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Reconhecimentos: Este trabalho foi sugerido aos autores pelos reitores da Universidade do Minho e do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa. No entanto, a responsabilidade pelo trabalho e as suas conclusões pertencem unicamente aos autores e não refletem necessariamente os pontos de vista dos reitores. Os autores reconhecem ainda o contributo para este trabalho da aluna de pós-graduação Inês Homem Pinto da Silva., Os países membros da OCDE gastam, em média, 1,4% do seu PIB no ensino superior. No caso de Portugal, esta despesa, que inclui Estado e famílias, é de 1,1%. Considerando apenas a despesa direta do Estado, a média da OCDE é de 0,9% e a de Portugal 0,7%. Na generalidade dos países, o Estado financia o ensino superior. Já a importância das propinas pagas pelos estudantes, bem como os apoios que os estudantes recebem nesse pagamento, varia substancialmente de país para país. Relativamente ao financiamento do Estado, há três métodos de financiamento de instituições de ensino superior: (1) base histórica, (2) por negociações diretas entre o governo e as IES (Instituições de Ensino Superior), geralmente com base em acordos e (3) através de fórmula(s) baseada(s) num conjunto de parâmetros e indicadores pré-definidos. Apesar de haver uma fórmula de financiamento prevista, na prática, não é aplicada, pelo que Portugal fica no restrito grupo de países (na companhia do México) cuja forma principal de financiamento tem base histórica. O financiamento de base histórica assegura estabilidade financeira, mas reduz o dinamismo do sistema, dificultando o crescimento de instituições mais novas. Entre 1991 e 2007-2008, o número anual de diplomados aumentou 350%. De seguida, há uma relativa estabilização: os 84 mil de 2008 comparam com os mais de 93 mil diplomados de 2021, ou seja, um aumento de 11%. Também o número de estudantes inscritos em IES públicas aumentou 15% entre 2007/08 e 2021/22. O crescimento não foi uniforme, havendo variações substanciais entre IES. As verbas previstas nos Orçamentos de Estado para as IES não aumentaram, sendo em 2023 semelhantes às de 2010, o que se traduz numa descida substancial quando se vê o mesmo indicador relativamente ao PIB. Neste período, houve um aumento das receitas próprias das universidades. Mas um aumento substancial apenas se registou na Universidade Nova de Lisboa, no ISCTE e no IPCA. Considerando as dotações iniciais no Orçamento de Estado por estudante, verificamos que há enormes diferenças de instituição para instituição. Entre as universidades, destaca-se o ISCTE, a UBI, UMinho e a UNL como as que recebem as menores transferências por estudante. Entre politécnicos, também há grandes diferenças. Mas o destaque vai para o IPCA, com um financiamento 31% inferior à média. A fórmula de financiamento aprovada em 2009 pretende que o financiamento tenha em conta não apenas os estudantes, mas também outros fatores que diferenciem as universidades, como o quadro docente. Infelizmente, como nunca foi verdadeiramente aplicada, nunca houve uma sindicância aos dados recolhidos. Usando os dados oficiais, recolhidos no site do IGeFE — Instituto de Gestão Financeira da Educação — e comparando com a proposta de Orçamento do Estado de 2023, podemos ver que há enormes diferenças entre as dotações orçamentadas e as que decorreriam da aplicação da fórmula. Estas enormes diferenças acontecem tanto nas universidades como nos politécnicos. Quer se use o número de estudantes como critério quer se use a fórmula de 2009, encontramos diferenças entre instituição que estão por justificar. É necessária mais transparência nos mecanismos de financiamento. Os autores deste estudo sugerem que se faça uma distinção clara entre as necessidades de fundos para o ensino e para outras atividades — tal como no passado já se fez, separando o financiamento da investigação do ensino — eventualmente através de contratos programas, tornando-o transparente e objetivo. Também certo tipo de custos pode ser explicitado, como os custos de insularidade ou de interioridade. Uma vez feita esta distinção, os autores não encontram nenhum motivo para que um estudante de um dado curso numa dada IES tenha um valor orçamental diferente de outro que esteja a tirar um curso da mesma área de educação e formação numa outra IES.

This paper adopted a wavelet approach to investigate the financial contagion in the Eurozone debt market during various crisis-ridden periods in the zone. We used weekly 10-year bond yield data and showed that until the onset of the financial crisis of 2007/2008, bond yields were highly synchronised among all countries. However, the bond yields in Greece, Ireland, Italy, Spain, and Portugal became unsynchronised with core countries after 2008. Similarly, there was no synchronisation among the periphery countries during this period, except for Italy and Spain. We found evidence of contagion emanating from Ireland during the first part of the sovereign debt crisis until around 2010, and from Greece afterwards. We also established that contagion spread to Portugal, Greece and Ireland, and can be observed at high frequencies. However, Italy and Spain were not affected. At business cycle frequencies, we found that the Greek crisis propelled a flight-to-quality flow to Belgium, Finland, France and Germany., Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT)

What accounts for the instability of economic voting? Contextual factors assumed so far to affect this relationship include the degree of control over the economy exerted by governments, their partisan-ideological composition, or even voters’ experience with democratic elections. In this paper, we provide an alternative account. Based on a vast literature originating in social and organizational psychology, we propose the existence of a process-outcome interaction: short-term outcomes matter, but the weight voters assign to them depends on the extent to which governance is perceived to adhere to principles of procedural fairness. Based on data on twenty years of elections in the OECD countries, we show that the strength of the relationship between GDP growth and the share of the vote for the incumbent parties does depends on the perceived procedural fairness in governance. We conduct extensive robustness tests, including the use of alternative indicators of fairness and survey data., COMPETE 2020, Portugal 2020, FEDER, FCT, info:eu-repo/semantics/draft

Carbon price is a key variable in management and risk decisions in activities related to the burning of fossil fuels. Different major players in this market, such as polluters, regulators, and fi nancial actors have different time horizons. Using innovative multi-variate wavelet analysis tools, including partial wavelet coherency and partial wavelet gain, we study the link between carbon prices and final energy prices in the time and frequency dimensions in California´ s carbon market, officially known as the California cap-and-trade program. We find that gasoline prices lead an anti-phase relation with carbon prices. This result is very stable at lower frequencies (close to one-year period cycles), and it is also present before mid-2015 in the 20 ~ 34 weeks frequency-band. Regarding electricity, we find that at about 1 year frequencies, a rise in carbon prices is refl ected in higher electricity prices. We conclude that the fi rst five years of compliance of the California cap-and-trade program supports the idea that emissions´ trading is a signi cant measure for climate change mitigation, with visible rising carbon prices. The quantitative financial analytics we present here supports the continuation of the program after 2020., COMPETE 2020, Portugal 2020, FEDER, FCT, info:eu-repo/semantics/draft

We use wavelet analysis to study the relationship between the yield curve and macroeconomic indicators in Canada. We rely on the Nelson-Siegel approach to model the zero coupon yield curve, and use the Kalman lter to estimate its time-varying factors: the level, the slope and the curvature. Apart from the bidirectional yield-macro relation, the paper broadens the existing literature by exploring the link between the monetary policy and the yield curve., COMPETE 2020, Portugal 2020, FEDER, FCT, info:eu-repo/semantics/publishedVersion