51. Efetividade da terapia de ressincronização cardíaca no Sistema Único de Saúde do Brasil: análise pelo relacionamento probabilístico de dados
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Claudia Drummond Guimaraes Abreu and Antonio Luiz Pinho Ribeiro
- Subjects
Análise custo-benefício ,Relacionamento de registros médicos ,Insuficiência cardíaca ,Medicina ,Mortalidade ,Informação em saúde ,Registros médicos ,Resultado de tratamento ,Marca-passo artificial/economia ,Bases de dados factuais ,Terapia de ressincronização cardíaca ,Insuficiencia cardiaca - Abstract
O impacto da terapia de ressincronização cardíaca (TRC) no sistema público de saúde dos países em desenvolvimento não é conhecido. Este cenário constitui grande desafio para os gestores de saúde que almejam eficiência administrativa através do uso racional dos recursos disponíveis e a prestação de serviços de qualidade. O objetivo do estudo foi o de avaliar a efetividade da TRC no Sistema Único de Saúde (SUS) do país, de 2002 a 2007, analisando o impacto do procedimento sobre as hospitalizações por insuficiência cardíaca (IC) e a sobrevida global dos pacientes submetidos ao implante. Métodos: utilizou-se o relacionamento probabilístico de registros para combinar 3526 registros oriundos do Banco Nacional de Marcapasso Multissítio (SIH-MPMS) com o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e, posteriormente, com o Sistema de Informações Hospitalares do SUS do qual foram selecionados somente dados relativos às internações hospitalares por IC (SIH-IC). O SIH-MPMS constituiu-se de todos os pacientes submetidos à TRC isolada ou combinada ao cardiodesfibrilador, realizadas em hospitais do SUS ou conveniados ao SUS, no período de 01 de janeiro de 2002 a 31 de dezembro de 2007. Curvas de Kaplan-Meier foram construídas e através do modelo de regressão de Cox, preditores de sobrevida foram avaliados. Hazard-ratios e seus respectivos intervalos de 95% de confiança (IC) foram calculados. Após o pareamento entre o SIH-MPMS e SIH-IC, foram selecionados para análise somente os pacientes que apresentaram internações por IC, 12 meses antes ou 12 meses após o implante. Aplicou-se para a comparação entre os dois grupos, o teste t pareado. Resultados: após o pareamento entre o SIH-MPMS e SIM, a média de idade dos pacientes submetidos ao implante foi de 59,8 ± 13,3 anos. A TRC isolada (79,7%) predominou sobre a TRC combinada (20,3%). A sobrevida de 1 e 5 anos foi de 80% (IC 95% 79,4-80,8) e 55,6% (IC 95% 54,6-56,6), respectivamente, e foi maior nas mulheres (Log-rank: p
- Published
- 2013