Introdução: Todos os dias, a necessidade de consumo informacional alimenta e instiga, por meio de apelos midiatizados, demandas de consumos diversos. O texto aborda observações acerca de vestígios comunicacionais de consumo informacional sobre a pandemia da Covid 19 vinculada à compreensão das inter-relações comunicativas entre a Associação dos Surdos de Governador Valadares (Asugov - pagina Asugov GV), sujeitos surdos associados e perfis pessoais. O Facebook é a segunda mídia social mais visitada, depois do Google. Possuía em 2019, 2,27 bilhões de perfis em rede mundial. Os perfis brasileiros somam aproximadamente 130 milhões de usuários segundo dados desta rede social disponibilizados em janeiro de 2019. Neste sentido pode-se considerar o Facebook como espaço de constituição de múltiplas articulações, ambiente de configuração de culturas digitais com lógicas incorporadas tanto pelas pessoas com surdez quanto por pessoas ouvintes. Objetivo: Objetivamente abarca-se observar e analisar o consumo de informações por pessoas com surdez, a respeito da pandemia causada pelo vírus Covid 19, em postagens realizadas no Facebook, como direito fundamental à informação, na perspectiva de uma comunicação inclusiva e saúde mental plena. Método: As observações foram respaldadas por uma abordagem netnográfica, as quais por sua vez indicam que os processos comunicacionais desenvolvidos naqueles cenários digitais colaboram para o fortalecimento da cultura surda em perspectiva cidadã, na constituição de vínculos promocionais de ações de consumo sobre prevenções, precauções para com o momento pandemia, cuidados para com a Covid 19. Resultados e conclusões: A iniciativa propulsora do estudo surgiu a partir de uma percepção de que existem poucas fontes de informações acessíveis sobre Covid 19 para as pessoas com surdez. O Facebook vem se mostrando ser uma dessas poucas fontes. Pessoas com surdez são utilizadores de uma comunicação espaço-visual, como principal meio de conhecer o mundo; diferindo do ouvinte, não apenas porque não ouve, pois a privação do sentido da audição não inviabiliza interações linguísticas, participações sociais ou produção cultural. Portanto, a relevância desses usos e apropriações nas práticas comunicativas realizadas foram fomentos que ocorreram para com a edificação dos processos sociocomunicacionais, a partir das relações dialógicas estabelecidas nos comentários imagéticos (uso especifico dos emojis), indicando apropriações em diferentes níveis do conhecimento. Em outras palavras, o registro quantitativo do uso dessas imagens nas manifestações postadas no Facebook nos direcionou a analisá-las e compreendê-las sob a perspectiva de ser um conteúdo imagético que permite a inferência de comunicações relativas às condições de produção/recepção da mensagem, apontando para apropriações comunicacionais daqueles usuários. Dessa forma, justifica-se a relevância do presente resumo, pois informação em tempos de pandemia consolida a democracia através da demanda informacional inerente, independentemente da condição surdez.