Michel Foucault in the book The Order of Things, in the terms of an incompatibility, in which the reappearance of the "self" of language that shines in our landscape from the emergence of literature is understood to threaten the sovereign status granted by the modern thoughts to the man-form. From this clipping, we intend to explain the terms of this incompatibility considering that, facing this new space of language, a heterotopic space that provokes the fading of the figure that until then was central to the ordering of modern knowledge, it provokes the fading of the main figure to the ordination of modern knowledge, opening up species of gaps in our thoughts that makes it possible to think differently.
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- 2017
23. Conscience et ego dans la pensée du jeune Sartre
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Rêgo, Augusto Seixas Brandão, Almeida, Fábio Ferreira de, Korelc, Martina, Souza, Thana Mara de, and Santoro, Thiago Suman
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Réflexion pure ,Jean-Paul Sartre ,FILOSOFIA [CIENCIAS HUMANAS] ,Edmund Husserl ,Reflexão pura - Abstract
Na presente dissertação pretendemos analisar o conceito de consciência e de ego no pensamento desenvolvido pelo filósofo Jean-Paul Sartre em seus trabalhos de juventude, nomeadamente no opúsculo A Transcendência do ego. Uma breve exposição histórica do ambiente intelectual francês à época de Sartre esclarece a importância do advento da obra de Husserl na França, bem como os obstáculos que ela impõe no que concerne a um contato imediato com o concreto. Tal contato, possibilitado pela ideia de intencionalidade desenvolvida por Husserl, gradativamente será obliterado em nome de um transcendentalismo ao qual como fenomenólogo ele se adéqua. Para retomar o concreto, Sartre lançará mão do idealismo transcendental, vai elaborar uma filosofia da relação não intelectualista com o mundo para fundamentar a reflexão a partir de uma consciência pré-reflexiva. Esse tipo de consciência se fará perceber em diversos conceitos de Sartre também desenvolvidos neste período, como a mágica, a má-fé, a temporalidade, dentre outros. A dinâmica entre a consciência e o ego orienta a argumentação de Sartre, eis nossa hipótese interpretativa, neste período em que o ego, resvalando do plano refletido para o irrefletido, perde sua “intimidade” e a consciência retoma o que para nosso autor configura sua lei absoluta: o imediato. Le présent travail a pour intention d'analyser les concept de conscience et d'ego tels que développés par le philosophe Jean-Paul Sartre dans ses oeuvres de jeunesse, plus spécifiquement dans l'opuscule la transcendance de l'ego. Une brève présentation historique de l'atmosphère intellectuelle de l'époque de Sartre montre l'importance de la réception de l'oeuvre de Husserl en France mais aussi les obstacles que celle-ci implique relativement à la question du contact immédiat avec le concret. Ce contact, rendu possible par l'idée d'intetionalité développée par Husserl, sera graduellement surmonté au nom d'un transcendantalisme auquel il se référe en tant que phénoménologue. Afin de revenir au concret, Sartre abandonnera l'idéalisme transcendantal au profit d'une relation avec le monde non intellectualiste, qui permettra la réflexion à partir d'une conscience pré-réflexive. Ce type de conscience pourra être perçue dans divers concepts de Sartre développés à la même époque, comme, entre autres, la magie, la mauvaise foi, la temporalité. Notre hypothése d'interprétation avance l'idée selon laquelle la dynamique entre la conscience et l'égo oriente l'argumentation de Sartre dans cette période où l'ego, passant du réfléchi à l'irréflechi, perd son "intimité" et où la conscience reprend sa loi absolue selon notre auteur: l'immédiat. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES
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- 2017
24. SABER HETEROTOPOLÓGICO E A LEITURA EM MICHEL FOUCAULT
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Santos, Andre Luiz dos, Ternes, José, Sugizaki, Eduardo, Roure, Glacy Queirós de, Correia, Paulo Petronilio, and Almeida, Fábio Ferreira de
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Heterotopia. Saber. Infame. Sade. Leitura ,Heterotopia. Knowledge. Infamous. Sade. Reading ,EDUCACAO [CIENCIAS HUMANAS] - Abstract
Submitted by admin tede (tede@pucgoias.edu.br) on 2017-09-18T11:56:33Z No. of bitstreams: 1 ANDRÉ LUIZ DOS SANTOS.pdf: 1262906 bytes, checksum: f15c31c90e8f6af1570de0f6778536c0 (MD5) Made available in DSpace on 2017-09-18T11:56:33Z (GMT). No. of bitstreams: 1 ANDRÉ LUIZ DOS SANTOS.pdf: 1262906 bytes, checksum: f15c31c90e8f6af1570de0f6778536c0 (MD5) Previous issue date: 2017-08-10 The space question to Michel Foucault presents how possibilities, ruins, meetings, exchanges and agitations, but, especially, how an other space to the thought. It’s from this question, concerning an heterotopology knowledge, that we set out to study different spaces in Foucault. In our way, the first of all, we percussed the space of the constitution of the heterotopias, attempting in this analytical to relationships between we mention of the troubled vitality and your approximations with the literature in the archeology spaces. Subsequently, we returned to the infamous space, your difficult localizations, your inevitable distances. Like deploying these first reflections we faced with Sade‟s image, your extensive, paradoxical and amazing presence in the knowledge, madness and sexuality spaces. This presence induced us to inquire the Foucault‟s reading gesture and the distances that we are with respect to this reading. We inquire also, about how, in the distance between the author and the reader closes a space of differences, freedoms and of the own discourse. In this way, we approach, the reading space in the form of a dramaturgy. Foucault leaves the scene and in the loneliness with your written, or in reencounter with Sade, the recognition of the your large and intense margins. Open space for the death, for the event, for the fights and battles. A space for the reader. An open space for the different meets, for the strange neighborhoods, for the different discourses. A questão espacial para Michel Foucault apresenta-se como possibilidades, ruínas, encontros, mobilidades e agitações, mas, sobretudo, como um espaço outro para o pensamento. É a partir dessa questão, acerca de um saber heterotopológico, que nos propusemos a estudar diferentes espaços na obra de Foucault. Em nosso itinerário, percorremos incialmente o espaço de constituição das heterotopias, atentando nessa analítica para as relações entre o que denominamos de vitalidade problemática e as suas aproximações com a literatura nos espaços da arqueologia. Posteriormente, nos voltamos para o espaço infame, suas difíceis localizações, suas incontornáveis distâncias. Como desdobramento dessas reflexões iniciais nos deparamos com a figura de Sade, sua extensa, paradoxal e surpreendente presença nos espaços do saber, da loucura e da sexualidade. Tal presença nos levou a indagar os gestos de leitura de Foucault e as distâncias em que nos situamos em relação a essa leitura. Indagamos também sobre como nas distâncias entre o autor e o leitor encerra-se um espaço de diferenças, de liberdades e do próprio discurso. Dessa forma, abordamos o espaço da leitura na forma de uma dramaturgia. Foucault sai de cena e na solidão com os seus escritos, ou num reencontro com Sade, o reconhecimento de suas imensas e intensas margens. Espaços abertos para a morte, para o acontecimento, para as lutas e batalhas. Um espaço para o leitor. Um A questão espacial para Michel Foucault apresenta-se como possibilidades, ruínas, encontros, mobilidades e agitações, mas, sobretudo, como um espaço outro para o pensamento. É a partir dessa questão, acerca de um saber heterotopológico, que nos propusemos a estudar diferentes espaços na obra de Foucault. Em nosso itinerário, percorremos incialmente o espaço de constituição das heterotopias, atentando nessa analítica para as relações entre o que denominamos de vitalidade problemática e as suas aproximações com a literatura nos espaços da arqueologia. Posteriormente, nos voltamos para o espaço infame, suas difíceis localizações, suas incontornáveis distâncias. Como desdobramento dessas reflexões iniciais nos deparamos com a figura de Sade, sua extensa, paradoxal e surpreendente presença nos espaços do saber, da loucura e da sexualidade. Tal presença nos levou a indagar os gestos de leitura de Foucault e as distâncias em que nos situamos em relação a essa leitura. Indagamos também sobre como nas distâncias entre o autor e o leitor encerra-se um espaço de diferenças, de liberdades e do próprio discurso. Dessa forma, abordamos o espaço da leitura na forma de uma dramaturgia. Foucault sai de cena e na solidão com os seus escritos, ou num reencontro com Sade, o reconhecimento de suas imensas e intensas margens. Espaços abertos para a morte, para o acontecimento, para as lutas e batalhas. Um espaço para o leitor. Um espaço aberto aos diferentes encontros, às estranhas vizinhanças, aos diferentes discursos.
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- 2017
25. The frailty of beauty: a study about subjectivity in lyrical composition
- Author
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Almeida , Patrícia Sheyla Bagot de, Souza , Jamesson Buarque de, Souza, Jamesson Buarque de, Ferraz, Marcelo de Paula, Quintela, Anton Corbacho, Carvalho, Nilson Pereira de, and Almeida, Fábio Ferreira de
- Subjects
Subjetividade ,Romantiscism ,Idealismo ,Lyric ,Lírica ,Subjectivity ,Dora Ferreira ,Idealism ,Romantismo ,LETRAS [LINGUISTICA, LETRAS E ARTES] - Abstract
Nesta tese, pretendemos discutir a subjetividade na formação da lírica moderna, tendo em vista o seu desenvolvimento junto ao Idealismo e ao Romantismo alemão a partir do século XVIII. Neste intuito, partimos da hipótese que a subjetividade fora fruto do espírito de época preso ao desenvolvimento das artes que caminhavam cada vez mais rápido em direção à formatação do sujeito como centro mediador e configurador do mundo e das artes. A noção de um eu reflexionante que se erguera nos acontecimentos políticos, sociais e filosóficos fizeram vislumbrar a subjetividade como essência da modernidade. Entretanto, no campo da lírica, ela veio resvalando no problema de método das teorias do conhecimento, atrelada que esteve ao idealismo fundador do salto na interioridade pensante de uma nova ontologia das artes, até sua própria concepção que denominaremos de frágil beleza, ou seja, a lírica nasceu sem lira, nos limites de um eu que vivência o pretérito presentificado do mundo quando desfaz o próprio eu em unidade na materialidade da palavra. A partir disso, estruturamos esta tese no idealismo de Fichte e Schelling, no romantismo reflexivo de Novalis e na dialética de Hegel como resolução dos idealistas anteriores. Sendo este último, objeto de contestação na posição da subjetividade lírica. Orientados pela análise de tais teóricos, partimos para o exame da obra de Dora Ferreira da Silva (1918 - 2006), demonstrando como uma nova subjetividade, em nada devedora aos idealistas, foi se formando nas páginas da própria poeta, sendo sua poética enredada por pensamento, sensibilidade e verdade. Assim sendo, selecionamos obras e poemas em que a questão da subjetividade ficasse visível para que pudéssemos associar subjetividade, lírica, verdade, reflexão e existencialidade como formas e performances de novas subjetividades. In this thesis, we intend to discuss subjectivity in the formation of modern lyric, in view of its development along with German Romanticism and Idealism from the 18th century. In this sense, we start from the hypothesis that the subjectivity was fruit of the spirit of the time stuck to the development of the arts that walked faster and faster towards the formatting of the subject as mediating center and configurator of the world and of the arts. The notion of a reflective self that had arisen in political, social, and philosophical events made subjectivity appear as the essence of modernity. However, in the field of lyricism, it has slipped in the problem of the method of theories of knowledge, linked to the foundational idealism of the leap into the thinking interiority of a new ontology of the arts, to its own conception that we will call fragile beauty, The lyric was born without a lyre, within the limits of a self that experiences the present preterite of the world when it undoes its own self in unity in the materiality of the word. From this we have structured this thesis in the idealism of Fichte and Schelling, in the reflexive romanticism of Novalis and in the dialectic of Hegel like resolution of the previous idealists. The latter being the object of contestation in the position of lyrical subjectivity. Guided by the analysis of such theorists, we set out to examine the work of Dora Ferreira da Silva (1918 - 2006), demonstrating how a new subjectivity, in no way indebted to the idealists, was formed in the pages of the poet herself, her poetics being entangled by Thought, sensitivity and truth. Thus, we selected works and poems in which the question of subjectivity became visible so that we could associate subjectivity, lyrical, truth, reflection and existentiality as forms and performances of new subjectivities.
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- 2017
26. Corps et subjectivité dans Merleau-Ponty
- Author
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Xavier, Luana Lopes, Almeida, Fábio Ferreira de, Damião, Carla Milani, and Silva, Claudinei Aparecido de Freitas da
- Subjects
Subjetividade ,Le monde ,L'expérience ,La subjectivité ,Merleau-Ponty ,Consciência ,La conscience ,Experiência ,Le corps ,FILOSOFIA [CIENCIAS HUMANAS] ,Mundo ,Corpo - Abstract
O objetivo do presente trabalho é analisar o tema Corpo e subjetividade na obra de Maurice Merleau-Ponty, tomando como viés suas críticas e interpretações do pensamento fenomenológico. Compreendemos, em especial, que a fenomenologia merleau-pontiana elege a experiência corpórea como fonte da percepção. Desta forma, a fenomenologia nos levará a uma abordagem do corpo atrelado à subjetividade ou da imbricação entre homem e natureza, expressas em obras como A estrutura do comportamento e Fenomenologia da percepção. A intenção do nosso trabalho é mostrar como o pensamento de Merleau-Ponty se empenha em romper com os dualismos sobre a relação corpo-mente e recuperar os dados sensíveis da consciência a partir da experiência perceptiva, mais especificamente, pensar a crítica empreendia pelo autor aos estudos clássicos do corpo e à cisão moderna entre interioridade e exterioridade, tendo em vista uma fenomenologia do entrelaçamento homem-mundo. Para tal, deter-nos-emos a referências que Merleau-Ponty realiza a Descartes, Husserl e Bergson, também à obra A estrutura do comportamento, mas propondo, sobretudo, uma possível leitura da Fenomenologia da percepção. L'objectif de cette travail est d'analyser les thèmes du Corps et de la subjectivité dans l'oeuvre de Maurice Merleau-Ponty, considérant leurs critiques tout comme leurs interprétations de la pensée phénoménologique. Nous comprenons, surtout, que la phénoménologie merleaupontienne a élu l'expérience du corps comme source de la perception. Ainsi, la phénoménologie nous mènera à une approche du corps lié à la subjectivité ou à l’entralecement de l'homme et la nature, présentée dans le travail La structure du comportement et Phénoménologie de la perception. L'intention de notre travail est de montrer comment la pensée de Merleau-Ponty s´efforce à rompre avec les dualismes de la relation corps-esprit et à récupérer les données sensibles de la conscience à partir de l'expérience perceptive, plus précisémment. Nous voudrions donc penser la critique faite par l'auteur des études classiques sur le corps et la division moderne entre l'intériorité et l'extériorité, ayant en vue une phénoménologie de l’entrelacement homme-monde. Pour ce, nous prenons en compte les références que Merleau-Ponty fait à Descartes, Husserl et Bergson, tout comme l’oeuvre La structure du comportement, mais nous proposons, surtout, une lecture possible de la Phénoménologie de la perception. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES
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- 2017
27. Le temps et la vie dans Gaston Bachelard
- Author
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Machado, Fernando da Silva, Almeida, Fábio Ferreira de, Ternes, José, and Cesar, Constança Marcondes
- Subjects
Instant ,Bachelard ,Vida ,Ritmo ,Durée ,Rythme ,FILOSOFIA [CIENCIAS HUMANAS] ,Bergson ,Duração ,Vie ,Instante - Abstract
O objetivo da presente dissertação é mostrar como Bachelard edifica a noção de vida em sua filosofia por meio de uma reflexão sobre o problema filosófico do tempo e das noções de instante e duração. Ao refletirmos sobre o instante descontínuo associando-o a outros conceitos que perpassam seus escritos, tanto epistemológicos, quanto poéticos, estabeleceremos de que maneira o pressuposto teórico de complementariedade entre as duas vertentes de seu pensamento é alcançado. Destacaremos também que em sua metafísica o ser do homem busca sua referência autosincrônica por meio da experiência descontínua do instante verdadeiramente dinâmico, onde o tempo não corre, jorra. O livro A intuição do instante (1932), obra dedicada a esta reflexão metafísica sobre o tempo conflui, quatro anos mais tarde, para A dialética da duração (1936), obra que, por sua vez, define o conceito de duração a partir das várias temporalidades superpostas constitutivas da própria existência, ambas apresentam os fundamentos de uma filosofia do repouso e são as referências privilegiadas deste estudo. Não é necessário ressaltar a importância da filosofia de Henri Bergson nesta discussão: é a partir de um contraponto com suas teses, tanto sobre a vida como sobre a duração, que Bachelard irá forjar sua própria compreensão do conceito de vida por meio de uma oposição que é sublinhada ao longo de suas duas obras temporais, ou seja, entre vida vivida (circunscrita ao tempo comum/tempo transitivo) e vida pensada (circunscrita ao tempo do espírito/tempo imanente). Partimos da hipótese de que é porque o espírito pode chocar-se com a vida vulgar, escorregadia e homogênea que a vida superior, ou seja, do próprio espírito, deve ser entendida nesta filosofia como sendo uma construção racional apoiada em uma dialética pluralista de saberes sobre o tempo. No final deste trabalho tentaremos esboçar alguns apontamentos relativos à valorização da vida pelo pensamento bachelardiano que a torna ritmicamente variada e harmônica. Cette présente dissertation a pour but de montrer comment Bachelard élabore la notion de vie dans sa philosophie à travers une réflexion sur le probléme philosophique du temps et les notions d'instant et de durée. En pensant l'instant discontinu et en l'associant à d'autres concepts présents dans ses écrits, tant épistémologiques que poétiques, nous montrerons comment est atteint le présupposé théorique de complémentarité entre les deux aspects de la pensée de Bachelard. Nous soulignerons également que, dans sa métaphysique, l'être de l'homme cherche sa référence autosynchronique à travers de l'expérience discontinue de l'instant véritablement dynamique où le temps ne coule pas, mais jaillit. Le livre L'intuition de l'instant (1932), oeuvre consacrée à cette réflexion métaphysique sur le temps aboutir, quatre ans plus tard à La dialectique de la durée (1936), oeuvre qui, quant à elle, en définissant le concept de durée à partir des différentes temporalités superposées qui constituent l'existence, tous le doux présent les bases d'une philosophie du repos et sont les références privilégiées de cette étude. Il est inutile de rappeler l'importance de la philosophie de Bergson dans cette discussion: c'est en contrecarrant ses théses, tant sur la vie que sur la durée, que Bachelard allait forger sa propre compréhension du concept de vie dans ses deux écrits sur le temps par une opposition entre le concept de la vie vécue (limitée au temps commum/temps transitif) et la vie pensée (limitée au temps de l'esprit/temps immanent). Nous partons de l'hypothése selon laquelle c'est parce que l'esprit peut se heurter à la vie vulgaire et homogéne que la vie supérieure, c'est-à-dire du propre esprit, doit être comprise dans cette philosophie comme une construction rationnelle basée sur une dialectique pluraliste des savoirs sur le temps. Pour conclure ce travail, nous essaierons d'indiquer quelques points relatifs à la valorisation de la vie dans la pensée bachelardienne qui la rend rythmiquement variée et harmonique. Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás - FAPEG
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- 2017
28. De la 'crise dans la raison' à la 'raison dans la crise': la présence du Cercle de Vienne dans le scénario intellectuel français des années 1930 e l’aube d’une épistémologie historique et une histoire philosophique des sciences
- Author
-
Machado, Hallhane, Salomon, Marlon Jeison, Condé, Mauro Lúcio Leitão, and Almeida, Fábio Ferreira de
- Subjects
Épistémologie historique et histoire philosophique des sciences ,Crises da razão ,Cercle de Vienne ,Meio intelectual francês ,Círculo de Viena ,HISTORIA MODERNA E CONTEMPORANEA [HISTORIA] ,Milieu intellectuel français ,Crises de la raison ,Epistemologia histórica e história filosófica das ciências - Abstract
Nos anos 1930, instituições e autores proeminentes do contexto intelectual francês direcionaram sua atenção para um movimento filosófico que trazia em seu interior concepções muito distintas daquelas admitidas pelo meio filosófico da França: o Círculo de Viena. Realizaram congressos, publicaram traduções, resenhas e exposições das teses do Movimento austríaco. Nesse mesmo período, Gaston Bachelard e Alexandre Koyré traziam à luz uma epistemologia histórica e uma história filosófica das ciências. A hipótese sobre a qual nos debruçamos neste trabalho é a de que tais acontecimentos não estão isolados. A passagem do Círculo de Viena na França e as posturas filosóficas bachelardiana e koyreniana podem ser concebidas como frutos de uma mesma preocupação: as crises dos fundamentos de diversos saberes, as crises da razão. O meio filosófico francês viu no Movimento vienense uma possível solução ao problema das crises, que, logo após ser conhecida e analisada por autores como Émile Meyerson, Jean Cavaillès, Albert Lautman, Gaston Bachelard, Alexandre Koyré e Federigo Enriques, foi descartada. Para eles, era inadmissível uma proposta que delineasse uma concepção de razão categórica e absoluta. É nesse mesmo momento, em que se puseram a conhecer a proposta vienense, que Koyré e Bachelard elaboraram uma história filosófica e uma epistemologia histórica fundamentadas em uma concepção de razão que abarcava a ideia de crise. A razão não é absoluta, eterna, mas passa por mutações, revoluções. As crises são períodos de transformação de fundamentos, depois dos quais a razão não é destruída, mas renovada, tornando-se um novo tipo de razão. Assim, Koyré e Bachelard davam uma nova resposta às crises, onde não mais se faziam presentes os problemas da proposta austríaca. Dans les années 1930, tant les institutions que les auteurs dominants du contexte intellectuel français se sont interessés à un mouvement philosophique dont de nombreux concepts se distinguaient fortement de ceux admis par le milieu philosophique français: le Cercle de Vienne. Cet intérêt a donné lieu à des colloques ainsi qu’à des publications des traductions, des compte-rendus et présentations des théses de ce Mouvement autrichien. A la même période, émergeaient grâce à Gaston Bachelard et Alexandre Koyré une épistemologie historique et une histoire philosophique des sciences. Notre hypothése de travail dans cette étude est que de tels événements ne sont pas isolés. Le passage du Cercle de Vienne en France et les positions philosophiques bachelardiennes et koyréenne peuvent être conçues comme le résultat d’une même préoccupation : les crises des fondements de différents savoirs, les crises de la raison. Le milieu philosophique français a vu dans le Mouvement Viennois une possible solution, d’ailleurs écartée aprés examen et analyse d’auteurs comme Émile Meyerson, Jean Cavaillès, Albert Lautman, Gaston Bachelard, Alexandre Koyré et Federigo Enriques, au probléme des crises. Pour eux, la thése d’une raison catégorique et absolue était inadmissible. C’est donc au moment même où ils ont connu la proposition viennoise que Koyré e Bachelard ont élaboré une histoire philosophique et une épistémologie historique fondées sur une conception de la raison intégrant l’idée de crise. La raison n’est pas absolue, éternelle. Elle passe par des mutations, des révolutions. Les crises sont des périodes de transformations des fondements, aprés lesquelles la raison n’est pas détruite mais rénovée, transformée en un nouveau genre de raison. Koyré e Bachelard ont ainsi donné une nouvelle réponse aux crises, où les problémes de la thése autrichienne sont absents. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES
- Published
- 2016
29. Epistemology of communication: a discussion about the dual-nature of the communication object from a phenomenology of communication
- Author
-
Giani, Yuri Manzi, Christino, Daniel, Freitas, Antônio Signates, and Almeida, Fábio Ferreira de
- Subjects
Communication ,Fenomenologia ,Teoria do conhecimento ,Theory of knowledge ,Epistemologia ,Phenomenology ,Epistemology ,Husserl ,COMUNICACAO [CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS] ,Comunicação - Abstract
Este trabalho propõe um debate epistemológico da comunicação cujo foco está centrado na questão da dupla natureza do objeto comunicacional. Essa especificidade do objeto, que se desdobra em duas perspectivas bem definidas - a perspectiva da informação e a perspectiva do sentido - se caracteriza como um impasse para o Campo. Na tentativa de avançarmos para a resolução do problema, recorremos à tradição fenomenológica tal como desenvolvida a partir de Husserl (2001). Partindo de uma fenomenologia da comunicação chegamos a uma possível essência da comunicação. Por fim, essa essência encontrada foi analisada a partir das duas perspectivas de modo que ela contribuísse para a resolução do impasse. This research proposes an epistemological debate of Communication, focused on the dualnature of the communicational object. This specificity of the object, which unfolds in two well-defined perspectives – the prospect of information and the perspective of sense – is characterized as a halt to the field of study. In an effort to move towards the solution of this problem, we used the traditional phenomenologic approach developed by Husserl (2001). Starting from a phenomenology of communication we came to a possible essence of communication. Finally, the essence which we found was analyzed from two perspectives contributing to resolve the impasse.
- Published
- 2015
30. Subjectivity and finitute in being and time
- Author
-
Martins Filho, José Reinaldo Felipe, Almeida, Fábio Ferreira de, Ternes, José, and Drucker, Cláudia Pellegrini
- Subjects
Subjetividade ,Ser e tempo ,Ontology ,FILOSOFIA [CIENCIAS HUMANAS] ,Heidegger ,Subjectivity ,Being and time ,Ontologia ,Finitude ,Finitute - Abstract
A presente pesquisa visa analisar a questão da subjetividade e sua articulação com o tema da finitude no pensamento de Martin Heidegger. Tomaremos para isso, como referência privilegiada, a obra Ser e Tempo, de 1927, na qual buscaremos os elementos que justifiquem a critica heideggeriana ao conceito moderno de subjectum e a via alternativa que se abre com a analítica da existenciaridade da existência. Em primeiro lugar, nos esforçaremos cm resgatar a o de subjetividade fundamentada pela fenomenologia. tal como é exposta por seu fundador, Edmund Husserl, a fim de aferir em que medida sua influencia determina a constituição de uma investigação sobre o sentido do ser. Em seguida, destacaremos a eleição do ente por excelência, dotado do privilégio ôntico-ontológico, e o seu papel na elaboração de uma nova perspectiva para se considerar o modo de ser do homem no mundo, distinto de abordagens como as da psicologia, biologia ou da antropologia. Descartes e Husserl serão constantes interlocutores nesse itinerário. Encerra o presente estudo o exame propriamente dito da relação entre os conceitos subjetividade e finitude, fundamentais, segundo nossa percepção, para a compreensão da importância, do alcance e da posteridade da filosofia heideggeriana. A presente pesquisa visa analisar a questão da subjetividade e sua articulação com o tema da finitude no pensamento de Martin Heidegger. Tomaremos para isso, como referência privilegiada, a obra Ser e Tempo, de 1927, na qual buscaremos os elementos que justifiquem a critica heideggeriana ao conceito moderno de subjectum e a via alternativa que se abre com a analítica da existenciaridade da existência. Em primeiro lugar, nos esforçaremos cm resgatar a o de subjetividade fundamentada pela fenomenologia. tal como é exposta por seu fundador, Edmund Husserl, a fim de aferir em que medida sua influencia determina a constituição de uma investigação sobre o sentido do ser. Em seguida, destacaremos a eleição do ente por excelência, dotado do privilégio ôntico-ontológico, e o seu papel na elaboração de uma nova perspectiva para se considerar o modo de ser do homem no mundo, distinto de abordagens como as da psicologia, biologia ou da antropologia. Descartes e Husserl serão constantes interlocutores nesse itinerário. Encerra o presente estudo o exame propriamente dito da relação entre os conceitos subjetividade e finitude, fundamentais, segundo nossa percepção, para a compreensão da importância, do alcance e da posteridade da filosofia heideggeriana. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES
- Published
- 2014
31. La science dans l'historiographie de la Renaissance: de Jacob Burckhardt a Alexandre Koyré
- Author
-
Pereira, Renato Fagundes, Salomon, Marlon Jeison, Mollo, Helena Miranda, Almeida, Fábio Ferreira de, and Marques, Rodrigo Vieira
- Subjects
pensamento científico ,scientific thought ,Alexandre Koyré ,filosofia ,renascimento ,renaissance ,HISTORIA [CIENCIAS HUMANAS] - Abstract
O presente estudo tem como propósito analisar o modo como o nascimento da ciência moderna foi articulado no interior da historiografia do Renascimento e particularmente a relação entre a ciência, o pensamento filosófico e as diversas formas de escrita da história do pensamento na primeira metade do século XX. Na primeira parte, analisamos o debate entre Burckhardt e Cassirer e suas diferenças interpretativas. Na segunda analisamos um conjunto de interpretações fundamentais: do Renascimento científico até a inexistência de ciência no Renascimento. Pretendemos, por meio do estudo desse percurso historiográfico, refletir sobre a singularidade da interpretação e da historiografia do pensamento de Alexandre Koyré. The present study has the proposal to analyze the way in which the birth of modern science was articulated within Renaissance’s historiography, particularly the relationship between science, philosophical thought and the various forms of writing history of thought in the first half of twentieth century. The first part we analyze the debate between Burckhardt and Cassirer and theirs interpretive differences. In the second we analyze a set of fundamental interpretations: from scientific Renaissance to absence of science in the very Renaissance. By studying this historiographical route we intend to think over the peculiarity of Alexandre Koyré’s interpretation and historiography of thought.
- Published
- 2013
32. A noção fenomenológica do ego transcendente em Jean-Paul Sartre
- Author
-
Lima, Polyelton de Oliveira, Korelc, Martina, Almeida, Fábio Ferreira de, and Moutinho, Luiz Damon Santos
- Subjects
Ego ,Intencionalidade ,Consciousness ,Consciência ,Intentionality ,Fenomenologia ,Transcendência ,Phenomenology ,FILOSOFIA [CIENCIAS HUMANAS] ,Transcendence - Abstract
As obras A transcendência do ego e Uma ideia fundamental da fenomenologia de Husserl: a intencionalidade revelam o anseio inicial de Sartre para combater a existência de conteúdos no interior da consciência. Aceitar a existência de conteúdos e, sobretudo, de um eu operador das consciências representaria um perigo para teoria da intencionalidade. A fenomenologia deve levar em consideração que a consciência é intencional e transcende a si mesma na tentativa de fugir da sua falta constitutiva. Os objetos do mundo são seres em-si, transcendentes à consciência, eles só existem para a consciência na medida em que aparecem para ela. E esta, por sua vez, é um ser para-si que busca o seu si no mundo e nos objetos transcendentes. O ego é um ser do mundo e surge quando a consciência reflexiva analisa a irrefletida. Se não há conteúdos na consciência, também não pode existir um ego que a opere, pois ela é autônoma e espontânea. No entanto, quando ela diz “eu penso”, parece reconhecer uma função ou, no mínimo, uma condição espontânea do eu. É nesse sentido que o ego surge como uma ficção para a consciência que deposita nesse mesmo ego a sua espontaneidade, cabendo a ele a função de unificar as ações, os estados e as qualidades. The works The transcendence of the ego and A fundamental idea of Husserl's phenomenology: intentionality reveal the yearning initial Sartre to combat the existence of content within consciousness. Accepting the existence of content and, above all, an operator of conscience I represent a danger to the theory of intentionality. Phenomenology must take into consideration that consciousness is intentional and transcends itself in an attempt to flee from their constitutive lack. The objects of the world are beings in itself, transcendent consciousness, they exist only to the extent that consciousness appears to her. Consciousness, in turn, is to be self-seeking yourself in the world and transcendent objects. The ego is a being in the world and arises when the reflective consciousness analyze the unreflective consciousness. If there is no content in consciousness, cannot be an ego that operates this consciousness because it is autonomous and spontaneous. However, when conscience says "I think", she seems to acknowledge a role or at least a condition of spontaneous self. It is in this sense that the ego emerges as a fiction for consciousness. The consciousness deposits in the ego its spontaneity and this serves to unify the actions, states and qualities. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES
- Published
- 2013
33. A teoria da história de Raymond Aron para além do Reno: 'Découverte de l'Allemagne'
- Author
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Santos, Murilo Gonçalves dos, Guerra, Francesco, Almeida, Fábio Ferreira de, Berbert Júnior, Carlos Oiti, and Valle, Ulisses do
- Subjects
Raymond-aron ,Pensamento-frances ,HISTORIA [CIENCIAS HUMANAS] ,Filosofia-critica-da-historia ,Critical-philosophy-of-history ,Pensamento-alemao ,German-thought ,French-thought - Abstract
O trabalho encontra-se subsumido no objetivo do exame da teoria da história desenvolvida por Raymond Aron (1905 - 1983) considerada, primordialmente, em relação ao seu vínculo com o pensamento alemão. O processo de constituição do seu pensamento teórico-epistemológico, bem como político, foi profundamente marcado pela forte presença de concepções filosóficas alemãs, cujo fecundo diálogo foi realizado, especialmente, durante a década de 1930, o qual resultou na concepção de sua tese de doutoramento, a saber, Introduction à la philosophie de l'histoire: Essai sur les limites de l'objectivité Historique. A defesa dessa tese é a representação de um processo marcado pelo embate não só de gerações, mas de sistemas de pensamento distintos. A questão de trabalho é, nesse sentido, justamente a análise crítica dessa “apropriação” apresentada pela obra de Aron, a partir da confrontação de seus trabalhos realizados na década de 1930 com a tradição da qual se julga pertencente e, finalmente, da determinação de sua especificidade. Esta discussão está inserida em um contexto maior que trata da recepção do pensamento filosófico e sociológico alemão na França. Aron esteve desde a sua formação ligado à filosofia alemã, inicialmente a Kant e, posteriormente, com a fenomenologia, o marxismo, com a filosofia de W. Dilthey, bem como com o neokantismo da Escola de Baden e, principalmente, com Max Weber. Este período é determinante para a constituição de sua teoria da história ou, nos termos de Aron, de sua “filosofia crítica da história”, baseada na “crítica da razão histórica”. Uma teoria marcada principalmente pela busca dos limites da objetividade histórica e por uma perspectiva ontológico-existencial. Abstract: The work is subsumed on the objective of examining the theory of history developed by Raymond Aron (1905 - 1983), accounted primarily in relation to its connection with german thought. The process of constitution of his theoretical-epistemological, as well as political thought was deeply marked by the strenuous presence of german philosophical conceptions, whose fruitful dialogue took place, especially, during the decade of 1930, which resulted in the conception of his doctoral thesis, namely, Introduction à la philosophie de l'histoire: Essai sur les limits de l'objectivité Historique. The defense of this thesis is the representation of a process marked by the struggle not only of generations, but also of different systems of thought. The question of this work is, in this sense, precisely the critical analysis of the "appropriation" presented by the work of Aron, from the confrontation of the works he carried out in the 1930s with the tradition of which he is considered to belong and, finally, to prescribe its specificity. This discussion is embedded in a larger context which deals with the reception of german philosophical and sociological thought in France. Aron was from his formation linked to german philosophy, initially to Kant and, later, to phenomenology, marxism, to the philosophy of W. Dilthey, as well as to the Neo-Kantianism of the Baden School, and especially to Max Weber. This period is decisive for the constitution of his theory of history or, in Aron's terms, of his "critical philosophy of history", based on the "critique of historical reason". A theory distinguished mainly by the search of the limits of historical objectivity and by an ontological-existential perspective. Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq
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