Dissertação (mestrado) - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Programa de Pós-Graduação em Direito. Bibliografia: f. 105-114 Resumo: A presente pesquisa parte da reflexão sobre um comportamento de familiares que transformam o convívio familiar em litígios intermináveis: a alienação parental. Inicialmente desenvolvida pelo pedopsiquiatra norte -americano Richard Alan Gardner, como um complexo de sintomas que atingem crianças e adolescentes, vítimas do litígio de seus genitores, a Síndrome da Alienação Parental ganhou destaque no campo da Psiquiatria, Psicologia e reflexos no campo jurídico.Objetivando o estudo deste fenômeno que, após o advento da Lei n.12.318/2010, adquiriu uma projeção significante nos Tribunais pátrios, foi traçado no presente trabalho o aspecto histórico do poder familiar, de Roma ao atual conceito de autoridade parental, e sua influência direta com o direito convivencial de pais e filhos. Ainda que a interferência prejudicial na formação psicoló gica do menor, ou seja, o impedimento ao convívio, não seja exclusivamente dos genitores, o fenômeno a ser investigado será particularizado por meio de uma abordagem dos conflitos oriundos de relacionamentos afetivos, rompidos de forma beligerante, seja no casamento, seja na união estável, bem como suas consequências para a formação psíquica dos filhos. Amparada na teoria de Gardner, será abordada a alienação parental não mais com o aspecto sintomatológico que afligia crianças e adolescentes, mas sob o prisma jurídico, no momento em que a preocupação cinge-se em prevenir ou mesmo interromper os atos alienatórios praticados pelo genitor alienador, quando da ruptura mal elaborada de uniões afetivas. Como objetivo da presente pesquisa, propõe-se a ampliação do rol exemplificativo do artigo 6º da Lei n.12.318/2010, através da utilização da mediação familiar e do depoimento sem dano, ambos com a função de complementar os métodos de composição dos conflitos desta natureza. Palavras Chave: Direito. Famílias. Convivência. Alienação parental. Mediação. Depoimento sem dano. Abstract: The present research starts from the reflection on a behavior of relatives that change the familiar coexistence into endless litigations: the parental alienation. First proposed by the American pedopsychiatrist Richard Alan Gardner, as a complex of symptoms that afflicts children and adolescents, victims of their parents litigation, the Parental Alienation syndrome gained prominence in the field of psychiatry and psychology, with reflections in the field of law. With the purpose of studying this phenomenon which, following the advent of Law number 12.318/2010, earned a significant projection in the courts of the country, the present work has shown the historical aspect of the familiar power, from Rome to the current concept of parental authority, and its direct influence on the coexistence right of parents and children. Even though the harmful interference in the psychological formation of the underaged child, that is, the hindrance to coexistence, is not an exclusivity of the parents, the phenomenon to be investigated will be particularized by means of an approach to the conflicts coming from the affective relationships, belligerently broken, either in marriage, or in regular cohabitation, as well as their consequences for the psychical formation of the children. Based on Gardners theory, parental alienation will not be addressed anymore from the symptomatological aspect that afflicted children and adolescents, but under the legal prism, in the moment in which the concern is limited to preventing or even interrupting the alienatory acts perpetrated by the alienating parent, by the time of the poorly elaborated rupture of the affective unions. The purpose of the present research is the amplification of the exemplificative list of article 6th of Law number 12.318/2010, with the use of familiar mediation and no damage deposition, both with the purpose of complementing the methods of composition of conflicts of this nature. Keywords: Law. Families. Coexistence. Parental alienation. Mediation. No damage deposition. O CD-ROM que acompanha a obra encontra-se no setor de Coleções Especiais/Audiovisual da Biblioteca