O presente estudo teve como objetivo avaliar o conhecimento dos ortodontistas inscritos na Associação Brasileira de Ortodontia e Ortopedia Facial - Seção Minas Gerais (ABOR/MG) sobre a movimentação ortodôntica de dentes traumatizados. A pesquisa foi realizada por meio de um questionário eletrônico desenvolvido na plataforma Google Forms® e enviado via e-mail. O questionário foi baseado no trabalho de Tondelli et al.1 (2010), composto por 21 questões objetivas, o qual foi dividido em 3 partes: a parte 1 abordou os dados demográficos dos participantes; a parte 2 coletou informações a respeito do conhecimento sobre traumatismo dentoalveolar e a parte 3 buscou avaliar o conhecimento dos profissionais em relação à movimentação ortodôntica de dentes traumatizados. A amostra consistiu de 93 (32%) de 289 ortodontistas registrados na ABOR/MG que responderam voluntariamente ao questionário, sendo 52,7% do sexo masculino e 47,3% do sexo feminino. Quanto à formação, a maioria (58,1%) apresentava o curso de Especialização concluído, 34,4% tinham concluído Mestrado ou Doutorado. A maior parte da amostra tinha mais de 10 anos de exercício da Ortodontia (50,5%). Do total, 53,8% afirmaram que praticam exclusivamente Ortodontia em seu consultório e 91,4% responderam que já atenderam pacientes com traumatismo dentário. No entanto, 21,5% afirmaram que apenas às vezes perguntam sobre história prévia de dentes traumatizados. O tipo de trauma com respostas mais assertivas foi avulsão (95,7%), enquanto subluxação, foi a que teve menos respostas adequadas (75,3%). A maioria dos ortodontistas possui um nível de conhecimento considerado satisfatório em relação às classificações de traumas dentários. Porém, a conduta em relação à movimentação ortodôntica destes dentes ainda é inadequada e uma maior capacitação desses profissionais torna-se necessária para levar ao correto tratamento e ao melhor prognóstico do paciente com traumatismo dentário.