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Começando com uma pergunta — como conhecer aquilo que é invisível nas relações? —, “Antropologia e o invisível, a descolonização do pensamento antropológico através da poesia” aponta na direcção de um fazer antropológico que, em contextos de estudo especialmente desafiantes porque invisíveis, deixe de procurar na figura do Outro as semelhanças com o Mesmo e que, em vez disso, tente integrá-lo, multiplicando o próprio mundo, fazendo deslocações contínuas através de mundos outrem como início da escrita de outras hipóteses do mundo, feitas de outras imagens que não as nossas. Além de todos os seus poemas, em Photomaton & Vox, Herberto Helder deixa um caminho possível daquilo que são os movimentos do poeta no mundo. Segundo este trabalho, esses movimentos estão cosmicamente alinhados àqueles do xamã e, numa outra camada de sentido, àqueles que poderiam ser os da/o antropóloga/o e do seu fazer antropologia. É, maioritariamente, através desse livro de ensaios e de Metafísicas Canibais, de Eduardo Viveiros de Castro, que se explora o universo do perspectivismo e do xamanismo, de maneira a traçar semelhanças entre o agir-conhecer ameríndio, sempre feito a partir de um corpo, e o modo relacional que a Poesia, de si, imana e emana, para chegarmos a uma Antropologia como metafísica experimental. Assim, mito e poema, enquanto modos de actualização experiência, serão postos lado a lado e, desse modo, seguindo alguns reptos fundamentais de Viveiros de Castro, o devir xamânico e poético, traduzir-se-ão enquanto devir antropológico.

ABSTRAC: This article aims to ask and perhaps answer – with the help of commentators – two relevant points in Hegel's logic. The first, concerns the conception of the foundation of a philosophical system without a beginning: the idea of an unconditioned presupposition. The second, concerns the condition of the modalities of necessity and contingency in a logic that proposes to be absolute. As an absolute method, the science of logic exposes becoming as a condition of pure thought and Aufhebung appears as a central concept, as it is the engine that drives dialectics. This can be observed both in the Science of Logic (2016) – with the determinations of thought – and in the Phenomenology of the Spirit (2018) – with the figures of consciousness –. It is observed that there is a relationship between the concepts of Aufhebung, necessity and absolute beginning. Therefore, from this relationship, the objective is to expose the condition of the modalities of necessity and contingency in an absolute system. RESUMO: O presente artigo tem como objetivo indagar e talvez responder – com auxílio dos comentadores – dois pontos relevantes na lógica de Hegel. O primeiro, diz respeito à concepção de fundamentação de um sistema filosófico sem um começo: a ideia de um pressuposto incondicionado. O segundo, concerne à condiçõe das modalidades de necessidade e contingência numa lógica que se propõe absoluta. Como método absoluto, a ciência da lógica expõe o devir como condição do puro pensamento e Aufhebung [suprassunção] aparece como um conceito central, pois é o motor que impulsiona a dialética. Isso pode ser observado tanto na Ciência da Lógica (2016) – com as determinações do pensamento – como na Fenomenologia do Espiríto (2018) – com as figuras da consciência –. Observa-se que há uma relação entre os conceitos de Aufhebung, necessidade e início absoluto. Por tanto, a partir dessa relação, objetiva-se expor a condição das modalidades de necessidade e contingência num sistema absolouto.

Resumo: Neste artigo, discuto masculinidade em mulheres por meio da análise de uma personagem oriunda de uma série de Video On Demand. Com base no conceito de anômalo de Deleuze e Guattari e na teoria performativa de Butler, a personagem Maggie, da série Godless, foi aqui investigada. A partir do exercício analítico operado, dois eixos teórico-analíticos foram concebidos. O primeiro, voltado para a relação entre abjeção e anômalo, o segundo, a partir da desterritorialização de Maggie, que a constituiu enquanto fenômeno de borda. Como efeito, Maggie colocou em questão a própria abjeção enquanto efeito inevitável no processo de constituição do corpo ambíguo, de modo a compor o que nomeei, com base na teoria deleuzo-guattariana, devir-sapatão. Abstract: This paper discusses masculinity in women through the analysis of a character from a Video On Demand series. Based on the anomalous concept of Deleuze and Guattari and Butler’s concept of gender performativity, Maggie, a character from Godless, is here investigated. Two theoretical-analytical categories were conceived. The first was focused on the relationship between abjection and anomalous, the second, based on the deterritorialization of Maggie that constituted her as a border phenomenon. As an effect, Maggie did put in question the process of abjection itself as an inevitable effect of the constitution of an ambiguous body, which led her to compose what I have named, based on the Deleuzo-Guattarian theory, becoming-dyke. Resumen: Este artículo trata sobre la masculinidad en mujeres a través del análisis de un personaje de una serie de Video On Demand. Partiendo del concepto anómalo de Deleuze y Guattari y la teoría performativa de Butler, aquí se investiga el personaje Maggie, de la serie Godless. A partir del ejercicio analítico operado se concibieron dos ejes teórico-analíticos. El primero, centrado en la relación entre abyección y anómalo, el segundo, basado en la desterritorialización de Maggie que la constituía como un fenómeno de borde. Como efecto, Maggie cuestionó la abyección en sí misma como un efecto inevitable en el proceso de constitución del cuerpo ambiguo, para componer lo que he denominado, con base en la teoría deleuzo-guattariana, devenir-sapatão.

Submitted by Marilene Donadel (marilene.donadel@unioeste.br) on 2022-11-29T17:34:39Z No. of bitstreams: 1 Adeilson_Vilhena_2022.pdf: 1250216 bytes, checksum: 2a8742aa9ae535db99093d638d4c8476 (MD5) Made available in DSpace on 2022-11-29T17:34:39Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Adeilson_Vilhena_2022.pdf: 1250216 bytes, checksum: 2a8742aa9ae535db99093d638d4c8476 (MD5) Previous issue date: 2022-10-04 Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES La recherche se propose de défendre la thèse centrale selon laquelle le "retour à l'expérience à sa source" apparaît, en termes bergsoniens, comme la toile de fond à partir de laquelle Merleau-Ponty s'attelle à la tâche d'une "raison élargie" capable d'embrasser de nouvelles formes de connaissance et que Léopold Sédar Senghor (1906-2001), penseur et écrivain sénégalais, met en avant dans sa dévotion poétique à la négritude. En adoptant cette perspective, nous soutenons que la notion d'expérience apporte un éclairage nouveau sur le circuit d'un débat peu revisité dans l'œuvre de Bergson et sa réception critique. Pour cela, à notre avis, l'exercice intuitif de l'immersion dans le réel – thèse bergsonienne par excellence – semble converger, dans une certaine mesure, avec le leitmotiv phénoménologique d'un "retour aux choses mêmes", mettant en évidence le sens ultime de notre expérience intégrale capable d'ouvrir de multiples possibilités ontologiques re-signifiées au-delà de la "rationalité étroite" du savoir occidental. Dans cette direction, deux interfaces possibles de dialogue sont reconfigurées. D'une part, l'accent merleau-pontyen, issu de Hegel, sur l'idée de "raison étendue", qui a connu une forte impulsion dans l'anthropologie culturelle inaugurée par Claude Lévi-Strauss. D'autre part, une certaine relecture postcolonialiste de la fortune critique de Bergson qui trouve, dans les œuvres de Senghor, un débouché suggestif. Notre hypothèse est que le devenir poétique, constitué à partir d'une pensée hybride – à l'horizon, bien sûr, de cette nouvelle idée de la raison – renouvelle une ouverture vers une autre expérience, peut-être, un retour à l'expérience décolonisée du rationalisme occidental. Par l'intermédiaire de Bergson, le poète sénégalais interroge ce modèle universel de la raison en comprenant l'altérité radicale que représente l'expérience de la négritude ou du devenir noir. Il s'agit, enfin, de conférer un statut propre à la notion bergsonienne d'expérience en tant que concept ouvert, pluriel et inclusif à travers lequel la culture négro-africaine, dans son mouvement diasporique, devient une matrice exemplaire. A pesquisa propõe advogar a tese central de que o “retorno à experiência em sua fonte” figura, em termos bergsonianos, como um pano de fundo desde onde Merleau-Ponty encampa a tarefa de uma “razão alargada” (raison élargie) capaz de abranger novas formas de saberes e que Léopold Sédar Senghor (1906-2001), pensador e escritor senegalês, traz à tona em seu devir poético da negritude. Ao adotarmos, aqui, essa perspectiva, sustentamos que a noção de experiência infunde nova luz no circuito de um debate ainda pouco revisitado da obra de Bergson e sua recepção crítica. Para tanto, ao nosso juízo, o exercício intuitivo de imersão no real – tese bergsoniana por excelência – parece convergir, em certa medida, com o leitmotiv fenomenológico de um “retorno às coisas mesmas” pondo, em evidência, o sentido último de nossa experiência integral capaz de abrir possibilidades ontológicas múltiplas ressignificadas para além da “racionalidade estreita” do saber ocidental. Nessa direção, se reconfiguram duas interfaces possíveis de diálogo. De uma parte, o acento merleau-pontyano, oriundo de Hegel, da ideia de “razão alargada” que teve forte impulso na antropologia cultural inaugurada por Claude Lévi-Strauss. De outra, certa releitura pós-colonialista da fortuna crítica bergsoniana que tem, nos trabalhos de Senghor, um sugestivo recorte. Nossa hipótese é a de que o devir poético, constituído a partir de um pensamento híbrido – no horizonte, é claro, dessa nova ideia de razão – renova uma abertura à experiência outra, quiçá, um retorno à experiência descolonizada do racionalismo ocidental. Via Bergson, o poeta senegalês põe, em questão, tal modelo universal de razão ao compreender a alteridade radical figurada na experiência da négritude ou do devir negro. Trata-se, enfim, de conferir um estatuto próprio à noção bergsoniana de experiência como um conceito aberto, plural e inclusivo por meio do qual a cultura negro-africana, em seu movimento diaspórico, se torna uma matriz exemplar.

Önemli İslam tarihçilerinden, aynı zamanda coğrafya âlimi ve seyyah Mes‘ûdî’nin (ö. H.345/M. 957) günümüze ulaşan iki eserinden birisi, yukarıda künyesini verdiğimiz Kitâbü’t-Tenbih ve’l-İşraf (Coğrafya ve Tarih) adlı eseridir. Mes‘ûdî, bu eseri H.345/M.956 yılında Fustat’ta tamamlamıştır. İslam âleminde pek çok âlime ve çalışmaya kaynaklık etme niteliği taşıyan bu eserin Avrupa’da tanınması ise 1894 yılında Fransızcaya tercümesi ile olmuştur. 1938 yılında Kahire’de basılmıştır. Türkçe çevirisini İslami dönem eserleri ile ilgili çalışmaları ve İlk İslam-Türk devletleri özellikle Eyyûbiler tarihi uzmanı olan Prof. Dr. Ramazan Şeşen yapmıştır. Bilindiği üzere Ramazan Şeşen İbn Fadlan Seyahatnamesi başta olmak üzere ilk dönem İslam tarih ve coğrafyasına ait eserlerin Türkçeye kazandırılmasında çok önemli bir yere sahiptir.

Gayrimenkul alım satımında çeşitli vergisel yükümlülükler uygulanmakta olup bunlardan en yaygın olanı gayrimenkul devir vergisidir. Dünyada farklı adlarla vergi sistemlerinde yer alan gayrimenkul devir vergisi, gayrimenkullerin devri üzerine bir defaya mahsus olmak üzere uygulanmaktadır. Türkiye’de ise bu vergiye benzer bir vergisel yükümlülük olarak tapu harcı uygulanmakta, gayrimenkul devir vergisi ve benzeri bir adla ayrı bir vergi yer almamaktadır. Bununla birlikte, tapu harcı, uygulanma amacı ve biçimi bakımından gayrimenkul devir vergisine oldukça benzer özellikler taşımaktadır. Hem gayrimenkul devir vergisi hem de tapu harcı, gayrimenkulün satışı sırasında ortaya çıkan maliyetlerin karşılanması amacıyla tahsil edilmektedir. Diğer taraftan, vergi oranı bazı ülkelerde %15’e kadar yükselebilmekle birlikte, genel olarak tapu harcı oranı ile yakın olarak uygulanmaktadır. Çalışmada, gayrimenkul devir vergisi dünya örnekleri doğrultusunda ülkemizdeki tapu harcı uygulaması ile karşılaştırılarak incelenmiş ve tapu harcının daha etkin bir biçimde uygulanabilmesi için gayrimenkul devir vergisi uygulamaları çerçevesinde birtakım öneriler sunulmuştur., Various tax liabilities are applied in the purchase and sale of real estate, the most common of which is the real estate transfer tax. Real estate transfer tax, which is included in tax systems with different names in the world, is applied for once upon the transfer of the real estate. In Turkey, a title deed fee is applied as a tax liability similar to this tax and there is no real estate transfer tax or another tax with a similar name seperately. However, the title deed fee is very similar to real estate transfer tax in terms of the purpose and form of application. Both real estate transfer tax and the title deed fee are collected in order to bear the costs of the transfer of the real estate. On the other hand, although the tax rate can rise up to 15% in some countries, it is generally applied close to the rate of the title deed fee. In the study, real estate transfer tax has been examined in line with the world samples by comparing with the title deed fee application in our country and some suggestions have been presented within the framework of real estate transfer tax in order to apply the title deed fee more effectively.

John Banville’s long career can of course conventionally be viewed as a linearity, but it would be better seen as a form of spiral. This spiral is the hermeneutic process and concomitantly the movements of eternal recurrence in the oeuvre. In accordance with Nietzsche’s concept, these recurrences are not to be construed as returns of the identical. Rather, this ethic and aesthetic dimension in Banville is explicated as an attunement to the overall force of becoming. In agreement with Wallace Stevens’ poetics, Banville’s aesthetic is seen primarily as process. Through the immediate access to metacognition and reflection in the intentional act, Banville, through his protagonists, maintains a sense of wonder as hope in a fictional world often permeated by loss, melancholy and despair. This fictional trait is argued to have been there since the debut up to Banville’s more recent creative work. Resumo: A longa carreira de John Banville pode, evidentemente, ser vista convencionalmente de modo linear, contudo seria melhor se fosse vista como uma forma de espiral. Essa espiral representa o processo hermeneutico e, concomitantemente, os movimentos de recorrencia eterna na obra. De acordo com o conceito de Nietzsche, essas recorrencias nao devem ser interpretadas como retornos do identico. Em vez disso, essa dimensao etica e estetica em Banville e explicada como uma sintonizacao com a forca geral do devir. De acordo com a poetica de Wallace Stevens, a estetica de Banville e vista principalmente como processo. Por meio do acesso imediato a metacognicao e reflexao no ato intencional, Banville, atraves de seus protagonistas, mantem um sentimento de admiracao como esperanca em um mundo ficticio, muitas vezes permeado por perda, melancolia e desespero. Argumenta-se que esse traco ficcional esta presente desde a sua estreia ate a escrita mais recente de Banville.

A presente dissertação pretende esclarecer, em primeiro lugar, a forma como, historicamente, a relação entre Filosofia e Literatura tem sido perspectivada, a fim de ser possível contextualizar e distinguir a proposta ontológica da filosofia da literatura de Andrew Benjamin, cujo objectivo central consiste em compreender o modo de ser da literatura ou do texto literário, tendo em conta a relação entre género e interpretação. Proposta que implica a renovação da filosofia, da literatura ou da filosofia da literatura. Renovação que, fundamentando-se na ontologia heraclitiana, se explica pela recusa do domínio da ontologia da tradição metafísica (Platão e Aristóteles), ou por uma recusa da tradição metafísica distinta da de Heidegger. No fim, e no âmbito dos Estudos Culturais, a renovada filosofia da literatura concretizar-se-á como Crítica Ontológica do Texto Literário, pensando o modo como o texto é literário ou se identifica como literário a partir dos contos de Mia Couto (Moçambique) e de Leonardo Padura (Cuba). This dissertation intends to clarify firstly how the relationship between Philosophy and Literature has been viewed historically, in order to contextualize and distinguish the ontological proposal of Andrew Benjamin for philosophy of literature, whose main objective is to understand the mode of being of literature or literary text, taking into account the relationship between genre and interpretation. A proposal implying the renewal of philosophy, literature or philosophy of literature. A renewal based on the Heraclitean ontology, that can be explained as a refusal of the dominant ontology of metaphysical tradition (Plato and Aristotle), or as a refusal of metaphysical tradition distinct from Heidegger's. In the end, and in the sphere of Cultural Studies, the renewed philosophy of literature will be present as Ontological Critique of the Literary Text, thinking the way in which the text is literary or identifies itself as literary through the short stories of Mia Couto (Mozambique) and Leonardo Padura (Cuba). Programa Doutoral em Estudos Culturais

In this study, Derviş Zaim’s movie “Devir”, which is a pioneer in the search for a new language, nourished by the culture by making use of traditional practices, myths, legends, rituals and symbols has been discussed. The movie “Devir” deals with the “yünüm böğet” festival, which is one of the social practices and rituals celebrated in Burdur. “Yünüm böğet” is a traditional shepherd’s competition held in the form of a water crossing race when shepherds return from the highland with their flocks at the end of the summer, and it forms a part of practices such as “mating of sheep” and “charity campaign “Yünüm böğet is also expressed with denominations such as “give sheep bath/washing sheep”, “wool float”, “sheep float”, “sheep crossing the river”, “shepherd’s festival”. Derviş Zaim, in his movie “Devir”, focuses on the “yünüm böğet” festival and focuses on the “human nature relationship”, the “conflict of tradition and modernism”. Zaim considers representing ourselves authentically in cinema and using local tones as one of the basic requirements of deepening and self-knowledge by associating it with “freedom”. Derviş Zaim is defined as an “auteur” director who creates a pattern of meaning by constructing the language of cinema with the historical and social, myths and symbols in cultural memory and traditional arts. In the cinema literature, it is stated that “auteur” directors “seek for a style that multiplies memory, requires thinking and questioning, and raises awareness”. “Devir”, which he defines as a journey, a quest, an adventure film aiming to ask questions about how the spirit of resistance to alienation can be sustained, can be evaluated in the context of “applied folklore” due to its multi-layered content and being a “documentary-fiction” production. For this purpose, the film selected as a sample was watched from beginning to end, and scenes containing data about traditional practices, myths, beliefs and rituals were determined and analyzed. As a result of these analyzes, it has been revealed how Derviş Zaim benefited from traditional culture and practices in “Devir”, in order to create a unique language in today’s Turkish cinema. Eventually remembering the elements of common memory and their repetition within a discipline has great importance in the continuity of the social structure. It is possible to find traces of different layers and various social, historical, religious and mythological layers in ritualistic practices, which are one of the most important elements of social memory. In this context, the theoretical basis of the study was fictionalized on the concepts of “inner frame” and “outer frame” of Stanly Tambiah, and by associating the “yünüm böğet” festival and other mythical symbols in the film with the historical context in which it was produced; by evaluating the conceptualization of ritual symbols in the context of function, the dynamics of performing the ritual and the underlying symbolic meaning repertoires were tried to be revealed. In addition, Derviş Zaim’s interviews with the panels and interviews he participated in were examined with the method of netnographic analysis and it was evaluated in the context of applied folklore, since it is a film that is made with the “awareness” of recreating that myth, of kneading a tradition, of embedding a film around a myth. While 1000-2000 people attended the “yünüm böğet” festival held in Burdur Hasan Paşa before the movie, this number increased to around 4000-5000 after the movie is among the findings of Derviş Zaim. Therefore, the rejection of one-sided criteria claimed to be universal against the uniformization seen in art forms and efforts to reveal differences also contribute to cultural transmission and revitalization., Bu çalışmada, geleneksel uygulamalardan, mit, menkıbe, ritüel ve sembollerden yararlanarak, kültürden beslenen, yeni bir dil arayışında öncü nitelikte çalışmalarda bulunan Türk sinemasının önemli yönetmenlerinden Derviş Zaim’in “Devir” filmi ele alınmıştır. Devir filmi, Burdur’da kutlanan toplumsal uygulama ve ritüellerden biri olan “yünüm böğet” şenliğini ele almaktadır. “Yünüm böğet” yayla döneminin ve yazın bitiminde çobanların sürüleriyle birlikte sudan geçme yarışı şeklinde düzenlenen geleneksel çoban bayramıdır ve koç katımı, saya gezme gibi uygulamaların bir halkasını oluşturmaktadır. Yünüm böğet, “yünüm beğret”, “yünüm yüzdürme”, “koyun yüzdürme”, “koyun yıkama”, “yunum bögedi”, “sudan koyun geçirme”, “çoban bayramı” gibi adlandırmalarla da ifade edilmektedir. Derviş Zaim Devir filminde, “yünüm böğet” şenliğini merkeze alarak “insan doğa ilişkisini”, “gelenek ve modernizm çatışmasını” konu edinmektedir. Zaim, sinemada otantik biçimde kendimizi temsil etmeyi, yerel tınılar kullanmayı “özgürlükle” ilişkilendirerek derinleşmenin ve kendini tanımanın temel gereklilikleri olarak değerlendirir. Derviş Zaim sinema dilini tarihsel, toplumsal olanla, kültürel bellekteki mitlerle, sembollerle ve geleneksel sanatlarla kurgulayarak anlam örüntüsü oluşturan “auteur” bir yönetmen olarak tanımlanmaktadır. Sinema literatüründe “auteur” yönetmenlerin “belleği çoğaltan, düşünce üretmeyi ve sorgulamayı gerektiren, farkındalığı arttıran bir üslup arayışına girdikleri” dile getirilmektedir. Derviş Zaim’in, yabancılaşmaya karşı direnme ruhunun nasıl devam ettirilebileceğine dair soru sormayı amaçlayan; bir yolculuk, bir arayış, bir serüven filmi olarak tanımladığı “Devir” filmi, çok katmanlı içeriği ve “belgesel-kurgu” bir yapım olması nedeniyle “uygulamalı halk bilimi” bağlamında değerlendirilebilir. Bu amaçla örneklem olarak seçilen “Devir” filmi izlenerek geleneksel uygulamalar, mitler, inanışlar ve ritüellerle ilgili veriler içeren sahnelerin analizleri yapılmıştır. Bu analizler neticesinde Derviş Zaim’in, “Devir”de geleneksel kültürden ve uygulamalardan “farkında olarak” yararlandığı ve Türk sinemasında özgün bir dil oluşturduğu ortaya konmuştur. Nihayetinde, toplumsal yapının sürekliliğinde ortak belleğe ait ögelerin hatırlanması ve bir disiplin çerçevesinde tekrarı büyük öneme sahiptir. Toplumsal belleğin en önemli ögelerinden olan ritüelistik uygulamalarda dinî, tarihî farklı katmanların ve çeşitli sosyal, mitolojik tabakaların izleri bulunmaktadır. Bu bağlamda çalışmanın kuramsal temeli Stanly Tambiah’ın “iç çerçeve”, “dış çerçeve” kavramları üzerinden kurgulanarak film içerisinde yer alan “yünüm böğet” şenliği ve diğer mitik semboller, üretildiği tarihsel bağlamla ilişkilendiri-lerek; ritüel sembollerinin kavramsallaştırılma biçimleri işlev bağlamında değerlendirilerek, ritüelin altında yatan “sembolik anlam repertuarları” ve “icra edilme dinamikleri” çıkarılmaya çalışılmıştır. Ayrıca netrog-rafik analiz yöntemi ile Derviş Zaim’in katıldığı panel ve söyleşiler ile yaptığı röportajlar incelenerek bir geleneği ele alıp yoğurmanın, bir mitin etrafında filmi nakşetmenin o miti yeniden yaratmanın “farkındalığı” ile ortaya konulan bir film olmasından dolayı uygulamalı halk bilimi bağlamında değerlendirilmiştir. Burdur’un Hasan Paşa ilçesinde düzenlenen “yünüm böğet” şenliğine film öncesinde 1000-2000 kişi katılırken filmden sonra bu sayının 4000-5000 civarına çıktığı da Derviş Zaim’in aktardığı bulgulardandır. Dolayısıyla sanat formlarında görülen tek tipleşmenin karşısına evrensel olduğu iddia edilen tek yönlü ölçütlerin reddi ve farklılıkları ortaya koyma yolundaki çabalar kültür aktarımına ve yeniden canlandırmaya da katkı sağlamaktadır.

François Soulages’ opening lecture for the 3th Colloquium RETiiNA. INTERNATIONAL in São Paulo, UAM. Conferencia inaugural de François Soulages para el 3º Coloquio RETiiNA. INTERNACIONAL en São Paulo, UAM. Conferência de abertura de François Soulages para o 30 Colóquio RETiiNA. INTERNACIONAL em São Paulo, UAM. Conferência de abertura de François Soulages para o 30 Colóquio RETiiNA. INTERNACIONAL em São Paulo, UAM.

Focusing fundamentally on the film Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos (2018), by João Salaviza and Renée Nader Messora, this article intends to problematize the relations between the regimes of perception of Amerindian ontologies, namely of the Krahô, and the phenomenology of cinema, elaborating for this purpose three primary questions: 1) the relation summoned by the film between animism, shamanism and the cinematographic qualities themselves; 2) the inexistence of a fixed identity (rather multitudes) as a result of a circulating regime of knowledge and the due implications in the (non) representation of a face; 3) approximations between the conceptualization of the crystal in the Deleuzian critique of cinema and in the anthropology of Viveiros de Castro., Versando fundamentalmente sobre la película Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos (2018), de João Salaviza y Renée Nader Messora, este artículo pretende problematizar las relaciones entre los regímenes de percepción de las ontologías amerindias, concretamente del Krahô, y la fenomenología del cine, elaborando para ello tres cuestiones primordiales: 1) la relación convocada por la película entre animismo, chamanismo y las propias cualidades cinematográficas; 2) la inexistencia de una identidad fija (más bien multitudes) como resultado de un régimen circulante de conocimiento y las debidas implicaciones en la (no) representación de un rostro; 3) aproximaciones entre la conceptualización del cristal en la crítica deleuziana del cine y en la antropología de Viveiros de Castro., Versant fondamentalement sur le film Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos (2018), de João Salaviza et Renée Nader Messora, cet article entend problématiser les relations entre les régimes de perception des ontologies amérindiennes, à savoir du Krahô, et la phénoménologie du cinéma, en élaborant à cet effet trois questions primaires : 1) la relation convoquée par le film entre l'animisme, le chamanisme et les qualités cinématographiques elles-mêmes ; 2) l'inexistence d'une identité fixe (plutôt des multitudes) comme résultat d'un régime de connaissance circulant et les implications dues dans la (non) représentation d'un visage ; 3) les approximations entre la conceptualisation du cristal dans la critique deleuzienne du cinéma et dans l'anthropologie de Viveiros de Castro., Versando fundamentalmente sobre o filme Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos (2018), de João Salaviza e Renée Nader Messora, este artigo pretende problematizar as relações entre os regimes de percepção das ontologias ameríndias, nomeadamente dos Krahô, e a fenomenologia do cinema, elaborando para tal três questões primordiais: 1) a relação convocada pelo filme entre animismo, xamanismo e as próprias qualidades cinematográficas; 2) a inexistência de uma identidade fixa (antes multidões) como resultado de um regime de conhecimento circulante e as devidas implicações na (não) representação de um rosto; 3) aproximações entre a conceptualização do cristal na crítica deleuziana do cinema e na antropologia de Viveiros de Castro.

Submitted by FERNANDO CESAR PILAN (fernando.pilan@unesp.br) on 2022-02-24T03:01:13Z No. of bitstreams: 1 PILAN_Diferença e educação.pdf: 2083383 bytes, checksum: 4f58dea0cb106c3150f3c640b59fba75 (MD5) Approved for entry into archive by Adriana Ap. Puerta Buzzá (dripuerta@rc.unesp.br) on 2022-02-24T14:07:27Z (GMT) No. of bitstreams: 1 pilan_fc_dr_rcla.pdf: 1944054 bytes, checksum: 3ecd9af7662b43e6ad33325b822d0dfe (MD5) Made available in DSpace on 2022-02-24T14:07:27Z (GMT). No. of bitstreams: 1 pilan_fc_dr_rcla.pdf: 1944054 bytes, checksum: 3ecd9af7662b43e6ad33325b822d0dfe (MD5) Previous issue date: 2021-10-28 O objetivo deste trabalho é defender a tese da urgência na criação de processos de subjetivação docentes disparadores de vidas educadoras mais atentas à diferença nos encontros educacionais. Analisa a abordagem da diferença no âmbito de perspectivas educacionais progressistas e constata nestas as marcas de ideais alheios à presença viva dos corpos nos territórios escolares. Monta um mosaico da filosofia da diferença para encontrar neste pensamento-vida conceitos e linhas de fuga das formas dogmáticas e ideais de se pensar e viver a educação escolar. Propõe a escavação de si como movimento da força de uma subjetividade que se dobra sobre si mesma para fazer surgir outras expressões de vida. Tais vidas educadoras possíveis, e ainda por vir, esculpem-se em meio a tensão da diferença e ao esforço estratégico de buscar expressões mais ético-estético-políticas no educar. Isto para que uma vida educadora possa se tornar mais suscetível à diferença, agenciadora de outras temporalidades e disparadora das potências singulares de cada educando. Destaca a importância de uma disposição aos deslocamentos na formação de professores e ao aumento da suportabilidade de habitar um não lugar na educação como desejos germinais de uma vida docente que se pretende atenta a diferença. Pretende provocar vidas docentes a uma abertura a experiências inventivas de ensinar e aprender, bem como a criação de processos educativos outros em que sejam notáveis as marcas da diferença. This work defend the thesis of the urgency in the creation of teachers subjectivation processes that trigger educators' lives that are more attention to the difference in educational encounters. It analyzes the approach to difference in the context of progressive educational perspectives and finds in these the marks of ideals alien to the living presence of bodies in school territories. It assembles a mosaic of the philosophy of difference to find in this thought-life concepts and lines of escapes from dogmatic and ideal ways of thinking and living school education. It proposes the excavation of the self as a movement of the force of a subjectivity that bends over itself to bring out other expressions of life. Such possible educating lives, and yet to come, are carved out amidst the tension of difference and the strategic effort to seek more ethicalaesthetic-political expressions in education. This is so that an educating life can become more susceptible to difference, brokering other temporalities and triggering the unique potencies of each student. It highlights the importance of a willingness to shift in teacher training and to increase the bearability of inhabiting a non-place in education as germinal desires of a teaching life that intend to be careful whith the difference. It intends to provoke teachers' lives towards an openness to inventive experiences of teaching and learning, as well as the creation of other educational processes in which the marks of difference are notable.

O objetivo do presente trabalho é pensar possibilidades de uma educação que se disponha ao encontro com a diferença em si mesma e, consequentemente, aberta ao devir. Faz-se importante irromper linhas de fuga na educação escolar, o que nos propomos pensar a partir da filosofia da diferença de Gilles Deleuze. Problematiza-se as políticas educacionais inclusão educacional, defendendo que estas levam à eliminação da diferença justamente porque ao incluírem o diferente acessam a diferença pela via da forma-Estado e da axiomatização capitalista. Concluise que a diferença, a face do devir, resiste aos modelos padronizadores e homogeneizantes da educação contemporânea (principalmente em seus sentidos de inclusão e diversidade) nos desafiando a compor novas maneiras de educar, pela via do encontro e do movimento. Trata-se de um convite a nós educadores a termos uma atenção de guerra, que nos leve a devir máquina de guerra escapando aos processos de captura da diferença na educação, com arte e pensamento e criação e devir...

This essay aims to discuss some relations between body and ugliness, trying to evaluate the changes that the ugly body provokes on the subjectivities apprehension models constituted majorly on references of representation and identity. It starts from an usual school scene to problematize some possible limits between ugliness and the way to produce life. Using contributions of authors allied to the philosophy of difference, it proposes some possibilities of subversion raised by the ugly body for a subjectivation policy that affirms a radical difference. There are, as it is said, schools for ugly people that uses their bodies as marks to affective transformations sewed in school. The ugly body insults the Capital logic voraciously Este ensayo tiene como objetivo discutir algunas relaciones entre el cuerpo y la fealdad, tratando de evaluar los cambios que el cuerpo feo provoca en los modelos de aprehensión de subjetividades constituidos principalmente en referencias de representación e identidad. Se parte de una escena escolar habitual para problematizar algunos posibles límites entre la fealdad y la forma de producir vida. Utilizando contribuciones de autores aliados a la filosofía de la diferencia, propone algunas posibilidades de subversión planteadas por el cuerpo feo para una política de subjetivación que afirme una diferencia radical. Hay, como se dice, escuelas para personas feas que usan sus cuerpos como marcas para las transformaciones afectivas cosidas en la escuela. El cuerpo feo insulta la lógica del Capital con voracidad. Este artigo objetiva discutir algumas relações entre o corpo e as feiuras, procurando avaliar os abalos que um corpo feio provoca nos modelos de apreensão da subjetividade construídos prioritariamente a partir dos referenciais da representação e da identidade. Parte de uma cena comum de escola para problematizar alguns possíveis limites entre as feiuras e as produções de modos de vida. Propõe, a partir do aporte de autores alinhados à filosofia da diferença, algumas possibilidades de subversão suscitadas pelo corpo feio para uma política de subjetivação que afirme uma diferença radical. Há, conforme aposta o texto, escolas de gente feias que fazem de seus corpos marcos nas transformações afetivas tecidas nas escolas. O corpo feio cria, vorazmente, insultos à lógica Capital.