A quitosana é um polímero que vem sendo testado na proteção e indução de resistência em frutos, contra patógenos causadores de podridões. O presente trabalho teve como objetivo principal testar o efeito do tratamento de sementes de Acacia mearnsii com esse produto, bem como seu efeito no desenvolvimento inicial e na caracterização bioquímica das plântulas. Para tanto realizou-se este trabalho na Unepe de Silvicultura e no Laboratório de Fitossanidade da Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Câmpus Dois Vizinhos. As sementes de Acacia mearnsii foram tratadas com diferentes concentrações de quitosana (0; 0,25; 0,5; 1 e 2%) e plantadas em tubetes com o substrato contaminado com o fungo Rhizoctonia solani. Avaliou-se aos 22 dias após a semeadura, a porcentagem de emergência, o índice de velocidade de emergência, a altura das plântulas, o comprimento da radícula, a massa da matéria fresca, além das variáveis bioquímicas dos tecidos foliares, o teor de proteínas totais e de compostos fenólicos e a atividade da enzima fenilalanina amônia-liase (FAL). Os resultados obtidos demonstraram que o uso de concentrações de quitosana entre 0,6 e 0,9% foram mais favoráveis à emergência e ao desenvolvimento das plântulas. Bioquimicamente, a quitosana demonstrou capacidade de alteração do teor de proteínas e da atividade da FAL, enzima a qual, está no ponto de ramificação entre o metabolismo primário e o secundário, indicando a possibilidade de ter havido ativação do sistema de defesa vegetal das plântulas, pelo tratamento das sementes com quitosana. Chitosan is a polymer that has been tested for production as well the induction of resistance from fruits against pathogens that cause rots. The objective of this work was to test the effect of chitosan treatments upon Acacia mearnsii seeds in relation to initial development and biochemical characterization of seedlings. The present research was carried out in Silviculture Unepe and in the Plant Health Laboratory at the Federal Technological University of Paraná - Campus Dois Vizinhos. Acacia mearnsii seeds were treated with different concentrations of chitosan (0; 0.25; 0.5; 1 and 2%) and grown in tubes with substrate contaminated with Rhizoctonia solani. Twenty two days after sowing, the emergence percentage, the index of germination speed, the seedling height, the radicule length, the fresh weight, and biochemical variables of leaf tissues, the protein content and total phenolic compounds and the activity of the enzyme phenylalanine ammonia-lyase (PAL) were evaluated. The results showed that concentrations of chitosan between 0.6 and 0.9 % were more effective in promoting germination and seedling development. Biochemically, chitosan demonstrated ability to change the protein content and activity of PAL, an enzyme which is the branching point between primary and secondary metabolism, indicating the possibility of activation of the plant defense system by seed treatment with chitosan.