Agrarian reform settlements have recently been identified as a major contributor to ongoing deforestation in the Brazilian Amazon. Collective forest reserves were established in some settlements to thwart forest loss, but settlers usually do not recognize forest commons, opting instead for continued private accumulation through forest clearing, or a "non-commons" tragedy. Pathways toward ensuring the viability of common-pool management in settlements remain unclear. Our case study focused on two similarly sized settlements in neighboring municipalities in Northwest Mato Grosso, Brazil, each with formally designated collective forest areas. In one, deforestation shifted into the collective reserve and intensified; in the other, deforestation stabilized and the collective reserve was protected. In the latter, settlers understood their collective forest reserve as a commonly held asset, with two commercially viable settlement cooperatives involved in Brazil nut (Bertholletia excelsa) extractivism and added value processing. We analyze differences between the two settlements using Elinor Ostrom's framework for analysis of socio-ecological systems, and identify the locally applied policy mix ensuring the viability of a forest commons. The study concludes that "top-down" efforts to institutionalize collective governance over remaining forests will likely fail in most settlements, without a focus on alternative livelihood opportunities synergetic with forest tenure. RESUMO Os assentamentos da reforma agrária foram recentemente identificados como um dos principais contribuintes ao contínuo desmatamento na Amazônia brasileira. Reservas florestais coletivas foram estabelecidas em alguns assentamentos para impedir a supressão de florestas, mas os assentados geralmente não reconhecem os bosques coletivos, optando pelo contínuo acúmulo privado de bens e capital através do desmatamento: uma tragédia dos recursos naturais "não-comuns" ou não-coletivos. Caminhos para garantir a viabilidade da gestão de recursos coletivosnos assentamentos permanecem obscuros. Nosso estudo de caso focalizou dois assentamentos de tamanho semelhante, em municípios vizinhos no Noroeste do Mato Grosso, Brasil, ambos contando com áreas de floresta coletiva formalmente designadas. Em um dos assentamentos, o desmatamento se deslocou para a reserva coletiva e se intensificou. No outro, em contraposição, o desmatamento se estabilizou e a reserva coletiva foi protegida. Neste último, os assentados percebiam sua reserva florestal coletiva como um ativo comunitário, com duas cooperativas formadas por assentados comercialmente viáveis, envolvidas no extrativismo de castanha-do-Brasil (Bertholletia excelsa) e no processamento da mesma para alcançar maior valor agregado. Analisamos as diferenças entre os dois assentamentos, aplicando a estrutura de critérios de Elinor Ostrom para comparar os sistemas sócio-ecológicos e identificamos o mix de políticas públicas aplicadas localmente, que viabilizaram os benefícios gerados pela floresta. O estudo conclui que os esforços para institucionalizar a governança coletiva sobre as florestas remanescentes iniciados "de cima para baixo" provavelmente irão fracassar na maioria dos assentamentos, se não houver um foco em oportunidades alternativas de subsistência complementares aos direitos de propriedade sobre as florestas.