A laranjeira \'Pera\' é a cultivar mais plantada na citricultura brasileira. Com a incidências de doenças e aumento do custos de produção na citricultura, torna-se necessário a avaliação de materiais genéticos mais promissores que a laranjeira \'Pera\'. Portanto, buscou-se avaliar o desempenho horticultural de laranjeiras doces consideradas meia-estação e identificar aquelas superiores à cultivar padrão (Pera IAC). Foram avaliadas dezessete cultivares de laranja doce (Pera IAC, Pera IAC 2000, Pera 2, Pera 3, Pera 4, Pera Alexandre Maróstica, Pera Milton Teixeira, Seleta Amarela, Seleta Rio, Homosassa, Finike, Biondo, Bidwells Bar, Sanguínea, Vaccaro Blood, Torregrosa e Jaffa) enxertadas em tangerineira \'Sunki\'. O experimento foi instalado em maio de 2007, no espaçamento 6,5 x 2,5 m e conduzido sem irrigação. Avaliaram-se o crescimento vegetativo, produção, eficiência produtiva, abscisão dos frutos, sensibilidade ao déficit hídrico, incidência de podridão floral (PFC), incidência e severidade de mancha preta dos citros (MPC), qualidade e curva de maturação dos frutos. As médias das variáveis foram comparadas com a cultivar padrão (Pera IAC) e analisadas pelo teste de Dunnett (P < 0,05). Para sensibilidade ao déficit hídrico e curvas de maturação foram realizadas analises de regressão. As plantas de laranja \'Pera 3\' registraram as menores alturas, no sétimo ano após o plantio. As plantas de laranja \'Pera Milton Teixeira\' e \'Pera Alexandre Maróstica\' foram os únicos materiais que registraram produções acumuladas superiores às das plantas de laranja \'Pera IAC\'. As plantas de \'Seleta Amarela\', \'Pera 3\', \'Pera 4\', \'Vaccaro Blood\' e \'Pera Milton Teixeira\' registraram as maiores eficiências produtivas. As plantas da laranja \'Pera IAC\' registraram as maiores alternâncias produtivas e as plantas de laranja \'Sanguínea\' registraram as menores alternâncias. As seleções \'Pera 2\', \'Pera 3\', \'Pera 4\' e \'Pera Milton Teixeira\' registraram as menores abscisões de frutos. As plantas das laranjas \'Pera Milton Teixeira\', \'Pera IAC\', \'Pera IAC 2000\', \'Pera 2\', \'Seleta Rio\' e \'Pera 3\' foram classificadas como cultivares de alta sensibilidade ao déficit hídrico e as plantas das laranjas \'Bidwells Bar\', \'Jaffa\', \'Torregrosa\' e \'Sanguínea\' como de baixa sensibilidade. As menores incidências de MPC foram registradas nos frutos da laranjeira \'Pera IAC\' e não houve diferenças entre as cultivares para incidência de PFC. Para o teor de sólidos solúveis, apenas os frutos da laranja \'Finike\', \'Pera 2\' e \'Pera Alexandre Maróstica\' foram superiores aos da cultivar padrão. A seleções \'Pera IAC\', \'Pera 2\', \'Pera 3\' e \'Pera 4\' apresentaram alta similaridade fenotípica entre si. Ao estabelecer a curva de maturação, verificou-se uma maior precocidade da laranjeira \'Seleta Rio\' e uma maturação mais tardia para a seleção \'Pera Alexandre Maróstica\' quando comparadas a laranjeira \'Pera IAC\'. \'Pera\' is the most widely planted sweet orange cultivar in the Brazilian citrus industry. Due to incidences of diseases and increase in production costs it is necessary to find promising genetic materials than \'Pera\' sweet orange. Therefore, the horticultural performance of sweet oranges, considered mid-season, were evaluated and identified those ones which were better than standard cultivar (Pera IAC). Seventeen sweet orange cultivars (Pera IAC, Pera IAC 2000, Pera 2, Pera 3, Pera 4, Pera Alexandre Maróstica, Pera Milton Teixeira, Seleta Amarela, Seleta Rio, Homosassa, \'Finike, Biondo, Bidwells Bar, Sanguínea, Vaccaro Blood, Torregrosa e Jaffa) were evaluated, all of then were grafted on \'Sunki\' mandarin and were nonirrigated. The experimental orchard was planted in May 2007, from 12 month-old plants (nursery trees) disposed in a 6,5 m × 2,5 m spacing. We evaluated the vegetative growth, yield, yield efficiency, fruit drop, sensitivity to drought, incidence of postbloom fruit drop (PFD), incidence and severity Black Spot of Citrus (CBS), fruit quality and index of ripeness. The averages of variables were compared with the standard cultivar (Pera IAC) and analyzed by Dunnett\'s Test (P < 0.05). For sensitivity to drought and index of ripeness were performed regression analyzes. The lowest hight and canopy volume were recorded in the \'Pera 3\' sweet orange trees seven years after planting. The \'Pera Milton Teixeira\' and \'Pera Alexandre Marostica\' sweet orange trees were the only materials which had superiority over the \'Pera IAC\' sweet orange trees regarding cumulative yield. The largest yield efficiency was registered in \'Seleta Amarela\', \'Pera 3\', \'Pera 4\', \'Vaccaro Blood\' and \'Pera Milton Teixeira\' sweet orange trees. The most alternate bearing index was found in the standard cultivar and \'Sanguinea\' sweet orange trees showed smaller bearing index. Smaller fruit drop were checked in cultivars Pera 2, Pera 3, Pera 4 and Pera Milton Teixeira. The \'Pera Milton Teixeira\', \'Pera IAC\', \'Pera IAC 2000\', \'Pera 2\', \'Seleta Rio\' and \'Pera 3\' sweet orange trees showed high sensitivity to drought while the \'Bidewells Bar\', \'Jaffa\', \'Torregrosa\' and \'Sanguínea\' sweet orange trees showed low sensitivity. Regarding the evaluated diseases, the orange \'Pera IAC\' recorded the lowest incidences of MPC and PFC differences were not cheked among the cultivars. For the soluble solids content, only the \'Finike\', \'Pera 2\' and \'Pera Alexandre Marostica\' sweet oranges fruits were superior to standard. The cultivars Pera IAC, Pera 2, Pera 3 and Pera 4 sweet oranges showed high phenotypic similarity. The \'Seleta Rio\' sweet orange was considered early-maturing cultivar and \'Pera Alexandre Maróstica\' a late-maturing cultivar when compared \'Pera IAC\' sweet orange.