Allergic diseases affect millions of people and their prevalence has constantly increased in the world every decade. Among the clinical manifestations, the allergic asthma is considered a major public healthy problem due to its number of cases and death records. Currently, these diseases are treated either with glucocorticoids, anti-histamines, mast cell stabilizers or immunomodulators. Although these drugs exert a strong anti-allergic effects, the long-term use may lead to harmful side-effects. Thus, considering the increase of allergic manifestations in the population and the requirement for new therapeutic tools with less side-effects, the discovery of drug of natural origin have been gaining prominence. Among products from natural origin, triterpenes are secondary metabolites and represent the largest group of phytochemicals in many plant species. Pharmaceutical preparations containing this metabolites are used in several countries because of their medicinal properties, which include anti-inflammatory, analgesic, antipyretic, hepatoprotective, cardiotonic effects, among others. Taking into account these information, the aim of this study was to investigate uvaol anti-allergic efficacy in experimental mouse models of allergy triggered by ovalbumin in mice. Firstly, it was found that in a model of the paw edema induced by OVA and histamine, the oral pretreatment with uvaol 1 hour prior to stimulation reduced both edema. Then, using the same treatment protocol, it was found that in the allergic pleurisy model, using a single allergic challenge, the uvaol significantly inhibited leukocyte recruitment, specially eosinophils, 24 h after allergic stimulation. Furthermore, IL-5 also presented a decreased levels in the pleural fluid. Using murine asthma models, with three exposures to the antigen daily for three consecutive days, it was found that oral administration of uvaol 1 h before each allergic stimulation reduced the accumulation of total leukocytes, mainly eosinophils present in the pulmonary parenchyma as well as IL-5 levels present in the inflamed lung tissue. Moreover, was observed that pretreatment with uvaol reduced the production of mucus after stimulus in airways of asthmatic animals. Bronchoalveolar lavage (BAL) of asthmatics animals pretreated with uvaol were evaluated and it was detected a significantly reduction in total cell number and eosinophils, as well as significantly reduced levels of IL-5. However, the pretreatment with uvaol was not able to interfere with the production of reactive oxygen species (ROS) in cells of the bronchoalveolar lavage. Therefore, considering all the data obtained so far, it was demonstrated for the first time that uvaol has a treatment potential of allergic disorders by reducing leukocyte recruitment and IL-5 levels, but not interfering in the generation of reactive oxygen species. Thus, uvaol shows up as a potential therapeutic tool for the treatment of allergic inflammation. Further studies are necessary to understand its molecular mechanism of action. CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico FAPEAL - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas As respostas inflamatórias de origem alérgica acometem milhares de pessoas em todo mundo, e a prevalência destas doenças na população vem aumentando a cada década. Dentre as manifestações clínicas, a asma alérgica chama a atenção por causa do grande impacto na saúde pública devido ao número de casos e óbitos registrados. Como fármacos disponíveis para a terapêutica destas doenças destacam-se os corticoides, estabilizadores de mastócitos e imunomoduladores. Porém, mesmo sendo de amplo uso pela população, ainda há limitações para estes fármacos, pois o uso prolongado causa diversos efeitos adversos. Assim, considerando a evidências de crescimento das manifestações alérgicas na população, aliado a necessidade de novas ferramentas terapêuticas eficazes e com menos efeitos adversos, a busca por fármacos de origem natural vem ganhando destaque. Dentre os produtos de origem natural os triterpenos são metabólitos secundários que representam o maior grupo de fitoquímicos em várias espécies vegetais. Preparações medicamentosas contendo estes metabólitos são utilizadas em muitos países devido aos amplos efeitos de interesse, incluindo, anti-inflamatório, analgésico, antipirético, hepatoprotetor, cardiotônico, dentre outras. Logo, considerando estas informações objetivou-se neste estudo caracterizar o potencial efeito antialérgico do uvaol em modelos de inflamação alérgica desencadeada por ovalbumina (OVA) em camundongos. Inicialmente, verificou-se que no modelo de edema de pata a resposta edematogênica induzida por OVA ou por histamina foi significativamente reduzida pelo pré-tratamento com o uvaol, por via oral 1 hora antes do estímulo. Em seguida, utilizando o mesmo protocolo de tratamento, verificou-se que no modelo de pleurisia alérgica, utilizando-se um único desafio alérgico, o uvaol inibiu significativamente o recrutamento leucocitário, em especial, os eosinófilos, 24 h após estímulo alérgico. Além disso, os níveis de IL-5 também se mostraram reduzidos no exsudato pleural. Utilizando o modelo animal de asma experimental, com três exposições ao antígeno uma vez ao dia por três dias consecutivos, constatou-se que a administração oral de uvaol 1 h antes de cada estímulo alérgico reduziu o acúmulo total de leucócitos, principalmente os eosinófilos, presente no parênquima pulmonar, bem como os níveis de IL-5 presente no tecido inflamado. Observou-se ainda que o tratamento com uvaol atenuou a produção de muco em células epiteliais brônquicas dos animais asmáticos após estímulo. Ao avaliar o lavado broncoalveolar (BAL) dos animais asmáticos tratados com uvaol notou-se uma redução significativa no número de células totais e eosinófilos, bem como uma redução nos níveis de IL-5. Porém, ao avaliar a geração de espécies reativas de oxigênio (ERO) nos leucócitos provenientes do BAL verificou-se que o tratamento com uvaol não interferiu na produção destas espécies reativas. Portanto, considerando todas as informações obtidas até o momento, demonstrou-se, pela primeira vez, que o uvaol possui potencial para tratamento de manifestações alérgicas por reduzir o recrutamento de leucocitário e geração de IL-5, mas não por interferir na geração de espécies reativas de oxigênio. Deste modo, concluiu-se que, mesmo necessitando de futuros estudos para demonstrar seu mecanismo molecular de ação, o uvaol mostra-se como uma potencial ferramenta terapêutica para tratamento das inflamações alérgicas