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This text is based on ethnographic researches about the relationships between people and Afro-descendant collectives in Caribbean and Latin American with monuments, artifacts, performances, artworks, collections, food, spiritual and ‘natural’ beings, and landscapes. It aims to discuss in which way processes and belonging practices, ways of recreation and transformation of self, reparation and liberation practices are related to agencies and materialities in afro-diasporic socialities. These processes and practices are articulated to historicities constituted by innumerable agents and institutions conventionally called “moderns”. For this purpose, it discusses how, in certain classic and contemporary fields of “Afro-American anthropology”, such articulations, proposed by a Caribbean anthropology, were ignored.

Este texto se baseia em pesquisas etnográficas sobre as relações de pessoas e coletivos afrodescendentes no Caribe e na América Latina com monumentos, artefatos, performances, ‘obras de arte’, ‘coleções’, alimentos, seres espirituais, ‘naturais’ e paisagens. Discute como, nas socialidades afro-diaspóricas, os processos e práticas de pertencimento ancestral, de recriação e transformação de si, de reparação e libertação lidam com materialidades e agências que estão articuladas a historicidades constituídas por uma miríade de agentes e instituições convencionalmente ditas "modernas". Para isso, debate como, em certas vertentes clássicas e contemporâneas da chamada "antropologia afroamericana", tais articulações reverberadas por uma antropologia do Caribe foram desconsideradas.

Este artigo apresenta descrições etnográficas sobre serviços rituais (artefatos, bebidas e alimentos, por exemplo) colocados a espíritos chamados de mistérios por pessoas da República Dominicana. Descrevo algumas dessas prestações para discutir como meus interlocutores dominicanos se engajam com artefatos e substâncias nos quais estão articulados conhecimento sobre formas de viver, paisagens e modos de produzir sensibilidades. Saliento que, através de tais engajamentos, algumas pessoas incorporam em seu cotidiano mais do que espíritos. O que vem à tona por meio desses encontros táteis (e sensíveis num sentido mais amplo) são certas relações, seus efeitos e possibilidades de transformação no presente.