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A osteoartrite (OA) é uma doença articular muito comum. No Brasil, sua prevalência é de 16,9%, constituindo a causa de 30 a 40% dos atendimentos nos ambulatórios de Reumatologia e 7,5% de todos os afastamentos de trabalho, afetando 60% das pessoas com 65 anos ou mais e 80% daquelas com 75 anos ou mais, interferindo nas atividades da vida diária das pessoas acometidas. A OA do joelho afeta três compartimentos desta articulação (medial, lateral e anterior), levando de 10 a 15 anos para desenvolver-se. A artroplastia total do joelho (ATJ) representa o máximo na terapia da OA que afeta esta articulação, porém possui elevado custo financeiro direto que, somado à demora e custo da formação médica especializada, impedem que esse método seja usado em grande escala, penalizando grande parte dos pacientes, principalmente idosos. O propósito desta publicação é demonstrar a técnica alternativa terapêutica para a OA do joelho que, por apresentar reprodução simples, fácil e barata, permite alcançar o tratamento de número muito maior de pacientes ao método tradicional.

Objetivos: Descrever a incidência por gênero e região, letalidade e custos associados ao tratamento de fraturas do fêmur em idosos (≥ 60 anos) internados no Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil entre 2008 e 2018. Métodos: Estudo transversal, descritivo e retrospectivo das internações de idosos por fraturas do fêmur mediante análise dos dados secundários obtidos do Sistema de Informações Hospitalares do SUS entre 2008 e 2018; para cálculo dos coeficientes epidemiológicos, utilizamos informações dos censos demográficos (2000 e 2010) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Resultados: 478.274 internações registradas no período, incidência 1,7 vezes maior no gênero feminino (média geral de 274,91/100.000 para mulheres e 161/100.000 para homens). A Região Sudeste obteve maior número absoluto de internações e a Região Sul, a maior incidência média geral anual (224,02/100.000). O custo médio anual foi de R$ 99.718.574,30. Conclusões: As fraturas do fêmur em idosos apresentaram alta incidência (478.274 mil internações; 224,02 casos/100.000 idosos), predomínio do gênero feminino (1,7F/1,0M), maior número absoluto de internações na Região Sudeste e maior incidência na Região Sul, letalidade elevada (aumento de 17,46%; média geral do coeficiente de 4,99%/ano) e custos vultuosos (aumento de 126,24%, média anual de gastos de R$ 99.718.574,30).

Diversos fatores influenciam o resultado de um procedimento cirúrgico, dentre eles o controle adequado da inflamação. Um processo inflamatório inapropriado pode resultar em desfechos desfavoráveis, como a má cicatrização com deiscências de suturas, cicatrizes queloides e hipertróficas, aderências teciduais intra-abdominais, torácicas, ou entre os compartimentos musculares, além de dor persistente no pós-operatório. Contudo, atualmente existem diversas formas de avaliar e prevenir a inflamação inadequada, seja pelo emprego de técnicas menos lesivas ou pela modulação desse processo por meio de abordagens clínicas, valendo-se da correta avaliação do paciente, ou com o uso de alimentação anti-inflamatória, exercícios físicos e controle de peso. Por outro lado, podem ser utilizados medicamentos como esteroides, corticoides, AINEs, dentre outros; e/ou suplementação dietética, pelo uso de resveratrol, ômega 3, vitaminas A, C, D, complexo B, glutamina e oligoelementos. Atualmente, novos esquemas terapêuticos já liberados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) começaram a ser utilizados, obtendo-se excelentes resultados. Assim, é fundamental que nos períodos pré-, trans e pós-operatórios, o cirurgião busque informações que visem dominar o processo inflamatório do paciente, avaliando-o adequadamente e agindo em conformidade a fim de prevenir uma inflamação desregulada e consequentes desfechos negativos.

A osteíte fibrosa cística (OFC) constitui manifestação tardia do hiperparatireoidismo (HP), caracterizada pela depleção progressiva da massa óssea e subsequente substituição por tecido fibroso. No passado, a incidência de lesões ósseas associadas à OFC era alta (80%), tendo diminuído para 15% na atualidade, situação atribuída ao monitoramento dos níveis de cálcio sérico que levam ao diagnóstico mais precoce em portadores assintomáticos de HP. Esta revisão busca atualizar o leitor a propósito da OFC no que diz respeito ao conceito, fisiopatologia, apresentação clínica, diagnóstico, diagnóstico diferencial, tratamento e prognóstico, além dos aspectos nutricionais e do metabolismo do cálcio, fósforo e vitamina D.

ResumoA evolução na avaliação por imagens dos sarcomas musculoesqueléticos contribuiu para melhora significativa no prognóstico e na sobrevida dos portadores destas neoplasias. A caracterização precisa destas lesões, mediante utilização das modalidades de imagem mais adequadas a cada condição clínica apresentada, é de suma importância no delineamento da abordagem terapêutica a ser instituída, com impacto direto sobre os desfechos clínicos. O presente artigo busca atualizar o leitor a propósito das metodologias de imagem no contexto da avaliação local e sistêmica dos sarcomas ósseos e das partes moles.

O uso das células-tronco mesenquimais é um passo que a medicina regenerativa dá na direção da recuperação parcial ou total de algumas lesões, além da capacidade de trazer de volta funções perdidas com a idade. Com esse objetivo são utilizadas diversas técnicas com uma variedade de bioprodutos como o plasma rico em plaquetas (PRP), plasma rico em fibrinas (PRF) e fração vascular estromal. As células-tronco mesenquimais são usadas em pesquisas e aplicadas para melhorar e ou devolver capacidades funcionais ou estéticas aos pacientes. Mesmo essas terapêuticas estando em desenvolvimento, já se pode observar resultados promissores em diversas áreas, como da cirurgia plástica, ortopedia, cardiologia e neurologia, dentre tantas outras. Contudo, percebe-se que as respostas dos pacientes variam dependendo de fatores individuais, sendo necessário compreender os mecanismos envolvidos e a necessidade de cada paciente. Dessa forma, a Medicina Regenerativa é capaz de recuperar lesões que anteriormente seriam consideradas irrecuperáveis, o que permite o alívio da dor física e do sofrimento psíquico de diversas pessoas acometidas por doenças crônicas e deformidades.

The giant cell tumor of bone (GCTB) represents approximately 5% of primary bone tumors, and more than half of cases affect individuals between 20 and 50 years of age. Despite being a benign neoplasm, 3 to 5% of cases may show pulmonary metastases, besides it has high potential for bone destruction at the main site of the lesion, often in the epiphyses of long bones, which may lead to serious functional problems in affected patients. Multidisciplinary treatment of GCTB has been a cause for discussion in the last decade due to the discovery of drugs such as denosumab that prevent tumor progression and may be useful in cases of patients with local recurrences and unresectable tumors. The therapeutic basis of GCTB remains the isolated surgical treatment by intralesional (with adjuvants), marginal or wide resection. Intralesional treatment presents higher rates of recurrence, however it preserves the adjacent joint function and much of the individual bone stock. Resection with wide margins presents lower recurrence rates but has shown worse functional results and frequent complications in bone reconstructions. Current knowledge of GCTB surgical outcomes has been based on major world series - there is a lack of Brazilian epidemiological and surgical data on this specific type of neoplasm, except for a few series of cases. The primary objective of this paper is to identify the epidemiological profile of GCTB; the secondary objectives are to describe the surgical aspects in the main diagnostic centers and treatment of bone tumors, to analyze the clinical and surgical aspects of patients with GCTB of wrist and hand, and to analyze the clinical and surgical aspects of patients with knee GCTB. These findings may help in the maintenance or change of national guidelines for the treatment of GCTB. This study protocol was submitted to ethical assessment under the CAAE (Ethical Appreciation Presentation Certificate) registry No. 94280918.0.0000.5327 (5th version), evaluated through the substantiated opinion No. 4.770.705, and approved by the Institutional Research Ethics Committee on June 12, 2022. El tumor óseo de células gigantes (TOCG) representa aproximadamente el 5% de los tumores óseos primarios, y más de la mitad de los casos afectan a individuos entre 20 y 50 años. A pesar de ser una neoplasia benigna, del 3 al 5% de los casos pueden presentarse con metástasis pulmonares, además de tener un alto potencial de destrucción ósea en el sitio principal de la lesión, a menudo en las epífisis de los huesos largos, lo que puede conducir a problemas funcionales graves en los pacientes afectados. El tratamiento multidisciplinario de TOCG ha sido un tema de discusión en la última década debido al descubrimiento de fármacos, como el denosumab, que previenen la progresión tumoral y pueden ser útiles en casos de pacientes con recurrencias locales y tumores no resecables. La base terapéutica de la TOCG sigue siendo el tratamiento quirúrgico aislado por resección intralesional (con adyuvantes), marginal o amplio. El tratamiento intralesional presenta tasas de recurrencia más altas, pero preserva la función articular adyacente y gran parte del stock óseo individual. La resección con márgenes amplios tiene tasas de recurrencia más bajas, pero ha mostrado peores resultados funcionales y complicaciones frecuentes en las reconstrucciones óseas. El conocimiento actual de los resultados quirúrgicos de TOCG se ha basado en grandes series mundiales: faltan datos epidemiológicos y quirúrgicos brasileños sobre este tipo específico de neoplasia, con la excepción de algunas series de casos. El objetivo principal de este trabajo es identificar el perfil epidemiológico del TOCG; los objetivos secundarios son describir los aspectos quirúrgicos en los principales centros de diagnóstico y tratamiento de tumores óseos, analizar los aspectos clínicos y quirúrgicos de los pacientes con TOCG de puño y mano, y analizar los aspectos clínicos y quirúrgicos de los pacientes con TOCG de rodilla. Estos hallazgos pueden ayudar a mantener o cambiar las pautas nacionales para el tratamiento del TOCG. Este protocolo de estudio fue sometido a evaluación ética bajo el CAAE (Certificado de Presentación de Apreciación Ética) N. º 94280918.0.0000.5327 (5.ª versión), evaluado a través de la opinión incorporada N.º 4.770.705, y aprobado por el Comité de Ética de Investigación de la Institución el junio 12, 2021. O tumor de células gigantes do osso (TCGO) representa aproximadamente 5% dos tumores ósseos primários, e mais da metade dos casos afetam indivíduos entre 20 e 50 anos de idade. Apesar de ser uma neoplasia benigna, 3 a 5% dos casos podem apresentar metástases pulmonares, além de possuir alto potencial de destruição óssea no sítio principal da lesão, muitas vezes nas epífises de ossos longos, o que pode levar a sérios problemas funcionais nos pacientes afetados. O tratamento multidisciplinar do TCGO tem sido motivo de discussão na última década devido à descoberta de medicamentos, como o denosumab, que previnem a progressão do tumor e podem ser úteis em casos de pacientes com recidivas locais e tumores não ressecáveis. A base terapêutica do TCGO permanece sendo o tratamento cirúrgico isolado por ressecção intralesional (com adjuvantes), marginal ou ampla. O tratamento intralesional apresenta maiores taxas de recidiva, porém preserva a função articular adjacente e grande parte do estoque ósseo individual. A ressecção com margens amplas apresenta menores taxas de recorrência, mas tem mostrado piores resultados funcionais e complicações frequentes nas reconstruções ósseas. O conhecimento atual dos desfechos cirúrgicos do TCGO tem sido baseado em grandes séries mundiais - faltam dados epidemiológicos e cirúrgicos brasileiros sobre esse tipo específico de neoplasia, com exceção de algumas séries de casos. O principal objetivo deste trabalho é identificar o perfil epidemiológico do TCGO; os objetivos secundários são descrever os aspectos cirúrgicos nos principais centros de diagnóstico e tratamento de tumores ósseos, analisar os aspectos clínicos e cirúrgicos dos pacientes com TCGO de punho e mão e analisar os aspectos clínicos e cirúrgicos dos pacientes com TCGO do joelho. Esses achados podem ajudar na manutenção ou mudança de diretrizes nacionais para o tratamento da TCGO. Este protocolo de estudo foi submetido à apreciação ética sob o registro CAAE (Certificado de Apresentação de Apreciação Ética) N. º 94280918.0.0000.5327 (5.ª versão), avaliado através do parecer consubstanciado N. º 4.770.705, e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa Institucional em 12 de junho de 2021.

The scaphoid is the most commonly fractured carpal bone. Fractures affecting this bone affect young and active patients between 15 and 40 years of age. Stable scaphoid fractures are treated conservatively by plaster cast immobilization or other type of orthosis for an average period of four to 12 weeks. Failure to treat scaphoid fractures may result in avascular necrosis, nonunion, and early secondary osteoarthritis, which may result in significant economic and social impact due to the affected population, formed by young people of productive age. The management of this type of fracture varies significantly between different Institutions and orthopedic surgeons. This article describes a protocol for a systematic review that aims to evaluate the effects (benefits and harms) of conservative interventions in the treatment of scaphoid fractures in adults. El escafoides es el hueso carpiano más comúnmente fracturado, las fracturas que afectan a este hueso afectan a pacientes jóvenes y activos entre 15 y 40 años de edad. Las fracturas de escafoides estables se tratan de manera conservadora mediante inmovilización enyesada u otro tipo de órtesis durante un período promedio de cuatro a 12 semanas El fracaso en el tratamiento de las fracturas de escafoides puede resultar en necrosis avascular, no unión y osteoartritis secundaria temprana, lo que puede resultar en un impacto económico y social significativo debido a la población afectada, formado por jóvenes en edad productiva. El manejo de este tipo de fractura varía significativamente entre los diferentes Instituciones y cirujanos ortopédicos. Este artículo describe un protocolo para una revisión sistemática que tiene como objetivo evaluar los efectos (beneficiosos y perjudiciales) de las intervenciones conservadoras en el tratamiento de las fracturas de escafoides en adultos. O escafóide é o osso carpal mais comumente fraturado, As fraturas que afetam este osso acometem pacientes jovens e ativos entre os 15 e os 40 anos de idade. As fraturas estáveis do escafóide são tratadas de forma conservadora, mediante imobilização gessada ou outro tipo de órtese por período médio de quatro a 12 semanas A falha no tratamento das fraturas do escafóide pode resultar em necrose avascular, não união e osteoartrite secundária precoce, podendo resultar em significativo impacto econômico e social por conta da população afetada, formada por jovens em idade produtiva. O manejo deste tipo de fratura varia significativamente entre diferentes instituições e cirurgiões ortopédicos. O presente artigo descreve protocolo para uma revisão sistemática que visa avaliar os efeitos (benefícios e malefícios) de intervenções conservadoras no tratamento de fraturas do escafóide em adultos.

As Órteses Cervicais são equipamentos médicos para tratamento cervical, recuperação pós cirurgia, e imobilização em situações de emergência. A sua principal função é a de proteger a região cervical para evitar danos acrescidos, nos cenários de emergência, e para imobilizar ou providenciar suporte na recuperação de uma cirurgia ou no tratamento de uma condição médica. Em todo o caso, as órteses cervicais são uma estrutura que transfere o peso da cabeça e dos esforços gravitacionais durante movimentos para os ombros ou áreas adjacentes protegendo, assim, a Coluna Cervical. Os Colares Cervicais podem ser divididos em dois grupos, Colares Cervicais Rígidos e Colares Cervicais Esponjosos. Os primeiros são normalmente aplicados em situações em que é necessária uma maior imobilização (após cirurgia, ou em cenários de emergência médica), uma vez que apresenta maior restrição de movimentos. Por outro lado, os Colares Cervicais Esponjosos são habitualmente utilizados durante um tratamento, ou durante a recuperação de cirurgia, como um elemento de transição entre o Colar Rígido e a vida normal do paciente. Atendendo ao que foi encontrado na literatura, nomeadamente em relação aos problemas reportados por diversos autores, foi identificada uma vasta margem para melhoria destes equipamentos. Foi também identificada uma falta de melhorias tecnológicas para Colares Cervicais direcionados para a vertente de emergência médica, e por este motivo, foi desenvolvido um Colar Cervical de Emergência para aplicação em adultos. Este projeto foi desenvolvido no Instituto Politécnico de Coimbra, em Portugal, numa cooperação com a Universidade Estatal de Penza, na Rússia. A solução proposta apresenta uma vertente Mecânica onde uma estrutura foi desenvolvida de raiz, com o objetivo de evitar alguns dos efeitos adversos identificados no estado de arte, e uma vertente eletrónica, onde um Sistema de Medição de Pressão (para avaliar pressões no momento de aplicação do colar), e um Sistema de Monitorização da Respiração, foram desenvolvidos como melhorias tecnológicas. O presente documento descreve as diferentes etapas de desenvolvimento do projeto até ao culminar de um protótipo produzido recorrendo a Fabrico Aditivo. Devido ao elevado potencial de imobilização observado, a estrutura foi batizada de Neck Protection Structure (NeProS).

This is a protocol for a systematic review (intervention). Electrical stimulation (ES) is a therapeutic strategy used to improve peripheral nerve regeneration that involves the application of electrical fields of constant or varying frequency. We are going to lead a literature search to identify all published and unpublished randomized controlled trials that describe the use of ES in patients with peripheral nerve injury. We will compare: Electrical stimulation (application of electrical fields of constant or varying frequency) versus sham in patients with peripheral nerve injury; Electrical stimulation versus standard treatment (physiotherapy) in patients with peripheral nerve injury; Electrical stimulation versus no treatment in patients with peripheral nerve injury. Considering the scenario of very numerous strategies and different techniques of ES to stimulate nerve regeneration, decisions to recommend them should consider these uncertainties and should be summarized intended its application in clinical practice. The objective of this review is to assess the influence of electrical stimulation (ES) on nerve regeneration in individuals with peripheral nerve injury. Es un protocolo para una revisión sistemática (intervención). La estimulación eléctrica (EE) es una estrategia terapéutica utilizada para mejorar la regeneración nerviosa periférica que implica la aplicación de campos eléctricos de frecuencia constante o variada. Realizaremos una investigación de la literatura disponible para identificar todos los ensayos controlados aleatorios publicados y no publicados que describan el uso de EE en pacientes con daño a los nervios periféricos. Comparemos: Estimulación eléctrica (aplicación de campos eléctricos de frecuencia constante o variada) versus simulación en pacientes con lesión nerviosa periférica; Estimulación eléctrica versus tratamiento estándar (fisioterapia) en pacientes con daño a los nervios periféricos; Estimulación eléctrica versus ningún tratamiento en pacientes con daño a los nervios periféricos. Teniendo en cuenta el escenario de numerosas y diferentes estrategias de EE para promover la regeneración nerviosa, las decisiones para recomendarlas deben considerar estas incertidumbres y deben resumirse para aplicarlas en la práctica clínica. El objetivo de esta revisión es evaluar la influencia de la estimulación eléctrica en la regeneración nerviosa en individuos con daño a los nervios periféricos. Trata-se de um protocolo para uma revisão sistemática (intervenção). A estimulação elétrica (EE) é uma estratégia terapêutica utilizada para melhorar a regeneração nervosa periférica que envolve a aplicação de campos elétricos de frequência constante ou variada. Vamos conduzir uma pesquisa da literatura disponível para identificar todos os ensaios controlados randomizados publicados e não publicados que descrevem o uso de ES em pacientes com lesão nervosa periférica. Vamos comparar: Estimulação elétrica (aplicação de campos elétricos de frequência constante ou variada) versus simulação em pacientes com lesão nervosa periférica; Estimulação elétrica versus tratamento padrão (fisioterapia) em pacientes com lesão nervosa periférica; Estimulação elétrica versus nenhum tratamento em pacientes com lesão nervosa periférica. Considerando o cenário de numerosas e diferentes estratégias de EE para promover a regeneração nervosa, as decisões para recomendá-las devem considerar essas incertezas e devem ser sumarizadas visando sua aplicação na prática clínica. O objetivo desta revisão é avaliar a influência da estimulação elétrica na regeneração nervosa em indivíduos com lesão nervosa periférica.

ResumoA osteoartrite do tornozelo (OAT) está associada a quadro álgico e limitação funcional variável, demandando tratamento clínico e eventual indicação cirúrgica quando as medidas conservadoras são inefetivas – a artrodese tem sido o procedimento de escolha, por reduzir a dor, restaurar o alinhamento articular e tornar o segmento estável, preservando a marcha. O presente estudo relata 3 casos (3 tornozelos) de pacientes do sexo masculino, com entre 49 e 63 anos de idade, portadores de OAT secundária, American Orthopaedic Foot and Ankle Society Ankle-Hindfoot Scale (AOFAS AHS, na sigla em inglês) pré-operatória de 27 a 39 pontos, tratados mediante artrodese tibiotalocalcaneana minimamente invasiva utilizando haste intramedular retrógrada bloqueada. A permanência hospitalar foi de 1 dia, e os pacientes foram autorizados para carga imediata com órteses removíveis para deambulação, conforme tolerado. O tratamento fisioterápico, introduzido desde o internamento, foi mantido, priorizando-se treino de marcha, ganho de força e propriocepção. Foi realizado acompanhamento clínico e radiográfico nas semanas 1, 2, 6, 12 e 24. Após evidências de consolidação (entre a 6ª e a 10ª semanas), as órteses foram retiradas. Um paciente queixou-se de dor no pós-operatório imediato e, ao final do 1° ano, apenas 1 paciente apresentou dor durante a reabilitação, resolvida completamente com analgésicos. Atualmente, os pacientes não apresentam queixas, retornando às atividades sem restrições – um deles, à prática de futebol e rapel. A AOFAS AHS pós-operatória foi de 68 a 86 pontos.

SUMMARY OBJECTIVES: To describe the incidence by gender and region, lethality, and costs associated with the treatment of femoral fractures in the elderly (≥ 60 years) hospitalized in the Unified Health System (SUS) of Brasil between 2008 and 2018. METHODS: This is a cross-sectional, descriptive, retrospective study of hospitalizations of elderly people due to femoral fractures by analyzing secondary data obtained from the SUS Hospital Information System (SIH/SUS) between 2008 and 2018; for calculation of epidemiological coefficients, we used information from demographic censuses (2000 and 2010) of the Brazilian Geography and Statistics Institute (IBGE). RESULTS: A total of 478,274 hospitalizations were recorded in the period; the incidence was 1.7 times higher in females (overall average of 274.91/100,000 for women and 161/100,000 for men). The Southeast region had the highest absolute number of hospitalizations and the South region presented the highest annual overall average incidence (224.02/100,000). The average annual cost for SUS for the treatment of femoral fractures in the elderly was R$ 99,718,574.30. CONCLUSIONS: In the evaluated period (2008-2018), femoral fractures in the elderly had a high incidence (478,274 hospitalizations; 224.02 cases/100,000 elderly), a predominance of females (1.7F/1.0M), a higher absolute number of hospitalizations in the Southeast region and a higher incidence in the South region; the lethality was high (an increase of 17.46%; overall mean coefficient of 4.99%/year); and the costs for the SUS were huge (an increase of 126.24%; average annual expenditure of R$ 99,718,574.30). RESUMO OBJETIVOS: Descrever a incidência por gênero e região, a letalidade e os custos associados ao tratamento de fraturas do fêmur em idosos (≥ 60 anos) internados no Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil entre 2008 e 2018. MÉTODOS: Estudo transversal, descritivo e retrospectivo das internações de idosos por fraturas do fêmur mediante análise dos dados secundários obtidos do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) entre 2008 e 2018; para cálculo dos coeficientes epidemiológicos, utilizamos informações dos censos demográficos (2000 e 2010) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). RESULTADOS: Foram registradas 478.274 mil internações no período. A incidência foi 1,7 vezes maior no gênero feminino (média geral de 274,91/100.000 para mulheres e 161/100.000 para homens). A região sudeste obteve maior número absoluto de internações e na região sul apresentou a maior incidência média geral anual (224,02/100.000). O custo médio anual do SUS para o tratamento das fraturas de fêmur em idosos foi de R$ 99.718.574,30. CONCLUSÕES: No período avaliado (2008-2018), as fraturas do fêmur em idosos apresentaram alta incidência (478.274 mil internações; 224,02 casos/100.000 idosos), predomínio do gênero feminino (1,7F/1,0M), maior número absoluto de internações na região sudeste e maior incidência na região sul; a letalidade foi elevada (aumento de 17,46%; média geral do coeficiente de 4,99%/ano); e, os custos para o SUS foram vultuosos (aumento de 126,24%, média anual de gastos de R$ 99.718.574,30).