135 results on '"Luisa Karla de Paula Arruda"'
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102. 477 Evaluation of cockroach allergens in low income housing: Bla g 1 & Bla g 2 only airborne during disturbance
- Author
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Matthew S. Perzanowski, Judith A. Mollet, Thomas A.E. Platts-Mills, Luisa Karla de Paula Arruda, David B. Avner, and Martin D. Chapman
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Cockroach ,Disturbance (geology) ,Low income housing ,Environmental health ,biology.animal ,Immunology ,Immunology and Allergy ,Biology - Published
- 1996
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103. 944 Molecular and immunologic studies of a major German cockroach allergen: Blattella germanica glutathione-S-transferase (Bla g 5)
- Author
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Lisa D. Vailes, Luisa Karla de Paula Arruda, and Martin D. Chapman
- Subjects
German cockroach ,Allergen ,Glutathione S-transferase ,biology ,Immunology ,medicine ,biology.protein ,Immunology and Allergy ,biology.organism_classification ,medicine.disease_cause ,Microbiology - Published
- 1996
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104. 605 Allergen exposure and serum Ab in mite allergic asthmatic children compared to non-asthmatic non-atopic controls
- Author
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Chapman, Luisa Karla de Paula Arruda, Enrique Fernández-Caldas, Charles K. Naspitz, Rizzo Mc, and Tae Platts-Mills
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Asthmatic children ,biology ,business.industry ,Immunology ,Non atopic ,Mite ,Immunology and Allergy ,Medicine ,ALLERGEN EXPOSURE ,business ,biology.organism_classification - Published
- 1991
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105. 120 I, a major allergen: Homology to the cytotoxin mitogillin and measurements in spore, mycelial and culture filtrate extracts
- Author
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Chapman, Luisa Karla de Paula Arruda, M Good, and Tae Platts-Mills
- Subjects
Allergen ,Mitogillin ,A fumigatus ,Immunology ,medicine ,Immunology and Allergy ,Biology ,medicine.disease_cause ,Homology (biology) ,Mycelium ,Spore ,Microbiology - Published
- 1991
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106. Genetic Analysis As a Practical Tool to Diagnose Hereditary Angioedema with Normal C1 Inhibitor: A Case Report
- Author
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Konrad Bork, Adriana S. Moreno, Erick C. Castelli, Priscila Palhas, Luana Delcaro, Valdair Francisco Muglia, Marina Célia Moraes Dias, and Luisa Karla de Paula Arruda
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Pathology ,medicine.medical_specialty ,biology ,business.industry ,Immunology ,medicine.disease ,Genetic analysis ,Dermatology ,C1-inhibitor ,Hereditary angioedema ,medicine ,biology.protein ,Immunology and Allergy ,business
107. Eventos adversos pós-vacinais encaminhados a um ambulatório de referência terciária: um estudo retrospectivo descritivo
- Author
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Larissa da Silva Redondo, Fernando Bellissimo Rodrigues, Jorgete Maria e Silva, Luisa Karla de Paula Arruda, and Eder Gatti Fernandes
- Abstract
Introdução: Evento adverso pós vacina (EAPV) é qualquer ocorrência médica indesejada após a vacinação, não possuindo necessariamente uma relação causal com o uso de uma vacina, no período de até 30 dias após a vacinação. A maior parte dos eventos adversos pós vacina descritos são leves e/ou esperados, oriundos da estimulação do sistema imunológico. Porém uma minoria dos casos evolui com eventos adversos graves, necessitando avaliação especializada. O ambulatório de reação vacinal da HC FMRP-USP recebe a demanda dos pacientes que necessitam de avaliação de risco para o processo de vacinação, seja por histórico de evento adverso pós vacina ou por fazer parte de grupo de risco para determinada vacina. Objetivo: Descrever a rotina de atendimento do ambulatório de reação vacinal do HC FMRP-USP (descrição dos casos, manejo das situações de risco e procedimentos realizados), durante o período de 14 julho de 2016 à 13 de junho de 2019. Método: Estudo retrospectivo descritivo realizado através de análise de prontuário eletrônico. Resultados: Foram analisados um total de 254 pacientes de todas as faixas etárias, 87 (34%) encaminhados após EAPV e 167 (66%) encaminhados para avaliação de risco à vacinação. Após avaliação dos casos houve contraindicação de vacina para 2 (0,8%) pacientes; 90 (35,4%) pacientes apresentavam risco de EAPV igual ao da população em geral, sendo encaminhados para seguimento em UBS; 150 (59,1%) pacientes foram encaminhados para procedimento de vacinação assistida; e 12 (4,7%) pacientes não apresentavam necessidade de mais dose da vacina envolvida no EAPV relatado. Foram realizados 153 procedimentos de vacinação assistida, e houve apenas 4 (2,6%) eventos adversos leves após o procedimento. Conclusão: O presente estudo corrobora a ampla segurança das vacinas adotadas pelo Programa Nacional de Imunização à medida que identifica incidência muito baixa de reações adversas pós-vacinais mesmo em uma população de risco mais elevado para tais ocorrências. Introduction: Adverse post-vaccine event (APV) is any undesired medical occurrence after vaccination, not necessarily having a causal relationship with the use of a vaccine, within a period of up to 30 days after vaccination. Most of the post-vaccination adverse events described are mild and/or expected, arising from the stimulation of the immune system. However, a minority of cases evolve with serious adverse events, requiring specialized evaluation. The HC FMRP-USP vaccine reaction outpatient clinic receives the demand of patients who need a risk assessment for the vaccination process, either because of a history of post-vaccination adverse events or because they are part of a risk group for a particular vaccine. Objective: To describe the routine care of the vaccine reaction outpatient clinic of the HC FMRP-USP (case description, management of risk situations and procedures performed), during the period from July 14, 2016 to June 13, 2019. Method: Descriptive retrospective study, carried out through analysis of electronic medical records. Results: A total of 254 patients of all age groups were analyzed, 87 (34%) referred after APV and 167 (66%) referred for risk assessment for vaccination. After evaluating the cases, there was a contraindication for the vaccine for 2 (0.8%) patients; 90 (35.4%) patients had an APV risk equal to that of the general population and were referred to the basic health unit; 150 (59.1%) patients were referred for assisted vaccination procedure; and 12 (4.7%) patients didn´t need more doses of the vaccine involved in the reported APV. A total of 153 assisted vaccination procedures were performed, and there were only 4 (2.6%) mild adverse events after the procedure. Conclusion: The present study corroborates the broad safety of the vaccines adopted by the National Immunization Program as it identifies a very low incidence of post-vaccination adverse reactions even in a population at higher risk for such occurrences.
- Published
- 2022
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108. Influence of apoptosis inhibitors on the response to mometasone furoate in patients with chronic rhinosinusitis with nasal polyp
- Author
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Ivna Mota Passos, Fabiana Cardoso Pereira Valera, Luisa Karla de Paula Arruda, Eduardo Macoto Kosugi, and Fabrizio Ricci Romano
- Abstract
Introdução: Os Inibidores da Apoptose (IAPs) podem interferir no processo inflamatório crônico, e auxiliar na formação da Rinossinusite Crônica com Pólipo (RSCcPN), ou interferir a susceptibilidade dos pólipos nasais ao tratamento clínico com corticoide tópico nasal; todavia estudos sobre o tema ainda são escassos na literatura. Objetivos: comparar a expressão dos IAPs entre pacientes com RSCcPN e indivíduos livres de doença, comparar a expressão dos IAPs entre pacientes com RSCcPN que obtiveram boa resposta ao corticoide tópico nasal e aqueles com resposta inadequada; e correlacionar a expressão dos IAPs a marcadores inflamatórios (clínicos e laboratoriais) em pacientes com RSCcPN. Pacientes e Métodos: Foram coletados dados clínicos dos pacientes com RSCcPN por meio de questionário de qualidade de vida - SNOT-22, realizadas medidas do escore endoscópico (Lund-Kennedy) e do escore tomográfico (Lund-Mackay). Foram colhidas amostras de pólipo nasal de pacientes com RSCcPN (sem vigência de tratamento clínico) e amostras de concha média dos controles para processamento. A expressão gênica dos IAPs (XIAP, BIRC2/IAP1 e BIRC3/IAP2) e das caspases (CASP3, CASP7, CASP9 e BCL2) foram medidos por qRT-PCR. As dosagens das citocinas pró-inflamatórias (IFN-γ, IL-5, IL-33, IL-10, IL-17 e TGF-β) foram medidas pelo método Luminex. A comparação entre o grupo de pacientes com pólipo nasal e os controles foi realizada por meio de testes paramétricos não-pareados. A análise de Componentes Principais (PCA) foi usada para correlacionar a expressão dos marcadores avaliados com a resposta ao corticoide tópico nasal nos pacientes com RSCcPN. Resultados: Foram encontradas menor expressão dos três genes IAPs e expressão significativamente maior das citocinas INF-γ, IL-5 e TGF-β nesses pacientes em comparação aos livres de doença. Ainda, observou-se que pacientes que responderam mal ao corticoide tópico tinham índices significativamente menor de BIRC2/IAP1 quando comparados aos que obtiveram melhor resposta. Ao se associar a expressão dos marcadores à resposta ao corticoide pelo método PCA, identificou-se que os marcadores BIRC2/IAP1, XIAP, BCL2, CASP9, IL-17 e IL-33 estiveram aumentados em pacientes com melhor resposta clínica, enquanto que CASP7 e TGF-β estiveram relacionados com pior resposta ao tratamento. Conclusões: Evidenciou-se inflamação com padrão misto (T1, T2 e T3) nos pacientes com RSCcPN, quando comparados aos controles. Estes dados sugerem que a diminuição dos IAPs seja um fator importante na fisiopatogenia da RSCcPN e na suscetibilidade ao tratamento clínico. Considerando que os IAPs modificam a cascata inflamatória inata, estes achados reforçam a importância do processo da imunidade inata como um elo essencial entre o ambiente, o eptitélio e a cronificação do processo inflamatório, além de abrir novas persepctivas sobre a importância da barreira epitelial da mucosa nasossinusal na RSCcPN. Introduction: Inhibitors of Apoptosis (IAPs) can interfere with the chronic inflammatory process, and help in the formation of CRSwNP, or interfere with the susceptibility of nasal polyps to clinical treatment with nasal topical corticosteroids, however studies on the subject are still scarce in the literature. Objectives: to compare the expression of apoptosis inhibitors between patients with CRSwPN and disease-free individuals, compare the expression of apoptosis inhibitors between patients with CRSwPN who had a good response to nasal topical corticosteroids with those who had an inadequate response, and to correlate the expression of the inhibitors from apoptosis to inflammatory markers (clinical and laboratory) in patients with CRSwPN. Patients and Methods: Clinical data from patients with CRSwNP were collected through a quality of life questionnaire - SNOT-22, with measurements of the endoscopic score (Lund-Kennedy) and the tomographic score (Lund-Mackay). Nasal polyp samples were collected from patients with CRSwPN (without clinical treatment) and middle turbinate samples from controls for processing. The gene expression of apoptosis inhibitors (XIAP, BIRC2/IAP1 and BIRC3/IAP2) and caspases (CASP3, CASP7, CASP9 and BCL2) were measured by qRT-PCR. The dosages of pro-inflammatory cytokines (IFN-γ, IL-5, IL-33, IL-10, IL-17 and TGF-β) were measured by the Luminex method. Comparison between the group of patients with nasal polyps and controls was performed using unpaired parametric tests. Principal Component Analysis (PCA was used to correlate the expression of the markers evaluated here with the response to nasal topical corticosteroids in patients with CRSwPN. Results: We found lower expression of the three apoptosis inhibitor genes and significantly higher expression of the cytokines INF-γ, IL-5 and TGF-β in CRSwPN patients compared to disease-free patients. Furthermore, we observed that patients who responded poorly to topical corticosteroids had significantly lower rates of BIRC2/IAP1 when compared to those who responded better. By associating the expression of the markers with the response to steroids using the PCA method, we identified that the markers BIRC2/IAP1, XIAP, BCL2, CASP9, IL-17 and IL-33 were increased in patients with better clinical response, while CASP7 and TGF-β were related to worse response to treatment. Conclusions: Inflammation with a mixed pattern (T1, T2 and T3) was evidenced in patients with CRSwPN, when compared to controls. Our data suggest that the decrease in IAPs is an important factor in the CRSwPN pathophysiology and susceptibility to clinical treatment. Considering that IAPs modify the innate inflammatory cascade, the present findings reinforce the importance of the innate immunity process as an essential link between the environment, the epithelial and the chronification of the inflammatory process, in addition to opening new perspectives on the importance of the epithelial barrier of the inflammatory process nasosinusal mucosa in CRSwPN.
- Published
- 2022
109. Estudo dos mecanismos de ação da Saccharomyces cerevisiae UFMG A-905 em um modelo experimental de asma
- Author
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Vanessa Maciel Braulio da Fonseca, Marcos de Carvalho Borges, Luisa Karla de Paula Arruda, Caroline Marcantonio Ferreira, and Jacques Robert Nicoli
- Abstract
Introdução: A prevalência de asma tem aumentado nas comunidades que adotam um estilo de vida ocidental e se tornam mais urbanizadas. A teoria da higiene sugere que a exposição a infecções na infância pode proteger contra o desenvolvimento de asma e outras doenças alérgicas. A Saccharomyces cerevisiae UFMG A-905 reduziu a hiper-responsividade brônquica e a inflamação das vias aéreas e pulmonares e restaurou os níveis de IL-10 e interferon-gama em um modelo animal de asma. Porém, os mecanismos envolvidos não foram elucidados. Objetivos: Avaliar os mecanismos de ação envolvidos na prevenção da asma pela administração de S. cerevisiae UFMG A-905 vivas. Material e métodos: Camundongos Balb/c, C57BL/6 wild e nocaute para IL-17A foram utilizados no estudo. S. cerevisiae UFMG A-905 vivas foram administradas aos camundongos por gavagem 10 dias antes da primeira sensibilização e durante todo período de sensibilização e desafios. Os camundongos dos grupos controles receberam apenas PBS, nos mesmos dias. Foram avaliados a população fenotípica das células dendríticas (CD11c+MHCII+CD11b+CD103+) e a população de linfócitos T reguladores (CD4+CD25+FOXP3+) no pulmão por citometria de fluxo; expressão gênica de receptores do tipo Toll (TLR-9), do tipo NLR (NLRP3), e do tipo lectina C (CLRs: Dectina-1and Mincle) no parênquima pulmonar por PCR em tempo real; produção de ácidos graxos de cadeia curta, média e longa nas fezes por cromatografia gasosa; produção de citocinas no intestino por ELISA. Resultados: A administração de S. cerevisiae UFMG A-905 aumentou significativamente o número de células dendríticas de fenótipo CD11c+MHCII+CD11b+CD103- e de linfócitos T reguladores, e a expressão de NLRP3 no tecido pulmonar; e a porcentagem do ácido graxo dihomo-gama-linolênico nas fezes de camundongos. Adicionalmente, os efeitos S. cerevisiae UFMG A-905 foram parcialmente dependentes de IL-17A. Conclusão: A administração do probiótico S. cerevisiae UFMG A-905 diminuiu as principais características da asma e desviou a resposta imune para um padrão Th17 via mecanismos parcialmente dependente de IL-17A. Nossos achados reforçam a importância do eixo-intestino-pulmão nas doenças alérgicas. Background: The prevalence of asthma has increased in children and communities that adopt a Western lifestyle and become more urbanized. The hygiene hypothesis suggests that exposure to infections early in life can reduce the risk of asthma and other allergic diseases. The Saccharomyces cerevisiae UFMG A-905 reduced bronchial hyperresponsiveness, airways and lung inflammation, and restored the levels of IL-10 and IFN-gama in a mouse model of asthma. However, the mechanisms involved were not fully elucidated. Objective: To evaluate the mechanisms involved in the prevention of asthma with the administration of S. cerevisiae UFMG A-905. Materials and Methods: Balb/c, C57BL/6 wild and IL-17A knockout mice were used in study. Mice were treated daily with live S. cerevisiae UFMG A-905 via gavage ten days before OVA sensitization and during sensitization and challenge protocol. Control mice received saline and PBS on the same days. Flow cytometer was performed in lung to measure dendritic cells (CD11c+MHCII+CD11b+CD103+) and regulatory T lymphocytes (CD4+CD25+FOXP3+). The evaluation of the following gene expression was done in lung with qPCR: Toll-like receptor (TLR-9), NLR receptor (NLRP3), and lectina C receptor (CLRs: Dectina- 1 and Mincle). Short, medium, and long chain fatty acids were quantified in feces with gas chromatography. Cytokine levels were measured in gut with ELISA. Results: The administration of S. cerevisiae UFMG A-905 increase the number of dendritic cells (CD11c+MHCII+CD11b+CD103-), regulatory T lymphocytes, and NLRP3 gene expression in lung; and percentage of dihomo-gamma-linolenic in feces. Additionally, the effects of S. cerevisiae UFMG A-905 were partially dependent of IL-17A. Conclusion: The administration of S. cerevisiae UFMG A-905 decreased main features of asthma and shifted the immune response to a Th17 pattern, via mechanisms partially dependent on IL-17A. Ours findings reinforce the importance of the intestine-lung axis in allergic diseases.
- Published
- 2022
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110. Risk factors for occupational asthma and rhinitis in students exposed to laboratory animals: a prospective study
- Author
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Isabel Aparecida Tór Bricoleri, Elcio dos Santos Oliveira Vianna, Luisa Karla de Paula Arruda, and Marina de Toledo Durand
- Abstract
Introdução: A Organização Mundial de Saúde estima que aproximadamente 40% da população mundial são acometidos por doenças alérgicas. Trabalhadores e estudantes expostos a animais de laboratório estão mais vulneráveis a desenvolver doenças alérgicas e respiratórias. Dessa forma, é importante estabelecer os fatores de risco que podem contribuir para o aparecimento de sinais e sintomas alérgicos. Objetivo: Descrever características da exposição a animais de laboratórios, com enfoque para aquelas consideradas fatores de risco para o desenvolvimento de sintomas alérgicos, rinite e asma. Descrever sintomas após um período de exposição para indicar a frequência com que essas manifestações ocorrem. Métodos: Estudo prospectivo de 6 á 12 meses de seguimento, que contou com a participação de 56 estudantes que estavam iniciando exposição aos seguintes animais de laboratório: rato, camundongo, hamster, cobaia ou coelho. Foram aplicados os questionários LARA (Laboratory Animal Respiratory Allerg) composto por 97 questões relacionadas a sintomatologias prévias, início do trabalho em laboratórios, rotina de trabalho, tempo de manuseio do animal, uso de equipamentos de segurança e outras características da exposição e formulário de observação do voluntário e do ambiente trabalho. Análises dos dados: A estatística descritiva foi realizada para caracterização da amostra e algumas variáveis contínuas, foram expressas em média±desvio-padrão e para as variáveis nominais foi realizada análise descritiva, sendo expressas em frequências e porcentagens. Foi realizado o teste de Qui-quadrado para comparamos a frequência entre avaliação inicial e final e para fequência entre mudanças para \"sim\" e mudanças para \"não\". Resultados: Dos 56 voluntários, 73,2% são do sexo feminino e a média da idade foi 25 anos. Houve diferença significativa entre mudança para \"sim\" e mudança para \"não\" para as seguintes questões: na questão 51, 14 voluntários passaram a responder \"sim\" sobre \"ter nariz entupido quando está perto de animais ou pano\" e para questão 57, 13 voluntários passaram a responder \"sim\" sobre \"ter nariz entupido quando está perto de lugares com pó\". Para questão 79, 09 voluntários mudaram para \"sim\" suas respostas sobre \"se expor a químicos\". Na questão 87, 09 voluntários passaram a responder \"sim\" para pergunta \"há máscaras respiratórias no seu local de trabalho\" e para questão 88, 13 voluntários mudaram para \"sim\" suas respostas sobre \"usar máscaras respiratórias quando está em contato com os animais no laboratório\". Conclusão: Houve aumento de respostas \"sim\" para sintomas nasais relacionados a desencadeantes, principalmente, animais, panos e pó. Para sintomas nasais desencadeados por pó, a frequência de resposta \"sim\" aumentou de 64% para 84% (p = 0,018). Outras questões sobre sintomas nasais não indicaram mudanças de frequência entre início e fim da exposição. Para outros sintomas respiratórios ou sintomas de pele, nenhuma diferença relevante foi encontrada. O conjunto dos achados sugere que poucos sintomas surgiram no período de 6 meses a 1 ano. Se o tempo de exposição fosse maior, é possível que outros sintomas se tornassem mais frequentes. Introduction: The World Health Organization estimates that approximately 40% of the world population is affected by allergic diseases. Workers and students exposed to laboratory animals are more vulnerable to developing allergic and respiratory diseases. Thus, it is important to establish the risk factors that may contribute to the appearance of allergic signs and symptoms. Objective: Describe characteristics of exposure to laboratory animals, focusing on those considered risk factors for the development of allergic symptoms, rhinitis and asthma. Describe symptoms after an exposure period to indicate the frequency with which these manifestations occur. Methods: Prospective study of 6 to 12 months of follow-up, with the participation of 56 students who were starting exposure to the following laboratory animals: rat, mouse, hamster, guinea pig or rabbit. The LARA questionnaire (Laboratory Animal Respiratory Allerg) was applied, consisting of 97 questions related to previous symptoms, start of work in laboratories, work routine, time of handling the animal, use of safety equipment and other characteristics of the exhibition and the form of observation of the volunteer and the work environment. Data analysis: Descriptive statistics were performed to characterize the sample and some continuous variables were expressed as mean ± standard deviation and for nominal variables, descriptive analysis was performed, expressed as frequencies and percentages. The Chisquare test was performed to compare the frequency between initial and final evaluation and for frequency between changes to \"yes\" and changes to \"no\". Result: Of the 56 volunteers, 73.2% are female and the average age was 25 years. There was a significant difference between changing to \"yes\" and changing to \"no\" for the following questions: in question 51, 14 volunteers started to answer \"yes\" about \"having a blocked nose when they are close to animals or cloth\" and to question 57, 13 volunteers started to answer \"yes\" about \"having a stuffy nose when you are close to places with dust\". For question 79, 09 volunteers changed their answers about \"exposing themselves to chemicals\" to \"yes\". In question 87, 09 volunteers started to answer \"yes\" to the question \"are there respiratory masks in their workplace\" and for question 88, 13 volunteers changed to \"yes\" their answers about \"wearing respiratory masks when in contact with Laboratory animals\".Conclusion: There was an increase in \"yes\" responses to nasal symptoms related to triggers, mainly animals, cloths and dust. For nasal symptoms triggered by dust, the frequency of \"yes\" responses increased from 64% to 84% (p = 0.018). Other questions about nasal symptoms did not indicate changes in frequency between the beginning and end of the exposure. For other respiratory symptoms or skin symptoms, no relevant differences were found. The set of findings suggests that few symptoms appeared in the period from 6 months to 1 year. If the exposure time were longer, it is possible that other symptoms would become more frequent.
- Published
- 2021
111. Decreasing attacks and improving quality of life through a systematic management program for patients with hereditary angioedema
- Author
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Fernanda Leonel Nunes, Luisa Karla de Paula Arruda, Mariana Paes Leme Ferriani, Virginia Paes Leme Ferriani, Marco Andrey Cipriani Frade, and Anete Sevciovic Grumach
- Abstract
O angioedema hereditário (AEH) é uma doença de herança autossômica dominante, potencialmente fatal, caracterizado por episódios recorrentes de edema do tecido subcutâneo, trato gastrointestinal e vias aéreas superiores, decorrente da vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular causadas pela liberação aumentada de bradicinina. Na maior parte dos pacientes, o AEH é causado por mutação no gene SERPING1, que codifica a proteína inibidor de C1 (C1-INH). O C1-INH inibe várias vias metabólicas, incluindo a via de contato. Sua deficiência causa ativação do sistema calicreína-cinina, levando a produção aumentada de bradicinina e angioedema. Prevenção de crises de angioedema é um dos principais objetivos no manejo de pacientes portadores de angioedema hereditário. O presente estudo teve por objetivo investigar os efeitos de uma intervenção sistemática para pacientes portadores de AEH, em frequência de crises de angioedema e qualidade de vida. Trinta e três pacientes portadores de AEH com deficiência do C1-INH (AEH-C1-INH), pertencentes a uma única família participaram de um programa multidisciplinar coordenado por uma alergista/imunologista. Crises de angioedema antes de iniciar o programa foram avaliadas através de entrevistas, registros médicos e de prontuários do Serviço de Emergência. Após inclusão no estudo, as crises foram registradas prospectivamente por pacientes ou cuidadores em um diário de crises. O número médio de crises por mês nos 12 meses pré-intervenção foi comparado ao número médio de crises em 8 e 14 meses durante o estudo. Questionários padronizados e validados foram utilizados para determinar qualidade de vida, incluindo questionário específico para AEH (HAE-QoL), como também para avaliar condições psicológicas e prejuízo ao trabalho, aplicados na primeira consulta do programa, em 8 e 14 meses durante a intervenção. Os dados foram armazenados na plataforma REDCap e analisados por modelos bayesianos ajustados por regressão dupla de Poisson. Como resultado da intervenção, o número médio de crises diminuiu significantemente de 1,15 pré intervenção para 0,25 e 0,23, em 8 e 14 meses do estudo, com média de diminuição de -0.89 (95% ICr - 1.21;-0.58) e -0.92 (95% ICr -1.22; -0.60), respectivamente (95% intervalo de credibilidade [ICr] excluindo 0). HAE-QoL demonstrou um aumento total médio de 15,2 (IC 1,23;29,77) e 26 (95% IC 14,56;39,02) aos 8 e 14 meses do estudo, comparado ao valor médio preintervenção, revelando melhora acentuada na qualidade de vida. Uma melhora significante do bem-estar emocional e redução de depressão, estresse e ansiedade foram observados aos 14 meses. Em conclusão, uma abordagem sistemática integrando cuidados específicos de AEH com tratamento de aspectos psicológicos diminuiu o número de crises e melhorou a qualidade de vida dos pacientes, alvos para as melhores práticas em AEH. Hereditary angioedema (HAE) is an autosomal dominant disorder, potentially fatal condition, characterized by recurrent episodes of edema involving subcutaneous tissue, gastrointestinal tract and upper airways, resulting from vasodilation and increased vascular permeability caused by increased production of bradykinin. In most patients, the disease is caused by mutations in the SERPING1 gene, which encodes the C1 inhibitor protein (C1-INH). C1-INH inhibits several metabolic pathways, including the contact pathway. Its deficiency causes activation of the kallikrein-kinin system, leading to increased production of bradykinin and angioedema. Prevention of attacks is a major goal in management of patients with hereditary angioedema. The present study aimed to investigate the effects of a systematic intervention for HAE patients, in the frequency of angioedema attacks and quality of life. Thirty-three patients with HAE with C1-INH deficiency (HAE-C1-INH), belonging to a single family, participated in a management program coordinated by an allergist/immunologist. Angioedema attacks before intervention were ascertained by interviews, medical records and emergency room charts. After enrollment in the study, attacks were prospectively recorded by patients or caregivers in a diary of attacks. Mean number of attacks/month was compared at 12 months pre-intervention, 8 and 14 months within intervention. Patient-reported outcome (PRO) instruments were used to assess quality of life, including HAE Quality of Life (HAE-QoL) questionnaire, psychological conditions and work impairment, at baseline, 8 and 14 months within intervention. Data were stored in the REDCap platform, and analyzed by adjusted Bayesian models of double Poisson regression. As a result of intervention, the mean number of attacks/month significantly decreased from 1.15 pre-intervention to 0.25 and 0.23, 8 and 14 months within intervention, with mean decreases of -0.89 (95% CrI -1.21;-0.58) and -0.92 (95% CrI -1.22; -0.60), respectively (95% credible interval [CrI] excluding 0) . HAE-QoL scores showed mean total increases of 15.2 (CrI 1.23;29.77) and 26 (95% CrI 14.56;39.02) at 8 and 14 months within the study, as compared to baseline, revealing a marked improvement in quality of life. Significant increase in role-emotional, and reduction of depression, stress and anxiety were observed at 14 months. In conclusion, a systematic approach integrating HAE-specific care with effective handling of psychological issues decreased number of attacks and improved quality of life, targets for best practice in HAE.
- Published
- 2021
112. Pesquisa de miRNA em pacientes com rinossinusite crônica com pólipo nasal
- Author
-
Mariana Lima Coelho Silveira, Fabiana Cardoso Pereira Valera, Luisa Karla de Paula Arruda, Eduardo Macoto Kosugi, and Edwin Tamashiro
- Subjects
business.industry ,Medicine ,business ,Molecular biology - Abstract
Estudos indicam a importância de microRNAs (miRNA) em pacientes portadores de doenças inflamatórias crônicas, dentre elas a rinossinusite crônica com pólipo nasal (RSCcPN). No entanto, estudos que tenham avaliado a sua expressão nos pólipos nasais e a repercussão clínica decorrente são escassos em literatura. Foram objetivos do estudo: comparar a presença de miRNAs em pacientes com RSCcPN aos controles; associar a expressão de miRNA aos diversos padrões inflamatórios (Th1, Th2, Th17 e Treg) e avaliar a sua influência em aspectos clínicos como extensão da doença e a presença de sinais e sintomas. Amostras de pólipo nasal de pacientes com RSCcPN (sem vigência de tratamento clínico) e mucosa nasal de concha média dos controles foram colhidas para processamento. Os níveis de 1996 miRNA maduros humanos foram comparados por meio de microarray, e os miRNA diferentemente expressos tiveram seus níveis confirmados por qRT-PCR. As dosagens de citocinas pró-inflamatórias foram medidas por Luminex. A comparação entres os dois grupos se deu por meio de testes não-pareados. Após, os miRNAs diferentemente expressos pelos dois exames foram correlacionados com as concentrações das citocinas pró-inflamatórias e com os dados clínicos, aplicando-se testes de correlação paramétricos. Após as duas análises (microarray e qRT-PCR), seis miRNAs: hsa-miR-205-5p, hsa-miR-221-3p, hsa-miR-222-3p, hsa-miR-378a-3p, hsa-miR-449a e hsa-miR-449b-5p tiveram expressão significativamente diferente, todos com níveis aumentados nos pólipos nasais em comparação aos controles. Houve correlação direta positiva e significativa entre miR-205-5p com a expressão de IL-5, o grau de eosinofilia e a piora do padrão clínico (SNOT-22). O miRNA 205- 5p parece ser muito importante na fisiopatogênese da RSCcPN, aumentando o processo inflamatório, sobretudo para citocinas Th2, havendo relação significativa com a expressão de IL-5, o grau de eosinofilia e com a piora no escore de qualidade de vida. Studies have highlighted the importance of microRNAs (miRNA) in patients with chronic inflammatory diseases, among them Chronic rhinosinusitis with nasal polyps (CRSwNP). However, few studies evaluated the expression of miRNA on nasal polyps, and the clinical impact related to them. The objectives of this study were: 1) to compare the presence of miRNA in patients with CRSwNP to controls; 2) to associate their expression to inflammatory patterns (Th1, Th2, Th17 and Treg); and 3) to evaluate the influence on clinical outcomes, such as extensiveness of the disease and intensity of symptoms. Samples of nasal polyp were collected from patients with CRSwNP (with a wash out period of one month), while middle turbinate mucosa were obtained from controls. The levels of 1996 mature human miRNAs were analyzed by microarray, and those differently expressed between groups were confirmed by qRT-PCR. Pro-inflammatory cytokines were measured by Luminex. The comparison between groups was performed with unpaired statistical analyses. miRNAs that were differently expressed were correlated to the concentration of pro- inflammatory cytokines and with clinical data, through parametric correlation tests. After both assays (microarray and qRT-PCR), six miRNAs were up-regulated on nasal polyps: miR-205-5p, miR-221-3p, miR-222-3p, miR-378a-3p, miR-449a and miR-449b-5p. There was a significantly positive correlation between miR-205-5p, and: IL-5 concentration; tissue eosinophilia; and worst SNOT-22. miRNA 205-5p seems to be a very important miRNA in CRSwNP physiopathology, inducing the inflammatory process (especially of Th2 cytokines, with a positive relationship with IL-5 concentration); increasing the eosinophil level on nasal tissue and worsening quality of life scores.
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113. Proteínas salivares de insetos hematófagos na patogênese do pênfigo foliáceo em amostragem brasileira
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Sebastián Andrés Vernal Carranza, Ana Maria Ferreira Roselino, and Luisa Karla de Paula Arruda
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Biology ,Molecular biology - Abstract
Introdução. Os pênfigos representam um grupo de dermatoses bolhosas autoimunes caracterizados pela produção de autoanticorpos contra as desmogleínas (Dsg). O pênfigo foliáceo (PF) decorre da produção de autoanticorpos contra Dsg1. No Brasil, o PF é descrito em focos geográficos definidos: áreas rurais próximas de bacias hidrográficas. Considerando essa distribuição, tem-se aventado a hipótese de que fatores ambientais, aliados à associação de alelos HLA, tenham papel na sua endemicidade, interrogando-se a participação de insetos hematófagos na etiopatogênese do PF. Objetivos. Verificar a participação das proteínas salivares de insetos hematófagos na etiopatogênese do PF em amostragem da região nordeste do estado de São Paulo (NESP), Brasil. Como objetivos específicos: (i) documentar a relação epidemiológica (fator de risco/doença) das principais espécies de insetos antropofílicos com a distribuição geográfica dos casos de PF no NESP; (ii) avaliar a resposta imune humoral IgG em pacientes com PF e controles contra extratos proteicos salivares (EPS) de Aedes aegypti, Nyssomyia neivai e Simulium nigrimanum, e contra as proteínas salivares maxadilan (expressa em Lutzomyia longipalpis e N. neivai) e LJM11 (expressa em Lu. longipalpis), e correlacionar essas respostas com os títulos anti-Dsg1; (iii) quantificar o IgE total e anti-IgE contra ESP dos insetos citados, em pacientes com PF e controles, e (iv) descrever o sialoma de N. neivai. Métodos. Os dados dos casos de PF e das principais espécies hematófagas do NESP foram registrados em mapas de distribuição espacial (ArcGIS v10.2). Para a detecção de anticorpos séricos (IgG e IgE) contra os EPS realizou-se ELISA in-house seguida de immunoblotting (IB). A dosagem de IgE total foi realizada pelo kit ImmunoCAPTM Total IgE segundo as instruções da fabricante. Para a detecção de anticorpos séricos (IgG) contra maxadilan e LJM11 também usou-se ELISA in-house. A quantificação de anticorpos anti-Dsg1 foi feita por ELISA comercial (MBL, Japão). A descrição do sialoma foi realizada com tecnologia Illumina RNA seq. A análise estatística para cada objetivo foi feita com testes não paramétricos. Resultados. Houve confirmação entre a distribuição geográfica dos insetos hematófagos S. nigrimanum e Nyssomyia neivai com os casos de PF registrados no NESP, confirmando elo epidemiológico. Pacientes com PF apresentaram maiores títulos de anticorpos IgG contra EPS de S. nigrimanum (P
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114. Sensitization to tropomyosins from different invertebrates in patients with asthma and/or rhinitis: investigation of IgE crossreactivity
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Ana Carolina Alves Feliciano de Sousa Santos, Luisa Karla de Paula Arruda, Valéria Soraya de Farias Sales, Keity Souza Santos, and Elcio dos Santos Oliveira Vianna
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A relação entre parasitoses intestinais, alergia e asma ainda não está completamente conhecida. Diversos estudos tem identificado infecções por A. lumbricoides como fator de risco para asma e alergia. O presente trabalho visou investigar o perfil de reatividade IgE a tropomiosina de diferentes fontes, e por diferentes métodos, e avaliar a relevância clínica de nova estratégia para o diagnóstico de alergia, através do ImmunoCAP-ISAC, uma vez que tropomiosinas são pan-alérgenos em invertebrados, incluindo baratas, ácaros, camarão, outros crustáceos e moluscos, Ascaris lumbricoides e outros parasitas. Tropomiosinas induzem resposta IgE que está associada a reatividade cruzada imunológica. Além disso, foi avaliado se a estratégia de diagnóstico por microarray pode melhorar o diagnóstico de alergia a baratas, pois a sensibilização a tropomiosina de barata ocorre em 50% a 62% dos casos, indicando que a identificação de outros alérgenos é necessária para melhorar o diagnóstico de alergia a barata entre pacientes com asma e/ou rinite. Métodos: Avaliamos 40 pacientes alérgicos a barata com asma e/ou rinite e 10 indivíduos controles não alérgicos. Foram realizados testes cutâneos com extratos comerciais de aeroalérgenos e tropomiosinas recombinantes de A. lumbricoides e barata P. americana (rPer a 7), além de medidas de IgE específica para tropomiosinas de A. lumbricoides e P. americana (rPer a 7) por ELISA. O diagnóstico de alergia por componentes foi feito por técnica de microarray, através do ImmunoCAP-ISAC; avaliamos IgE para tropomiosinas presentes nesse painel de componentes nBla g 7, tropomiosina natural da barata B. germanica e rAni s 3, tropomiosina recombinante do parasita A. simplex, que apresentam 96-97% de identidade de sequencia com tropomiosinas de barata Per a 7 e de A. lumbricoides Asc l 3, respectivamente. Avaliamos também IgE para componentes de barata rBla g 1, rBla g 2, e rBla g 5. Resultados: Avaliação da resposta IgE para tropomiosinas de Ascaris e barata mostrou excelente concordância por métodos in vivo e in vitro. Essa possível reatividade cruzada IgE em pacientes sem evidência de infecção parasitária, nos permite formular a hipótese de que em nosso meio, o contato com parasitas cedo na infância, poderia induzir sensibilização IgE a tropomiosina, e a exposição, ainda durante a infância, a tropomiosinas de outras fontes, como ácaros e baratas, por via inalatória, poderia levar ao desenvolvimento de doenças alérgicas como asma e rinite e/ou potencializar o efeito da resposta a estes aeroalérgenos. A maioria (55%) dos pacientes apresentou positividade para o alérgeno rBla g 7 (tropomiosina) de barata. Apenas 3 pacientes foram positivos para os outros alérgenos recombinantes de barata, indicando que a estratégia de diagnóstico por componentes mostrou valor adicional limitado, quando comparado aos métodos de teste cutâneo e IgE específica para barata, para investigar alergia a barata. The relationship of intestinal parasitosis, allergy and asthma is not completely known. Several studies have identified Ascaris lumbricoides infections as a risk factor for asthma and allergy. The present work aimed to investigate the IgE reactivity profile to tropomyosin from different sources, and by different methods, and to evaluate the clinical relevance of a new strategy for the diagnosis of allergy through ImmunoCAP-ISAC, since tropomyosins are pan-allergens in invertebrates, including cockroaches, mites, shrimp, other crustaceans and mollusks, A. lumbricoides and other parasites. Tropomyosins induce IgE response and are associated with immunological cross reactivity. In addition, it was evaluated whether the microarray diagnostic strategy can improve the diagnosis of cockroach allergy, as cockroach tropomyosin sensitization occurs in 50% to 62% of cases, indicating that identification of other allergens is necessary to improve diagnosis of cockroach allergy among patients with asthma and/or rhinitis. Methods: We evaluated 40 cockroach allergic patients with asthma and/or rhinitis and 10 non-allergic control subjects. Skin tests were carried out with commercial extracts of airborne allergens, and measurements of IgE to A. lumbricoides and cockroach Periplaneta americana (rPer to 7) tropomyosins were carried out by ELISA. IgE antibodies to tropomyosins from Blattella germanica (Bla g 7, 96% identity to Per a 7) and Anisakis simplex (Ani s 3, 97% identity to A. lumbricoides tropomyosin) were assessed by Immuno Solidphase Allergen Chip (ImmunoCAP-ISAC). We also evaluated IgE to the cockroach components rBla g 1, rBla g 2, and rBla g 5. Results: Evaluation of IgE response to Ascaris and cockroach tropomyosins showed excellent agreement by in vivo and in vitro methods. This possible IgE cross-reactivity in patients with no evidence of parasitic infection allows us to hypothesize that in our area, contact with parasites early in childhood could induce tropomyosin IgE sensitization and exposure to tropomyosins from other sources, such as mites and cockroaches, by inhalation, even during childhood, could lead to the development of allergic diseases such as asthma and rhinitis and/or to potentiate the effect of response to these aeroallergens. Most (55%) patients were positive presented IgE response to the cockroach rBla g 7 (tropomyosin) allergen. Only 3 patients were positive to the other recombinant cockroach allergens, indicating that the component diagnostic strategy showed limited additional value when compared to cockroach-specific IgE and skin test methods to investigate cockroach allergy.
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- 2019
115. Tropomiosina de barata Periplaneta americana: papel na imunoterapia sublingual em modelo experimental de hiper-responsividade brônquica e na investigação da resposta IgE em pacientes com dermatite atópica
- Author
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Amanda Rodrigues Maia, Luisa Karla de Paula Arruda, Marcos de Carvalho Borges, Keity Souza Santos, and Ariana Campos Yang
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A prevalência de doenças alérgicas incluindo asma e dermatite atópica aumentou nos últimos anos. A asma é uma doença crônica caracterizada por hiper-responsividade das vias aéreas e limitação variável ao fluxo aéreo, reversível espontaneamente ou com tratamento. A elevada prevalência, mortalidade e custos associados tornam a doença um importante problema de saúde pública que requer atenção. A dermatite atópica (DA) é uma doença inflamatória crônica da pele, caracterizada por prurido intenso, eritema, escoriações, liquenificação na pele entre outras características. A DA causa profundo impacto na vida do indivíduo e da família e geralmente mostra os primeiros sintomas durante a infância. Ambas as doenças podem ser associadas a sensibilização a alérgenos. Nosso grupo mostrou que entre pacientes com rinite e/ou asma alérgicos a barata a tropomiosina da barata Periplaneta americana é um alérgeno principal. Em invertebrados, a tropomiosina induz resposta IgE e reatividade cruzada entre invertebrados incluindo ácaros, barata, camarão e parasitas. No presente estudo, produzimos tropomiosina recombinante de barata (alérgeno Per a 7) com elevado grau de pureza e com quantidades mínimas de endotoxina. Em modelo experimental de asma em camundongos, com sensibilização e desencadeamento com Per a 7 recombinante, houve aumento do número de células totais, e de eosinófilos, neutrófilos e linfócitos no lavado broncoalveolar. Alérgeno Per a 7 recombinante foi também utilizado em ELISA quimérico para investigar a resposta IgE a este alérgeno em 112 pacientes com dermatite atópica. A idade dos pacientes variou de 3 a 67 anos com média de 24,9 (± 15,4) anos, com 75 indivíduos do sexo feminino (67%). Nos 112 pacientes, o SCORAD apresentou média de 43,1 (± 18,1) e foram relatadas asma e rinite em 42 e 85 indivíduos, respectivamente. Níveis de IgE total apresentaram ampla variação, de 14,2 a 63.000 UI/mL, com média geométrica de 2.193 UI/mL. A idade de início dos sintomas e o tempo de doença apresentaram médias, respectivamente, de 9,5 (± 12,9) e 15,4 (± 12,3) anos. Trinta pacientes (26,8%) apresentaram níveis detectáveis de IgE para Per a 7 recombinante, com variação de 2,3 a 3.191 UI/mL. A razão de IgE específica para Per a7/IgE total nestes pacientes variou de 0,03% a 33,8%. Dividindo os pacientes em sensibilizados e não sensibilizados ao alérgeno de barata, observamos que não houve diferença significante entre os grupos com relação à idade de início dos sintomas, tempo de doença, SCORAD, presença de rinite ou asma e níveis de IgE total. Nossos resultados mostraram que o alérgeno Per a 7 recombinante induziu resposta inflamatória com caraterísticas semelhante à observada em humanos, em modelo experimental de asma em camundongos. Frequência menor de reatividade IgE ao alérgeno Per a 7 foi observada entre pacientes com dermatite atópica em nosso meio, quando comparada à observada previamente em pacientes com asma e/ou rinite. Não houve associação entre a presença de sensibilização IgE ao alérgeno Per a 7 e a gravidade da dermatite atópica, presença de asma ou rinite, idade de início e tempo de doença, e níveis de IgE total. Entretanto, a investigação do perfil de sensibilização IgE tem importância ao se considerar o uso de imunoterapia alérgenoespecífica em pacientes com dermatite atópica. The prevalence of allergic diseases has increased in recent years, including asthma and atopic dermatitis. Asthma is a chronic disease resulting from airway hyperresponsiveness and variable airflow limitation, reversible spontaneously or with treatment. The high prevalence, mortality, and associated costs make the disease an important public health problem which requires attention. Atopic dermatitis (AD) is a chronic inflammatory skin disease, as asthma has high prevalence, and it is characterized by intense itching, erythema, excoriations, lichenification in the skin among other characteristics. The AD causes profound impact on individual and family´s life and usually shows the first symptoms during childhood. Both diseases could be related and associated with sensitization to allergens. In the case of asthma, allergy to cockroach is well known to be related with the disease. In 1999, a Brazilian study in our group has shown that among patients with allergic rhinitis and /or asthma the tropomyosin of the American cockroach Periplaneta americana (Per a 7) is a major allergen. This protein is present in vertebrates and invertebrates, and was related to induction of IgE response and cross-reactivity against among invertebrates, including mites, cockroaches, shrimp and parasites. In the present study, we produced recombinant tropomyosin from cockroach (Per a 7 allergen) with high purity and minimal amounts of endotoxin. In an experimental model of asthma in mice, with sensitization and triggering with recombinant Per a 7, there was an increase in the number of total cells, and eosinophils, neutrophils and lymphocytes in the bronchoalveolar lavage. Per a 7 allergen was also used in chimeric ELISA to investigate IgE response to this allergen in 112 patients with atopic dermatitis. Patients\' ages ranged from 3 to 67 years, mean of 24.9 (± 15.4) years, 75 female subjects (67%). In the 112 patients, a mean of SCORAD presented 43.1 (± 18.1) and asthma and rhinitis were reported in 42 and 85 individuals, respectively. Total IgE levels varied from 14.2 to 63.000 IU / mL, with a geometric mean of 2,193 IU / mL. The age at onset of symptoms and disease time presented averages, respectively, of 9.5 (± 12.9) and 15.4 (± 12.3) years. Thirty patients (26.8%) had detectable IgE recombinant Per a 7 levels, ranging from 2.3 to 3191 IU / mL. The ratio of IgA specific for Per a7 / total IgE in these patients ranged from 0.03% to 33.8%. Dividing the patients into sensitized and not sensitized to the cockroach allergen, we observed that there was no significant difference between the groups regarding the age of onset of symptoms, disease time, SCORAD, presence of rhinitis or asthma, and total IgE levels. Our results showed that recombinant Per a 7 allergen induced an inflammatory response with characteristics similar to that observed in humans in an experimental model of asthma in mice. Minor frequency reactivity of IgE Per a 7 allergen was observed among patients with atopic dermatitis in our group, when compared to that previously observed in patients with asthma and / or rhinitis. There was no association between the presence of IgE sensitization to the Per 7 allergen and the severity of atopic dermatitis, presence of asthma or rhinitis, age at onset and disease time, and total IgE levels. However, the investigation of the IgE sensitization profile is important when considering the use of allergen-specific immunotherapy in patients with atopic dermatitis
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- 2019
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116. Double blind, randomized, placebo controlled clinical trial of the efficacy of combined probiotics in the treatment of atopic dermatitis in children
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Paula Danielle Santa Maria Albuquerque de Andrade, Pérsio Roxo Júnior, Luisa Karla de Paula Arruda, Elaine Cristina Pereira de Martinis, and Adriana Gut Lopes Riccetto
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Introdução: A dermatite atópica é uma desordem imunológica, caracterizada por inflamação cutânea crônica e/ou recidivante, cuja prevalência vem aumentando em todo o mundo. A hipótese de que uma estimulação precoce apropriada da microbiota intestinal contribua para o estabelecimento do equilíbrio do sistema imunológico tem levado ao uso de probióticos na prevenção e no tratamento da dermatite atópica em vários estudos clínicos e experimentais. Objetivos: Avaliar a eficácia clínica da mistura de probióticos (Lactobacillus e Bifidobacterium) e os efeitos da suplementação na sensibilização, inflamação e tolerância, em crianças e adolescentes com dermatite atópica. Método: Trata-se de um estudo clínico, duplo-cego, randomizado e controlado com placebo com duração de um ano. Quarenta crianças e adolescentes foram acompanhados com avaliações clínicas trimestrais e coleta sanguínea semestral. O teste cutâneo de leitura imediata foi realizado no início e ao final da pesquisa. Todos os pacientes foram tratados por um período de seis meses e receberam 1 grama (sachê) ao dia. Resultados: A análise estatística revelou resposta clínica significativa do grupo probiótico em relação ao grupo placebo, após seis meses de tratamento, com redução do SCORAD (p = 0,03; IC 95%, 2,44-52,94), mesmo após o ajuste pelas covariáveis (p = 0,02; IC 95%, 5,52-59,13). Observou-se, ainda, manutenção da melhora no grupo probiótico após três meses da pausa, quando realizado o ajuste pelas covariáveis (p = 0,04; IC 95%, 0,78- 27,70). Os níveis de IgE total não sofreram alterações entre os grupos. Os demais parâmetros (teste cutâneo de leitura imediata, citocinas inflamatórias e de tolerância imunológica) não apresentaram riscos relativos com diferenças estatísticas em relação ao placebo. Conclusões: A mistura de probióticos utilizada por seis meses em crianças e em adolescentes com dermatite atópica foi eficaz na redução do SCORAD. Este efeito benéfico não foi observado na modulação de citocinas inflamatórias ou tolerogênicas, assim como não houve influência sobre o teste cutâneo de leitura imediata e a IgE total. ClinicalTrials.gov #NCT02519556. Background: Atopic dermatitis, an immunological disorder characterized by chronic and/or relapsing skin inflammation, is increasing worldwide. The hypothesis that appropriate early stimulation of the gut microbiota contributes to immune system balance has encouraged the use of probiotics to prevent and to treat atopic dermatitis in several clinical and experimental studies. Objectives: To evaluate the clinical efficacy of a mixture of probiotics (Lactobacillus and Bifidobacterium) in children and teenagers with atopic dermatitis and the effects of probiotics on sensitization, inflammation, and immunological tolerance. Method: This is a one-year double-blind, randomized, placebo-controlled clinical trial that monitored 40 children and adolescents through quarterly clinical examinations and semiannual blood collection. The skin prick test was performed at the beginning and end of the trial. All the patients were treated for six months and received one gram of probiotics (sachet) per day. Results: Clinical response was significantly better in the probiotic group as compared to the placebo group after treatment for six months; SCORAD decreased (p = 0.03, 95% CI, 2.44- 52.94) even after adjustment for co-variables (p = 0.02, 95% CI, 5.52-59.13). Three months after treatment was discontinued, improvement persisted in the probiotic group even after adjustment for co-variables (p = 0.04, 95% CI, 0.78- 27.70). Neither probiotics nor placebo modified serum IgE levels. The other parameters (skin prick test and inflammatory and immunological tolerance cytokines) did not reveal statistically significant relative risks as compared to placebo. Conclusions: Use of a mixture of probiotics for six months effectively reduced SCORAD in children and adolescents with atopic dermatitis. This beneficial effect was not evident in the modulation of inflammatory or tolerogenic cytokines, skin prick test, or serum IgE levels. ClinicalTrials.gov #NCT02519556.
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- 2019
117. Genotype-phenotype correlations in Brazilian patients with hereditary angioedema due to C1 inhibitor deficiency
- Author
-
Luana Sella Motta Maia, Luisa Karla de Paula Arruda, Adriana Santos Moreno, Fabio Fernandes Morato Castro, and Herberto Jose Chong Neto
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Resumo: O angioedema hereditário devido à deficiência de inibidor de C1 (AEH-C1-INH) é caracterizado por episódios recorrentes de angioedema do tecido subcutâneo e do trato gastrointestinal e respiratório. Nosso objetivo foi identificar mutações no gene SERPING1, que codifica o C1-INH, e investigar o impacto do tipo de mutação nas características clínicas de pacientes com AEH-C1-INH. Além disso, investigamos a ancestralidade em pacientes com AEH com C1-INH normal com mutações no gene que codifica o fator XII da coagulação, designado como AEH-FXII. Métodos: A análise de SERPING1 foi realizada em 205 indivíduos de 16 famílias de pacientes-índice com AEH-C1-INH. Os dados clínicos foram coletados durante entrevistas médicas. DNA genômico foi isolado do sangue total e PCR foi realizada com primers específicos. A análise funcional prevista das mutações foi realizada usando as ferramentas de bioinformática SIFT, PolyPhen2 e MutationTaster. A gravidade da doença foi avaliada por dois escores independentes. Os pacientes foram classificados como portadores de deleções, inserção, duplicação, mutação nonssense e mutações que afetam Arg466 no centro reativo (grupo 1, n = 48); e mutações missense, exceto as de Arg466 (grupo 2, n = 12). Análise de ancestralidade da mutação dominante encontrada em pacientes com AEH-FXII, c.983C>A (p.Thr328Lys), foi realizada em 6 pacientes com AEH-FXII e seus pais (sendo um portador da mutação) avaliando hapótiplos previamente descritos em pacientes europeus. Resultados: Sessenta pacientes (33F: 27M), de 10 meses a 63 anos de idade, apresentaram mutações em SERPING1. Cinquenta e oito apresentaram AEH-1 e dois tinham AEH-2. As mutações de SERPING1 incluíram 10 mutações missense e 6 não-missense (mutações estruturais que levam a frameshifts ou mutações nonssense), seis das quais eram novas. Não foram observadas diferenças significantes entre os pacientes dos grupos 1 e 2 em relação à idade, sexo, sensibilidade ao estrogênio, idade de início dos sintomas, locais de apresentação do angioedema, necessidade de profilaxia a longo prazo e escores de gravidade clínica. Conclusões: Os presentes resultados mostraram que uma variedade de mutações leva a manifestações clínicas heterogêneas de AEH-C1-INH e que a gravidade da doença pode não estar estritamente relacionada ao tipo de mutação. Foi encontrado nos pacientes com AEHFXII o mesmo padrão de hapótiplos de pacientes europeus, sugerindo que esta mutação tenha o mesmo fundador comum europeu. Background Hereditary angioedema due to C1 inhibitor deficiency (C1-INH-HAE) is characterized by recurrent episodes of angioedema of the subcutaneous tissue and the gastrointestinal and respiratory tract. Our objective was to identify mutations in the SERPING1 gene, which codes for C1-INH, and to investigate the impact of the mutation type on the clinical characteristics of patients with A C1-INH-HAE. In addition, we investigated the ancestry in patients with normal C1-INH-HAE with mutations in the gene encoding coagulation factor XII, designated as AEH-FXII. Methods: SERPING1 analysis was performed on 205 individuals from 16 families of C1-INH-HAE index patients. Clinical data were collected during medical interviews. Genomic DNA was isolated from whole blood and PCR was performed with specific primers. Predicted functional analysis of mutations was performed using the bioinformatics tools SIFT, PolyPhen2 and MutationTaster. Disease severity was assessed by two independent scores. Patients were classified as having deletions, insertion, duplication, nonsense mutation and mutations affecting Arg466 in the reactive center (group 1, n = 48); and missense mutations, except those of Arg466 (group 2, n = 12). Ancestry analysis of the dominant mutation found in patients with AEH-FXII, c.983C> A (p.Thr328Lys), was performed on 6 patients with AEH-FXII and their parents (being a carrier of the mutation) evaluating previously described multiple subjects Europeans. Results: Sixty patients (33F: 27M), aged 10 months to 63 years, presented mutations in SERPING1. Fiftyeight had HAE-1 and two had HAE-2. SERPING1 mutations included 10 missense and 6 non-missense mutations (structural mutations leading to frameshifts or nonssense mutations), six of which were new. No significant differences were observed between patients in groups 1 and 2 regarding age, gender, estrogen sensitivity, age at onset of symptoms, angioedema presentation sites, need for long-term prophylaxis, and clinical severity scores. Conclusions: The present results showed that a variety of mutations lead to heterogeneous clinical manifestations of C1-INH-HAE and that the severity of the disease may not be closely related to the type of mutation. AEH-FXII patients were found to have the same pattern of Europeans\' multiple subjects, suggesting that this mutation has the same common European founder.
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- 2019
118. Estudo comparativo da sensibilização alérgica a animais de laboratório e sensibilização alérgica comum: efeitos sobre sintomas cutâneos, rinite, asma e hiperreatividade brônquica avaliada pelo teste de broncoprovocação com manitol
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Christian Silva Simoneti, Elcio dos Santos Oliveira Vianna, Ana Carla Sousa de Araujo, Luisa Karla de Paula Arruda, and Pérsio Roxo Júnior
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Trabalhadores expostos a animais de laboratório possuem elevado risco de desenvolvimento de reações alérgicas a proteínas animais, conhecidas como alergia a animais de laboratório. A constante eliminação de proteínas dos animais através da saliva, suor e principalmente pela urina faz com que os laboratórios e biotérios tornem-se lugares propícios para o desenvolvimento de reações alérgicas. É de conhecimento que a atopia, definida como teste cutâneo de hipersensibilidade imediata (TCHI) a qualquer alérgeno, é um dos principais fatores de risco para alergia a animais de laboratório. Ao se estudar atopia como fator de risco, acreditamos que seria mais efetivo analisar os efeitos da sensibilização a alérgenos ocupacionais em comparação aos comuns, pois nossa hipótese é de que, assim, chegamos ao principal marcador de risco. O presente estudo teve como objetivo investigar a associação entre sensibilização alérgica ocupacional e a presença de desfechos clínicos. Especulamos que a contínua exposição ocupacional ao alérgeno ocupacional sensibilizante faça com que a sensibilização ocupacional seja melhor marcador de risco para tais reações alérgicas do que a sensibilização comum. O presente estudo transversal foi realizado em duas universidades brasileiras, onde trabalhadores e estudantes eram expostos a pelo menos um dos seguintes animais: rato, camundongo, cobaia, coelho e hamster. Os voluntários foram submetidos à TCHI, com 5 alérgenos denominados ocupacionais (alérgenos de rato, camundongo, cobaia, coelho e hamster) e 11 alérgenos chamados comuns (alérgenos de ácaros, gato, cachorro, baratas, fungos e mistura de gramíneas). Os indivíduos foram alocados em grupos de acordo com o resultado do TCHI: grupo não sensibilizado (TCHI negativo para todos os alérgenos testados), grupo sensibilização comum (TCHI positivo para qualquer alérgeno comum) e grupo sensibilização ocupacional (TCHI positivo para qualquer alérgeno ocupacional). Os indivíduos responderam questões sobre características da exposição a animais, sintomas, doenças alérgicas e respiratórias, e também foram submetidos à espirometria e teste de broncoprovocação com manitol para detectar hiperreatividade brônquica (HRB). Razão de prevalência (RP) foi estimada usando regressão de Poisson. Dados de 453 indivíduos foramanalisados. O grupo não sensibilizado foi composto por 237 indivíduos, o grupo sensibilização comum, composto por 142 indivíduos e o grupo sensibilização ocupacional, composto por 74 indivíduos. A sensibilização ocupacional associou-se ao aumento de risco para os seguintes desfechos: sintomas cutâneos (RP: 1,36; intervalo de confiança de 95% (IC95%): 1,01-1,85), sibilo (RP: 1,75; IC95%: 1,21-2,53), rinite (RP: 1,25; IC95%: 1,11- 1,40), dispneia noturna (RP: 2,40; IC95%: 1,31-4,40), HRB (RP: 2,47; IC95%: 1,50-4,09) e asma confirmada (RP: 2,65; IC95%: 1,45-4,85), quando comparado ao grupo sensibilização comum. Além disso, a sobreposição de asma, rinite e sintomas cutâneos no mesmo indivíduo foi mais frequente no grupo sensibilização ocupacional com valor de 16,2% versus 4,9% do grupo sensibilização comum e 1,6% do grupo não sensibilizado (p
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- 2019
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119. Identification of mutation c.983C A in F12 gene by allelic discrimination: role in diagnosis of hereditary angioedema with normal C1 inhibitor
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-
Marina Mendonça Dias, Luisa Karla de Paula Arruda, Herberto Jose Chong Neto, Virginia Paes Leme Ferriani, and Ana Maria Ferreira Roselino
- Abstract
O angioedema hereditário (AEH) é uma doença autossômica dominante, caracterizada por episódios recorrentes de edema subcutâneo, do trato gastrointestinal e das vias aéreas superiores. Em sua forma clássica, o AEH é causado por deficiência do inibidor de C1 (C1- INH) e está associado a mutações no gene SERPING1. Recentemente, foi descrito o AEH com inibidor de C1 normal, resultante de mutações no gene F12, que codifica o Fator XII da coagulação (FXII), denominado AEH-FXII; e de mutações nos genes PLG e ANGPT1, que codificam Plasminogênio e Angiopoietina-1, caracterizando os tipos AEH-PLG e AEHANGPT1. O AEH com inibidor de C1 normal não cursa com diminuição de C1-INH quantitativo e/ou funcional, ou de C4, sendo o diagnóstico realizado pela presença de sintomas clínicos sugestivos e história familiar. Os objetivos do presente estudo foram: avaliar a discriminação alélica como método alternativo ao sequenciamento por método de Sanger, para o diagnóstico de AEH com inibidor de C1 normal por mutação c.983C>A no gene F12; determinar se a discriminação alélica seria uma técnica de melhor custo-benefício; e investigar outras mutações previamente descritas no exon 9 do gene F12, e nos genes PLG e ANGPT1 em pacientes com suspeita clínica de AEH com inibidor de C1 normal, e negativos para mutação c.983C>A em F12. Cento e oitenta e quatro indivíduos incluindo 51 pacientes- índice com suspeita clínica de AEH com inibidor de C1 normal, e seus familiares, foram previamente investigados por sequenciamento de Sanger. Esses indivíduos foram investigados por discriminação alélica, e a concordância entre os resultados para a mutação c.983C>A foi verificada por estatística Kappa. Custos e tempo de execução entre os dois métodos foram avaliados. Casos-índice negativos para a mutação c.983C>A no gene F12 foram avaliados para outras mutações no exon 9 do gene F12 e para mutações previamente descritas c.988A>G e c.807G>T em PLG e ANGPT1, respectivamente, usando sequenciamento por método de Sanger. Mutação no gene F12 foi identificada em 96 indivíduos (24 pacientes- índice e 72 familiares). Em todos esses pacientes foi encontrada a mutação c.983C>A. 88 indivíduos foram negativos para esta mutação. Os resultados foram 100% concordantes entre os dois métodos. Setenta e um dos 96 pacientes positivos para mutação c.983C>A eram do sexo feminino; 78,9% e 56% eram pacientes sintomáticos do sexo feminino e masculino, respectivamente. A discriminação alélica apresentou custo e tempo de execução 79,7% e 82,3% menores em comparação ao sequenciamento por Sanger, respectivamente. Outras mutações no gene F12, e mutações em PLG e ANGPT1 não foram encontradas. Entre os pacientes negativos para mutações associadas ao AEH com inibidor de C1 normal, 11 foram diagnosticados como AEH-desconhecido e 16 como angioedema idiopático adquirido não histaminérgico. Os resultados do presente estudo nos permitiram construir um algoritmo para diagnóstico de pacientes com AEH com inibidor de C1 normal. Em áreas onde a mutação c.983C>A em F12 é predominante entre pacientes com AEH-FXII, a discriminação alélica pode ser um método adequado para screening inicial. Em pacientes com resultados negativos, sequenciamento do exon 9 de F12 pelo método de Sanger estaria indicado. Pacientes remanescentes com resultados negativos seriam genotipados para mutações previamente descritas em PLG e ANGPT1. Estudos futuros em outros locais serão necessários para estabelecer se a discriminação alélica apresentaria melhor custo-benefício, com potencial para mais acessibilidade ao diagnóstico em pacientes portadores da doença no Brasil Hereditary angioedema (HAE) is an autosomal dominant disease characterized by recurrent episodes of edema of subcutaneous tissue, gastrointestinal tract, and upper airways. In its classical form, HAE is caused by deficiency of C1 inhibitor (C1-INH) and it is associated with mutations in the SERPING1 gene. Recently, HAE with normal C1 inhibitor has been described, resulting from mutations in F12 gene, which encodes coagulation factor XII (FXII), designated as FXII-HAE; and from mutations in PLG and ANGPT1 genes, which encode Plasminogen and Angiopoietin-1, characterizing PLG-HAE and ANGPT1-HAE types. HAE with normal C1-INH does not present with decrease in quantitative and/or functional levels of C1-INH or C4, and diagnosis is carried out by presence of suggestive clinical symptoms and family history. Diagnosis can only be confirmed by genetic sequencing. The objectives of the present study were: to evaluate the allelic discrimination as an alternative method to sequencing by Sanger method for the diagnosis of HAE with normal C1-INH due to mutation c.983C>A in F12 gene; to determine whether allelic discrimination would be a better cost-effective technique; and to investigate presence of other mutations previously described in exon 9 of F12 gene and in PLG and ANGPT1 genes in patients with clinical suspicion of HAE with normal C1-INH who were negative for c.983C>A mutation in F12. One hundred and eighty-four individuals including 51 index patients with clinical suspicion of HAE with normal C1-INH and their relatives were previously investigated by Sanger sequencing. These individuals were investigated for allelic discrimination, and concordance of the results for the c.983C>A mutation was verified by Kappa statistics. Costs and execution time of the two methods were evaluated. Negative index cases for c.983C>A mutation in F12 gene were evaluated for other mutations in exon 9 of the F12 gene and for mutations previously described c.988A>G and c.807G>T in PLG and ANGPT1, respectively, using sequencing by Sanger method. Mutation in F12 gene was identified in 96 individuals (24 index patients and 72 relatives). In all these patients, the c.983C>A mutation was found. 88 subjects were negative for this mutation. The results were 100% concordant between the two methods. Seventy-one of the 96 patients positive for the c.983C>A mutation were female; 78.9% and 56% were symptomatic female and male patients, respectively. The allelic discrimination presented cost and execution time 79.7% and 82.3% lower in comparison to sequencing by Sanger, respectively. Other mutations in F12 gene, and mutations in PLG and ANGPT1 were not found. Among patients who were negative for mutations associated to HAE with normal C1-INH, 11 were diagnosed as unknown HAE and 16 as idiopathic nonhistaminergic acquired angioedema. The results of present study allowed us to construct an algorithm for diagnosis of patients with HAE with normal C1-INH. In areas where the c.983C>A mutation in F12 is predominant among patients with FXII-HAE, allelic discrimination may be a suitable method for initial screening. In patients with negative results, sequencing of F12 exon 9 by the Sanger method would be indicated. Remaining patients with negative results would be genotyped for mutations previously described in PLG and ANGPT1. Future studies at other sites will be needed to establish whether allelic discrimination would be more cost-effective, with potential for more accessibility to diagnosis in patients with the disease in Brazil
- Published
- 2019
120. SAMSN1: an adaptor protein essential for mast cell function
- Author
-
Ana Carolina Santana, Maria Celia Jamur, Luisa Karla de Paula Arruda, and Sonia Maria Oliani
- Abstract
Os mastócitos são células multifuncionais originadas na medula óssea que residem no tecido conjuntivo. O processo de migração celular é crucial para o deslocamento dos mastócitos da medula óssea para os sítios periféricos. A SAMSN1 é membro de uma nova família de proteínas adaptadoras do tipo scaffold que contém os domínios SH3 e SAM (Sterile alpha motif). O objetivo deste estudo foi investigar o papel de SAMSN1 em mastócitos. O presente trabalho mostra, pela primeira vez, a expressão de SAMSN1 em mastócitos RBL-2H3 e mastócitos derivados da medula óssea (BMMC). A SAMSN1 está presente na superfície celular, no citoplasma, no núcleo e em organelas como complexo de Golgi e grânulos de mastócitos. A função de SAMSN1 em mastócitos foi investigada com o uso de camundongos deficientes em SAMSN1 (SAMSN1-) e mastócitos RBL-2H3 knockdown para SAMSN1. Os mastócitos RBL-2H3 foram transduzidos com partículas lentivirais que codificam shRNAs para SAMSN1. Os mastócitos RBL-2H3 knockdown apresentaram uma redução de 75% nos níveis de RNA mensageiro para SAMSN1 e cerca de 55% de redução nos níveis da proteína. Nos camundongos SAMSN1-, o número de mastócitos é menor na pele (50%) e na língua (30%) em comparação com camundongos WT. Por outro lado, o número de mastócitos do lavado peritoneal de camundongos SAMSN1- é similar ao de camundongos WT. No entanto, o recrutamento de mastócitos para a cavidade peritoneal de camundongos SAMSN1-, em presença de IL-3 e SCF, é reduzido em 50% em comparação aos camundongos WT. Ainda, a migração de BMMC SAMSN1- em presença de IL-3 é reduzida em 80% e com SCF em 40% quando comparada com BMMC WT. Estes achados foram confirmados com mastócitos RBL- 2H3 knockdown para SAMSN1. A velocidade média de migração também foi menor para BMMC SAMSN1- em comparação aos BMMC WT. Quando estimulados via Fc?RI, os BMMCs SAMSN1- se espalham menos no substrato em comparação com os BMMCs WT. Ainda, durante a migração, poucos filopódios e lamelipódios são observados em BMMC SAMSN1-. A expressão de cortactina e vimentina também está diminuída. Porém, a expressão de vinculina, talina, bem como, das GTPases RhoA, Rac1 e Cdc42 foi similar entre BMMC SAMSN1- e BMMC WT. A diminuição do espalhamento celularResumo iii de BMMCs SAMSN1- não foi suficiente para reduzir a liberação do mediador pré- formado ?-hexosaminidase por estas células. Os resultados da presente investigação mostram que a SAMSN1 está envolvida no homing e no recrutamento de mastócitos, o que ocorre durante processos alérgicos e inflamatórios. Assim sendo, a SAMSN1 pode ser um alvo para novas estratégias terapêuticas a serem usadas nestes processos. Mast cells (MCs) are multifunctional cells derived from bone marrow, that reside in connective tissue. Cell migration is essential for MCs to exit the bone marrow and go to peripheral sites. SAMSN1, a member of a novel gene family of putative adaptor and scaffold proteins containing SH3 and SAM (sterile alpha motif) domains, has not previously been reported in MCs. Therefore, the aim of this study was to investigate the role of SAMSN1 in MCs. In the present study, SAMSN1 was detected in RBL-2H3 MCs and bone marrow derived MCs (BMMCs). SAMSN1 was localized at the cell surface, in the cytoplasm and in the nucleus of RBL-2H3 MCs. When RBL-2H3 MCs were stimulated via Fc?RI, most of the SAMSN1 was found in the nucleus. SAMSN1 was also localized in the Golgi apparatus and MC granules. In order to investigate the role of SAMSN1 in MCs, SAMSN1 deficient mice (SAMSN1- mice) and SAMSN1 knockdown RBL-2H3 MCs were used. RBL-2H3 MCs were transduced with lentiviral particles encoding shRNAs against SAMSN1. The transduced cells showed an 75% reduction in SAMSN1 mRNA levels and around a 55% reduction in protein levels. The number of MCs at peripheral sites was lower in the SAMSN1- mice. Metachromatic MCs were 50% and 30% lower in the skin and tongue, respectively, in SAMSN1- mice in comparison to WT mice. On the other hand, the number of MCs in the peritoneal cavity in SAMSN1- mice was similar when compared to WT mice. However, after intraperitoneal injection of the chemoattractants Stem Cell Factor (SCF) or Interleukine-3 (IL-3), the recruitment to the peritoneal cavity was approximately 50% less in SAMSN1- mice when compared to WT mice. Transwell migration assays in the presence of the chemoattractants showed that SAMSN1- BMMCs migrate 40% and 80% less than, respectively, in the presence of SCF or IL-3 when compared to WT mice. These results were confirmed in SAMSN1 knockdown RBL-2H3 MCs. Furthermore, SAMSN1- BMMCs showed a reduced velocity of migration and migrated a shorter distance in comparison to WT BMMCs. When stimulated via Fc?RI, the SAMSN1- BMMCs spread less than WT BMMCs. Furthermore, few filopodia and lamellipodia were observed in SAMSN1- BMMCs during migration. The expression of cortactin and vimentin was also lower in SAMSN1- BMMCs whenAbstract vi compared to WT BMMCs. However, the expression of vinculin and talin as well as RhoA, Rac1 and Cdc42 GTPases was similar between SAMSN1- BMMCs and WT BMMCs. The reduction in the spread area in SAMSN1- BMMCs was not sufficient to reduce or prevent ?-hexosaminidase release after stimulation via Fc?RI. These findings indicate that SAMSN1 plays a role in homing and recruitment of MCs, which occurs during infection or inflammation. Therefore, SAMSN1 may be a target for new therapeutic approaches to the treatment of these processes.
- Published
- 2019
121. Diagnóstico de alergia por componentes em pacientes adultos com dermatite atópica
- Author
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Karine di Latella Boufleur, Luisa Karla de Paula Arruda, Fabio Fernandes Morato Castro, Ana Maria Ferreira Roselino, and Ariana Campos Yang
- Abstract
Dermatite atópica (DA) é uma dermatose inflamatória, de caráter crônico e recidivante, com alta prevalência mundial, caracterizada por eczema localizado ou generalizado, xerose cutânea e prurido intenso, mais comum em crianças, porém podendo acometer adultos, muitas vezes prejudicando de forma considerável a qualidade de vida dos pacientes e seus familiares. O diagnóstico de alergia inclui testes in vivo (testes cutâneos de hipersensibilidade imediata ou prick test) e testes in vitro com mensuração de anticorpos IgE no sangue. Está disponível método para detecção de alergia baseado no princípio de diagnóstico por componentes, o ImmunoCAP Immunosorbent Allergen CHIP (ImmunoCAP-ISAC) que marca a transição para o diagnóstico molecular de alergia. No presente estudo, tivemos por objetivos determinar o perfil de resposta IgE a alérgenos purificados, naturais ou recombinantes, em pacientes adultos com DA e comparar o valor do diagnóstico de alergia por componentes com métodos diagnósticos existentes. Foram selecionados 39 pacientes adultos com DA dentre aqueles Atendidos nos Ambulatórios de Alergia e Dermatologia do HCFMRP-USP. A idade dos pacientes variou de 14-66 anos (média ± DP 34,3 ± 2.1 anos), 64% mulheres. O tempo médio de doença foi de 16 anos. SCORAD médio foi de 36,6 (2-90). Média geométrica (MG) de IgE total foi 1,963 kU/L (24-63,000 kU/L). Alérgenos de ácaros foram dominantes, com sensibilização a Der p1 e a Der f1, Der p2 e Der f2 em 82% e 85% dos pacientes, com MG 27,6; 50; 39,2; 45,4 ISU-E respectivamente, seguidos de gato (38%), cachorro (36%) e pólen de gramíneas (36%). IgE para alérgenos de baratas, fungos, pólen de árvores, látex e veneno de insetos foi encontrada em menos de 20% dos pacientes em baixos níveis. Sensibilização para castanhas (33%) e camarão (31%) foram os alérgenos mais prevalentes entre os alimentos, enquanto a reatividade IgE para leite e ovo esteve presente em 10% ou menos dos pacientes, com baixos níveis de anticorpos IgE na maioria dos casos. Apenas 6 pacientes (15,4%) apresentaram IgE para o panalérgeno tropomiosina, e 3/39 (7,7%) foram negativos para todos os 112 componentes de alérgenos testados no ImmunoCAP-ISAC, com níveis de IgE total de 24, 38,7 e 156 kU/L. Concluímos que o perfil de sensibilização IgE entre os pacientes adultos com dermatite atópica difere daquele entre os pacientes com alergiarespiratória, apresentando menos sensibilização para baratas e para o panalérgeno tropomiosina, e difere ainda do perfil presente em crianças com DA, com predomínio de sensibilização IgE a castanhas e camarão, e baixa taxa de sensibilização a alérgenos de leite de vaca e ovo. Atopic dermatitis (AD) is an inflammatory, chronic, relapsing dermatosis with a high global prevalence characterized by localized or generalized eczema, cutaneous xerosis and intense pruritus, more common in children, but it can affect adults, often causing considerable damage to the quality of life of patients and their families. The diagnosis of allergy includes in vivo tests (skin tests of immediate hypersensitivity or prick test) and in vitro tests with measurement of IgE antibodies in the blood. An allergy detection method based on the principle of component diagnosis is available, ImmunoCAP Immunosorbent Allergen CHIP (ImmunoCAP-ISAC), and marks the transition to the molecular diagnosis of allergy. In the present study, we aimed to determine the IgE response profile to purified, natural or recombinant allergens in adult patients with AD and to compare the value of component allergy diagnosis with existing diagnostic methods. Thirty-nine adult patients with AD were selected from among those attending the Outpatient Clinic of Allergy and Dermatology at HCFMRP-USP. The age of the patients ranged from 14-66 years (mean ± SD 34,3 ± 2.1 years), 64% women. The mean duration of illness was 16 years. SCORAD mean was 36,6 (2- 90). Geometric mean (GM) of total IgE was 1,963 kU / L (24-63,000 kU / L). Mite allergens were dominant, with sensitization to Der p1 and Der f1, Der p2 and Der f2 in 82% and 85% of the patients, with GM 27,6; 50; 39.2; 45.4 ISU-E respectively, followed by cat (38%), dog (36%) and grass pollen (36%). IgE for cockroach, fungus, tree pollen, latex and insect venom allergens was found in less than 20% of patients at low levels. Sensitization to nuts (33%) and shrimp (31%) were the most prevalent allergens among foods, while IgE reactivity to milk and egg was present in 10% or less of the patients, with low levels of IgE antibodies in most cases. Only 6 patients (15.4%) presented IgE for the pan-allergen tropomyosin, and 3/39 (7.7%) were negative for all 112 allergen components tested on ImmunoCAP-ISAC, with total IgE levels of 24; 38,7 and 156 kU / L. We concluded that the IgE sensitization profile among adult patients with atopic dermatitis differs from that among patients with respiratory allergy, presenting less sensitization to cockroaches and to the pan-allergen tropomyosin, andalso differs from the profile present in children with AD, with a predominance of IgE sensitization to nuts and shrimp, and low sensitization rate to cow\'s milk and egg allergens.
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122. Doença respiratória exacerbada por aspirina: papel da periostina em pacientes com rinossinusite crônica e polipose nasossinusal
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Daniel Loiola Cordeiro, Luisa Karla de Paula Arruda, Fabio Fernandes Morato Castro, Shirley Shizue Nagata Pignatari, and Edwin Tamashiro
- Abstract
Doença respiratória exacerbada por aspirina, conhecida como AERD (Aspirin exacerbated respiratory disease) é caracterizada por rinossinusite crônica eosinofílica, polipose nasossinusal, asma e hipersensibilidade a aspirina e outros anti-inflamatórios não-esteroidais. Expressão aumentada do biomarcador periostina foi descrita em pacientes com AERD, em tecido nasossinusal, incluindo membrana basal, matriz extracelular e pólipo nasal. Avaliamos níveis de periostina sérica em pacientes com AERD e comparamos com níveis em pacientes com rinite alérgica perene (RAP) e indivíduos saudáveis. Foram selecionados 29 pacientes (20F/9M) com diagnóstico de AERD, dentre aqueles atendidos nos Ambulatórios de Alergia e de Otorrinolaringologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo (HCFMRP-USP). Estes pacientes realizaram exames confirmatórios, incluindo teste de provocação oral com aspirina, e foram submetidos a biópsia de pólipos nasais por nasofibroscopia. Como controles, foram selecionados 12 pacientes com RAP (9F/3M) e 23 indivíduos saudáveis (14F/9M). Eosinófilos foram quantificados em sangue periférico e em tecido de pólipo ou mucosa nasal. IgE total foi determinada por ImmunoCAP, e periostina sérica foi medida por ELISA. Número de eosinófilos teciduais por campo de grande aumento (CGA), número de eosinófilos por milímetro cúbico em sangue periférico, níveis de IgE total e de periostina sérica em pacientes com AERD foram comparados aos de pacientes com RAP e indivíduos saudáveis. Pacientes com AERD tinham idade maior (mediana 54 anos, faixa 22-60) que pacientes com RAP (mediana 30 anos, faixa 19-57, p=0,0001) e indivíduos saudáveis (mediana 29 anos, faixa 19-53, p=0,0001), sem diferença entre os sexos. Números de eosinófilos em sangue periférico e em tecido foram mais elevados em pacientes com AERD que em pacientes com RAP e indivíduos saudáveis. A mediana do número de eosinófilos em sangue periférico foi 640eos/µL (faixa 100-5.100); 200eos/µL (faixa 100-500); e 100 eos/µL (faixa 100-400) em pacientes com AERD, RAP e indivíduos saudáveis, respectivamente (AERD versus RAP, p=0,0003; AERD versus indivíduos saudáveis, p=0,01). A média do número de eosinófilos teciduais foi de 113,3células/CGA; 2,5células/CGA; e 0,7células/CGA, respectivamente (AERD versus RAP, p=0,017; AERD versus indivíduos saudáveis p=0,003). A média geométrica da IgE total foi de 290,18kU/L (faixa 59,5-8.140); 69,96kU/mL (faixa 5,5-898); e 43,14kU/mL (faixa 4- 1.328) em pacientes com AERD, RAP e indivíduos saudáveis, respectivamente, sem diferença entre os grupos. Periostina sérica foi mais elevada em pacientes com AERD quando comparados a indivíduos saudáveis. A mediana de periostina sérica foi de 602ng/ml (faixa 290,7-1.055); 535,6ng/mL (faixa 209-733,2); e 496,7mg/mL (faixa 327,4-713,4), em pacientes com AERD, RAP e indivíduos saudáveis, respectivamente (AERD versus indivíduos saudáveis, p=0,01). Em subgrupo de pacientes brasileiros com AERD, observamos elevado número de eosinófilos em sangue periférico e em tecido, quando comparados a pacientes com RAP e indivíduos saudáveis. Níveis mais elevados de periostina sérica foram observados em pacientes com AERD, quando comparados a indivíduos saudáveis, indicando forte resposta do tipo 2 em pacientes com AERD em nosso meio Aspirin exacerbated respiratory disease (also known as AERD), is characterized by eosinophilic chronic hypertrophic rhinosinusitis, nasosinusal polyps, asthma and hypersensitivity to Aspirin or other non-steroidal anti-inflammatory drugs. A higher expression of the biomarker periostin has been described in patients with AERD, in nasosinusal tissue, including basal membrane, extracellular matrix and nasal polyps. We evaluated the levels of serum periostin in patients with AERD, and compare those levels with patients with perennial allergic rhinitis (PAR), and with healthy subjects. Twenty-nine patients (20F/9M) with AERD were selected from the Allergy and Otolaryngology Clinics, from the Clinical Hospital of the Ribeirão Preto Medicine School, University of São Paulo (HCFMRP-USP). Those patients underwent confirmatory exams, such as Oral Provocation test with aspirin, and were submitted to polyp biopsy through nasofibroscopy. As a control group, 12 patients (9F/3M) with PAR and 23 healthy subjects (14F/9M) were selected. Eosinophils were quantified in peripheral blood and in polyp tissue or nasal mucosa. Total IgE was determined by ImmunoCAP, and serum periostin was measured by ELISA. The number of tissue eosinophils by high magnification field (HMF), number of eosinophils by cubic milliliter in peripheral blood, total IgE levels and serum periostin levels in patients with AERD were compared with those from patients with PAR and healthy subjects. Patients with AERD were older (median 54 years, and range 22-60) than patients with PAR (median 30 years, range 19-57, p=0,0001) and healthy subjects (median 29 years, range 19-53, p=0,0001), with no difference between genders. The numbers of eosinophils in peripheral blood and in tissue were higher in patients with AERD than patients with PAR or healthy subjects. The median of eosinophil number in peripheral blood was 640eos/µL (range 100-5.100); 200eos/µL (range 100-500); e 100eos/µL (range 100-400) in patients with AERD, PAR and healthy subjects respectively (AERD vs PAR, p=0,0003; AERD vs healthy subjects, p=0,01). The average number of tissue eosinophils was 113,3cels/HMF; 2,5cels/HMF; e 0,7cels/HMF, respectively (AERD vs PAR, p=0,017; AERD vs healthy subjects, p=0,003). The geometric mean for total IgE was 290,18kU/mL (range 59,5-8.140); 69,96kU/mL (range 5,5-898); and 43,14kU/mL (range 4-1.328) in patients with AERD, PAR and healthy subjects respectively, with no difference between the groups. Serum periostin was higher in patients with AERD when compared with healthy subjects. The median for serum periostin was 602ng/ml (range 290,7-1.055); 535,6ng/mL (range 209-733,2); e 496,7ng/mL (range 327,4-713,4), in patients with AERD, PAR and healthy subjects respectively (AERD vs healthy subjects, p=0,01). In a Brazilian subgroup of patients with AERD, we observed an elevated number of eosinophils in peripheral blood and tissue, when compared with patients with PAR and healthy subjects. Higher levels of serum periostin were observed in patients with AERD, when compared with healthy subjects, indicating a strong type 2 response in patients with AERD in our environment.
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- 2018
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123. Avaliação da atividade imunoterapêutica do probiótico LLHsp65 na asma experimental
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Luna Barrôco de Lacerda, Celio Lopes Silva, Luisa Karla de Paula Arruda, Alexandra Ivo de Medeiros, and Anderson Miyoshi
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A asma alérgica é uma doença pulmonar de inflamação crônica caracterizada por uma resposta imune do tipo Th2 e uma das principais abordagens terapêuticas para o seu tratamento no futuro, poderia ser a imunoterapia baseada na modulação da resposta imune Th2 para um perfil Th1 e anti-inflamatório. Nosso grupo já demonstrou a eficácia de uma imunoterapia, baseada em um plasmídeo de DNA contendo o gene hsp65 de M. Leprae (DNAHsp65) em modelo murino de asma alérgica. No entanto, apesar dos excelentes resultados, o grupo está procurando outras alternativas imunoterapêuticas, usando a Hsp65 micobacteriana, para futura utilização clinica na área de saúde humana e veterinária. Efeitos benéficos na prevenção e tratamento de doenças alérgicas vêm sendo obtidos com o uso de probióticos. Nossa hipótese é de que uma nova formulação terapêutica, como o probiótico Lactococcus lactis expressando Hsp65 micobacteriana (LLHsp65), apresentaria vantagens significativas no desenvolvimento de pesquisas translacionais. Diante disso, este estudo teve como objetivo avaliar se o probiótico LLHsp65 apresenta atividades imunoterapêuticas no modelo de asma experimental induzida por ovalbumina (OVA). Em diferentes grupos experimentais, 5x109 CFU de LLHsp65 ou de L. lactis selvagem (LLSELV), foram administrados por via oral durante 10 dias consecutivos aos camundongos BALB/c previamente sensibilizados e desafiados com OVA. Em seguida, investigamos os efeitos do tratamento na inflamação alérgica, modulação do padrão de citocinas, produção de anticorpos específicos, hiper-responsividade das vias aéreas e inflamação pulmonar. Nossos resultados demonstraram que o tratamento oral com LLhsp65 modula a resposta imune alérgica de padrão Th2 para o perfil Th1 com aumento dos níveis de IFN-?, IL-12, TNF-?, IL-10, IL-6 e IL- 17, e com a redução das citocinas IL-4, IL-5 e IL-13. Os níveis de IgE e IgG1 anti-OVA no soro também foram significativamente diminuídos. Como consequência desses resultados, também observamos diminuição significativa do infiltrado de eosinófilos no lavado broncoalveolar, na hiper-responsividade nas vias aéreas e a atenuação da inflamação e produção de muco no tecido pulmonar, quando comparados com o grupo controle (OVA/SAL). Por conseguinte, nossos resultados demonstraram que a administração oral de LLHsp65 proporciona uma melhora significativa do processo inflamatório alérgico induzido por OVA, sendo portanto, uma estratégia terapêutica promissora para o desenvolvimento de pesquisa translacional no tratamento de asma alérgica. Allergic asthma is a chronic inflammatory lung disease characterized by a Th2-type immune response and one of the main therapeutic approaches to its treatment in the future could be immunotherapy based on the modulation of the Th2 immune response to a Th1 and anti-inflammatory profile. Our group has already demonstrated the efficacy of an immunotherapy based on a DNA plasmid carrying the mycobacterial hsp65 gene (DNAHsp65) in murine model of allergic asthma. However, despite the excellent results, our group is looking for other immunotherapeutic alternatives, using mycobacterial Hsp65, for future clinical use in the area of human and veterinary health. Beneficial effects in the prevention and treatment of allergic diseases have been obtained with the use of probiotics. Our hypothesis is that a new therapeutic formulation, such as the probiotic Lactococcus lactis expressing mycobacterial Hsp65 (LLHsp65), would present significant advantages in the development of translational research. The objective of this study was to evaluate whether the probiotic LLHsp65 has immunotherapeutic activities in the ovalbumin-induced asthma model. In different experimental groups, 5x109 CFU of LLHsp65 or control L. lactis (ctLL) were administered orally for 10 consecutive days to BALB/c mice previously sensitized and challenged with OVA. We then investigated the effects of treatment on allergic inflammation, modulation of the cytokine pattern, production allergen-specific antibodies, airway hyperresponsiveness and pulmonary inflammation. Our results demonstrated that oral treatment with LLhsp65 modulates the allergic Th2 immune response to Th1 profile with increased levels of IFN-?, IL-12, TNF-?, IL-10, IL-6 and IL-17 and with the reduction of IL-4, IL-5 and IL-13 cytokines. Serum anti-OVA IgE and IgG1 levels were also significantly decreased. Correspondingly with these results, we also observed a significant decrease in eosinophil infiltrate in bronchoalveolar lavage, airway hyper responsiveness and attenuation of inflammation and mucus production in lung tissue when compared to the control group (OVA/SAL). Therefore, our results demonstrated that oral administration of LLHsp65 provides a significant improvement of the OVA-induced allergic inflammatory process and is therefore a promising therapeutic strategy for the development of translational research in the treatment of allergic asthma.
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- 2018
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124. Avaliação do extrato etanólico das flores de Erythrina mulungu Benth. no tratamento da asma em um modelo animal
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Jowanka Amorim, Fabio Carmona, Luisa Karla de Paula Arruda, Juliana da Silva Coppede, and Elcio dos Santos Oliveira Vianna
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Introdução: Estima-se que 300 milhões de pessoas no mundo possuam asma e há expectativa de aumentar o número de mortes pela doença nos próximos 10 anos. Parte disto deve-se à limitação na eficácia dos tratamentos atuais e à heterogeneidade da doença. Erythrina mulungu Benth. (Leguminosae, mulungu) é uma planta nativa brasileira de interesse do Sistema Único de Saúde para ser estudada e que apresenta potenciais efeitos antiinflamatórios. Objetivo: Avaliar os efeitos da administração do extrato etanólico das flores de E. mulungu no tratamento da asma em um modelo experimental, e os mecanismos envolvidos. Métodos: Camundongos Balb/c sensibilizados com ovalbumina (OVA) foram tratados por via intraperitoneal com 4 doses (200, 400, 600 e 800 mg/kg) do extrato de E. mulungu, ou dexametasona (2 mg/kg) - controle positivo - durante 7 dias consecutivos e foram paralelamente desafiados com ovalbumina intranasal. A hiper-responsividade brônquica foi avaliada in vivo, 24 h após o último desafio; o lavado broncoalveolar (LBA) foi coletado para avaliação do número de células totais e diferencial por citômetro e contagem microscópica, respectivamente. O sangue foi coletado para dosagem de anconticorpos IgE para ovalbumina. Níveis de citocinas IL-4, IL-5, IL-10, IL-13 e INF-? foram dosados no homogenato pulmonar através do ensaio de imunoabsorção enzimática (ELISA); e o recrutamento de células inflamatórias no tecido foi avaliado coloração Hematoxilina-Eosina (H&E). O perfil cromatográfico da planta foi analisado por cromatografia líquida de alta pressão (HPLC), seguido de espectrofotometria de massas (MS). Resultados: O tratamento com E. mulungu diminuiu significativamente o aumento da hiper-responsividade brônquica nos animais em todas as doses testadas. Diminuiu o número de células totais, eosinófilos e linfócitos no LBA, significativamente na dose de 600 mg/kg e suprimiu significativamente a concentração de IL- 4 e IL-5. Além disso, E. mulungu diminuiu significativamente o recrutamento de células inflamatórias no tecido dos animais asmáticos. Erisotrina, N-óxido-erisotrina e hipaforina foram os constituintes majoritários encontrados. Conclusão: Coletivamente esses resultados sugerem que E. mulungu tem potencial para uso no tratamento da asma, através da modulação da resposta inflamatória, apresentando efeitos imunomodulador e anti-inflamatório. Background: Asthma affects 300 million people worldwide and the number of victims of the disease is expected to increase in the next 10 years. Part of this may be a result of the limited efficacy of current treatments and disease heterogeneity. Erythrina mulungu Benth. (Leguminosae, mulungu) is a Brazilian native species which is listed by the Brazilian National Program of Medicinal Plants and Herbal Medicines to be studied and that has potential anti-inflammatory effects. Objective: To evaluate the effects of E. mulungu flowers ethanolic extract in ovalbumin (OVA)-induced asthma in mice, and to study the mechanisms involved. Methods: OVA-sensitized mice were intraperitoneally treated with four doses (200, 400, 600 e 800 mg/kg) of the E. mulungu extract or dexamethasone (2 mg/kg) - positive control - during seven consecutive days and simultaneously challenged with intranasal ovalbumin. Airway hyperresponsiveness was evaluated in vivo, 24 h after the last OVA challenge; broncoalveolar lavage fluids (BAL) was collected for counting the number of total and differential inflammatory cells. Blood was collected for measurement of anti-OVA IgE levels. Levels of cytokines IL-4, IL-5, IL-10 IL-13 and INF-? were measured in pulmonary homogenate by Enzyme-Linked Immunosorbent Assay (ELISA); and the inflammatory cells recruitment to the lung tissue were determined using hematoxylin and eosin staining (H&E). The species\' chromatographic profile was evaluated by Ultra Performance Liquid Chromatography - Tandem Mass Spectrometer. Results: The treatment with E. mulungu extract significantilly reduced the airway hyperresponsiveness in all doses evaluated. It significantly reduced the number of total cells, eosinophils and lymphocytes in BAL, at 600 mg/kg and significantly decresead the levels of IL-4 and IL-5. In addition, E. mulungu significantly decreased the cellular inflammatory infiltration in the lung tissue of allergic mice. Erysothrine, erysothrine-N-oxide and hypaphorine were the major constituents in the extract. Conclusions: Collectively, these results suggest the potential of E. mulungu for asthma treatment, through modulation of inflammatory response.
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125. Prevalência, gravidade e fatores de risco associados à sibilância recorrente em lactentes nascidos em Ribeirão Preto em 2010
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Juliana Cristina Castanheira Guarato, Virginia Paes Leme Ferriani, Viviane Cunha Cardoso, Luisa Karla de Paula Arruda, Heloisa Bettiol, Alexandre Archanjo Ferraro, and Gustavo Falbo Wandalsen
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Objetivo: Avaliar a prevalência, a gravidade e os fatores de risco associados à sibilância recorrente em crianças nos primeiros dois anos de vida em uma coorte de nascimentos. Métodos: Estudo de coorte prospectivo de 3167 crianças nascidas em Ribeirão Preto, SP, no ano de 2010 e avaliadas para esse estudo entre 12 e 24 meses. Os responsáveis pelos lactentes participantes responderam a questionários padronizados com questões referentes às características maternas, condições gestacionais, perinatais e pós-natais, antecedentes pessoais e familiares de doenças alérgicas, ocorrência e número de episódios de sibilância, ida a serviços de emergência, uso de medicações, diagnóstico de pneumonia e internações. O estudo das associações entre os desfechos e as variáveis independentes de interesse foi feito por meio de análise univariada e por modelos log-binomiais ajustados, obtendose medidas de risco relativo (RR) e seus intervalos de confiança (IC). Resultados: A prevalência de pelo menos um episódio de sibilância nos dois primeiros anos de vida foi de 56,3% (1785/3167), sendo que 35,8% (1136/3167) lactentes apresentaram sibilância ocasional (até dois episódios) e 20,1% (639/3167) apresentaram sibilância recorrente (três ou mais episódios). Sibilância recorrente grave (mais de 6 episódios) foi relatada em 8,7% lactentes (277/3167). Os fatores de risco independentes para apresentar de 3 a 6 episódios de sibilância foram: prematuridade (RR=1,46), tabagismo passivo (RR= 1,72, se menos de 10 cigarros/dia e RR=2,04. se mais de 10 cigarros/dia), frequentar a creche após os 6 meses (RR= 1,31), diagnóstico médico de rinite alérgica (RR= 1,52) e presença de carpete no domicílio (RR= 1,59). Os principais fatores de risco associados à sibilância grave foram: tabagismo passivo (RR= 2,89 para mais de 10 cigarros/dia), frequentar creche (RR= 2,43, se início até os 6 meses e RR: 1,49, se início após os 6 meses), resfriados nos 3 primeiros meses de vida (RR= 2,17), asma (RR= 1,50) e dermatite atópica na família (RR= 1,49) e diagnóstico de rinite alérgica (RR= 1,93). Lactentes brancos apresentaram prevalência menor de sibilância recorrente não grave (RR=0,68). Não houve associação entre o tempo de aleitamento materno e sibilância recorrente. Conclusões: Crianças nascidas em Ribeirão Preto apresentam alta prevalência de sibilância recorrente nos dois primeiros anos de vida. Nessa fase precoce da vida, medidas ambientais visando a diminuição da exposição à fumaça do cigarro e a prevenção de infeções virais poderiam resultar na redução dos casos de sibilância recorrente grave nesta população. Objective: To evaluate the prevalence, severity and risk factors associated with recurrent wheezing in children in early years of life. Methods: Prospective cohort study of 3167 children born in Ribeirão Preto, São Paulo, in 2010, and evaluated for this study at 12-24 months of age. A standardized questionnaire with questions regarding maternal characteristics, gestational, perinatal and postnatal conditions, family and children allergy, occurrence of wheezing, number of wheezing episodes, daycare attendance, visits to emergency, medication use, diagnosis of pneumonia and hospitalizations was applied to caregivers . Associations between outcomes and the independent variables of interest were done through univariate analysis and adjusted log-binomial models. Relative risks (RR) and confidence intervals (CI) were calculated. Results: The prevalence of at least one episode of wheezing in the first two years of life was 56.3% (1785/3167), 35.8% (1136/3167) infants had occasional wheezing (up to two episodes) and 20,1% (639/3167) had recurrent wheezing (three or more episodes). Severe recurrent wheeze (more than 6 episodes) was reported in 8.7% infants (277/3167). The independent risk factors for presenting 3 to 6 episodes of wheezing were prematurity (RR = 1.46), passive smoking (RR = 1.72 for less than 10 cigarettes / day, RR = 2.04 for more than 10 cigarettes / day), daycare attendance after 6 months (RR = 1.31), medical diagnosis of allergic rhinitis (RR = 1.52) and the presence of carpet at home (RR = 1.59). The main risk factors associated with severe wheezing were passive smoking (RR = 2.89 for more than 10 cigarettes / day), daycare attendance (RR = 2.43 if was started before 6 months and RR=1.49, if started after 6 months), acute upper respiratory infections during the first 3 months of life (RR = 2.17), asthma (RR = 1.50) and atopic dermatitis in the family (RR = 1.49) and diagnosis of allergic rhinitis (RR = 1.93). White infants have a lower prevalence of non-severe recurrent wheezing (RR = 0.68). There was no association between duration of breastfeeding and recurrent wheeze Conclusions: Children born in Ribeirão Preto have a high prevalence of recurrent wheezing in the first two years of life. In this early stage of life, environmental measures to reduce the exposure to cigarette smoke and prevention of viral infections could result in the reduction of severe recurrent wheezing in this population.
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126. Avaliação da implementação da pesquisa de anticorpos irregulares com hemácias tratadas com enzima nos exames pré-transfusionais de pacientes com neoplasia maligna de mama do Instituto Nacional do Câncer
- Author
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Renato Nascimento da Costa, Rodrigo do Tocantins Calado de Saloma Rodrigues, Luisa Karla de Paula Arruda, Ana Paula Costa Nunes da Cunha Cozac, and Gil Cunha de Santis
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A aloimunização contra antígenos eritrocitários decorre normalmente de gestações ou transfusões prévias e torna-se um problema mais frequente entre pacientes submetidos à transfusão, até mesmo entre pacientes transfundidos de forma esporádica, como nos casos de pacientes com câncer de mama. A detecção de anticorpos irregulares deve ser realizada com técnica sensível, capaz de detectar os anticorpos de maior relevância clínica. A falha na detecção de um aloanticorpo pode levar a reação transfusional hemolítica aguda ou tardia de intensidade variável que podem agravar ainda mais a condição clínica do receptor. Atualmente no Hospital do Câncer III, a detecção de anticorpo irregular é realizada na técnica em gel-teste na fase de antiglobulina humana. O presente trabalho teve como objetivos avaliar o impacto da implantação da técnica enzimática na pesquisa de anticorpos irregulares (P.A.I) na rotina pré-transfusional em associação à técnica utilizada na rotina, e estudar o perfil de aloimunização em portadores do câncer de mama atendidos nesse serviço. Entre junho de 2015 e maio de 2016, 429 amostras de sangue de pacientes com câncer de mama coletadas para testes pré-transfusionais foram submetidas à P.A.I pelas metodologias em Liss\\AGH e Nacl\\Enzima. Quando a P.A.I resultava positiva, a identificação do anticorpo era realizada utilizando a técnica correspondente. A frequência de aloimunização encontrada pela técnica de Liss/AGH foi de 1,86% (8/429), enquanto a técnica enzimática revelou uma taxa de aloimunização de 7,6% (32/421) e com associação dos resultados de ambas técnicas obtivemos 9,32% (40/429). . Assim como na literatura, os anticorpos dos sistemas Rh foram os mais frequentes. A rotina institucional apresentou o Anti-D como predominante em 5 amostras (41,6%), seguido por 2 Anti-E (16,6%), 2 Anti-C (16,6%), 1 Anti-Lea (8,4%) , 1 Anti-Jka (8,4%) e 1 Anti-S (8,40). Enquanto que em enzima, o Anti-E foi o mais predominante em 13 amostras (35%), seguido por 9 (24%) autoanticorpos públicos quentes, 7 Anti-Lea (19%), 4 Anti-D (11%), 1 Anti-C (2,75%), 1 Anti-Cw (2,75%), 1 Anti-K (2,75%) e 1 Anti- Dia (2,75%). Para comparar proporções do perfil de aloimunização desses pacientes, foram utilizados os testes Qui-quadrado e Teste G, com valores de p
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- 2018
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127. Identification, expression, purification and characterization of new allergens from the Polybia paulista wasp venom
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Karine De Amicis Lima, Keity Souza Santos, Fabio Fernandes Morato Castro, Luisa Karla de Paula Arruda, Ana Maria Moro, and Mario Sergio Palma
- Abstract
As hipersensibilidades do tipo I são caracterizadas por um grupo heterogêneo de manifestações clínicas que atingem mais de 30% da população mundial. Novas reatividades a alérgenos regionais brasileiros têm sido descritas e muitas fontes ainda não são totalmente conhecidas. Dentre os alérgenos mais prevalentes estão os venenos de insetos. A vespa regional Polybia paulista (Hymenoptera vespidae) é endêmica no sudeste do Brasil e é responsável por acidentes graves, causando reações alérgicas que podem levar ao choque anafilático. Alguns componentes dos venenos de vespas de diferentes espécies apresentam mimetismo molecular ou biológico, podendo gerar reação imunológica cruzada, mas muitas vezes não são os responsáveis pelo desencadeamento da resposta alérgica. Isto ocasiona falha no diagnóstico e consequentemente no tratamento indicado, a imunoterapia alérgeno-específica. Diante desses fatos e do grande número de pacientes que procuram o Serviço de Imunologia Clínica e Alergia do Hospital das Clínicas de São Paulo (HCFMUSP) com manifestações clínicas de alergias a ferroadas de insetos, foi desenvolvida uma sistemática de investigação clínica e laboratorial, com ênfase na abordagem proteômica, para identificar e caracterizar físico-química e imunologicamente novos alérgenos do veneno da vespa Polybia paulista e estudar potenciais reatividades cruzadas com alérgenos já conhecidos. Vinte e um pacientes com história de anafilaxia a venenos de vespa foram selecionados para participar do estudo. Foram realizados testes cutâneos e in vitro com veneno de Polistes spp. disponível comercialmente e com o veneno da Polybia paulista, produzido seguindo o protocolo padronizado anteriormente. Os resultados mostraram que a maioria dos pacientes apresentam IgE específica para os dois venenos com maior reatividade ao veneno de Polybia e que o padrão de proteínas reconhecidas entre os dois venenos é diferente, evidenciando a necessidade de veneno de Polybia paulista na prática clínica nas regiões cuja vespa está presente. Foram identificadas mais de 2000 proteínas no extrato total do veneno de Polybia paulista e algumas proteínas alergênicas ainda não descritas. Dentre elas foi identificada uma nova isoforma ao antígeno 5 da vespa Polybia scutellaris relatada como hipoalergênica. A molécula foi produzida na forma recombinante com conformação adequada, pela primeira vez em E. coli. O alérgeno, registrado na IUIS como Poly p 5, foi reconhecido por IgEs no soro dos pacientes testados e apresenta reatividade cruzada com outros antígenos 5 homólogos. Testes de desgranulação de basófilos em linhagem celular de ratos mostraram que o Poly p 5 induziu pouca desgranulação, indicando seu potencial hipoalergênico Type I hypersensitivity is characterized by heterogeneous clinical manifestations and specialists estimate that today around 30% of the general population suffers from an allergic disease. New allergens are being reported and some sources are not yet identified. Insect venoms are amongst the most prevalent allergen sources. The social wasp Polybia paulista (Hymenoptera vespidae) is endemic in the southeastern of Brazil and is responsible for serious accidents due to their venomous stings, causing allergic reactions that can lead to anaphylactic shock. Several components presenting molecular or biological mimicry can be found in different species of wasps and lead to a cross-immunological reaction but they are not always responsible for the allergic manifestations. Therefore, diagnostic and consequently immunotherapy is unsuccessful, since specific allergen identification is crucial. Considering the high number of patients attended at the \"Serviço de Imunologia Clínica e Alergia do Hospital das Clínicas de São Paulo\" with clinical manifestations of allergies not yet determined or barely studied, an approach involving a systematic clinical, laboratorial and investigative practice through a proteomic analysis was created to identify and characterize new allergens of Polybia paulista venom. Twenty-one patients with clinical history of anaphylaxis to Hymenoptera venoms were selected for this work. Cutaneous and in vitro tests were performed using Polistes venom commercially available as well as Polybia paulista venom, produced following a published protocol. The results shows that the majority of the patients has specific IgE for both venoms with biggest reactivity to Polybia paulista venom and the protein profile recognized in these venoms is different. More than 2000 proteins were identified in the whole venom extract of Polybia paulista and some of the allergenic proteins are not yet described in this venom. Among them, a new isoform that is similar to antigen 5 from Polybia scutellaris, already known as hypoallergenic. The molecule was produced as a recombinant properly folded for the first time in E. coli. The allergen, registered at IUIS as Poly p 5, was recognized by IgEs in the sera of 50% of the patients tested and has cross-reactivity with other homologs of antigen 5. Basophil degranulation tests in rat lineage cells showed that Poly p 5 induced little degranulation, indicating the hypoallergenic potential of this molecule
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- 2017
128. Evaluation of the use of extract from the Brazilian medicinal plant Uncaria guianensis in the treatment of asthma in an animal model
- Author
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Leandra da Silva Zanetti, Fabio Carmona, Luisa Karla de Paula Arruda, and Ana Maria Soares Pereira
- Abstract
A asma é uma doença inflamatória crônica com alta prevalência e caracterizada por hiperresponsividade da via aérea, inflamação, e remodelamento brônquico, e é responsável por considerável morbimortalidade em todo mundo. Os tratamentos disponíveis para a asma podem apresentar diferentes respostas e vários efeitos colaterais. Por isso, o desenvolvimento de novas drogas para o tratamento da asma é muito importante. A Uncaria guianensis (Aubl.) J. F. Gmel. (\"unha de gato\", Rubiaceae) (UG), é uma planta encontrada principalmente na Amazônia e na América Central, e apresenta atividade anti-inflamatória e antioxidante. Até o momento, não há relato de estudos da U. guianensis no tratamento da asma. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da administração de dois extratos das folhas da U. guianensis no tratamento da asma em um modelo animal, e os mecanismos envolvidos. Camundongons Balb/c foram sensibilizados duas vezes com ovalbumina (OVA) por via interperitoneal (ip) com uma semana de intervalo entre as sensibilizações, após uma semana, os camundongos foram desafiados com OVA via intranasal por três dias consecutivos e tratados com os extratos aquoso ou hidroetanólico da U. guianensis (100 mg/kg) via intraperitoneal por três dias consecutivos, durante os desafios com OVA. Os camundongos controles receberam solução salina nos mesmos dias. Após a sensibilização e desafios, os animais foram ventilados e medidas in vivo da hiper-responsividade brônquica foram realizadas com a administração de aerossois com concentrações crescentes de metacolina. Após, o lavado broncoalveolar (LBA) foi coletado para contagem de células totais e diferenciais. Sangue foi colhido para dosagem de IgE específica para OVA e os pulmões foram retirados para quantificação de citocinas inflamatórias no homogenato, além de determinação da capacidade antioxidante total e análise histológica. A administração do extrato hidroetanólico diminuiu significativamente o número de células totais e diferenciais no LBA e a hiper-responsividade brônquica, quando comparados ao grupo que não recebeu o tratamento. O extrato aquoso não foi capaz de diminuir a contagem de células totais e diferenciais e mostrou uma pequena diminuição na hiper-reatividade brônquica. Tanto o extrato aquoso quanto o hidroetanólico diminuíram as concentrações de interleucina (IL)-13 no homogenato pulmonar, mas não foram capazes de diminuir os níveis de IgE no soro, o número de células inflamatórias no tecido pulmonar, nem foram capazes de aumentar a capacidade antioxidante total. Com isso, concluímos que a administração dos dois extratos (aquoso e hidroetanólico) das folhas da espécie U. guianensis foi efetiva no tratamento da asma em um modelo animal, tanto em termos de mecânica pulmonar quanto em marcadores inflamatórios, com superioridade terapêutica do extrato hidroetanólico. Asthma is a highly prevalent chronic inflammatory disease characterized by airway hyperresponsiveness, inflammation, and remodeling, with considerable morbidity and mortality worldwide. Available asthma treatments can elicit different responses and numerous side effects. Therefore, the development of new drugs for asthma treatment is highly desirable. Uncaria guianensis (Aubl.) J. F. Gmel. (\"cat\'s claw\", Rubiaceae) (UG), a plant found mainly in the Amazon and the Central America, has anti-inflammatory and antioxidant activities. To date, there is no study of U. guianensis in the treatment of asthma The aim of the study was to evaluate the effects of the administration of two extracts from leaves of U. guianensis in the treatment of asthma in an animal model and the mechanisms involved. Balb/c mice were sensitized twice with ovalbumin (OVA) intraperitoneally (ip) one week apart. After one week, mice were challenged with intranasal OVA for three consecutive days and treated with either aqueous or hydroethanolic extract of U. guianensis (100 mg/kg) ip for three consecutive days, during OVA challenges. Control mice received saline solution on the same days. After sensitization and challenge, the animals were ventilated and in vivo measurement of bronchial hyperresponsiveness was performed with increasing concentrations of aerosolized methacholine. After, bronchoalveolar lavage (BAL) was collected for total and differential cell count. The blood was collected to measure OVA specific IgE, and the lungs were removed for measurement of cytokine levels and total antioxidant capacity in the pulmonary homogenate, and for histological analysis. The hidroethanolic extract administration significantly reduced total and differential cells number and bronchial hyperresponsiveness, compared to the group that received no treatment. The aqueous extract did not decrease the total and differential cell count and showed a small decrease in bronchial hyperresponsiveness. Both extracts decreased interleukin (IL)-13 levels in the pulmonary homogenate, but did not decrease serum IgE levels nor the number of inflammatory cells in lung tissue, nor were they able to increase total antioxidant capacity. We concluded that the administration of two extracts (aqueous and hydroethanolic) from leaves of U. guianensis was effective in the treatment of asthma in animal models, both in pulmonary mechanics and in inflammatory markers, with therapeutic superiority of the hydroethanolic extract.
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- 2017
129. Evaluation of the use of Momordica charantia L. in the treatment of asthma in an animal model
- Author
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Alessa Castro Ribeiro, Fabio Carmona, and Luisa Karla de Paula Arruda
- Abstract
A asma é uma doença crônica das vias aéreas responsável por significativa morbidade e mortalidade mundial. Medicamentos anti-inflamatórios, tais como os corticosteróides, são algumas das opções de tratamento mais importantes, no entanto, elas podem causar efeitos secundários indesejáveis. Historicamente, as plantas foram uma fonte principal de moléculas com atividade biológica. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do MC, um extrato vegetal brasileira com propriedades anti-inflamatórias, no tratamento da asma em um modelo animal. Métodos: Camundongos machos Balb/C, com idade de 5 a 6 semanas, foram sensibilizados com ovalbumina (OVA) por via intraperitoneal (IP) por duas vezes, com uma semana de intervalo, e desafiados diariamente com OVA intranasal durante três dias. Os animais foram tratados diariamente com a MCA (aquoso) MCHA (hidroalcóolico) na dose 500 mg/kg ip por três dias, durante os desafios. Os camundongos do grupo controle receberam solução salina nos mesmos dias. Cinco a oito animais por grupo foram utilizados. Vinte e quatro horas após o último desafio, os ratinhos foram ventilados com um respirador animal pequeno (FlexiVent®), e foram realizadas medições in vivo da hiperreactividade brônquica com concentrações crescentes de metacolina em aerossol (6,25, 12,5, 25 e 50 mg / ml). Os parâmetros avaliados e comparados foram: a resistência total (RRS), elastância total (ERS), resistência do tecido (G) e elastância tecidual (H). Após ventilação, foi colhido lavado broncoalveolar (LBA) para análise da contagem de células totais e diferenciais. Interleucinas inflamatórias (IL-4, IL-5, IL-10, IL- 13, IFN-?) foram analisadas no homogenato pulmonar além da dosagem sérica de IgE antiOVA. Os pulmões dos animais foram coletados para análise histológica (H&E). Resultados: O tratamento com extrato MCHA reduziu significativamente a hiperresponsividade brônquica através da mensuração das medidas RRS (p
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- 2016
130. Prevalência e fatores de risco associados a reações a alimentos e diagnóstico médico de alergia alimentar referidos pelos pais em crianças de Ribeirão Preto e São Luís
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Sílvio César Zeppone, Virginia Paes Leme Ferriani, Luisa Karla de Paula Arruda, Rosângela Fernandes Lucena Batista, Regina Sawamura, and Ariana Campos Yang
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Objetivo: Avaliar a prevalência e fatores de risco associados a reações adversas a alimentos (RAA) e diagnóstico médico de alergia alimentar referidas pelos pais em crianças de um a três anos de vida. Métodos: Estudo de coorte prospectivo de crianças nascidas em Ribeirão Preto, São Paulo e São Luís, Maranhão, no ano de 2010, e avaliadas para esse estudo nos três primeiros anos de vida. Em Ribeirão Preto, foram incluidas 3740 das 7702 crianças nascidas no ano de 2010. Em São Luís, participaram do estudo 3320 das 5166 crianças avaliadas ao nascimento no mesmo ano. Os responsáveis pelas crianças responderam questões referentes à ocorrência de reações adversas após a ingestão de alimentos e diagnóstico médico prévio de alergia alimentar. O estudo das associações entre os desfechos e as variáveis independentes de interesse foi feito por meio de análise univariada e por modelos log-binomiais ajustados, obtendo-se medidas de risco relativo (RR) e seus intervalos de confiança (IC). Resultados: A prevalência de reações adversas a alimentos (RAA) referidas pelos pais e de diagnóstico médico de alergia a pelo menos um alimento foi, respectivamente, de 10,7% (399/3740) e 4,4% (164/3716) em Ribeirão Preto, e de 6,4% (216/3320) e 2,7% (88/3320) em São Luís. Reações e diagnóstico de alergia ao leite de vaca ocorreram, respectivamente em 6,3% (223/3533) e 3,4% (119/3516) das crianças de Ribeirão Preto, e em 3,2% (102/3166) e 1,6% (52/3155) em São Luís. Nas duas cidades, houve concordância entre os desfechos reação a pelo menos um alimento e diagnóstico médico de alergia a pelo menos um alimento (índice kappa de 0,52 em RP e 0,51 em SL). O mesmo ocorreu para o relato de reação ao leite de vaca e diagnóstico médico de alergia ao leite (índice kappa de 0,52 em RP e 0,47 em SL). Crianças cujas mães não frequentaram universidades apresentaram menor risco de reação a pelo menos um alimento, tanto em Ribeirão Preto, 9 quanto em São Luís, e menor risco de diagnóstico médico de alergia a algum alimento em Ribeirão Preto. Os fatores associados a maior risco de diagnóstico médico de alergia a pelo menos um alimento foram a situação conjugal sem companheiro, idade de início à creche menor que 6 meses e histórico de alergia nas crianças, somente em Ribeirão Preto. O aleitamento materno exclusivo até os 6 meses associou-se a menor risco de diagnóstico médico de alergia ao leite de vaca em Ribeirão Preto. O início do leite artificial antes dos 6 meses e o início à creche antes dessa idade foram identificados como fatores de risco para diagnóstico médico de alergia ao leite de vaca nas crianças de Ribeirão Preto. Conclusões: O presente estudo contribuiu para o conhecimento da prevalência de RAA, incluindo a AA, referida pelos pais, em crianças brasileiras de até 3 anos de vida. Diferenças sociais, econômicas e culturais podem explicar as diferenças de prevalência e fatores associados a RAA e AA em RP e SL. Objective: To evaluate the prevalence and risk factors associated with parent reported adverse reactions to food (ARF) and medical diagnosis of food allergy in 1-3 year old children. Methods: Prospective cohort study of children born in Ribeirão Preto, São Paulo and São Luís, Maranhão, in 2010, and evaluated for this study at 1-3 years of age. In Ribeirão Preto, 3740 of the 7702 children born in 2010 were included. In São Luís, 3320 of the 5166 evaluated at birth were included. Caregivers answered questions regarding the occurrence of adverse reactions after ingestion of food allergy and previous medical diagnosis of food allergy. Associations between end points and independent variables were determined by univariate analysis and log-binomial adjusted models. Relative risks (RR) and confident intervals were calculated (IC). Results: The prevalence of parent reported ARF and medical diagnosis of allergy to at least one food was, respectively, 10.7% (399/3740) and 4.4% (164/3716) in Ribeirão Preto, and 6.4% (216/3320) and 2.7% (88/3320) in São. Luís. Reactions and medical diagnosis of allergy to cow\'s milk were reported, respectively, in 6.3% (223/3533) and 3.4% (119 / 3516) of the children from Ribeirão Preto and in 3.2% (102/3166) and 1.6% (52/3155) in São Luís. In both cities, there was agreement between the reported reactions to at least one food and medical diagnosis of allergy to at least one food (kappa of 0.52 and 0.51 in RP in SL). The same happened for reported reactions to cow\'s milk and medical diagnosis of milk allergy (kappa of 0.52 and 0.47 in RP in SL). Children whose mothers did not attend universities were less likely to report reaction to at least one food, both in Ribeirão Preto and São Luís, and had lower risk of medical diagnosis of allergy to any food in Ribeirão Preto. Factors associated with increased risk of medical diagnosis of allergy to at least one food were the marital status without partners, going to a at 11 daycare center before 6 months of age and a history of allergy in children, only in Ribeirão Preto. Exclusive breastfeeding until 6 months was associated with a lower risk of medical diagnosis of allergy to cow\'s milk in Ribeirão Preto. The beginning of the artificial milk before 6 months and going to daycare centers before this age were identified as risk factors for medical diagnosis of allergy to cow\'s milk in children of Ribeirão Preto. Conclusions: This study contributes to the knowledge of the prevalence parent reported ARF, including food allergy , in Brazilian children up to 3 years. Social, economic and cultural differences can explain the differences in prevalence and associated risk factors for ARF and AA in RP and SL.
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- 2016
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131. Papel anti-fibrótico de PGE2 e BMP-7 na asma alérgica experimental
- Author
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Camila Leindecker Stumm, Sonia Jancar Negro, Luisa Karla de Paula Arruda, Vera Luiza Capelozzi, Itamar Souza de Oliveira Junior, and Maria Notomi Sato
- Abstract
A asma alérgica é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas que envolve ativação de fibroblastos pulmonares. Esta ativação é induzida por TGF-b e este processo é regulado por moléculas anti-fibróticas. Nosso objetivo foi elucidar mecanismos envolvidos na fibrose das vias aéreas em um modelo de asma. Na primeira parte, investigamos o eixo síntese/resposta da PGE2. A PGE2 e seu análogo forskolina inibiram síntese de colágeno I e proliferação de fibroblastos. Estas células apresentaram perda tempo-dependente na capacidade de sintetizar PGE2 sob estímulo com IL-1b, e menor expressão de COX-2 e mPGEs-1. Na segunda parte, estudamos a relação TGF-b1/BMP-7 na fibrose das vias aéreas. Há predomínio da molécula pró-fibrótica TGF-b1 sobre a molécula anti-fibrótica BMP-7 nos pulmões de animais asmáticos. Em fibroblastos, a BMP-7 inibe a síntese de colágeno tipo I induzida pelo TGF-b1 e as vias de SMAD-2, SMAD-3 e p38. O tratamento dos animais com BMP-7 causou diminuição significativa da fibrose. Os resultados implicam estes mecanismos na fibrose das vias aéreas na asma. Allergic asthma is a chronic inflammatory disease of the airways that involves activation of lung fibroblasts. This activation is induced by TGF-b and this process is regulated by anti-fibrotic molecules. Our goal was to elucidate mechanisms involved in airway fibrosis in an animal model of asthma. In the first part, we investigated the PGE2 synthesis/response axis. PGE2 and its analog forskolin inhibited collagen I synthesis and proliferation of fibroblasts. These cells showed a time-dependent loss in the ability to synthesize PGE2 under IL-1b stimulation, and downregulated COX-2 and mPGEs-1. In the second part, we studied the ratio TGF-b1/BMP-7 in airway fibrosis. There is predominance of the pro-fibrotic TGF-b1 over the anti-fibrotic BMP-7 in the lungs of asthmatic animals. In fibroblasts, BMP-7 inhibits TGF-b1-induced type I collagen synthesis and the SMAD-2, SMAD-3 and p38 pathways. Treatment of the animals with BMP-7 caused significant decrease in fibrosis. The results implicate these mechanisms in airway fibrosis in asthma.
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- 2015
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132. Manifestações alérgicas aos venenos ofídicos como moléstia ocupacional em herpetologistas
- Author
-
Carlos Roberto de Medeiros, Fabio Fernandes Morato Castro, Luisa Karla de Paula Arruda, Clóvis Eduardo Santos Galvão, Maria Cândida Faria Varanda Rizzo, and Dirceu Solé
- Abstract
INTRODUÇÃO: Desde 1930, quando o primeiro caso de sensibilização alérgica a um veneno ofídico foi descrito na literatura, os venenos de todas as principais famílias de serpentes têm sido implicados como causadores de reações alérgicas. O desenvolvimento deste tipo de hipersensibilidade tem sido descrito após recorrentes exposições aos venenos através de picadas e, presumivelmente, de repetidas inalações ou contato desses venenos com a pele ou membranas mucosas. Esta condição tem sido observada entre os profissionais que manuseiam as serpentes e/ou os seus venenos. Entretanto, pouco se conhece a respeito da prevalência dessa doença entre esses trabalhadores, seus determinantes, e natureza molecular dos alérgenos envolvidos. Os objetivos deste estudo foram avaliar a prevalência da alergia ao veneno de Bothrops jararaca, apontando os fatores preditores para o seu desenvolvimento, entre trabalhadores expostos à serpente e/ou ao seu veneno, e demonstrar o envolvimento de um mecanismo IgE-mediado neste tipo de doença ocupacional. MÉTODOS: Sessenta e sete herpetologistas de um instituto de pesquisa, expostos à serpente Bothrops jararaca e/ou ao seu veneno, foram submetidos a um questionário e a testes imunológicos, para avaliar a presença de alergia ao veneno. A sensibilização ao veneno foi determinada pela quantificação de anticorpos da classe IgG e IgE, específicos ao veneno de Bothrops jararaca, através dos testes sorológicos ImmunoCAP e ELISA. Os alérgenos foram caracterizados através de Western blotting e de ensaios de inibição do ImmunoCAP. RESULTADOS: Doze dos 67 trabalhadores reportaram sintomas alérgicos variando desde urticária, rinoconjuntivite e asma, até anafilaxia. Sete indivíduos apresentaram anticorpos IgE específicos ao veneno de Bothrops jararaca (prevalência = 10,4%). Destes, seis apresentavam sintomas clássicos de reações alérgicas IgE-mediadas, quando expostos ao veneno botrópico. A presença de anticorpos IgG específicos também foi observada nos indivíduos com sensibilização alérgica ao veneno. O nível sérico elevado de IgE total (p=0,034), o tempo de exposição ocupacional (p=0,042), o manuseio de veneno em pó (p=0,014) e, possívelmente, a história pessoal de atopia (p=0,051), se constituíram em fatores preditores associados à sensibilização. Um componente do veneno de aproximadamente 32 kDa, que apresentou intensa ligação à IgE sérica de dois trabalhadores sensibilizados, pode ser um dos alérgenos principais desse veneno. Os ensaios de inibição do ImmunoCAP sugeriram a possibilidade de reações cruzadas ente os venenos de Bothrops jararaca e Crotalus durissus durissus. CONCLUSÕES: O veneno de Bothrops jararaca pode ser considerado uma importante fonte de alérgenos responsável pelo desenvolvimento de alergia ocupacional em trabalhadores que manuseiam as serpentes e/ou os seus venenos, através de mecanismo IgE-mediado. A prevalência da sensibilização alérgica a este veneno, neste grupo de trabalhadores, é da ordem de 10,4%, e o nível sérico elevado de IgE total, o tempo de exposição à serpente ou ao seu veneno, o manuseio do veneno em pó e, possívelmente, a história pessoal de atopia, são importantes fatores preditores. BACKGROUND: Allergic sensitization to snake venom was first reported in 1930 and since that time, venoms from the major snake families have been implicated as cause of allergic reactions. The development of hypersensitivity to snake venom has been described after recurrent exposure through bites and, presumably, through repeated inhalations or repeated contact of the venom with skin or mucous membranes. This condition has been observed in amateur and professional snake handlers. However, only limited information is available on the prevalence of the disease among those workers, their determinants and the molecular nature of these allergens. The aim of this study was to evaluate the prevalence and the predictors of snake venom allergy among workers exposed to Bothrops jararaca venom and to demonstrate the involvement of IgE-mediated mechanisms in this occupational disease. METHODS: Sixty seven workers exposed to Bothrops jararaca snakes and/or their venoms in a research institute were assessed for snake venom-related allergy using questionnaires and immunological tests. Presence of snake venom sensitization was determined by quantification of specific IgE and IgG to Bothrops jararaca venom using the UniCAP® system and ELISA. Allergens were characterized by Western blotting and ImmunoCAP inhibition assays. RESULTS: Twelve of the 67 workers experienced symptoms ranging from urticaria, rhinoconjuctivitis and asthma to anaphylaxis. Seven individuals had specific IgE antibodies to Bothrops jararaca snake venom (prevalence = 10,4%). Six of them had typical symptoms of an IgE-mediated allergic reaction when exposed to Bothrops venom. Specific IgG antibodies could also be observed in sensitized individuals. High levels of total IgE (p=0,034), exposure level (p=0,042), handling of dried venom (p=0,014) and personal history of atopy (p=0,051) could be demonstrated as predictors for sensitization. A component of approximately 32 kDa which strongly bound to specific-IgE may be the major allergen present in this venom. Cross-reactivity between Bothrops jararaca snake venom and Crotalus durissus durissus snake venom was demonstrated using ImmunoCAP inhibition. CONCLUSIONS: Bothrops jararaca snake venom can be considered a potential source of allergens which may result in occupational allergy in snake handlers though IgE-mediated mechanisms. The prevalence rate of this condition is 10,4% among these workers and the handling of dried venom, high levels of total IgE, exposure level and probably personal history of atopy are important predictors.
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- 2015
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133. Salivary antibody response to streptococci in preterm and fullterm children: a prospective study
- Author
-
Mariana Castro Loureiro Borges e Curi, Virginia Paes Leme Ferriani, Luisa Karla de Paula Arruda, Beatriz Tavares Costa Carvalho, Ruchele Dias Nogueira Geraldo Martins, and Denise Bertulucci Rocha Rodrigues
- Subjects
business.industry ,Medicine ,business ,Molecular biology - Abstract
Imunoglobulinas secretoras presentes nas superfícies mucosas representam a primeira linha de defesa do sistema imune adaptativo contra desafios infecciosos. A imunidade humoral de recém-nascidos prematuros é diminuída em comparação a recém-nascidos a termo. A identificação de antígenos de virulência de bactérias colonizadoras da cavidade oral pode ajudar na investigação dos mecanismos de estimulação antigênica e desenvolvimento da resposta imune de mucosa. No presente estudo, foram medidos os níveis de imunoglobulina A (IgA) e M (IgM) na saliva e caracterizada a especificidade de IgA contra antígenos de espécies de estreptococos da cavidade oral no início da vida. Foram estudadas as respostas de anticorpos IgA específicos para espécies bacterianas pioneiras (Streptococcus mitis , S. sanguinis , S. gordonii) e patogênicas (Streptococcus mutans) da cavidade oral em crianças a termo (AT) e pré-termo (PT) em duas visitas: ao nascimento (T0) e aos 3 meses de idade (T3). Salivas de 123 crianças (72 AT e 51 PT) foram coletadas durante as primeiras 10h após o nascimento (T0) e, novamente, aos 3 meses de idade (T3). Os níveis de anticorpos IgA e IgM nas amostras salivares foram analisados por ELISA. Um subgrupo de 26 crianças AT e 24 PT foram comparados com relação a padrões de especificidades de anticorpos contra diferentes antígenos de estreptococos, utilizando ensaios de Western blot. Não houve diferença significativa (p> 0,05) nos níveis salivares de IgA e IgM entre o grupo de crianças AT e PT ao nascimento. Em T3, os valores médios de IgA foram semelhantes entre os grupos e os níveis de IgM foram significativamente maiores em PT que AT (p < 0,05). Os ensaios Western blot identificaram resposta positiva de IgA para os estreptococos estudados na maioria das crianças, especialmente no grupo AT . Houve algumas diferenças entre os grupos com relação à frequência de crianças com resposta positiva a antígenos e intensidade da resposta IgA. Em geral, os antígenos de estreptococos orais foram mais frequentemente detectados e as bandas foram mais intensas no grupo de crianças AT quando comparados aos PT, especialmente em T3. Análise prospectiva de padrões de IgA específica para os antígenos de diferentes espécies de estreptococos revelou um aumento na complexidade da resposta de anticorpos IgA do nascimento (T0) até os 3 meses de vida (T3), tanto em PT quanto nos AT. O padrão de resposta de IgA aos antígenos dos estreptococos parece ser influenciado pela idade gestacional, o que pode refletir o grau de maturidade do sistema imune de mucosa Secretory immunoglobulins present in mucosa surfaces represent the first line of defense of the adaptive immune system against infectious challenges. Preterm neonates humoral immunity is diminished compared to fullterm newborns. The identification of important antigens of virulence of oral species may help in the investigation of the mechanisms of antigenic stimulation and the development of the mucosal immune response. In the present study we measured saliva levels of immunoglobulin A (IgA) and M (IgM) and characterized the specificity of IgA against antigens of several streptococcal species found early in life. Salivary IgA antibody responses to bacterial species that are prototypes of pioneer (Streptococcus mitis, S. sanguinis, S. gordonii) and pathogenic (Streptococcus mutans) microorganisms of the oral cavity were studied in fullterm (FT) and preterm (PT) children in two visits: at birth (T0) and at 3 months of age (T3). Salivas from 123 infants (72 FT and 51 PT) were collected during the first 10h after birth (T0) and again at 3 months of age (T3). Salivary levels of IgA and IgM antibodies were analyzed by ELISA. A subgroup of 26 FT and 24 PT children were compared with respect to patterns of antibody specificities against different streptococci antigens using Western blot assays. No significant differences (P>0.05) in salivary levels of IgA and IgM between FT and PT babies were found at birth. At T3, mean sIgA values were similar between groups and salivary IgM levels were significantly higher in PT than FT (p
- Published
- 2015
134. Effect of immunotherapy with Dermatophagoides pteronyssinus in the clinical and immunological response to shrimp
- Author
-
Ariana Campos Yang, Fabio Fernandes Morato Castro, Luisa Karla de Paula Arruda, Clóvis Eduardo Santos Galvão, Cristina Miuki Abe Jacob, Carlos Roberto de Medeiros, and Dirceu Solé
- Subjects
business.industry ,Medicine ,business - Abstract
Objetivo: O objetivo desse estudo foi avaliar alterações na resposta clínica e imunológica ao camarão após a imunoterapia com Dermatophagoides pteronyssinus. Métodos: Selecionou-se 35 indivíduos alérgicos a Dermatophagoides pteronyssinus (Der p), os quais foram submetidos a testes cutâneos de leitura imediata para ácaros, baratas, camarão, tropomiosina recombinante, além de cão, gato e fungos. A detecção de IgE espcífica in vitro foi feita para o ácaro, camarão, barata americana e para suas tropomiosinas. Em todos, avaliou-se reatividade clínica ao camarão através de provocação oral. Dez pacientes foram alocados para o grupo controle, e 25 foram submetidos à imunoterapia alérgeno específica para o ácaro. Os testes cutâneos e a dosagem de IgE sérica específica foram repetidas após a indução da imunoterapia, e após 1 ano do início. A reatividade clínica ao camarão foi reavaliada no final do estudo pela provocação oral. Resultados: No grupo dos pacientes que foram submetidos à imunoterapia, observamos diminuição na reatividade nos testes cutâneos e dosagem de IgE específica para Der p, camarão e tropomiosina recombinante. Dos 10 pacientes com testes cutâneos positivos para camarão, 4 foram negativos na dosagem após um ano de imunoterapia (p= 0,04). Quanto à dosagem sérica de IgE para camarão, dos 9 positivos no início, 6 ficaram negativos (p= 0,014). Nenhum paciente submetido a imunoterapia desenvolveu nova sensibilização para camarão. Não houve alteração na reatividade clínica ao camarão após imunoterapia. Conclusão: A imunoterapia para Dermatophagoides pteronyssinus foi acompanhada de diminuição da reatividade imunológica para camarão e clinicamente não houve alteração da sensibilidade a camarão Objective: The objective of this study was to determine changes in clinical and immunological response to shrimp after immunotherapy with Dermatophagoides pteronyssinus. Methods: We studied 35 allergic subjects to Dermatophagoides pteronyssinus (Der p), submitted to skin tests to mites, cockroach, shrimp, recombinant tropomyosin, and dog, cat and fungi. The detection of serum specific IgE was performed to mite, shrimp, and tropomyosin from American cockroach. In all patients, the clinical reactivity to shrimp was assessed through oral challenge. Ten patients were allocated to the control group, and 25 were submitted to immunotherapy for mite. Skin tests and determination of serum specific IgE were repeated after the induction of immunotherapy (3-4 months) and 1 year after of beginning of the treatment. The clinical reactivity to shrimp was assessed again at the end of the study by oral challenge. Results: In the group of patients who were undergoing immunotherapy, we observed decreased reactivity in the skin tests and specific IgE levels to Der p, shrimp and recombinant tropomyosin. Among the 10 patients with positive skin tests to shrimp, 4 were negative when assessed after one year of immunotherapy (p = 0.04). About serum specific IgE to shrimp, from the 9 positive reactors in the beginning of treatment, 6 became negative (p= 0.014). There was no change in clinical reactivity to shrimp after immunotherapy. Conclusion: The immunotherapy for Dermatophagoides pteronyssinus was accompanied by decreased immune reactivity to shrimp and clinically there was no change in sensitivity to shrimp
- Published
- 2009
135. Assessment of BGC as an adjuvant in specific immunotherapy in asthmatic patients
- Author
-
Andréa Cohon, Jorge Elias Kalil Filho, Luisa Karla de Paula Arruda, Silvia Daher, Dirceu Solé, and Neusa Falbo Wandalsen
- Subjects
business.industry ,Medicine ,business - Abstract
O aumento da prevalência de doenças alérgicas como a asma, tem sido atribuído à falta de estímulos infecciosos. A atopia, que embasa as manifestações alérgicas, caracteriza-se por uma disfunção imune com predomínio da resposta do tipo Th2. Experimentos em modelos animais com micobactérias e seus produtos têm demonstrado resultados promissores na proteção e reversão de resposta imune do tipo Th2. A imunoterapia para alérgenos inalatórios tem mostrado resultados positivos e o uso do BCG como adjuvante poderia trazer benefícios adicionais. Em estudo randomizado duplo cego foram avaliados 21 indivíduos de ambos os sexos, com idades de 8 a 17 anos sensibilizados ao Dermatophagoides pteronissynus (Dpt) e portadores de asma leve ou moderada persistentes. Os pacientes foram divididos em dois grupos e tratados com imunoterapia específica (ITE) para Dpt. O Grupo A recebeu como adjuvante, no início da ITE, uma aplicação do diluente do BCG e o Grupo B uma dose da vacina BCG. Na avaliação realizada após o período de indução da ITE constatou-se nos dois grupos diminuição significativa dos sintomas, da necessidade de medicação para asma, da hiperreatividade brônquica inespecífica, da reatividade cutânea ao Dpt juntamente com a melhora da função pulmonar. Houve uma redução no índice de estimulação da cultura de células mononucleares do sangue periférico estimuladas com Dpt, acompanhada de uma elevação da IL-10 no sobrenadante e dos níveis da IgG específica para Dpt e da IgE total. Os eosinófilos, a IgE específica para Dpt do sangue e o óxido nítrico no ar exalado não se alteraram. Não houve diferença na comparação dentre os grupos, exceto na proliferação das células mononucleares do sangue periférico estimuladas com PPD, que foi maior no Grupo B. Conclusão: a ITE levou a resultados satisfatórios com melhora clínica e alterações imunológicas já ao final do período de indução. A avaliação do uso do BCG como adjuvante, não mostrou benefícios adicionais. The increase of allergic diseases, such as asthma, has often been explained by a decline in infectious stimulation. Atopy that is characterized as an immune dysfunction promotes a strong type Th2 immune response and underlines allergic diseases. Experimental animal models researches with mycobacteria and its products had led to promising results in prevention or reversion of type Th2 response. Positive results have been obtained to allergens specific immunotherapy (SIT) and its association with BCG vaccine, as an adjuvant, could promote additional benefits. In a randomized double blind study 21 patients sensitized to mite Dermatophagoides pteronyssinus (Dpt) with mild or moderate persistent asthma, aged 8 to 17 years of both sex were evaluated. Patients were divided in two groups. Group A received at the beginning of SIT one dose of BCG diluent and Group B one dose of BCG vaccine. After the SIT induction period we observed in both groups a significant decrease in asthma symptoms, bronchial hyperreactivity, immediate cutaneous reactivity to Dpt and the necessity of drugs intake. Specific lymphoproliferation against Dpt significantly decreased while IL-10 levels, specific IgG and total IgE increased. Blood eosinophils, specific IgE, others immunoglobulins levels and nitric oxide in exhaled air didn\'t change. There were no differences in all parameters evaluated between the two groups except on specific lymphoproliferation against PPD that was higher in Group B. Conclusions: improvement in symptoms and immunologicals changes where observed at the end of SIT induction period. BCG as adjuvant didn\'t add additional benefits.
- Published
- 2004
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