A compreensão da dinâmica dos movimentos contemporâneos de reestruturação de espaços urbanos é fundamental para o entendimento dos processos de ressignificação do ambiente construído, em especial em áreas urbanas nas quais a edificação se pode transformar, reconhecidamente, em um objeto cultural, colaborando para o aumento do valor do entorno. Nesse sentido, devem ser vistos os edifícios não a partir de uma visão reducionista, mas desde um ponto de vista amplo e totalizante: como produtos imobiliários e como artefatos arquitetônicos, dotados de valor material, social e simbólico. Como artefatos, poderiam colaborar para a ressignificação dos espaços urbanos por meio da reconfiguração dos espaços internos e do próprio redesenho da edificação, bem como por sua relação com o entorno, a partir da dialética entre a estrutura material edificada e a sociedade. Como produtos imobiliários, poderiam inserir-se de uma maneira inovadora no circuito de valorização do capital, firmando-se como mercadorias diferenciadas e orientando a própria sobrevida e expansão do capitalismo em ambiente urbano. A dinâmica socioespacial e as características do capitalismo contemporâneo levam a um movimento de reestruturação imobiliária, processo complexo e amplo, que se dá em dois níveis: a reestruturação espacial (novas formas e funções do imóvel e a revisão de seu papel estruturante junto à sociedade e ao espaço) e a reestruturação produtiva (novas maneiras de construir e administrar o produto imobiliário). Este texto está baseado na interpretação da produção imobiliária voltada para fins específicos e usos determinados, neste caso, para os edifícios hoteleiros instalados em importantes destinos do circuito mundial de viagens. Tem como objetivo maior orientar a apreensão dos novos sentidos e significados do ambiente construído e de sua adequação aos processos de valorização do capital e de reestruturação dos espaços urbanos contemporâneos., The understanding of contemporary movements of urban spaces restructuring is vital to the knowledge of re-signification processes of built environment, particularly in urban areas in which building can admittedly become a cultural object, collaborating with increase of surroundings value. In this sense, buildings must be seen not from a reductionist view, but from a broad and all-absorbing point of view: as real state products and architectural artifacts, endowed with material, social and symbolic value. As artifacts, they could collaborate with re-signification of urban spaces through reconfiguration of internal spaces and of building redesign itself, as well as by its relation to the setting, from the dialectic between built material structure and society. As real state products, they could insert themselves in an innovative manner into the circuit of capital valuing, standing as differentiated commodities and orienting capitalism’s own survival and expansion in a urban environment. Social spatial dynamics and characteristics of contemporary capitalism lead to a movement of real state restructuring, a complex and broad process, that happens in two levels: spatial restructuring (new forms and functions of property and review of structuring role within society and space) and productive restructuring (new ways of building and managing real state product) this text is based upon interpretation of real state production turned to specific purposes and determined uses, in this case, to hotel buildings located in important destinations of world travel circuit. It aims at orienting the apprehension of new senses and meanings of the built environment and its adequacy to processes of capital valuing as well as restructuring of contemporary urban spaces., La comprensión de la dinámica de los movimientos de restructuración contemporánea de los espacios urbanos es fundamental para entender los procesos de redefinición del ambiente construido, especialmente en las zonas urbanas en las que el edificio puede llegar a ser reconocido como un bien cultural, contribuyendo para el aumento en el valor del entorno. En este sentido, los edificios deben ser vistos no desde una visión reduccionista, pero desde un punto de vista amplio y totalizador: como productos inmobiliarios y como artefactos arquitectónico dotados de valor material, social y simbólico. Como artefactos, podrían contribuir para la redefinición de los espacios urbanos a través de la reconfiguración de los espacios interiores y el rediseño del propio edificio, así como su relación con el entorno, a partir de la dialéctica entre la estructura material construida y la sociedad. Como productos inmobiliarios, podrían ser parte innovadora en el circuito de la revalorización del capital, estableciéndose como bienes diferenciados, y dirigir la propia supervivencia y expansión del capitalismo en el espacio urbano. La dinámica socio-espacial y las características del capitalismo contemporáneo conducen a un movimiento de restructuración inmobiliaria, complejo y extenso, que se produce en dos niveles: una restructuración espacial (nuevas formas y funciones del edificio y el examen de su papel estructural en la sociedad y en el espacio) y la restructuración de la producción (nuevas formas de construir y administrar el producto inmobiliario). Este texto se basa en la interpretación de la producción de inmóviles orientados a fines específicos y usos determinados, en este caso, los edificios de hoteles instalados en el circuito mundial de destinos de viaje. Tiene como objetivo orientar la comprensión de los nuevos significados del ambiente construido y de su adecuación a los procesos de revalorización del capital y la restructuración urbana contemporánea