CAPES The aim of this study was to investigate the impact of chronic phosphodiesterase type 5A inhibition (PDE5Ai) by sildenafil in different stages of development in a model of essential hypertension. For this purpose, male spontaneously hypertensive rats (SHRs) were chronically treated with PDE5A inhibitor sildenafil (45mg/kg/60days) during the advance of hypertension in young SHRs (pre-hypertensive protocol, 4 until 12 weeks-old rats). The impact of sildenafil treatment on established hypertension in adult SHRs (hypertensive protocol, 16 until 24 weeks-old rats) was also evaluated. In the pre-hypertensive protocol, chronic PDE5Ai promotes a significant increase in acetylcholine-induced relaxation without altering the relaxation evoked by sodium nitroprusside in conductance arteries. By contrast, in the same preparations, it promotes a reduction in contractile response induced by phenylephrine in conductance arteries from SHRs. Sildenafil improvement of vascular function during the development of hypertension since it decreased oxidative stress, a mechanism dependent of cyclooxygenase type 2 (COX-2) and mitogen-activated protein kinase/extracellular signal-regulated kinase (ERK1/2) in aortic tissues. Resting blood pressure, vascular remodeling and the reactivity of resistance arteries were not modified after sildenafil treatment. In hypertensive protocol, chronic inhibition of PDE5A counteracts sympathetic signaling in hearts from SHRs treated with sildenafil, probably by blunting systolic β-adrenergic receptor (β-AR) stimulation in hypertensive hearts. Still, at 6 months of age analysis of cross-sectional area of cardiac myocytes demonstrated a significant reduction of myocytes area in SHR-Sild group compared to the area of cardiomyocytes from untreated rats, suggesting an antihypertrophic effect related to PDE5Ai. Furthermore, chronic sildenafil administration not only contributes with the reduction of left ventricle cardiac reactive oxygen species (ROS) production but also significantly increased of superoxide dismutase activity (SOD), without significant effects on catalase (CAT) activity. In SHRs, sildenafil treatment resulted in downregulation of beta-myosin heavy chain (β-MHC), transforming factor GATA binding protein 4 (GATA4) and nuclear factor of activated T-cells (NFATc3) protein expression which are markers of cardiac hypertrophy, and promotes downregulation of and transforming growth factor β (TGF-β) protein expression, a marker of fibrosis. On the other hand, atrial natriuretic peptide (ANP) protein expression was upregulated in SHR-Sild group suggesting a mechanism related with cardioprotection. Thus, in hypertensive protocol we reported the first direct evidence that sildenafil blunts cardiac contractility and heart rate (HR) after β-adrenergic stimulation in SHR-Sild group, as well as attenuates cardiac oxidative stress and cardiac hypertrophy secondary to hypertension. Both, vascular function improvement and antihypertrophic effect in our model, are involved with the decrease of oxidative stress after sildenafil administration. Taken together, these finds demonstrates a potential role of PDE5Ai as an adjunct therapy in hypertension. O objetivo desse estudo foi investigar os efeitos da inibição crônica da fosfodiesterase 5 (PDE5Ai) na hipertensão essencial. Para isto, foram utilizados ratos espontaneamente hipertensos (SHRs) cronicamente tratados com sildenafil (45mg/kg/60dias), um inibidor da PDE5A, durante o desenvolvimento da hipertensão em SHRs jovens (protocolo pré-hipertensivo, 4 semanas até 12 semanas de idade). O impacto da inibição crônica da PDE5A também foi avaliado em SHRs adultos, momento no qual a pressão arterial se encontrava bem estabelecida nesse modelo (protocolo hipertensivo, 16 semanas até 22 semanas de idade). Aos 3 meses, o tratamento com sildenafil promoveu um aumento significativo do relaxamento vascular induzido pela acetilcolina, sem alterações significativas no relaxamento vascular induzido pelo nitroprussiato de sódio. Ademais, a PDE5Ai induziu uma redução da resposta contrátil à fenilefrina na aorta do grupo SHR-Sild. O tratamento crônico com sildenafil resultou em melhora da função vascular durante o desenvolvimento da hipertensão, uma vez que reduziu o estresse oxidativo tecidual, por modular a via da ciclooxigenase do tipo 2 e modular a ativação de proteínas quinases reguladas por mitógeno (MAP)/quinases reguladas por sinal extracelular (ERK1/2) na aorta. Pressão arterial, frequência cardíaca, remodelamento vascular e reatividade de vasos de resistência não foram modificados pelo tratamento com o sildenafil. Aos 6 meses de idade, no protocolo hipertensivo, a PDE5Ai atenuou a resposta à estimulação simpática no coração de animais tratados com sildenafil quando comparados com os animais não tratados. A área de secção transversa dos cardiomiócitos dos animais do grupo SHR-Sild foi reduzida quando comparada aos animais tratados com o veículo, sugerindo um efeito anti-hipertrófico associado a inibição da PDE5A. O tratamento não apenas atenuou a hipertrofia ventricular esquerda, mas também contribuiu com a redução da produção cardíaca de espécies reativas de oxigênio, e promoveu aumento significativo da atividade da superóxido dismutase, sem alterações na atividade da catalase. Neste protocolo experimental, a PDE5Ai resultou em menor expressão proteica da miosina de cadeia pesada (β-MHC), do fator de transcrição GATA4 e do fator nuclear de células T ativadas (NFATc3), marcadores clássicos de hipertrofia cardíaca. Além disso, promoveu diminuição da expressão proteica do fator transformador de crescimento beta (TGF-β), o qual é diretamente relacionado a fibrose tecidual. Foi observado um aumento significativo da expressão proteica do peptídeo natriurético atrial (ANP) no tecido cardíaco, o qual foi associado a cardioproteção. Em ambos os protocolos experimentais, a melhora da função vascular e os efeitos anti-hipertróficos associados a inibição da PDE5A pelo sildenafil estão relacionados com a diminuição do estresse oxidativo tecidual, o que demonstra uma nova possibilidade terapêutica na utilização do sildenafil no tratamento da hipertensão arterial.