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No reinado de D. João II foi projetado um ambicioso plano expansionista no Norte de África, que acabou por se materializar, em 1489, na construção de uma fortaleza na ilha da Graciosa, no curso do rio de Lucos. Para esse efeito, na primeira metade do ano foram preparadas e enviadas duas armadas que visavam a edificação da estrutura militar. No entanto, foram vários os problemas que surgiram e que puseram em causa o projeto da Graciosa, destacando-se o levantamento de um grande exército por parte de Mulei Xeque, sultão de Fez, e o cerco imposto à posição portuguesa. Por sua vez, para descercar a posição portuguesa na Graciosa, D. João II procedeu ao envio de mais homens, barcos e armas, mas sem grande resultado visto que o cerco não foi quebrado. O impasse no conflito, que agudizou o desgaste sentido quer por muçulmanos quer por cristãos, levou a que se firmasse um acordo de tréguas entre ambos. Nesse acordo foram renovadas as matrizes do que havia sido decidido nas pazes de 1471, entre D. Afonso V e o sultão de Fez. Ainda que não tenha perseverado, o episódio da Graciosa constitui um importante marco no projeto expansionista de D. João II no Norte de África. Através da análise exaustiva de fontes e bibliografia procede-se ao estudo do muitas vezes negligenciado episódio da Graciosa, o que permite o seu enquadramento e a sua reconstituição, havendo ainda lugar para a reflexão acerca das consequências do mesmo, tanto a curto como a longo prazo, para a presença portuguesa em Marrocos. During the reign of D. João II an ambitious expansionist project was designed in North Africa. In 1489 it was accomplished with the building of a fortress at Graciosa island, in the downstream of the river Lucos. Therefore, during the first half of the year two armadas were drafted and shipped to build the military structure. However, a series of unexpected events jeopardized the Graciosa project, among them the gathering of a large army by the Mulei Sheikh, sultan of Fez, and the siege imposed on the Portuguese stronghold. Meanwhile, to reduce the Portuguese stronghold in Graciosa, D. João II sent more troops, boats and weapons, although without much success, since the siege was not broken. Because of the ongoing conflict, which worsened the wear and tear felt by both Muslims and Christians, a truce agreement was signed between the two. Within the same agreement, the terms of the peace agreement of 1471 between Afonso V and the Sultan of Fez were renewed. Notwithstanding the fact that it was not persevered, the Graciosa episode is a major milestone within the expansionist project of D. João II in North Africa. Through an extensive analysis of different sources and bibliographic material, the often underestimated episode of Graciosa continues to be studied, thus providing a historical framework and historical reconstitution, as well as an opportunity to ponder on its consequences, both in the short and long term, concerning the Portuguese occupation in Morocco.

A presente dissertação tem como eixo temático a perda do caça-minas Roberto Ivens; as circunstâncias do seu afundamento a 26 de Julho de 1917, em plena Grande Guerra, e a sua posterior localização e identificação, numa posição distinta daquela onde se acreditava que o navio tinha naufragado. O caça-minas Roberto Ivens foi um de onze navios de pesca de arrasto requisitados pela Divisão Naval com o objectivo de criar um serviço de rocega de minas. A criação deste serviço de rocega, em Abril de 1916, esteve dependente de equipamento fornecido pela Inglaterra, bem como da formação para o operar, o que se traduziu numa transferência de tecnologia e conhecimentos de que a Marinha Portuguesa veio a beneficiar, o que é abordado numa perspectiva historiográfica. Apesar da consternação que a perda do caça-minas Roberto Ivens causou a nível nacional, as circunstâncias do seu afundamento nunca terão suscitado qualquer tipo de dúvidas ou questões. Eventualmente relegado para segundo plano pelo combate do patrulha-de-alto-mar Augusto de Castilho com o submarino alemão U139, o episódio nunca mereceu a atenção de historiadores navais ou outros investigadores, dentro e fora da Academia. O presente estudo demonstra que o caça-minas Roberto Ivens não se perdeu ao largo da barra do rio Tejo, na área mencionada pela imprensa da época supostamente sustentada numa nota oficiosa difundida pelo Ministério da Marinha, mas sim numa posição distinta, junto à entrada do porto de Lisboa, reveladora da proximidade das acções de guerra levadas a cabo pelos submarinos alemães. Apresentando à discussão a improbabilidade de a Marinha Portuguesa cometer um erro tão grosseiro no posicionamento do naufrágio, propomos também uma breve reflexão sobre este episódio à luz da conjuntura política e social do momento. Antes de apresentar as nossas conclusões, abordamos também a relevância do destroço enquanto Património Cultural Subaquático da Grande Guerra relacionando-o com as recomendações da UNESCO e propondo acções para o futuro.

Submitted by Helena Vicente (helenavicente@fcsh.unl.pt) on 2021-10-08T09:58:10Z No. of bitstreams: 1 Tese Carlos Afonso_04Ago21.pdf: 12210482 bytes, checksum: 3225764c332d06e1fcfe1a40aca69aea (MD5) Made available in DSpace on 2021-10-08T09:58:10Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Tese Carlos Afonso_04Ago21.pdf: 12210482 bytes, checksum: 3225764c332d06e1fcfe1a40aca69aea (MD5) Previous issue date: 2021-07-06

Instituto de Investigaciones Históricas. Facultad de Historia. Programa Institucional de Maestría en Historia The Milicia Activa, along with the Permanente, made the National Army, as a result of historiography has called the “First Mexican Army”. This research has the objective to study the origin and development of the Batallón Activo de Morelia and the Regimiento Activo de Michoacán between 1823 and 1855 to expound their role into the building of the national military institution and how their officers and NCO supported centralist and conservative plans in Michoacán as political actors. This military interventionism triggered at the mid-19th Century a criticism against Milicia Activa by Liberals which were headed by Melchor Ocampo. They show it as a political agent from the interest of the national center in the regions. Additionally, this study reaches the Milicia Activa transition from a domestic-military reserve —based on the Milicia Provincial— into an auxiliary force of the Army which in time Santa Anna’s Dictatorship define a modern military reserve. The history of the Milicia Activa is the history about a military institution in the midst of the hazardous Mexican State-building, and the Michoacán case, a violent testimony of instability in this state. La Milicia Activa, junto a la Permanente, conformó el Ejército Nacional, lo que la historiografía ha denominado el “Primer Ejército Mexicano”. La presente investigación tiene por objetivo estudiar el origen y desarrollo del Batallón Activo de Morelia y del Regimiento Activo de Michoacán entre 1823 y 1855, exponiendo el papel que ambos desempeñaron en la conformación de la institución militar nacional y en la participación de su oficialía como actora política al respaldar los proyectos de carácter centralista y conservador en Michoacán. Este intervencionismo desatará a mediados del siglo XIX una mordaz crítica por parte de los liberales representados por Melchor Ocampo en contra de la Milicia Activa, exhibiéndola como una fuerza operaria de los intereses del centro en las regiones. Además, se mostrará el proceso de transición de la Milicia Activa de una unidad de reserva con características doméstico-militares —basadas en las antiguas milicias provinciales—, hacia una fuerza auxiliar del Ejército que, durante la dictadura santanista, se configuró como una reserva moderna. La historia de la Milicia Activa es la historia de una institución militar en medio de la abrupta construcción del Estado mexicano, y el caso michoacano, un violento testimonio de la inestabilidad del estado.

Entre 1974 y 1976, Jesús Rafael Ranier, el Oso, estuvo infiltrado en el Partido Revolucionario de los Trabajadores-Ejército Revolucionario del Pueblo (PRT-ERP). Calificado como “traidor” o “doblado” por los sobrevivientes de esta organización y como “héroe” por los integrantes de los servicios de inteligencia para los que actuó durante catorce meses, Ranier fue el responsable directo por la delación del ataque al Batallón Domingo Viejo Bueno de Monte Chingolo el 23 de diciembre de 1975. ¿Cómo y por qué pudo permanecer durante tanto tiempo en una organización conspirativa, clandestina y conocida por su hermetismo? ¿De qué manera se diseñó y se sustanció el proyecto represivo que dio vida a las actividades del Oso dentro del PRT-ERP? ¿Cuáles fueron los sentidos asignados a sus prácticas por los sobrevivientes de la organización y por la historiografía interesada en el decurso del PRT-ERP? Estos son algunos de los interrogantes que este libro procura responder. Para ello, y en función del propósito perseguido, esta investigación ha recurrido a un acervo documental conformado por fuentes escritas que comprenden publicaciones partidarias, escritos biográficos e informes de los organismos represivos del Estado, confrontados con los testimonios de diversos ex compañeros de militancia de Ranier para poder acercarnos y comprender la tensión histórica que se manifiesta en las disputas por los sentidos, significados y olvidos de una trama del pasado reciente., Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educación

[ES] La violencia ha sido considerada uno de los grandes ejes que explican el devenir de la humanidad desde los comienzos de la ciencia historiográfica. Nos repele y nos atrae, deseamos olvidarla pero no debemos dejar que caiga en el olvido, aparenta estar ligada a momentos históricos concretos pero atraviesa nuestro día a día… Quizás por estas razones la violencia, en todas sus posibles manifestaciones, lejos de ser un tema obsoleto, continúa teniendo un gran potencial como cuestión historiográfica, tal y como muestran las investigaciones que conforman este libro. De la mano de diferentes especialistas, y en un recorrido que va desde la Prehistoria hasta la Edad Contemporánea, este volumen colectivo analiza las violencias históricas desde la antropología física, la historia militar, la iconografía, o la historia de la infancia entre otros puntos de vista. Guerras, conflictos políticos y religiosos y sus significados simbólicos, o la violencia como espectáculo son algunas de las cuestiones que abordan sus páginas. Si bien existen pocos temas que hayan sido más estudiados por la historiografía que la violencia, este libro, fruto del Congreso Internacional La Violencia en la Historia, celebrado en la Universidad de Salamanca en octubre de 2019, es una muestra de que las preguntas históricas nunca se agotan y de que las violencias pasadas deben seguir siendo revisitadas desde nuevos enfoques.

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A la historiografia catalana, ha existit una certa confusió sobre la figura del capità general del Rosselló i la Cerdanya i el moment de la seva fusió amb Capitania General i amb la Lloctinència General de Catalunya. El present article analitza l’existència de capitans generals a la frontera durant la primera meitat del segle XVI, les seves atribucions i els conflictes que van tenir amb les autoritats catalanes., In the catalan historiography a certain confusion has existed on the figure of the Capità General of El Rosselló and La Cerdanya, the catalan border, and the moment of his merger with the Capitania General and the Lloctinència General of Catalonia. The present article analyzes the existence of General Captains in the border in the first half of the XVIth century, his attributions and the conflicts that had with the Catalan authorities., En la historiografía catalana, ha existido una cierta confusión sobre la figura del capitán general del Rosellón y la Cerdaña y el momento de su fusión con la Capitanía General y el virrey de Cataluña. El presente artículo analiza la existencia de capitanes generales en la frontera en la primera mitad del siglo XVI, sus atribuciones y los conflictos que tuvieron con las autoridades catalanas.

[ES] La violencia ha sido considerada uno de los grandes ejes que explican el devenir de la humanidad desde los comienzos de la ciencia historiográfica. Nos repele y nos atrae, deseamos olvidarla pero no debemos dejar que caiga en el olvido, aparenta estar ligada a momentos históricos concretos pero atraviesa nuestro día a día… Quizás por estas razones la violencia, en todas sus posibles manifestaciones, lejos de ser un tema obsoleto, continúa teniendo un gran potencial como cuestión historiográfica, tal y como muestran las investigaciones que conforman este libro. De la mano de diferentes especialistas, y en un recorrido que va desde la Prehistoria hasta la Edad Contemporánea, este volumen colectivo analiza las violencias históricas desde la antropología física, la historia militar, la iconografía, o la historia de la infancia entre otros puntos de vista. Guerras, conflictos políticos y religiosos y sus significados simbólicos, o la violencia como espectáculo son algunas de las cuestiones que abordan sus páginas. Si bien existen pocos temas que hayan sido más estudiados por la historiografía que la violencia, este libro, fruto del Congreso Internacional La Violencia en la Historia, celebrado en la Universidad de Salamanca en octubre de 2019, es una muestra de que las preguntas históricas nunca se agotan y de que las violencias pasadas deben seguir siendo revisitadas desde nuevos enfoques.

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The author presents an analysis of the historical events collectively known as the pastry war, which took place between Mexico and France during the years 1838-1839. This conflict was caused by the Mexican government’s difficulties in paying the debts contracted with foreign nations and by France’s ambition to play a key political role in the Caribbean area thanks to her renewed navy. The war saw a naval blockade of the port of Vera Cruz and had important political consequences for the history of Mexico, since it marked the return of Santa Anna on the political scene of his country. The pastry war was also the first major test for the Monroe Doctrine of the United States. El autor propone un análisis de los hechos históricos conocidos bajo el nombre de guerra de los pasteles, combatida entre México y Francia en los años 1838-1839. Este conflicto fue causado por las dificultades del gobierno mexicano en pagar las deudas contraídas con países extranjeros y por la ambición de Francia de jugar un papel político importante en el Caribe gracias a su armada reformada. La guerra vio el bloqueo naval del puerto de Vera Cruz y hubo consecuencias políticas importantes para la historia de México, porque marcaron el regreso de Santa Anna a la escena política de su país. La guerra de los pasteles fue también la primera prueba para la Doctrina Monroe de los Estados Unidos. L’autore propone un’analisi degli eventi storici noti nel loro complesso come guerra de los pasteles, che fu combattuta tra Messico e Francia negli anni 1838-1839. Questo conflitto fu causato dalle difficoltà del governo messicano nel pagare i debiti contratti con paesi stranieri e dall’ambizione della Francia di giocare un ruolo politico importante nei Caraibi grazie alla sua marina rinnovata. La guerra vide il blocco navale del porto di Vera Cruz e ebbe conseguenze politiche importanti per la storia del Messico, poiché determinò il ritorno di Santa Anna sulla scena politica del suo paese. La guerra de los pasteles fu anche la prima occasione in cui la dottrina Monroe degli Stati Uniti fu messa alla prova.

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