Freitas, Jéssica Soares de, Almeida, Maria Geralda de, Castilho, Dênis, Oliveira, Adriano Rodrigues de, Campos, Lais Rodrigues, Brito, Eliseu Pereira de, and Silva, Luciana Helena Alves da
Enquanto conceito de análise geográfica, a paisagem se encontra muito bem fundamentada em vários estudos tanto dentro do olhar da geografia cultural, quanto por outras vertentes. No entanto, de forma geral, a maioria dos estudos, tanto no Brasil quanto internacionais se focam ou em seu histórico, ou na aplicação conforme a linha de pensamento escolhida. Entender a paisagem como ser puro e em suas raízes filosóficas se mostra um desafio, mas uma provocação que a arte pode corroborar em seu entendimento. A iniciar a jornada pela paisagem supostamente inexistente do cubismo, passando pelo surrealismo, e adentrando as (ir)realidades do non-sense, das fantasias até chegarmos nas paisagens que nos conectam, mas ousamos a não ver, esse estudo intenta compreender a paisagem enquanto paisagem em si e suas facetas na sociedade contemporânea. Dessa forma, dividida de 5 capítulos cada qual com 3 subcapítulos, a tese revela a paisagem envolvida para além dos sentidos humanos, mas em uma construção sempre interna-externa, ou mesmo o contrário, promovidos pela relação do tempo e do espaço. Nessa relação, compreende-se que seja necessário ir para além-da-representação a fim de entender as ações dispostas na paisagem, nas vivências. Na paisagem, imaginário e realidade não se opõem, ao contrário do sonho e do concreto, que são a dualidade que pode ser vivida na paisagem, mesmo que de maneira incompleta, a compreender que a paisagem ultrapassa as barreiras das ideias humanas, a vivencias os mais puros anseios da humanidade. Dessa forma, enquanto a memória é mais relacionada com a realidade do que o imaginário, a atividade desse é viva principalmente quando é disposta por meio da arte. Nesse sentido, a paisagem se mostra enquanto categoria essencial para compreensão do meio e, principalmente das tensões vividas, seja em aspecto material, seja em composição imaginária-mental. As a concept of geographical analysis, the landscape is very well grounded in several studies both within the perspective of cultural geography and in other aspects. However, in general, most studies, both in Brazil and internationally, focus on either their history, or on the application according to the chosen line of thought. Understanding the landscape as being pure and in its philosophical roots proves to be a challenge, but an insight that art can corroborate in its understanding. Starting the journey through the supposedly non-existent landscape of Cubism, passing through surrealism, and entering the (non)realities of non-sense, from fantasies to the landscapes that connect us, but dare not to see, this study tries to understand the landscape as a landscape itself and it facets in contemporary society. Thus, divided into 5 chapters each with 3 subchapters, the thesis reveals the landscape involved beyond the human senses, but in an always internal-external construction, or even the other way around, promoted by the relationship of time and space. In this relationship, it is understood that it is necessary to go beyond representation, to understand the actions arranged in the landscape, in the experiences. In the landscape, imaginary and reality is not opposed, unlike the dream and concrete, which are the duality that can be lived in the landscape, even in an incomplete way, to understand that the landscape overcomes the barriers of human ideas, to experiencing the purest longings of humanity. Thus, while memory is more related to reality than the imaginary, the activity of this is alive mainly when it is arranged through art. In this sense, the landscape is an essential category for understanding the environment and, especially of the tensions experienced, either in a material aspect or in imaginary-mental composition. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES