89 results on '"Maria Marta Sarquis"'
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52. Cisto hepático benigno simulando metástase de carcinoma diferenciado de tireoide
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Gonçalves, Ana Paula Cançado, primary, Jorge, Carolina Souza, additional, Resende, Jader Pereira, additional, Villela, José Ribamar Silva, additional, Soares, Maria Marta Sarquis, additional, and Ramos, Adauto Versiani, additional
- Published
- 2009
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53. Splicing variants impact in thyroid normal physiology and pathological conditions
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Miranda, Elizabete Rosária de, primary, De Marco, Luiz, additional, and Soares, Maria Marta Sarquis, additional
- Published
- 2009
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54. Heterogeneity in the molecular basis of ACTH resistance syndrome.
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Collares, Cristhianna Viesti Advincula, primary, Antunes-Rodrigues, Jose, additional, Moreira, Ayrton Custodio, additional, Franca, Suzana Nesi, additional, Pereira, Luiz Alberto, additional, Soares, Maria Marta Sarquis, additional, Elias Junior, Jorge, additional, Clark, Adrian J, additional, de Castro, Margaret, additional, and Elias, Lucila Leico Kagohara, additional
- Published
- 2008
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55. Prevalência de deficiência e insuficiência de vitamina D e sua correlação com PTH, marcadores de remodelação óssea e densidade mineral óssea, em pacientes ambulatoriais
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Silva, Bárbara C. Carvalho, primary, Camargos, Bruno Muzzi, additional, Fujii, Julienne Borges, additional, Dias, Eduardo Pimentel, additional, and Soares, Maria Marta Sarquis, additional
- Published
- 2008
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56. SALIVARY CORTISOL IN CRITICAL CARE PATIENTS
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Maria Marta Sarquis Soares, Silvana Maria Elói Santos, Eduardo F. Sad, Eduardo P. Dias, and Rômulo Carvalho Vaz de Mello
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Pulmonary and Respiratory Medicine ,medicine.medical_specialty ,business.industry ,medicine ,Cardiology and Cardiovascular Medicine ,Critical Care and Intensive Care Medicine ,Intensive care medicine ,business ,Salivary cortisol - Published
- 2007
57. Ability of body mass index to predict abnormal waist circumference: receiving operating characteristics analysis
- Author
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Maria Marta Sarquis Soares, Lívia Maria Pinheiro Moreira, Adauto Versiani Ramos, George Luiz Lins Machado-Coelho, Raimundo Marques do Nascimento Neto, and Márcio W. Lauria
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Gerontology ,medicine.medical_specialty ,Waist ,Body volume index ,business.industry ,Surrogate measure ,Research ,Endocrinology, Diabetes and Metabolism ,nutritional and metabolic diseases ,Anthropometry ,Circumference ,medicine.disease ,Obesity ,Internal medicine ,Cardiology ,Internal Medicine ,Medicine ,Waist circumference ,business ,Body mass index ,Visceral Obesity - Abstract
Background Body mass index (BMI) and waist circumference (WC) are the most used anthropometric measures to identify obesity. While BMI is considered to be a simple and accurate estimate of general adiposity, WC is an alternative surrogate measure of visceral obesity. However, WC is subject to significant inter-examiner variation. The aim of the present study was to correlate BMI and WC measures in a group of Brazilian adults to determine the most accurate BMI values for predicting abnormal WC. Methods BMI and WC were measured in 1184 volunteers (45.6 ± 17.3 yrs; 69% female) using standard procedures. Abnormal WC was defined as ≥88 cm in women and ≥102 cm in men using the traditional criteria, and ≥80 cm in women and ≥90 cm in men using the new criteria. Statistical analysis involved the calculation of Pearson’s correlation coefficients and receiver operating characteristic (ROC) curves. Results BMI was strongly correlated with WC (women: r = 0.87, p
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58. Evaluation of body composition and energy expenditure in patients with anorexia nervosa monitored in a reference university service in the state of Minas Gerais
- Author
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Tâmara Oliveira dos Reis, Henrique Oswaldo da Gama Torres, Maria Marta Sarquis Soares, Cristina Botelho Barra, Camila Kümmel Duarte, Aline Stangherlin Martins, and Rosane Pilot Pessa
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Mulheres ,Anorexia Nervosa ,Metabolismo Basal ,Composição Corporal ,Índice de Massa Corporal ,Estudos Transversais ,Ângulo de Fase ,Taxa Metabólica de Repouso ,Bioimpedância Elétrica ,Calorimetria Indireta ,Impedância Elétrica - Abstract
CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior A Anorexia Nervosa (AN) é um transtorno alimentar psicossocial e que pode resultar em perda de peso e desnutrição devido à intensa restrição alimentar. Os métodos utilizados na avaliação da composição corporal na AN incluem antropometria e Bioelectrical Impedance Analysis (Bioimpedância Elétrica - BIA), e, para estimar o gasto energético, a Calorimetria Indireta (CI). Durante o processo de restauração do peso, os compartimentos corporais na AN recuperam-se em proporções diferentes e a avaliação isolada do Índice de Massa Corporal (IMC) não é capaz de avaliar as alterações que ocorrem na composição corporal. Objetivo: o objetivo deste trabalho foi estudar a composição corporal e o gasto energético em mulheres com AN com baixo peso e na fase de recuperação do peso, comparando-as ao um grupo de mulheres com peso de eutrofia. Métodos: trata-se de um estudo transversal, com 34 participantes do sexo feminino, sendo 18 participantes com AN e 16 voluntárias saudáveis (controles). As participantes foram submetidas a avaliações de antropometria e BIA. Foram medidos peso, altura, IMC, Índice de Massa Livre de Gordura (IMLG), Índice de Massa Gorda (IMG), Massa Muscular Apendicular (MMA), Massa Livre de Gordura (MLG), Massa Gorda (MG), Água Corporal Total (ACT), Resistência (R), Reatância (Xc) e Ângulo de Fase (AF). A Taxa Metabólica de Repouso (TMR) foi estimada pela CI e também por meio de equações preditivas de Harris e Benedict (1918), de Shebendach (1995), da FAO/WHO/UNU e de Buchholz (2003). Foram separadas em dois grupos as participantes com AN. As selecionadas para o grupo pacientes com AN, na fase ativa (ANat), tinham o IMC < 18,5 kg/m2 e/ou adequação do peso < 85% do peso ideal e da presença de sintomas-chave (medo intenso de ganhar peso e perturbação da imagem corporal). As pacientes com AN, na fase recuperada (ANrec), tinham o quadro prévio de AN com valor do IMC ≥ 18,5 kg/m2 e/ou adequação do peso ≥ 85% do peso ideal mantidos por período sustentável e com os sintomas-chave citados acima em remissão parcial ou total. Os sintomas-chave foram definidos de acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais, 5ª edição (APA, 2013) e segundo avalição da equipe multidisciplinar (psicólogos e psiquiatras) da instituição UFMG. Foram analisadas as diferenças das variáveis entre os grupos ANat x ANrec x CRT (Grupo Controle) com o software Statistical Package for Social Science (SPSS) versão 25. Para análise de comparação da composição corporal, realizou- se comparação de médias e medianas entre os grupos e construíram-se curvas ROC (Reciever Operating Characteristic) com as variáveis IMC, IMLG, IMG, R, Xc, AF, MG e ACT, tendo como grupos de comparação ANat x CTR e ANrec x CTR. Foram realizadas regressões ordinais entre as variáveis independentes relacionadas à composição corporal e à alocação das pacientes em cada um dos três grupos do estudo (ANat, ANrec ou CTR). Também foram construídos modelos de regressão linear para avaliar a correlação entre as variáveis independentes de composição corporal e a TMR ajustada pela MLG. Para avaliar o uso das equações preditivas na estimativa da TMR, foi realizada a comparação das médias e das medianas das equações, e, a partir de gráficos de Bland-Altman, avaliou-se a concordância entre os métodos. Através da Análise de Variância (ANOVA) foram analisadas as distribuições das diferenças percentuais e sua correlação com as médias. Foram aplicados teste t de Student para amostras únicas para as diferenças percentuais obtidas, para cada equação e para cada condição clínica. Resultados: das características descritivas, não houve diferença significativa da idade entre ANat, ANrec e controles (25,0 ± 8,6 anos; 22,1 ± 6,9 anos; 25,8 + 5,1 anos, P = 0,335), do tempo de diagnóstico entre ANat e ANrec (85,0 ± 89,0 x 44,6 ± 48,5 meses, P = 0,470). O IMC considerado a principal medida antropométrica de diagnóstico e acompanhamento nutricional na AN foi diferente entre os grupos ANat x ANrec e (15,9 ± 2,6 kg/m2 x 20,3 ± 2,2 kg/m2, P = 0,000 após correção de Bonferroni). Não houve diferença estatística entre os grupos ANrec e controles (20,3 ± 2,2 kg/m2 x 22,28 ± 1,75 kg/m2). As médias da MLG (kg) (31,01 + 4,56 kg em ANat; 37,59 + 1,89 kg em ANrec e 44,56 + 4,64 kg CTR) mostraram diferenças significativas entre a duas fases da AN e controles. O AF foi capaz distinguir ANrec e controles saudáveis (B = 0,123, P = 0,004 ou 0,091, P = 0,008 em dois modelos diferentes; estimativa). A ACT e a R (kg) mostraram-se capazes de distinguir os grupos de estudo. O IMLG não permaneceu nos modelos finais de regressão. As medidas da TMR foram significativamente menores nas pacientes com AN de baixo IMC e baixa MLG. O AF (Beta = 141,28; IC: 99,99 - 182,56; P < 0,001) e o IMC (Beta = 48,55; IC = 32,60 - 64,51; P < 0,001) mostraram importante correlação com a TMR corrigida pela MLG (R2 = 0,699). Na avaliação do gasto energético, a TMR calculada pela equação de Shedenbach, no grupo ANrec, foi significativamente diferente da obtida pela CI (CI: 1337,55 + 352,66; TMRShedenbach 1025,08 + 95.21; P =0,003). No grupo ANat (TMR-CI = 978±133 kcal x TMRShedenbach = 781,98 + 46,80 kcal; P = 0,513), a equação de Shedenbach subestimou os valores da CI. De maneira geral, houve diferença da TMR estimada pelas equações preditivas entre a CI nas pacientes com AN. Conclusão: estes resultados mostram a importância de se considerar outros parâmetros na avaliação do estado nutricional em mulheres com AN. As evidências da literatura e os resultados mencionados neste trabalho reforçam que o AF pode ser uma medida para diferenciar o estado nutricional de mulheres com AN. Anorexia Nervosa (AN) is a complex eating disorder that combines mental and nutritional state abnormalities and results in severe weight loss and risk of malnutrition due to intense dietary restriction. The methods used to assess body composition in AN include anthropometry and electrical bioimpedance, and indirect calorimetry to estimate energy expenditure. During the weight restoration process, the body compartments in AN recover in different proportions and the isolated assessment of the body mass index is not able to assess the changes that occur in body composition. Objective: The aim of this thesis was to evaluate body composition and energy expenditure in AN patients in the active phase and in the recovery phase, comparing them to control group and seeking to verify, in greater depth, what happens to patients in recovery. Methods: This is an observational and cross-sectional study, with 34 female participants, 18 anorexics and 16 control subjects (CTR). Participants underwent anthropometric and electrical bioimpedance (BIA) assessments. Weight, height, body mass index (BMI), fat-free mass index (FFMI), fat mass index (FMI), appendicular muscle mass (AMM), fat-free mass (FFM), mass fat (MF), total body water (TBW), resistance (R), reactance (Xc) and phase angle (PA) were performed. To estimate resting metabolic rate (RMR) the predictive equations of Harris and Benedict (1918), Shebendach (1995), FAO/WHO (1985) and Buchholz (2003), and indirect calorimetry (CI) were used, as a reference method. Patients with AN were separated into two groups, according to the following criteria: patients with active- phase anorexia nervosa (APAN) - those with BMI < 18.5 kg/m2 and/or weight adequacy < 85% of ideal weight and presence of key symptoms (intense fear of gaining weight and body image disturbance); patients with anorexia nervosa in the recovered phase (ANrec) – those with previous AN, BMI value ≥ 18.5 kg/m2 and/or weight adequacy ≥ 85% of ideal weight maintained for a sustainable period, in partial or total remission of the key symptoms cited above. The key symptom was defined according to the Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, 5th edition, according to the assessment of the multidisciplinary team (psychologists and psychiatrists) of the institution. The differences of variables between the ANat x ANrec x CTR groups were analyzed with the Statistical Package for Social Science (SPSS) software version 25. For the analysis of body composition comparison, comparison of means and medians between groups was performed and ROC (receiver operating characteristic) curves were constructed. with the variables BMI, FFMI, FMI R, Xc, PA, FM, AMM, and ACT, with ANat x CTR and ANrec x CTR as comparison groups. Ordinal regressions were performed to establish correlations between the independent variables related to body composition and the allocation of patients in each of the 3 study groups (ANat, ANrec or CTR), according to previously defined criteria, as a dependent variable. Linear regression models were built to assess the correlation between independent variables of body composition and RMR, preceded by adjustment by FFM. To evaluate the use of predictive equations in estimating the RMR, using indirect calorimetry as a reference, means and medians of the 4 equations were compared, and the agreement between the predictive equations was evaluated using Bland-Altman graphs. and indirect calorimetry. Finally, we analyzed through Analysis of Variance (ANOVA) the distributions of percentage differences and their correlation with the means to verify the proportionality bias. At the end, single-sample t tests were applied for the percentage differences obtained, for each equation and for each clinical condition, to verify to what extent, mean differences were different from zero. Results: From the descriptive characteristics, there was no significant age difference between ANat, ANrec and controls (25.0 ± 8.6 years, 22.1 ± 6.9 years, 25.8 + 5.1 years P= 0.335), of the time of diagnosis between ANat and ANrec (85.0 ± 89.0 x 44.6 ± 48.5 months, P= 0.470). BMI, considered the main anthropometric measure of diagnosis and nutritional monitoring in AN, was different between ANat x ANrec and (15.9 ± 2.6 kg/m2 x 20.3 ± 2.2 kg/m2, P= 0.000 after Bonferroni correction), but there was no statistical difference between ANrec and controls (20.3 ± 2.2 kg/m2 x 22.28 ± 1.75 kg/m2). The FFM means (kg) (31.01 + 4.56 kg in ANt; 37.59 + 1.89 kg in ANrec and 44.56 + 4.64 kg CTR showed significant differences between the two phases of AN and controls. Among the main findings, after the ordinal regression analysis, the ability of the PA to distinguish ANrec and healthy controls stands out (estimate B = 0.123, P= 0.004 or 0.091, P= 0.008 in 2 different models). ACT and R resistance (kg) proved to be able to distinguish the study groups. FFMI did not remain in the final regression models. The phase angle (Beta = 141.28; CI: 99.99 - 182.56; P< 0.001) and the BMI (Beta = 48.55; CI = 32.60 - 64.51; P< 0.001) showed important correlation with the MRL corrected by FLM (R2= 0.699). TMR measurements were significantly lower in anorexics with low body mass and low FFM. In the evaluation of energy expenditure, the RMR calculated by the Shedenbach equation in the ANrec group was significantly different from that obtained by the CI (CI: 1337.55+352.66; RMRShedenbach 1025.08+95.21; P= 0.003), that is, it led to underestimation of the TMR of patients with anorexia nervosa in the recovery phase. However, it proved to be adequate for the calculation of RMR in ANat patients. (RMR - CI = 978±133 kcal x RMRShedenbach = 781.98 + 46.80 kcal; P= 0.513). In general, there was a difference in the RMR estimated by the predictive equations between indirect calorimetry in AN patients. Conclusion: These results show the importance of not considering only weight and BMI as the only parameters for assessing the nutritional status of anorexic patients. Important changes in body composition were observed in recovered anorexic patients despite the normalization of BMI The evidence in the literature and the results mentioned in this research reinforce that PA can be a good marker of the alterations involved in this disease.
- Published
- 2021
59. Escore do osso trabecular como método na avaliação da qualidade óssea em mulheres com baixa estatura
- Author
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Pedro Paulo Martins Alvarenga, Maria Marta Sarquis Soares, and Bárbara Campolina Carvalho Silva
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Fraturas Ósseas ,Estatura ,Osteoporose ,Densitometria ,Fratura óssea - Abstract
FAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais Introdução: densidade mineral óssea areal (aDMO) obtida pela medida de absorção de raio-X de dupla energia (DXA) é influenciada pelo tamanho do osso, onde a verdadeira DMO é subestimada em pacientes com ossos pequenos e superestimada em pacientes com ossos maiores. O escore de osso trabecular (TBS), um índice textural obtido a partir de imagens de densitometria de coluna lombar, é um preditor do risco de fraturas independente da DMO e do tamanho ósseo Objetivos e metodologia: O objetivo do estudo foi avaliar o TBS e a DMO em mulheres com baixa estatura. Foi realizada análise das densitometrias de todas as mulheres com baixa estatura (1.350. Conclusões: Esses dados sugerem que o TBS pode ser útil em conjunto com a DMO para avaliação da qualidade óssea em mulheres com baixa estatura, nas quais os valores de DMO pela densitometria são menores, superestimando o risco de fraturas
- Published
- 2019
60. Associação entre sarcopenia e massa óssea com variavéis clínicas, nutricionais, virológicas e estilo de vida em pacientes com hepatite C crônica
- Author
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Tatiana Bering, Luciana Diniz Silva, Maria Marta Sarquis Soares, Teresa Cristina de Abreu Ferrari, Claudia Alves Couto, Sylvia do Carmo Castro Franceschini, and Rosângela Passos de Jesus Mazza
- Subjects
Sarcopenia ,Avaliação nutricional ,Composição corporal ,Clínica médica ,Ângulo de fase ,Hepatite C crônica ,Densidade óssea - Abstract
Introdução: A hepatite C crônica (HCC) constitui um dos mais graves problemas de saúde pública em todo o mundo, sendo considerada causa relevante de doença hepática crônica. Diversas manifestações extra-hepáticas estão presentes na HCC como as alterações da cinética óssea caracterizadas pela diminuição da formação e aumento da reabsorção óssea. Além deste aspecto, pacientes com doenças hepáticas apresentam risco elevado para o desenvolvimento de desnutrição e de sarcopenia. Objetivo: Avaliar a associação da massa livre de gordura baixa, ângulo de fase baixo, sarcopenia e massa óssea baixa com variavéis clínicas, nutricionais, bioquímicas, hematológicas e estilo de vida nessa população. Métodos: Prospectivamente, 135 indivíduos com HCC foram incluídos no estudo [50,4%, sexo masculino; média de idade, 52,4 ± 11,8 anos; 65,9%, sem cirrose e 34,1% com cirrose compensada]. Massa livre de gordura (MLG), ângulo de fase (AF) e reatância/altura (Xc/A) foram mensurados pela Bioimpedância Elétrica (BIA). Avaliação global subjetiva (AGS) e CONtrolling NUTritional status (CONUT) foram utilizados para avaliar a presença de desnutrição. Medidas antropométricas como índice de massa corporal (IMC) e perímetro muscular do braço (PMB) também foram mensurados. A densidade mineral óssea (DMO), conteúdo mineral ósseo (CMO) e índice de massa muscular apendicular (IMMA) foram obtidos pela DXA. A força de preensão manual foi mensurada por dinamômetro Jamar®. Pré-sarcopenia e sarcopenia foram definidas de acordo com o Consenso Europeu de Sarcopenia. Ainda, foram avaliados dados demográficos, de estilo de vida, laboratoriais e clínicos. Resultados: Pelos parâmetros da BIA, a massa livre de gordura (MLG) baixa e ângulo de fase (AF) baixo foram identificados em 21,5% e 23,7% pacientes, respectivamente. Indivíduos com cirrose compensada apresentaram menores valores de AF que aqueles sem cirrose. MLG baixa estava associada com sexo masculino e desnutrição e o AF baixo foi associado à cirrose, desnutrição e ao uso de álcool atual. A reatância ajustada pela altura, indicador indireto de força muscular, estava independentemente associada com sexo masculino, idade, hipertensão arterial e nível sérico de albumina. Massa óssea baixa foi identificada em 34,6% dos pacientes com HCC e, por meio da análise multivariada, a densidade mineral óssea (DMO) estava independentemente associada à massa muscular apendicular. A massa gorda e IMC não se associaram com DMO. Na avaliação da musculatura esquelética, força muscular baixa, avaliada por meio da preensão manual, presarcopenia e sarcopenia foram verificadas em 27,9%, 14,4% e 8,7%, dos indivíduos cronicamente infectados pelo VHC, respectivamente. Em modelo de regressão logística, desnutrição e conteúdo mineral ósseo estavam positiva e negativamente associados à sarcopenia, respectivamente. Correlação positiva foi encontrada entre perímetro muscular do braço (PMB) e massa muscular apendicular. Quando a massa muscular apendicular foi substituída pelo PMB, houve concordância moderada e substancial entre PMB e massa muscular apendicular na avaliação da presarcopenia e sarcopenia, respectivamente. Conclusão: Em indivíduos cronicamente infectados pelo VHC, sem cirrose e com cirrose compensada, dois parâmetros relevantes da BIA, massa livre de gordura reduzida e ângulo de fase baixo associaram-se com comorbidades clínicas, estado nutricional e estilo de vida. Por outro lado, quando a avaliação da composição corporal e da massa óssea foi feita por meio da DEXA, verificou-se associação inversa entre sarcopenia e massa óssea. Esse é o primeiro estudo que demonstrou associação positiva entre massa muscular, força muscular e massa óssea em pacientes com HCC, não-cirróticos e com cirrose compensada. Estudos futuros são necessários para compreensão da interação entre músculo esquelético, osso e fígado que possibilitará um atendimento clínico ampliado dessa população Introduction: Chronic hepatitis C (HCC) is one of the most serious public health problems in the world, being considered a relevant cause of chronic liver disease. HCV has been associated with extrahepatic disorders like the changes in bone kinetics characterized by a decreased bone formation and increased bone reabsorption. Moreover, patients with liver diseases are at high risk for the development of malnutrition and sarcopenia. Objective: To evaluate the association between low phase angle, low fat free mass, sarcopenia and low bone mass with clinical, nutritional, biochemical, hematological, and lifestyle variables in patients with chronic hepatitis C (HCC). Methods: A total of 135 subjects [mean age, 52.4 ± 11.8 yrs.; 50.4% males; 65.9% non-cirrhotic and 34.1% compensated cirrhotic patients] were prospectively enrolled. Fat free mass, phase angle and reactance/height were measured by Bioimpedance (BIA). Subjective global assessment (SGA) and CONtrolling NUTritional status (CONUT) were used to assess malnutrition. Body mass index (BMI) and mid-arm muscle circumference were measured. Bone mineral density (BMD), bone mineral content (BMC) and appendicular skeletal muscle mass index (ASMI) were obtained by DXA. Muscle strength was assessed by dynamometry. Presarcopenia and sarcopenia were diagnosed according to the European Working Group on Sarcopenia in Older People recommendation. Demographic, lifestyle, laboratory and clinical variables were also evaluated. Results: Low fat free mass and low PhA were identified in 21.5% and 23.7% of patients, respectively. Compensated cirrhotic patients had lower PhA values than those without cirrhosis. Low fat free mass was associated with male sex and malnutrition. Low PhA was associated with cirrhosis, malnutrition and current alcohol use. Reactance (Xc) normalized for height (H), an indicator of muscle strength, was independently associated with male sex, age, hypertension and albumin. Low BMD was found in 34.6% of subjects with HCC. In the multivariate analysis appendicular skeletal muscle mass index was an independent predictor of BMD. Neither fat mass nor body mass index (BMI) was associated with BMD. Low muscle strength, presarcopenia and sarcopenia were found in 27.9%, 14.4% and 8.7% patients, respectively. In multivariate analysis, malnutrition and BMC were positively and negatively associated with sarcopenia, respectively. A positive correlation was found between MAMC (mid-arm muscle circumference) and appendicular skeletal muscle mass index (ASMI). When MAMC instead of ASMI was used to assess muscle mass, moderate and substantial agreement was found between MAMC and ASMI in the evaluation of presarcopenia and sarcopenia, respectively. Conclusion: In patients chronically infected with HCV, without cirrhosis and with compensated cirrhosis, two relevant parameters of BIA, reduced fat free mass and low phase angle, were associated with clinical comorbidities, nutritional status and lifestyle. On the other hand, when the evaluation of the body composition and the bone mass was made by using of DEXA, an inverse association was found between sarcopenia and bone mass. This is the first study that demonstrated a positive association between muscle mass, muscle strength and bone mass in non-cirrhotic and compensated cirrhotic patients with CHC. Further studies are needed to understand the interaction between skeletal muscle, bone and liver in order to enable an expanded clinical care of this population.
- Published
- 2017
61. Whole-exome sequencing identifies RXRG and TH germline variants in familial isolated prolactinoma
- Author
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Flavia Marques de Melo, Luiz Armando Cunha De Marco, Luciana Baptista Pereira, Luciana Bastos Rodrigues, Eduardo Pimentel Dias, Barbara Campolina Carvalho Silva, Eitan Friedman, and Maria Marta Sarquis Soares
- Subjects
MEN1 ,Medicina ,PRLR ,TH ,Prolactinoma ,AIP ,RXRG ,Genética ,Mutação ,FIPA - Abstract
Adenomas hipofisários são tumores intracranianos comuns que ocorrem de forma esporádica. Em alguns casos raros, esta doença é identificada em grupos familiares e não tem envolvimento com outros tumores endócrinos, uma condição identificada como adenomas de hipófise familiais isolados (FIPA). O desenvolvimento de FIPA tem sido associado a anormalidades genéticas, especialmente no gene AIP, no qual mutações germinativas foram relatadas em aproximadamente 30% dos casos. Mutações no gene MEN1 foram descritas em famílias com adenoma de hipófise, mas com fenótipo específico para neoplasia endócrina múltipla tipo 1. Mutações no receptor de prolactina (PRLR) também têm sido associadas ao desenvolvimento de adenoma hipofisário em modelos animais. Assim, na maioria dos casos de FIPA o defeito genético exato que leva ao desenvolvimento da doença permanece desconhecido. Portanto, o objetivo deste trabalho é determinar a base genética de FIPA em uma família brasileira. A família estudada é composta por três irmãos diagnosticados com adenoma hipofisário secretor de prolactina através de testes clínicos, bioquímicos e de imagem. O sequenciamento Sanger foi utilizado para genotipagem dos genes candidatos AIP, MEN1 e PRLR. Além disso, uma pesquisa por novas mutações foi realizada utilizando-se a técnica de sequenciamento de todo exoma. Uma análise in silico e algoritmos de previsão foram aplicados para priorizar variantes provavelmente patogênicas. Nenhuma mutação foi identificada na região codificadora e reguladora de MEN1, AIP e PRLR. O exoma revelou variantes novas e provavelmente patogênicas em três genes diferentes: RXRG, REXO4 e TH. As variantes em RXRG e TH podem estar associadas ao prolactinoma isolado na família estudada e a possível contribuição desses genes para outras famílias FIPA devem ser exploradas. Pituitary adenomas are common intracranial tumors that occur sporadically. In some rare cases this condition is identified in familial clusters and has no involvement with other endocrine tumors, a disorder identified as Familial Isolated Pituitary Adenoma (FIPA). FIPA development has been associated with genetic abnormalities, especially in AIP gene, where germline mutations have been reported in approximately 20% of cases. Mutations in the MEN1 gene have been described in a subset of pituitary adenoma families, but with bona fide multiple endocrine neoplasia type 1 feature. Mutations in prolactin receptor (PRLR) have also been associated to pituitary adenoma in animal models. Thus, in most FIPA cases the exact genetic defect that lead to disease development remains unknown. Therefore, the aim of this work is to determine the genetic basis of FIPA in a Brazilian family. The studied family is composed of three siblings presented with isolated prolactinsecreting pituitary adenoma diagnosed through clinical, biochemical and imaging testing. Sanger sequencing was used to genotype candidate genes AIP, MEN1 and PRLR. Further mutation screening was performed using whole-exome sequencing. In silico analysis and additional predictive algorithms were applied to prioritize likely pathogenic variants. No mutations in the coding and flanking intronic regions in the MEN1, AIP and PRLR genes were detected. Whole-exome sequencing revealed novel, predicted damaging, heterozygous variants in three different genes: RXRG, REXO4 and TH. The RXRG and TH possibly pathogenic variants may be associated with isolated prolactinoma in the studied family and the possible contribution of these genes to additional FIPA families should be explored.
- Published
- 2016
62. Estudo da obesidade em pacientes com artrite reumatoide definida por índices antropométricos e pela avaliação densitométrica da composição corporal
- Author
-
Maria Fernanda Brandão de Resende Guimarães, Marcus Vinicius Melo de Andrade, Adriana Maria Kakehasi, Cristina Costa Duarte Lanna, Maria Marta Sarquis Soares, Bárbara Campolina Carvalho Silva, and Rafael Mendonça da Silva Chakr
- Subjects
Doenças cardiovasculares ,Coração Doenças ,Índice de massa corporal ,Fatores de risco ,Obesidade ,CIÊNCIAS APLICADAS À SAÚDE DO ADULTO ,Artrite reumatóide juvenil/complicações ,Artrite - Abstract
Introdução: Artrite reumatoide (AR) constitui um fator de risco independente para doença cardiovascular (DCV). Obesidade e inflamação sistêmica podem ser fatores contribuintes para o maior risco cardiovascular vistos nessa população. O processo inflamatório sistêmico da AR pode modificar a relação entre gordura corporal e massa magra, resultando na inadequação do índice de massa corporal (IMC) ou da medida da circunferência de cintura (CC) como parâmetros para caracterizar obesidade. Objetivos: Estabelecer a relação entre níveis circulantes de citocinas inflamatórias e adipocinas e obesidade numa população com AR, definida por índices antropométricos e por absorciometria com raio-X de dupla energia (DXA). Determinar um marcador sorológico de obesidade nessa população. Avaliar a necessidade de definição de novos pontos de corte para medidas antropométricas habituais (IMC e CC) em mulheres com AR, através da comparação entre essas medidas e índices de composição corporal obtidos pela DXA. Métodos: Estudo transversal em pacientes com AR, incluídos consecutivamente dentre os indivíduos em acompanhamento no Serviço de Reumatologia do Hospital das Clínicas da UFMG. A atividade de doença foi avaliada através de exame clínico e laboratorial com cálculo de DAS28 e CDAI. Foi realizada a medida de CC e o cálculo do IMC no mesmo dia da realização da composição corporal pela DXA (Hologic, modelo Discovery W). Os níveis circulantes de IL-6, TNF alfa, IL-1, leptina e adiponectina foram mensurados em amostra única de sangue periférico. Resultados: Noventa e nove pacientes foram incluídos, média de idade 54±11,1 anos, 89 (89,9%) pacientes do sexo feminino. O diagnóstico de obesidade na amostra foi de 31,3% pelo IMC, 85,9% pela CC e 57,6% pela DXA. Considerando o resultado da DXA como padrão ouro, o valor de IMC acima de 25 foi o mais adequado para definição de obesidade nas pacientes com AR, apresentando sensibilidade 80% e especificidade de 60%. Para CC, com 80% de sensibilidade e de 35% de especificidade, o valor encontrado foi de 86 cm para se detectar a obesidade. A leptina se correlacionou positivamente com a obesidade nos três métodos utilizados e o ponto de corte de 6,52 foi utilizado como marcador de obesidade nessa população. Conclusões: Os pontos de corte convencionalmente utilizados para determinação de obesidade através de índices antropométricos não foram adequados para os pacientes com artrite reumatoide. A leptina pode ser um bom marcador de obesidade em pacientes com artrite reumatoide, já que se correlaciona com a gordura corporal total pela DXA. Devido ao elevado risco cardiovascular a que estão submetidos esses pacientes, ressaltamos a necessidade de validação dos resultados do presente estudo. Introduction: Rheumatoid arthritis (RA) is an independent risk factor for cardiovascular disease (CVD). Obesity and systemic inflammation may be contributing factors to increase cardiovascular risk in this population. The systemic inflammatory process of RA can modify the relationship between body fat and lean mass and standard anthropometric measures used to diagnose obesity in the general population may not have the same performance in these patients. Objectives: To establish the relationship between circulating levels of inflammatory cytokines and adipokines and obesity in people with RA defined by anthropometric measures and by X-ray absorptiometry dual energy absorptiometry (DXA). To identify an obesity biomarker in patients with RA. To determine cut-off points for body mass index (BMI) and waist circumference (WC) for detecting obesity in women with RA by comparing these standard measures to a dual-energy x-ray absorptiometry (DXA)-based obesity criterion. Methods: Cross-sectional observational study in RA patients, consecutively included among individuals followed at the Rheumatology Service of the Hospital das Clínicas da UFMG . Disease activity was assessed by clinical and laboratory examination with calculation of DAS28 and CDAI. The measurement of WC and the BMI calculation was performed on the same day of body composition by DXA ( Hologic , Discovery W model). Circulating levels of IL-6, TNF , IL- 1 , leptin and adiponectin were measured in a single sample of peripheral blood. Results: Ninety-nine patients were included , mean age 54 ± 11.1 years , 89 ( 89.9 %) female patients . The diagnosis of obesity in the sample was 31.3 % by BMI , 85.9 % by WC and 57.6 % by DXA . Cut-off points were identified for anthropometric measures to better aproximate DXA estimates of percent body fat : BMI value 25 kg/m² was the best for definition of obesity in female patients with RA, with sensitivity of 80 % and specificity of 60%. For WC, with 80 % of sensitivity and 35 % of specificity , the best value to detect obesity was 86 cm. Leptin correlated with obesity by the three methods: BMI , waist circumference and DXA . This correlation was stronger with DXA, which is the gold standard . The cutoff point of 6.52 ng / ml of leptin was defined as obesity marker in this population. Conclusions: The traditional cut-off points used for obesity were not suitable for our sample. For this female RA population, BMI cut-off point of 25 kg/m² and WC cut-off point of 86 cm were
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- 2015
63. Avaliação da composição corporal, dos níveis de citocinas pró-inflamatórias e de proteínas do sistema osteoprotegerina-rankl em pacientes com psoríase e controles
- Author
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Michelle dos Santos Diniz, Maria Marta Sarquis Soares, Jackson Machado Pinto, Flavia Vasques Bittencourt, Marcio Weissheimer Lauria, and Bárbara Campolina Carvalho silva
- Subjects
Absorciometria de Fóton ,obesidade ,Índice de massa corporal ,Adiposidade ,Medicina ,Psoríase/complicações ,Citocina ,Composição corporal ,Circunferência abdominal ,Densitometria ,Osteoporose ,Psoríase ,Estudos de casos e controles - Abstract
Introducao: A psoriase e uma doenca inflamatoria cronica da pele que ocorre em cerca e 1,5-2% da populacao mundial. Diversas doencas ja foram comprovadamente associadas a psoriase como doencas cardiovasculares, diabete melito e dislipidemia. Essa associacao esta relacionada ao processo inflamatorio cronico. Avancos atuais napatogenese da osteoporose tem observado a participacao de citocinas como IFN-, IL-6 e TNF- que tambem participam da patogenese da psoriase. Questiona-se se a psoriase nao poderia comprometer a densidade mineral ossea (DMO). Objetivos: Avaliar a frequencia de adiposidade atraves do indice de massa corporal (IMC), circunferencia abdominal (CA) e absorciometria por dupla emissao de raios-x(DXA) nos pacientes com psoriase e controles e determinar a concordancia entre essas diferentes medidas de adiposidade. Avaliar e comparar a composicao corporal nos pacientes com psoriase e controles. Determinar os niveis sericos das citocinas inflamatorias (TNF-, INF-, IL-2, IL-4, IL-12, IL-23, IL-10, IL-17A e IL-6) e dos marcadores do metabolismo osseo CTx (telopeptideo carboxiterminal do colageno), do ligante do receptor do ativador do fator nuclear Kappa B (RANKL), da osteoprotegerina (OPG) nos pacientes com psoriase e nos controles. Correlacionar os valores das citocinas pro-inflamatorias e dos marcadores osseos com a DMO e com o conteudo mineral osseo (CMO) nos pacientes estudados. Metodos: De maio a novembro de 2012 foram incluidos 42 pacientes portadores de psoriase e 41 controles pareados por sexo e idade. Os pacientes foram submetidos ao exame clinico com avaliacao do IMC e CA, a DXA, e a dosagens sericas de marcadores osseos e de citocinas inflamatorias. Na comparacao entre os casos e controles foram utilizados os testes de Pearson, exato de Fisher e de Mann-Whitney. A diferenca entre os diferentes metodos de avaliacao da obesidade foi avaliada por meio do teste de McNemar. Para testar o nivel de concordancia entre as variaveis, foi utilizado o kappaponderado. Apos analise univariada procedeu-se a analise multivariada para se identificar os fatores associados a DMO e CMO nos pacientes. Em todas as analises considerou-se um nivel de significancia de 5%. Foi utilizado o software SPSS 15.0. Resultados: Os pacientes com psoriase apresentaram mediana de idade de 47 anos, sendo 59,5% do sexo masculino. O tempo mediano de doenca relatado foi de dez anos. Trinta e sete pacientes (88%) apresentaram psoriase classificada como leve. Os controles apresentaram mediana de idade de 38 anos e 53,7% eram do sexo masculino. Nao houve diferenca entre os grupos em relacao ao sexo (p=0,590) e idade (p=0,090). Nao houve diferenca na prevalencia de obesidade entre casos e controles pelos diferentes metodos. Tanto o IMC e a CA tiveram baixa concordancia com as medidas de gordura corporal avaliada pela DXA. Os casos apresentaram uma tendencia de menor CMO (p = 0,059). A analise estratificada por sexo mostrou que os pacientes do sexo masculino apresentaram menor CMO (p =0,007) e menor DMO (p = 0,027) emrelacao aos controles do mesmo sexo. Nao foi encontrada diferenca entre os grupos em relacao a outros indices de composicao corporal. Pacientes com psoriase apresentaram niveis mais elevados de OPG, IL-12, IL-10, IL-6, IL-4 e IL-2 (p
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64. Bone mineral metabolism markers in patients with Duchenne Muscular Dystrophy
- Author
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Anna Carolina Dias Munaier Lages, Maria Goretti Moreira Guimarães Penido, Juliana Gurgel Gianetti, Maria Marta Sarquis Soares, and Claudia Ribeiro de Andrade
- Subjects
Vitamina D ,Cálcio ,Citocinas ,Hormônio Paratireóideo ,Glicocorticóides ,Densidade Óssea ,Biomarcadores ,Distrofia Muscular de Duchenne ,Densidade mineral óssea ,Fósforo ,Citrato ,Ácido Cítrico ,Glucocorticoides ,Hormônio Paratireoidiano - Abstract
Introdução: A Distrofia Muscular de Duchenne (DMD) é a forma mais comum e severa de distrofia muscular na infância. Ela é uma doença progressiva, causada por mutações no gene da distrofina, culminando em fraqueza muscular progressiva. Apesar do rápido avanço na genética, essa doença ainda não possui cura. Os glicocorticoides (GC) são o pilar do tratamento, e, embora tenham ação benéfica, agem suprimindo a formação óssea. A saúde do osso é parte importante do cuidado destes pacientes e a redução da densidade mineral óssea (DMO) associada ao aumento do risco de fraturas é a evidência mais forte para a qualidade óssea degradada. Objetivos: Avaliar os marcadores do metabolismo mineral ósseo em crianças e adolescentes com DMD, por meio de marcadores bioquímicos de formação e reabsorção óssea e avaliar a massa óssea pela densitometria óssea. Metodologia: Foram avaliadas 29 crianças e adolescentes com DMD em acompanhamento na Unidade de Neurologia Pediátrica do Hospital das Clínicas da UFMG e 13 crianças e adolescentes hígidas, que constituíram o grupo controle. A análise laboratorial incluiu dosagem de cálcio, fósforo, fosfatase alcalina, uréia, creatinina, 25OH vitamina D e paratormônio (PTH) no sangue, e coleta de amostra de urina de 24 horas para dosagem de cálcio, citrato, fosfato e creatinina. Para a análise estatística pacientes e controles foram pareados por idade e os pacientes foram divididos em subgrupos: cadeirantes e não cadeirantes e usuários e não usuários de corticoides. Resultados: Entre cadeirantes e não cadeirantes foi observada diferença significativa para idade, peso, estatura e presença de escoliose. A presença da escoliose foi observada em 48,3% e a história de fratura de ossos longos em 27,6%. Foram observados níveis séricos baixos de 25OH vitamina D, de creatinina, fosfatase alcalina sérica e da excreção de creatinina e citrato urinários, quando comparou-se pacientes e controles. Observou-se níveis séricos maiores de fósforo e da reabsorção tubular de fosfato (TP de fosfato) que aquele dos controles. Entre cadeirantes e não cadeirantes houve diferença significativa para a creatinúria (mg/Kg/dia) e TP de fosfato, menores no grupo de cadeirantes, e para o PTH, com níveis maiores nos cadeirantes. Entre os usuários e não usuários de corticoides apenas o PTH foi significativo, menor no grupo dos usuários. Os pacientes do estudo apresentaram um escore-Z da DMOa da coluna lombar (CL) reduzido em relação aos controles e não foi observada diferença significativa entre os subgrupos. Foi observada correlação negativa entre a DMOa da CL e a citratúria mg/g creatitina em usuários de corticoide, entre a CMO da CL e fósforo sérico no grupo DMD e entre a CMO da CL e a citratúria mg/g creatinina no grupo que usou corticoide. Conclusões: Os pacientes com DMD apresentaram diferenças significativas clínicas e laboratoriais e uma redução global da DMO, comparados com controles saudáveis. Não houve diferença significativa entre o grupo com história de uso de GC e aquele sem história. Houve correlações negativas significativas entre os sítios ósseos avaliados e a excreção urinária de citrato e de creatinina, que sugerem envolvimento dessa molécula na saúde óssea desses pacientes. Duchenne Muscular Dystrophy (DMD) is the most common and severe form of childhood muscular dystrophy. It is a progressive disease, caused by mutations in the dystrophin gene, culminating in progressive muscle weakness. Despite the rapid advance in genetics, this disease has no cure yet. Glucocorticoids (CG) are the mainstay of treatment and, although beneficial, act by suppressing bone formation. Bone health is an important part of the care of these patients and the reduction in bone mineral density (BMD) associated with increased fracture risk is the strongest evidence for degraded bone quality. Objectives: To evaluate bone mineral metabolism markers in children and adolescents with DMD by means of biochemical markers of bone formation and resorption and to evaluate bone mass by bone densitometry. Methodology: Twenty-nine children and adolescents with DMD were followed-up at the Pediatric Neurology Unit of the Hospital das Clínicas of UFMG and 13 healthy children and adolescents, which constituted the control group. Laboratory analysis included blood calcium, phosphorus, alkaline phosphatase, urea, creatinine, 25OH vitamin D and parathyroid hormone (PTH) measurements, and 24-hour urine collection for calcium, citrate, phosphate, and creatinine measurements. For statistical analysis patients and controls were matched for age and patients were divided into subgroups: wheelchair users and non-wheelchair users and users and non-users of corticosteroids. Results: Between wheelchair and non-wheelchair users a significant difference was observed for age, weight, height and presence of scoliosis. The presence of scoliosis was observed in 48.3% and the history of long bone fracture in 27.6%. Low serum levels of 25OH vitamin D, creatinine, serum alkaline phosphatase and urinary creatinine and citrate excretion were observed when patients and controls were compared. Higher serum phosphorus and phosphate tubular reabsorption (phosphate TP) levels were observed than controls. Between wheelchair and non-wheelchair users there was a significant difference for creatinuria (mg / kg / day) and phosphate TP, lower in the wheelchair group, and for PTH, with higher levels in the wheelchair. Among users and non-users of corticosteroids only PTH was significant, lower in the group of users. The study patients had a reduced lumbar spine BMD (CL) z-score compared to controls and no significant difference was observed between the subgroups. Negative correlation was observed between CL BMD a and creatatine citraturia mg / g in corticosteroid users, between CL BMC and serum phosphorus in the DMD group and between CL BMC and creatinine citraturia mg / g in the corticosteroid group. Conclusions: Patients with DMD had significant clinical and laboratory differences and an overall reduction in BMD compared with healthy controls. There was no significant difference between the group with history of CG use and the one without history. There were significant negative correlations between the evaluated bone sites and urinary citrate and creatinine excretion, which suggest involvement of this molecule in the bone health of these patients.
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- 2015
65. Influência da idade, da função renal, dos níveis séricos de cálcio iônico e de dois diferentes imunoensaios na relação entre 25-hidroxivitamina d e paratormônio
- Author
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Lilian Mello Soares, Leonardo de Souza Vasconcellos, Silvana Maria Eloi Santos, Andreia Maria Camargos Rocha, Maria Marta Sarquis Soares, and Taciana de Figueiredo Soares
- Subjects
25-hidroxivitamina D 2 ,Hormônio paratireoideo ,Hormônio paratireóideo ,Cálcio ,Vitamina D ,Creatinina ,Efeito idade ,Imunoensaio ,Patologia ,Calcifediol - Abstract
Tem-se observado um aumento na prevalência de hipovitaminose D desde a adoção de valores de referência baseados em medidas funcionais, como a concentração sérica de 25-hidroxivitamina D (25OHD) capaz de suprimir a secreção de paratormônio (PTH). Embora esta abordagem não tenha levado à obtenção de um limiar definitivo, o ponto de corte de 30 ng/mL tem sido amplamente empregado. O objetivo deste trabalho foi analisar a relação entre resultados de 25OHD e PTH dosados simultaneamente, para avaliar a adequabilidade da utilização de pontos de corte universais para vitamina D. Investigou-se a influência da idade, da função renal, dos níveis séricos de cálcio iônico e de dois diferentes imunoensaios para dosagem de 25OHD (Architect® e LIAISON®) nesta relação. Foram obtidos 23.259 resultados emparelhados de 25OHD e PTH, dosados entre janeiro e dezembro de 2012, no laboratório Hermes Pardini. Não foi observado um platô de supressão do PTH na relação entre os dois analitos. As medianas de PTH para uma mesma concentração de 25OHD foram consistentemente mais altas com o avançar da idade e na subpopulação com alterações da função renal e/ou dos níveis séricos de cálcio iônico. A utilização de dois imunoensaios distintos para dosagem de 25OHD não alterou sua relação com o PTH. Concluindo, os valores de referência universais atualmente adotados não são adequados para avaliação dos níveis séricos de vitamina D. Idade, função renal e níveis de cálcio iônico da população estudada deveriam ser considerados na determinação funcional de suas concentrações ótimas e na interpretação dos resultados. It has been noticed an increase in the prevalence of hypovitaminosis D since the introduction of reference values based on functional measurements, such as 25-hydroxyvitamin D (25OHD) levels that maximally suppress parathyroid hormone (PTH) secretion. Although this approach has not led to a definitive threshold, 30 ng/mL has been widely adopted as the cutoff value for defining optimal vitamin D status. The objective of this study was to analyze the relationship between 25OHD and PTH simultaneously measured, in order to assess the appropriateness of single universal thresholds for vitamin D. The influence of age, renal function and ionized calcium levels on this relationship was evaluated, as well as the impact of using two different assays for 25OHD testing (Architect® and LIAISON®). This was a cross-sectional analysis of 23,259 paired serum PTH and 25OHD levels, measured from January to December 2012. There was no evidence of a plateau relationship between these two analytes. For similar 25OHD concentrations, PTH medians were consistently higher with advancing age and in the subpopulation with impaired renal function and/or abnormal ionized calcium levels. Using different immunoassays for 25OHD testing had no significant impact on its relationship with PTH. In conclusion, single universal reference values are not suitable for assessing vitamin D status. Age, renal function and ionized calcium levels of the studied population should be taken into account in the definition of vitamin D optimal concentrations and in the interpretation of 25OHD results.
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- 2015
66. Avaliação do efeito de um programa combinado de exercícios de hipertrofia muscular e aeróbio na composição corporal, força muscular, marcadores bioquímicos e tecido ósseo de obesos submetidos a cirurgia bariátrica
- Author
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Luciana Campanha Versiani, Maria Marta Sarquis Soares, and Maria de Fatima Haueisen S Diniz
- Subjects
Remodelação óssea ,Cirurgia bariátrica/efeitos adversos ,Índice de massa corporal ,Tecido ósseo ,Obesidade ,Cirurgia bariátrica ,Força muscular ,Medicina ,Exercício ,Composição corporal ,Densitometria ,Exercícios terapêuticos ,Exercicios em circuitos - Abstract
A cirurgia bariátrica tem sido uma alternativa frequentemente utilizada para tratamento da obesidade. Entretanto, têm sido observadas alterações na composição corporal e no metabolismo ósseo nos indivíduos submetidos a esse tipo de procedimento. O objetivo desse estudo foi avaliar o impacto de um programa combinado de exercícios de hipertrofia muscular e aeróbio supervisionado, na composição corporal, força muscular, marcadores bioquímicos e na massa óssea em indivíduos submetidos a cirurgia bariátrica. A amostra foi formada por 37 indivíduos obesos (81,1% mulheres, média de idade 38,2±11,1 anos, IMC=42,4±3,7 Kg/m2) submetidos a cirurgia de desvio gástrico em Y de Roux e acompanhados após o período de 1 ano de pós-operatório. Utilizou-se a densitometria de corpo inteiro (DEXA) para avaliação da densidade mineral óssea (DMO), massas gorda e magra totais no pré e pós-operatórios. Os exames laboratoriais consistiam de dosagem sanguínea de cálcio, paratôrmonio (PTH) e Vitamina D além dos marcadores de remodelação óssea - MRO (C-telopeptídeo de colágeno tipo-1 CTX-1 e fosfatase alcalina óssea - FAO). A força muscular foi estimada pelo teste de 10 repetições máximas (10RM) e pelo dinamômetro de preensão manual (JAMAR®), sendo realizadas 3 medidas em cada mão, de forma alternada, e escolhido o maior valor obtido durante as medidas. Nesse mesmo período foi realizado o teste de deslocamento vertical para avaliação da potência anaeróbica aláctica (PAA). O teste consiste em subir uma escada de 13 degraus de 15,8 cm cada, na maior velocidade possível, sendo mensurado o tempo de execução do teste e posteriormente calculado a PAA. No pósoperatório os voluntários foram divididos em 2 grupos: Grupo Treinamento (GT) - 18 voluntários que participaram de um programa de exercícios combinados de hipertrofia muscular e aeróbio supervisionado, 2 dias por semana, não consecutivos, durante 35 semanas. Cada sessão tinha a duração de 90 minutos e incluía 8 exercícios para hipertrofia muscular (posterior de ombros, pulley posterior, supino, tríceps em pronação, voador, cadeira extensora, leg press, cadeira flexora) que foram prescritos em 1-3 séries de 10-12 repetições na intensidade pré determinada no teste de 10RM, estimada em cada exercício. Após este treinamento foram realizados 25 minutos de exercícios aeróbicos em esteira ou bicicleta ergométrica na intensidade de 60-80% da frequência cardíaca (FC) máxima prevista para idade. O Grupo Controle (GC) era formado por 19 voluntários que não participaram do programa de exercícios citado acima. O GT foi reavaliado a cada 06 semanas pelos teste de força e deslocamento e o GC a cada 04 meses de acompanhamento. Os exames de sangue foram repetidos para todos os voluntários com 02, 09 e 12 meses de PO. Na análise estatística foi utilizado o teste tstudent independente e ANOVA de medidas repetidas 4x2 com post hoc de Bonferroni, com nível de significância de 5% (p < 0,05). Os resultados demonstraram que o GT e GC apresentaram reduções significativas de peso ao final do primeiro ano de cirurgia (109,88±11,39 vs 73,6±8,1 Kg e 108,8±9,9 vs 77,5±11,9 Kg, respectivamente), porém sem diferença estatística entre os grupos (p>0,05). Não houve diferença significativa entre os grupos em relação aos MRO ou de metabolismo do cálcio. Após 1 ano de pósoperatório o GT apresentou menores decréscimos na DMO de corpo inteiro (0,07± 0,049 vs 0,140 ± 0,081 g/cm3, respectivamente) e nas massas ósseas da região da coluna (1,19± 0,13 vs 1,13± 0,14g/cm3; p0,05). Os valores de PAA não foram estatisticamente diferentes entre os grupos (p0,05). There was no significant difference between groups in relation to bone markers or calcium metabolism. After one year, TG showed smaller decreases in total BMD (0.07 ± 0.049 vs 0.140± 0.081 g/cm3, respectively); bone mass at the spine (1.19 ± 0.13 vs 1.13 ± 0.14g/cm3) and right lower limb (RLL) (1.26 ± 0.04 vs 1.22 ± 0.14g/cm3) when it was compared with CG (p 0.05) . The PAA values were not statistically different between groups (p
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- 2014
67. Síndrome de paraganglioma familial: análise clinico-molecular de uma família mineira
- Author
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Franciele Antonieta Bianchi Leidenz, Luiz Armando Cunha De Marco, Marcelo Magaldi Ribeiro de Oliveira, Maria Marta Sarquis Soares, and Eitan Friedman
- Subjects
Tomografia por emissão de pósitrons ,Fenótipo ,Succinato desidrogenase ,Paraganglioma ,Neoplasias de cabeça e pescoço/genética ,Paraganglioma/genética ,Feocromocitoma ,Predisposição genética para doença ,Paraganglioma extrassuprarrenal ,Feocromocitoma/genética ,Tumor do corpo carotídeo/genética ,Linhagem ,Tumor de corpo carotídeo ,Evolução clínica - Abstract
Feocromocitomas (PCC) e paragangliomas (PGL) são raros tumores neuroendócrinos provenientes das células cromafins, respectivamente, da medula da supra-renal e de paragânglios simpáticos ou parassimpáticos. A apresentação clínica desses tumores é variada e depende da localização, do perfil secretório e do potencial de malignidade. Paragangliomas simpáticos, assim como feocromocitomas, geralmente secretam catecolaminas ou metanefrinas, sendo clinicamente funcionantes e causando sintomas principalmente cardiovasculares. Paragangliomas parassimpáticos, localizados ao longo do eixo para-vertebral, em sua maioria em cabeça e pescoço, geralmente não são secretores, podem ser assintomáticos ou se apresentarem como tumores de crescimento insidioso, responsáveis por dor e efeitos de massa, como disfagia, disfonia e dispnéia, dependendo de sua localização. PCC e PGL são usualmente tumores esporádicos, mas cerca de 30% são causados por mutações germinativas que originam, até o momento, quatro síndromes distintas, chamadas de Síndromes de Paragangliomas do tipo 1 ao tipo 4 (PGL 1 a PGL 4), as quais são associadas a mutações nos genes da succinil desidrogenase (SDH), um complexo enzimático mitocondrial envolvido na cadeia transportadora de elétrons e no Ciclo de Krebs. Uma dessas síndromes, causada por mutações no gene SDHD é descrita detalhadamente nesse trabalho. Trata-se de uma família mineira composta por 10 membros, entre os quais, 2 eram clinicamente afetados, mas faleceram previamente à realização desse estudo, 5 são afetados clinicamente e 2 são crianças ainda assintomáticas. Os indivíduos foram submetidos a exame clínico completo, com revisão laboratorial, dosagem de catecolaminas plasmáticas e urinárias, estudo de imagem através de TC e 18F-FDG-PET, além de estudo molecular dos principais genes associados à essa doença. Todos os indivíduos vivos da família foram analisados e possuem as mesmas alterações genéticas. Uma mutação missense no exon 1, Trp5X, que leva à transcrição de um stop códon, responsável pelo fenótipo. Além disso, todos os indivíduos afetados possuem também uma segunda mutação, no exon 2, Pro53Leu, de significado ainda incerto. Entre esses indivíduos portadores das mutações, quatro são clinicamente sintomáticos, um é assintomático, mas possui um feocromocitoma diagnosticado por estudo de imagem e dois são crianças assintomáticas e ainda não submetidas a estudos de imagem por serem muito novas em relação à idade habitual de surgimentos dos tumores. Apesar de serem tumores geralmente benignos, através do PET evidenciamos a presença de múltiplas metástases locais em alguns dos membros acometidos. Nesse trabalho pudemos descrever de maneira mais completa o comportamento de uma síndrome de paraganglioma familial, entidade bastante rara e, por isso, até então, cercada de várias questões ainda não completamente elucidadas. Propomos abordagem cirúrgica para os membros da família que apresentavam manifestações clínicas mais significativas e terapêutica conservadora para os indivíduos que apresentavam doença leve, comorbidades graves ou preferência pessoal. Acompanhamento clínico e imaginológico detalhado dos indivíduos deve ser realizado para percebermos como é o comportamento da doença a longo prazo. As crianças portadoras das mutações serão acompanhadas no Hospital das Clínicas por pediatra experiente e serão submetidas periodicamente a exames de imagem, na tentativa de se surpreender tumores incipientes e, com isso, diminuir a morbimortalidade da doença. Pheocromocytomas (PCC) and paragangliomas (PGL) are rare neuroendocrine tumors arising from chromaffin cells of the adrenal medulla or extra-adrenal paraganglia, sympathetic or parasympathetic, respectively. These tumors have a wide variety of clinical presentation; it depends on their localization, secretory profile and malignant potential. Sympathetic paragangliomas as well as pheochromocytomas usually secrete catecholamines or metanephrines, being clinically functional and causing mostly cardiovascular symptoms. Parasympathetic paragangliomas, which extend along the paravertebral axis, mainly in the head and neck, are usually nonfunctioning tumors; they can be asymptomatic or behave as slow-growing masses, responsible for pain, mass effect, such as dysphagia, dysphonia and dyspnea, depending on their localization. Although PCC and PGL are commonly sporadic tumors, about 30% of them are caused by germline mutations that lead to, up to now, four distinct syndromes, named Paraganglioma Syndromes Types 1 to 4 (PGL 1 to PGL 4), which are associated with mutations in the Succinate Dehydrogenase genes (SDH), a mitochondrial enzymatic complex that plays a role in the electron transport chain and Krebs cycle. One of these syndromes, caused by mutations in the SDHD gene is described in detail in this study. The family from Minas Gerais consists of 10 members, among whom, two were clinically affected, but died prior to the beginning of this study, five are clinically affected and two are children still asymptomatic. The individuals were submitted to a complete clinical examination, including laboratory exams, dosage of catecholamines and metanephrines (both serum and urine), imaging study with Computed Tomography (CT) and fluorine-18 (18F)-fluorodeoxyglucose (FDG)-positron emission tomography (PET/CT) scan, in addition to molecular study of the most disease-related genes. All living individuals of the family were analyzed and presented the same genetic alterations. A missense mutation in exon 1, Trp5X, leads to the transcription of a stop codon, responsible for the phenotype. In addition to this mutation, all affected individuals also showed a second mutation in exon 2 (Pro53Leu) of still uncertain significance. Among these mutations carriers, four are clinically symptomatic, one of them is asymptomatic and has a pheochromocytoma diagnosed by image study. Another two are asymptomatic children not yet submitted to imaging studies due to their young ages and mean age of phenotype presentation. Even though these tumors are usually benign, we demonstrated, using PET imaging, the presence of multiple local metastasis in some members of the family. In this work we were able to completely describe the behavior of a rare disease, familial paraganglioma syndrome, a condition that is yet not entirely understood. We suggested a surgical approach to the family members that were clinically more symptomatic and a conservative approach to the ones presenting mild illness, severe co-morbidities or showed personal preference. Careful clinical and imaging follow-up of the subjects must be done in order to evaluate the disease behavior in the long run. The children carrying the mutations will be followed up at Hospital das Clínicas by an experienced pediatrician and will be submitted periodically to imaging exams to diagnose early tumors and, therefore, decrease the morbid-mortality of this disease.
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- 2014
68. Psoríase e obesidade: associação mútua?
- Author
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Nadia Couto Bavoso, Maria Marta Sarquis Soares, Jackson Machado Pinto, Flavia Vasques Bittencourt, and Adriana Aparecida Bosco
- Subjects
Adulto ,Psoriase ,Brasil ,Leptina/sangue ,Psoríase ,Psoríase/sangue ,Psoríase/epidemiologia ,Avaliação ,Leptina ,Obesidade ,Pele Doenças ,Adiponectina/sangue ,Dermatopatias ,Adiponectina - Abstract
INTRODUÇÃO: A psoríase é uma doença dermatológica com alta prevalência. Apresenta base genética, porém sofre forte influência ambiental. Acredita-se que esteja ligada a uma resposta inflamatória sistêmica de baixo grau, e que as lesões cutâneas também apresentem níveis de citocinas pró-inflamatórias aumentadas. A prevalência de obesidade se mostrou elevada nos pacientes com psoríase. Essas duas entidades possivelmente compartilham uma via comum, um status inflamatório alterado. Há evidências científicas de que algumas citocinas estejam envolvidas nesse processo. OBJETIVOS: Comparar os níveis de leptina e adiponectina de pacientes com psoríase com pacientes controles voluntários. Determinar a prevalência de obesidade e sobrepeso nos pacientes com psoríase. Avaliar se a hiperleptinemia e a hipoadiponectinemia estão associadas à psoríase independente da concomitância ou não de obesidade.Avaliar se os níveis de leptina e adiponectina e o grau de obesidade se correlacionam com a gravidade da psoríase.M E T O D O S: Foi realizado um estudo caso controle, com avaliação de 113 casos com psoríase e 41 controles com outras queixas dermatológicas de abril a novembro de 2012. Os pacientes foram submetidos à avaliação clínica da gravidade da psoríase e foram tomadas medidas antropométricas. Todos os pacientes responderam a questionários sobre qualidade de vida e foram orientados a preencher formulário sobre história clínica. Foi coletado sangue para dosagem de citocinas. Na análise univariada, foram utilizados o teste qui-quadrado de Pearson ou teste exato de Fisher na comparação de variáveis categóricas e o teste nãoparamétrico de Mann-Whitney na análise de variáveis numéricas. Na análise multivariada foi utilizado o modelo de regressão logística binária. Após ajuste do modelo final, foi avaliada a estimativa do odds ratio (OR) ajustado com respectivo intervalo de confiança de 95% (IC95%). Todas as análises foram estratificadas entre casos e controles.RESULTADOS:A média de idade entre os casos foi de 55,3 anos e entre os controles foi de 39,9 anos.Dentre os casos, 56,6% foram do sexo feminino e 43,4% do sexo masculino. Dentre os controles, 46,3% foram do sexo feminino e 53,7% do sexo masculino. A prevalência de obesidade entre os casos foi de 33% e entre os controles 21,9%. Todas as comorbidades avaliadas foram mais prevalentes entre os casos. As comorbidades foram também mais prevalentes entre os pacientes com excesso de peso, quando avaliados os grupos separadamente. Não foi observada correlação entre excesso de peso (p 0,25) ou leptina (p 0,18) e adiponectina (p 0,762) à gravidade da psoríase. Quando comparou-se casos e controles com excesso de peso encontramos diferença nos valores de adiponectina (p 0,04). Os casos com excesso de peso tiveram valores menores que os controles com excesso de peso. Não encontramos diferenças nas dosagens de leptina de casos e controles. Nos casos, os pacientes com excesso de peso tiveram dosagem de leptina maior que os casos sem excesso de peso (p
- Published
- 2014
69. Expressão de ativina A em células-tronco embrionárias de camundongo durante o processo de diferenciação em osteoblastos
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Bruno Muzzi Camargos, Fernando Marcos dos Reis, Rubens Lene Carvalho Tavares, Maria Marta Sarquis Soares, Marcia Mendonca Carneiro, Ricardo Mello Marinho, and Beatriz Santana Soares Rocha
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Células-tronco embrionárias ,Proteína morfogenética óssea 4 ,Camundongos ,Células tronco embrionárias ,Osteoblasto ,Diferenciação celular/genética ,Osteoporose ,Ativina ,Proteína morfogenética óssea 4 (BMP-4) ,Ativinas/análise ,Osteoblastos ,Osteocalcina - Abstract
A busca de agentes anabolizantes tem sido alvo da pesquisa na terapia da osteoporose. As células-tronco embrionárias (CTE), diferenciadas em osteoblastos, têm sido utilizadas para o estudo da fisiologia celular. Protocolos de diferenciação celular em osteoblastos têm sendo utilizados com sucesso. Um estímulo comum aos protocolos de diferenciação osteoblástica é a proteína morfogenética óssea (BMP). Ativina A, um fator de crescimento que tem estrutura e função parcialmente homólogas ao BMP, apresenta efeitos importantes sobre a proliferação de osteoblastos e a remodelação óssea. Contudo, a definição do momento em que Ativina A passa a agir sobre a minealização óssea demanda maiores estudos. OBJETIVO: avaliar a expressão de Ativina A em CTE de camundongo durante protocolo de diferenciação celular para osteoblastos. MATERIAL e MÉTODOS: adaptamos técnicas de cultivo celular adotadas em protocolo de diferenciação de CTE em osteoblastos (Kawaguchi, 2006) e acompanhamos a diferenciação fenotípica in vitro de uma linhagem de células-tronco embrionárias (CT-4), isolada no Laboratório de Reprodução Humana Prof. Aroldo Fernando Camargos do Hospital das Clínicas da UFMG. Aplicamos o método de reação da cadeia de polimerase (PCR) em tempo real em diferentes fases do processo para evidenciar a expressão gênica de marcadores de indiferenciação celular (Oct-4 e Nanog), marcadores de diferenciação osteoblástica (osteocalcina, fosfatase alcalina óssea e RUNX-2 e da Ativina A. Correlacionamos a expressão de todos esses genes-alvo em diferentes fases do processo de diferenciação. RESULTADOS: constatamos que a expressão de marcadores de diferenciação para a linhagem osteoblástica aumentou à medida em que a cultura avançou no sentido da diferenciação terminal em osteoblastos. A expressão da Ativina A acompanhou, num relação direta, o padrão de expressão verificado nesses marcadores de formação e diferenciação óssea. O protocolo favoreceu a diferenciação de precursores celulares de osteoblastos. CONCLUSÃO: a Ativina A foi expressa em cultivos celulares de CTE de camundongos em estágio intermediário de diferenciação em osteoblastos, acompanhando o padrão de expressão celular verificado para outros marcadores de formação óssea como a osteocalcina. The search for anabolic agents has been widely researched for osteoporosis therapy. Embryonic stem cells (ESC), differentiated into osteoblasts, have been used for the study of cell physiology. Protocols osteoblastic cell differentiation have been successfully performed. A common stimulus used on most osteoblastic differentiation protocols is bone morphogenetic protein (BMP) . Activin A, a growth factor with structure and function homologous to BMP, has important effects on the proliferation of osteoblasts and bone remodeling. However, the definition of the exact moment when activin A acts on bone mineralization demand studies. OBJECTIVE: To evaluate the expression of activin A on a mouse ESC protocol used to differentiate them into osteoblasts. MATERIAL AND METHODS: Adopt a technical modification to an osteoblastic ESC culture differentiation protocol (Kawaguchi, 2006), isolated at the Laboratory of Human Reproduction Prof. Aroldo Fernando Camargos - Hospital das Clínicas / UFMG. Real time polymerase chain reaction (PCR) evaluated genic expression at different stages during the protocol for markers of celular indifferentiation (Oct -4, Nanog), markers of osteoblastic differentiation (osteocalcin, bone alkaline phosphatase, RUNX2) and Activin A at different stages of differentiation protocol. RESULTS: Markers of osteoblast differentiation increased as the culture moved towards osteoblastic differentiation. Activin A expression showed a direct association to the markers of bone formation. The protocol favored the differentiation of osteoblasts precursor cells. CONCLUSION: Activin A was expressed in cell cultures of mice ESC since an intermediate stage of differentiation into osteoblasts, following the pattern of cellular expression observed for other markers of bone formation, such as osteocalcin, during the differentiation protocol.
- Published
- 2013
70. Hiperparatireoidismo primário: novas perspectivas sobre qualidade óssea através da avaliação por tomografia computadorizada quantitativa periférica de alta resolução e escore de osso trabecular
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Barbara Campolina Carvalho Silva, Maria Marta Sarquis Soares, John P. Bilezikian, Luiz Armando Cunha De Marco, Carolina Kulak, Beatriz Santana Soares Rocha, and Marise Lazaretti Castro
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Tomografia computadorizada por raios X ,Escore de osso trabecular (TBS) ,Terapia por ultra-som ,Análise de elemento finito ,Hiperparatireoidismo Experimento ,Paratormônio ,Hiperparatireoidismo primário ,Microtomografia por raio-x ,Análise de trabécula individual (ITS) ,Osso e ossos ,quantitativa periférica de alta resolução (HRpQCT) ,Tomografia computadorizada ,Análise de elementos finitos (FEA) ,Hiperparatireoidismo - Abstract
Introdução: O hiperparatireoidismo primário (PHPT) apresenta-se, nos dias atuais, como uma doença assintomática ou oligossintomática, diagnosticado pelo achado fortuito de hipercalcemia. Nesta forma da doença, densitometria óssea revela diminuição de densidade mineral óssea areal (aBMD) em sítio cortical (rádio 33%), enquanto aBMD na coluna lombar, composta quase exclusivamente por osso trabecular, é usualmente normal. Estudos por microtomografia computadorizada (µCT) e histomorfometria de biópsia óssea de crista ilíaca confirmam preservação de osso trabecular. Esses achados contradizem o risco aumentado de fraturas vertebrais e não vertebrais no PHPT assintomático. Tecnologias emergentes, como a tomografia computadorizada quantitativa periférica de alta resolução (HRpQCT) e escore de osso trabecular (TBS) podem gerar informações adicionais sobre a microarquitetura e qualidade óssea em pacientes com PHPT. Além disso, análise de trabécula individual (ITS) e análise de elementos finitos (FEA) das imagens de HRpQCT fornecem dados detalhados da microestrutura trabecular e rigidez óssea, que se relacionam à competência biomecânica do esqueleto e risco de fratura. Objetivos: Avaliar os compartimentos cortical e trabecular por HRpQCT e FEA, e o compartimento trabecular através da técnica de ITS em mulheres na pós-menopausa com PHPT, comparando-as com controles saudáveis. Correlacionar TBS com medidas por HRpQCT no PHPT. Pacientes e métodos: 51 mulheres na pós menopausa portadoras de PHPT e 120 controles saudáveis foram avaliados por HRpQCT, ITS e FEA. TBS foi estimado em subgrupo de 22 mulheres com PHPT. Resultados: aBMD da coluna lombar avaliada por densitometria óssea foi similar em pacientes e controles. No entanto, resultados da HRpQCT revelaram redução importante da densidade volumétrica total, cortical e trabecular em indivíduos com PHPT. Não apenas redução da espessura cortical, mas também maior espaçamento entre as trabéculas e distribuição trabecular heterogênea foram observadas no rádio e na tíbia de pacientes com PHPT. No rádio, observou-se ainda redução da espessura e número trabecular. Alterações trabeculares foram mais evidentes no rádio do que na tíbia. ITS revelou, em ambos sítios ósseos, redução das trabéculas em placa, com consequente redução da razão placa-haste. Diminuição da densidade de junções entre placas e entre hastes e placas foram observadas no rádio e tíbia. No rádio, houve também diminuição da densidade de junções entre hastes. Essas anormalidades trabeculares e corticais resultaram em diminuição da rigidez do osso inteiro e trabecular. TBS correlacionou-se com índices determinados pela HRpQCT no rádio, com exceção de espessura trabecular (Tb.Th) e rigidez trabecular. Na tíbia, correlações foram observadas entre TBS e densidades volumétricas, espessura cortical, volume ósseo trabecular e rigidez de osso inteiro. Neste sítio ósseo, correlação de TBS com todas as medidas de microarquitetura trabecular, exceto Tb.Th, foi observada após ajuste para peso corporal. Conclusão: Anormalidades da densidade e microarquitetura esquelética são universais no PHPT, não se limitando ao compartimento cortical, explicando o achado de redução da rigidez óssea total e trabecular e, possivelmente, risco aumentado de fratura no PHPT. Uma vez que HRpQCT não é um exame amplamente disponível em nosso meio, o achado de correlação significativa entre TBS e HRpQCT indica que o TBS poderia tornar-se útil na avaliação clínica desses pacientes. Introduction: Primary hyperparathyroidism (PHPT) is predominantly an asymptomatic disease, diagnosed by the fortuitous finding of hypercalcemia. Typically, in this milder form of the disease, areal bone mineral density (aBMD) by DXA is reduced at the 1/3 radius, a site of predominantly cortical bone, while the lumbar spine, a site of predominantly cancellous bone, is generally well preserved. Histomorphometric and micro-computed tomography (µCT) analyses of iliac crest bone biopsies have confirmed these DXA results in PHPT by showing reduced cortical elements whereas the trabecular compartment appears to be relatively well preserved. These findings, however, are inconsistent with numerous epidemiological reports showing an increased in fracture risk at both vertebral and non-vertebral sites in PHPT. Emerging technologies, such as high-resolution peripheral quantitative computed tomography (HRpQCT), and trabecular bone score (TBS) may provide additional insight into microstructural features and bone quality in PHPT. Moreover, individual trabecula segmentation (ITS) and finite element analysis (FEA) of HRpQCT images offer even more detailed information about trabecular bone and bone stiffness, estimating the biomechanical competence of bone, and fracture risk inPHPT Aims: To evaluate both cortical and trabecular compartments by HRpQCT and FEA, and the trabecular compartment by ITS analysis, in postmenopausal women with PHPT, as compared to healthy controls. To correlate TBS with HRpQCT measurements in PHPT. Patients and Methods: HRpQCT, ITS and FE analyses were performed in 51 postmenopausal women with PHPT and 120 controls. TBS was assessed in a subgroup of 22 women with PHPT. Results: aBMD at the lumbar spine by DXA was similar in cases and controls. However, women with PHPT showed, at both sites, decreased volumetric densities at trabecular and cortical compartments, thinner cortices, and more widely spaced and heterogeneously distributed trabeculae. At the radius, trabeculae were thinner and fewer in PHPT. The radius was affected to a greater extent in the trabecular compartment than the tibia. ITS analyses revealed, at both sites, that plate-like trabeculae were depleted, with a resultant reduction in the plate/rod ratio. Microarchitectural abnormalities were evident by decreased plate-rod and plate-plate junctions at the radius and tibia, and rod-rod junctions at the radius. These trabecular and cortical abnormalities resulted in decreased whole bone stiffness and trabecular stiffness. TBS was correlated with all HRpQCT and mechanical measurements except for trabecular thickness (Tb.Th), and trabecular stiffness at the radius. At the tibia, correlations were observed between TBS and volumetric densities, cortical thickness, trabecular bone volume, and whole bone stiffness. All indices of trabecular microarchitecture, except Tb.Th, correlated with TBS after adjusting for body weight. Conclusion: These results provide evidence that in PHPT, reduced volumetric densities and microstructural abnormalities are pervasive and not limited to the cortical compartment. These abnormalities seen by HRpQCT are likely to reflect reduced bone strength and may help to account for increased global fracture risk in PHPT. With significant correlations of TBS with mechanical and microstructural indices by HRpQCT, a method that is not generally available, TBS could become a helpful clinical tool in the assessment of trabecular microstructure in PHPT.
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- 2012
71. Avaliação de mutações nos genes supressores de tumor MEN1 e AIP em prolactinomas associados a síndromes familiais
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Flavia Marques de Melo, Luiz Armando Cunha De Marco, Beatriz Santana Soares Rocha, and Maria Marta Sarquis Soares
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Neoplasia endócrina múltipla tipo 1 ,MEN1 ,Doenças da hipófise ,Genes ,Genes supressores de tumor ,Prolactinoma ,Adenomas de hipófise ,AIP ,Mutação - Abstract
Adenomas de hipófise são neoplasias benignas que ocorrem a partir da expansão de células específicas da adenohipófise. Estes tumores compreendem 10 a 15% de todos os tumores intracranianos. Os mecanismos patogênicos destes podem ocorrer em função de alterações genéticas ou epigenéticas, que resultam na desregulação do ciclo celular, alteração da sinalização intracelular ou perda de fatores supressores de tumor. O prolactinoma é o adenoma hipofisário mais frequente e pode causar infertilidade. No entanto, casos familiais da doença são raros e pouco entendidos. Portanto, a proposta deste trabalho foi realizar caracterizações moleculares de duas famílias com histórico de prolactinoma: a família 1, identificada como prolactinoma familial isolado, e a família 2, um caso de neoplasia endócrina múltipla tipo 1 (MEN1). Para isso, foram pesquisadas mutações em dois genes supressores de tumor, AIP e MEN1. DNA genômico foi extraído de integrantes hígidos e afetados das duas fam ílias estudadas. O sequenciamento foi realizado para os 9 exons codificantes de MEN1, e os 6 exons de AIP. Nenhuma variante foi detectada no gene MEN1 nas amostras testadas de ambas as famílias. Também não foram detectadas mutações em AIP nos pacientes da família 1, mas o paciente portador de MEN1 apresentou a variante p.R16H. De acordo com os resultados desse trabalho, não há correlações entre mutações nos genes MEN1 e AIP e o desenvolvimento de prolactinoma na família 1. O papel da variante p.R16H na progressão de MEN1 no paciente da família 2 necessita de maiores investigações. Pituitary adenomas are benign neoplasms that arise from the expansion of single cells from the adeno-pituitary. These tumors comprise 10 to 15% of all intracranial tumors. The pathogenic mechanisms of these tumors can be either genetic or epigenetic changes, resulting in the deregulation of cell cycle, signaling defects or loss of tumor suppressor factors. The prolactinoma is the most frequent pituitary adenoma, and may cause infertility. However, familial cases are rare and poorly characterized. Therefore, the propose of this work is to perform molecular characterization of two families that carry prolactinoma: family 1, which harbors familial isolated prolactinoma, and family 2, a familial multiple endocrine neoplasia type 1 case. We surveyed mutations in two tumor suppressor genes, AIP and MEN1. For this study, genomic DNA was extracted from affected as well as healthy members of both families. Sequencing was performed for the 9 coding exons of MEN1, and the 6 exons of AIP. Significant variants were not detected in MEN1 for neither tested samples from both families. Unexpectedly, there were no mutations on AIP in family 1, but the multiple endocrine neoplasia type 1 patient has the genetic variation p.R16H in exon 1 of AIP. Considering the related results, no correlations were detected between mutations in the selected genes and prolactinoma development in family 1. The rule of p.R16H variant in pituitary adenoma development in family 2 patient needs further investigation.
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- 2012
72. Análise da expressão da proteína PTEN em carcinoma papilar de tireoide
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Juliana Rocha Costa, Maria Marta Sarquis Soares, Luiz Armando Cunha De Marco, Marcio Weissheimer Lauria, and Eduardo Pimentel Dias
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PTEN fosfo-hidrolase ,Tireoide Cancer ,Neoplasias da glândula tireóide ,Prognóstico ,Carcinoma ,Imuno-histoquímica ,Biomarcadores tumorais ,Medicina Molecular - Abstract
O PTEN (phosphatase and tensin homologue) é um gene supressor de tumor localizado no braço curto do cromossomo 10. O gene regula negativamente a via PI3K/Akt, estimulando a apoptose e bloqueando a proliferação e o crescimento celular. A expressão diminuída da proteína PTEN gera níveis aumentados de Akt e inibição da apoptose e dos mecanismos de controle celular. Apesar das mutações de PTEN serem raras em carcinomas esporádicos da tireoide, alguns autores acharam a expressão diminuída da proteína PTEN em carcinomas foliculares e, menos comumente, carcinomas papilares e começaram a especular a influência de mecanismos epigenéticos como a hipermetilação do DNA na tumorigênese tireoideana, independentemente do tipo histológico. O objetivo desse estudo foi correlacionar, através de imunohistoquímica, a expressão da proteína PTEN às características clínicas, histológicas e ao comportamento biológico de carcinomas papilares esporádicos. Foram avaliados 46 pacientes, submetidos à tireoidectomia total, com diagnóstico histopatológico de carcinoma papilar de tireoide clássico ou variante folicular. Nós observamos notável hipoexpressão da proteína PTEN na maioria dos tumores comparados ao tecido tireoideano normal, com significância estatística. Entretanto, não encontramos correlação entre a expressão de PTEN e o tamanho do tumor, o grau de agressividade tumoral ou o subtipo histológico (clássico ou variante folicular). Nossos achados sugerem que o PTEN pode participar da oncogênese papilar, mas não confirmam seu papel como preditor de agressividade. Estudos moleculares adicionais são necessários para estabelecer o exato mecanismo de inativação do PTEN. PTEN (phosphatase and tensin homologue) is a tumor suppressor gene, located on chromosome 10q23.3. The gene negatively regulates the PI3K/Akt pathway, stimulating apoptosis and blocking the cell proliferation and cell growth. Decreased expression of PTEN protein leads to increased levels of Akt and inhibition of apoptosis and cell control mechanisms.. Despite PTEN mutations and deletions being rare in sporadic thyroid cancer, some authors found decreased expression of PTEN protein in sporadic follicular and, less frequently, papillary carcinomas and starting speculate the influence of epigenetic mechanisms like DNA hypermetilation in thyroid tumorigenesis, independent of histological type. The objective of this study was to correlate the PTEN protein expression with clinical, histological characteristics and tumor biological in sporadic papillary carcinomas, by immunohistochemical. Forty six pacientes submitted to total thyroidectomy with papillary thyroid cancer or folicular variant of papillary cancer were evaluated. We observed a notable hypoexpression of PTEN protein in majority of tumors compared to normal thyroid tissue, with statistic significance. However, we didn´t found correlation between the expression of PTEN and tumor size, aggressiveness or histological subtype (classic or follicular variant). Our findings suggest that PTEN can participate of papillary oncogenesis, but don´t confirm its role as predictor of aggressiveness. Additional molecular studies are necessary to establish the exact mechanism of PTEN´s inactivation.
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- 2012
73. A contribuição dos polimorfismos (SNPs) do FTO e UCP-1 com a obesidade extrema e fatores de risco cardiovascular em indivíduos brasileiros
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Adauto Versiani Ramos, Luiz Armando Cunha De Marco, Maria Marta Sarquis Soares, Leticia Ferreira Gontijo Silveira, Marcio Weissheimer Lauria, and Beatriz Santana Soares
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Doenças cardiovasculares ,Grupos étnicos ,Fatores de risco ,Polimorfismo (Genetica) ,Brasil ,Distribuição espacial da população ,nutritional and metabolic diseases ,Etnologia ,Obesidade/genética ,Polimorfismo genético ,Medicina Molecular ,Risco ,Variação genética - Abstract
A obesidade tem se tornado uma patologia comum associada com significativa morbidade, mortalidade e efeitos adversos na qualidade de vida. Varios genes candidatos tem sido associados com a obesidade, desordens metabolicas e diabetes. Tem sido demonstrado que polimorfismos em dois dos mais proeminentes, FTO (Fat Mass and Obesity gene associated) e UCP-1 (proteina desacopladora 1), estao hiperexpressos na populacao caucasiana obesa. A associacao do polimorfismo destes genes com o fenotipo de obesidade e com uma populacao multi-etnica como a populacao Brasileira ainda nao foi descrita. Com o objetivo de avaliar a associacao entre o polimorfismo do gene do FTO e do gene da UCP-1 com obesidade extrema e com fatores de risco cardiovascular numa populacao multi-etnica, nos genotipamos SNPs (polimorfismos de um unico nucleotideo) rs9939609 no FTO e rs6536911, rs22705565 e rs12502572 no gene da UCP-1 de 126 brasileiros obesos morbidos [indice de massa corporal (IMC) . 42.9 } 5.6 kg/m2] e 113 controles nao obesos pareados etnicamente (IMC 22.6 } 3.5 kg/m2). A circunferencia abdominal, a pressao arterial sanguinea, a glicose e o perfil lipidico foram tambem mensurados. A genotipagem foi realizada usando TaqMan. SNP Genotyping Assays. Cada amostra foi tambem genotipada para 40 pequenos polimorfismos de insercao/delecao bialelicos (indels) para estabelecer a ancestralidade da populacao estudada e para a determinacao da proporcao de ancestralidade biogeografica de Europeus, Africanos e Amerindios na populacao Brasileira. O polimorfismo do SNP FTO rs9939609 e o polimorfismo do SNP da UCP-1 rs6536911 foram associados significativamente com o IMC (p= 0.04 e p
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- 2011
74. Níveis de t3 e t4 livres em pacientes portadores de hipotireoidismo primário em tratamento com levotiroxina
- Author
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Wiliam Pedrosa de Lima, Maria Marta Sarquis Soares, Eduardo Pimentel Dias, Ana Lucia Candido, and Pedro Guatimosim Vidigal
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Tireotropina/sangue ,T4 livre ,T3 livre ,Hipotireoidismo/quimioterapia ,Hipotireoidismo Primário ,Tireoglobulina/sangue ,Tiroxina/sangue ,Tratamento com levotiroxina ,Tiroxina/efeitos adversos ,Tiroxina/uso terapêutico - Abstract
O hipotireoidismo é uma doença que acomete um número significativo de indivíduos. Aproximadamente 2% das mulheres na vida adulta e 0,2% dos homens são acometidos. Pode ser classificado em primário (causa tireoidiana) e em secundário ou terciário (causa hipofisária ou hipotalâmica). O diagnóstico é realizado principalmente por meio da avaliação laboratorial, uma vez que as características clínicas apresentam baixas sensibilidade e especificidade. O tratamento do hipotireoidismo primário é realizado basicamente com a reposição de levotiroxina. Níveis elevados de T4 têm sido observados durante o tratamento do hipotireoidismo, mesmo em pacientes com níveis normais de TSH. Apesar do conhecimento de que concentrações elevadas de T4 podem surgir durante o tratamento do hipotireoidismo, eventualmente, quando ultrapassam o limite superior do intervalo de referência sugerem uma aparente discordância laboratorial se considerarmos que o TSH permanece normal nesses pacientes. Esse perfil de TSH normal e T4 livre aumentado pode ser encontrado, também, em outras situações clínicas (hipertiroxinemia disalbuminêmica familiar, resistência aos hormônios tireoidianos) e em uso de medicamentos (furosemida). Até o momento, poucos estudos dedicaram-se a estudar a proporção de valores alterados de T4 durante o tratamento do hipotireoidismo primário. Percentuais discrepantes como de 3,6% a 32,0% já foram observados. No entanto, tais estudos utilizaram intervalos de referência para T4 pré-estabelecidos por laboratórios, não utilizaram ensaios de TSH de terceira geração como critério bioquímico de controle e, por fim, foram realizados em pacientes que ingeriram doses mais altas de hormônio tireoidiano. O presente estudo avaliou 52 pacientes portadores de hipotireoidismo primário com TSH normal e comparou a um grupo controle de 95 indivíduos sem hipotireoidismo. A partir desse grupo foi possível criar um intervalo de referência para a população local. A dose de levotiroxina encontrada no presente trabalho foi a mais baixa dentre os estudos anteriores, de apenas 78 ± 23 g/dia. Encontramos um percentual de 19,2% de pacientes em tratamento regular com levotiroxina e que apresentavam valores elevados de T4 livre. As concentrações médias de T4 livre também foram mais elevadas no grupo em tratamento do que no grupo controle. Níveis de T3 livre mais baixos no grupo em tratamento foram observados nesse estudo. Concluiu-se que pacientes em tratamento com levotiroxina e com níveis normais de TSH apresentam concentrações elevadas de T4 livre, podendo atingir valores acima do limite superior do intervalo de referência, e níveis baixos de T3 livre, quando comparados a um grupo controle. Como esperado, a relação T4 livre/T3 livre foi mais elevada nos pacientes em uso de levotiroxina. Hypothyroidism is a disease that affects a significant number of people. Approximately 2% of adult women and 0.2% of men are affected. The disease can be classified into primary (thyroid cause) and secondary or terciary (pituitary or hypothalamic cause) hypothyroidism. The diagnosis is generally made by laboratory investigation since clinical characteristics show low sensitivity and specificity. At present, primary hypothyroidism is basically treated by levothyroxine replacement therapy. Elevated T4 concentrations have been observed during treatment of hypothyroidism even in patients with normal TSH levels. Despite the knowledge that T4 concentrations may increase during treatment of hypothyroidism, there is disagreement once they exceed the upper reference limit considering that TSH remains normal in these patients. This profile of normal TSH and elevated free T4 is also observed in other clinical conditions (familial dysalbuminemic hyperthyroxinemia, resistance to thyroid hormones) and during the use of certain drugs (furosemide). Few studies have so far determined the proportion of altered T4 levels during treatment of primary hypothyroidism. Variations ranging from 3.6% to 32% have been reported. However, these studies used T4 reference ranges pre-established by the laboratories, did not employ third-generation TSH assays as a biochemical control criteria, and involved patients who ingested high doses of thyroid hormone. The present study evaluated 52 patients with primary hypothyroidism and normal TSH and compared them to a control group of 95 subjects without hypothyroidism. This group permitted the creation of the reference range for the local population. The levothyroxine dose found in the present study was the lowest among those reported previously, only 78 ± 23 g/day. The percentage of patients who regularly used levothyroxine and who presented free T4 levels above the upper reference limit was 19,2%. Mean free T4 concentrations were also higher in the treated group than in the control group. Free T3 levels were lower in the treated group. In conclusion, patients treated with levothyroxine and with normal TSH levels frequently present free T4 levels above the upper reference limit, elevated free T4 concentrations, and low free T3 levels when compared to a control group. As expected, the free T4/free T3 ratio was higher in patients using levothyroxine
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- 2011
75. Avaliação da resistência à insulina e da adiponectinemia no prolactinoma
- Author
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Lilian Freitas de Assunc?o Alves Rodrigues, Antonio Ribeiro de Oliveira Junior, Maria Marta Sarquis Soares, and Beatriz Santana Soares
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Hiperlipidemia ,Prolactinoma ,Resistência à insulina ,Hiperlipidemias ,HOMA-IR ,Adiponectina - Abstract
A prolactina (PRL) é um hormônio multifuncional secretado pelas células lactotróficas da hipófise, cujos receptores estão localizados em vários tecidos. Prolactinomas são adenomas da hipófise que produzem e secretam PRL. A hiperprolactinemia associa-se a obesidade, resistência à insulina e disfunção endotelial. O controle dos níveis de PRL proporciona melhora dos parâmetros metabólicos. A resistência à insulina é a inabilidade desta de exercer suas numerosas ações, apesar de secreção pelas células beta preservada, e pode ser medida pelo cálculo do modelo de avaliação da homeostase de resistência à insulina (HOMA-IR). A adiponectina é uma proteína secretada principalmente pelos adipócitos, cujos valores reduzem-se na obesidade e na resistência à insulina. Seus níveis baixos relacionam-se ao risco aumentado de desenvolver diabetes. Evidências sugerem que a PRL inibe a liberação da adiponectina. Durante a gravidez e lactação níveis de adiponectina mostraram-se baixos, entretanto, em pacientes com prolactinoma os dados ainda são escassos. O objetivo desta dissertação foi avaliar as alterações metabólicas relacionadas à resistência à insulina e os níveis de adiponectina no prolactinoma e comparar com controles hígidos (GC) pareados para idade, gênero e índice de massa corporal (IMC). Fezse avaliação transversal de 40 pacientes com prolactinoma, selecionados no Serviço de Endocrinologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais, entre julho de 2008 e maio de 2010. Todos os sujeitos assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. Os pacientes com prolactinoma foram alocados em dois grupos: a) 20 com prolactinoma descontrolado (PRLD), definido como sintomas de hiperprolactinemia e níveis elevados de PRL; b) 20 com prolactinoma controlado (PRLC), definido como ausência de sintomas de hiperprolactinemia e níveis normais de PRL nos últimos seis meses. As variáveis foram: índice de massa corporal (IMC), circunferência abdominal (CA), relação cintura/quadril (RCQ), pressão arterial (PA), perfil lipídico (colesterol total, CT; LDL colesterol, LDL-c; HDL colesterol, HDL-c e triglicérides, TG), HOMA-IR, adiponectina e síndrome metabólica. Não houve diferença estatística quanto a idade, gênero, IMC, PA, CT e LDL-c entre os grupos. As variáveis CA, RCQ, TG, HOMA-IR e síndrome metabólica foram significativamente maiores no grupo PRLD e os níveis de HDL-c e adiponectina foram significativamente menores no grupo PRLD. Os níveis de PRL foram 211,42±45,66, 15,69±2,45 e 13,74±1,08 ng/mL para PRLD, PRLC e GC, respectivamente (P
- Published
- 2011
76. avaliação do metabolismo glicêmico em pacientes transplantados depâncreas com enxerto pancreático funcionante através do sistema demonitorização contínua da glicose (cgms)
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Marcio Weissheimer Lauria, Antonio Ribeiro de Oliveira Junior, Marcelo Dias Sanches, Maria Marta Sarquis Soares, Joao Roberto de Sa, and Adriana Aparecida Bosco
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CGMS ,Transplante simultâneo rim-pâncreas ,Transplante de pâncreas/complicações ,Automonitorização da glicemia/métodos ,Pancreas Cirurgia ,Sistema de Monitorização Contínua da Glicose ,Glicemia/metabolismo ,Transplante de pâncreas ,Transplante isolado de pâncreas ,Metabolismo glicêmico ,Peptídeo C/sangue ,Diabetes mellitus tipo 1/complicações ,Sobrevivência de enxerto - Abstract
Justificativa: A identificação dos sujeitos transplantados de pâncreas que estão sob risco de retornar ao estado diabético por perda do enxerto ou por qualquer outra causa é difícil e, muitas vezes, adiada. Os parâmetros bioquímicos disponíveis e as ferramentas de imagem ainda carecem de precisão para o diagnóstico precoce da deficiência do pâncreas transplantado. Objetivos: O presente trabalho objetivou estudar diferentes ferramentas de monitorização do metabolismo glicêmico (métodos tradicionais e o sistema de monitorização contínua da glicose-CGMS) em pacientes portadores de transplante de pâncreas (TXP) [Transplante de pâncreas isolado (TPI) e transplante simultâneo rim-pâncreas (TRP)] com enxertos funcionantes. Método: Foram feitos dois estudos transversais seguidos por um estudo observacional prospectivo. O primeiro estudo transversal se constituiu na análise comparativa dos resultados dos seguintes testes tradicionais de avaliação do metabolismo glicêmico entre pacientes portadores de TPI e TRP funcionantes: teste oral de tolerância à glicose (TOTG), dosagem do peptídeo C, hemoglobina glicada (A1C), insulina (INS), função renal e dos lípides séricos. O segundo estudo transversal utilizou o CGMS, comparando os resultados em um subgrupo de pacientes de cada um dos tipos de transplantes e também em grupos-controle: indivíduos saudáveis (IS) (controle negativo) e diabéticos tipo 1 em tratamento intensivo (MDI) (controle positivo). No estudo longitudinal de cinco anos, analisou-se a incidência de rejeição do enxerto pancreático, quando então se buscou co-relacionar os dados de desfecho por perda do enxerto com os dados basais do CGMS. Resultados: Sessenta e quatro pacientes (46 TRP e 18 TPI) participaram do primeiro estudo transversal, tendo 39,8±9,3 anos de idade, sendo predominantemente do sexo masculino (60,9%) e possuindo seguimento médio de 25,4±10,4 meses após o transplante. A maioria dos pacientes com transplante de pâncreas funcionantes a longo prazo, embora hiperinsulinêmicos (INS= 14,4± 9,1 uU/mL), mantiveram bom controle da glicose sem o uso de insulina exógena ou antidiabéticos orais (HbA1C=5,9± 0,7%). Não houve diferenças significativas relativas à glicose e ao perfil lipídico entre os grupos TPI e TRP, apesar dos pacientes com TPI apresentarem níveis mais elevados de tacrolimus (7,9± 2,7 vs 6,2± 2,0 ng/mL; p=0,01) e pior função renal (creatinina=1,8± 1,2 vs 1,2±0,7 mg/dL; p=0,04). Quarenta indivíduos realizaram o estudo com CGMS: 12 com TRP funcionantes, 10 com TPI funcionantes, 10 IS e 8 MDI. A concentração média da glicose intersticial e a variabilidade foram significativamente maiores no grupo MDI que nos demais grupos em todos os parâmetros estudados (p0,05), mas foi superior no grupo MDI (42±39,1 mg/dL, p 0.05), but was higher in the T1DM group (42 ± 39.1 mg/dL, p
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- 2010
77. Frequência das alterações laboratoriais e custo-efetividade de exames na investigação de osteoporose
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Bruna Coelho Galvão Marinho, Maria Marta Sarquis Soares, Eli Iola Gurgel Andrade, and Beatriz Santana Soares Rocha
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Densidade Óssea ,Teriparatida ,Remodelação Óssea ,Cálcio ,Vitamina D ,Densidade mineral óssea ,Osteoporose ,Hipercalciúria - Abstract
A osteoporose (OP) é a doença osteometabólica mais comum. É caracterizada por redução de massa óssea e qualidade óssea alterada com consequente fragilidade óssea e aumento do risco de fraturas. Vários fatores podem contribuir para perda de massa óssea e eles devem ser identificados e corrigidos para que o tratamento da osteoporose seja eficaz. Este estudo tem o objetivo de avaliar a frequência das alterações laboratoriais e o custo-efetividade de exames na investigação de OP. Estudo quantitativo transversal em que foram analisados 185 prontuários de pacientes do sexo feminino, na pós-menopausa, atendidas no ambulatório de endocrinologia geral do Hospital Felício Rocho, em Belo Horizonte, Brasil, com diagnóstico de OP realizado através de densitometria mineral óssea de coluna lombar e/ou fêmur proximal. Foram excluídos pacientes com insuficiência renal ou hepática ou sabidamente com doença ou em uso de medicamento que resulte em perda de massa óssea. O cálcio foi o exame mais solicitado (100% das pacientes) na investigação laboratorial da OP, mas esteve alterado em apenas 8,65% das pacientes. O hormônio tireoestimulante (TSH) foi o segundo exame mais solicitado, estando alterado em 12,57% dos casos. O paratormônio (PTH) foi solicitado para 82,16% das pacientes e esteve alterado em 35,53% delas, enquanto a calciúria foi solicitada para 67,03% e esteve alterada em 18,55%. A 25 hidroxi-vitamina D (25OHD) foi o exame mais alterado (42,11%) nesta população, sendo solicitado para 82,16% das pacientes. O exame de fator de crescimento insulina-like 1 (IGF1) foi solicitado apenas em 2,7% das pacientes, mas estava alterado em 40,0%, por ter sido solicitado apenas em pacientes com alta suspeita diagnóstica. A eletroforese de proteína foi realizada em 23,78% das pacientes, com alteração em 13,64% dos exames. Nenhuma paciente teve cortisol ou anticorpos para triagem de doença celíaca alterados. Para a avaliação de custo-efetividade da investigação laboratorial de OP foi avaliado o grupo de pacientes (n=62) sem tratamento para OP que realizou todos os exames da “propedêutica mínima” completa, que são: cálcio, calciúria, PTH, 25OHD e TSH. Estratégias com estes exames foram montadas com objetivo de avaliar o custo e a eficácia de cada estratégia em diagnosticar desordens que alteram a massa óssea. A estratégia que solicita PTH, calciúria e 25OHD para todas as pacientes e TSH para aquelas usuárias de levotiroxina realiza 100% dos diagnósticos a um custo de R$123,34 por paciente e R$149,94 por diagnóstico. Já a estratégia que solicita PTH e calciúria para todas as pacientes, 25OH para aquelas em que um dos exames anteriores esteja alterado e TSH para as usuárias de levotiroxina diagnostica 84,31% das desordens a um custo menor, de R$98,42 por paciente e R$141,91 por diagnóstico. Não há consenso sobre qual a propedêutica mínima a ser solicitada na avaliação de pacientes com OP. Várias desordens que alteram massa óssea são comuns e de fácil diagnóstico e tratamento. Na população deste estudo, os exames de calciúria, PTH, 25OHD e TSH foram custo-efetivos na investigação das principais desordens que contribuem para baixa massa óssea. Osteoporosis (OP) is the most common osteometabolic disease. It is characterized by reduced bone mass and bone quality deterioration with consequent increase in bone fragility and fracture risk. Several factors may contribute to bone loss and they should be identified and corrected so that OP treatment can be effective. This study aims to assess the frequency of laboratory abnormalities and cost-effectiveness of tests used in OP investigation. Cross-sectional quantitative study analyzed 185 charts of, postmenopausal women attending the general outpatient clinic of Endocrinology at Felicio Rocho, Hospital - Belo Horizonte, Brazil; OP diagnois was made by lumbar spine and / or proximal femur bone mineral densitometries. Patients with renal or hepatic or other diseases or in use of medication that could result in loss of bone mass were excluded. Calcium was the most requested test (100% of patients) in the laboratory investigation of the OP, but was altered in only 8.65% of patients. The thyroid-stimulating hormone (TSH) was the second most requested test and was amended in 12.57% of cases. The parathyroid hormone (PTH) was requested for 82.16% of patients and was abnormal in 35.53% of them, while calciuria was requested for 67.03% and was abnormal in 18.55%. The 25-hydroxy vitamin D (25OHD) was the more frequently amended (42.11%) test in this population, being asked to 82.16% of patients. The examination of insulin growth factor-like 1 (IGF1) was requested in only 2.7% of patients, but was changed in 40.0%, having been asked only in patients with high clinical suspicion. Protein electrophoresis was performed in 23.78% of patients and was abnormal in 13.64% of patients. No patient had cortisol or screen antibodies for celiac disease changed. To assess the cost-effectiveness of laboratory investigation of OP we used the group of patients without treatment for OP who performed all examinations of the “minimal complete workup” (n = 62), which are: calcium, urine calcium, PTH, and 25OHD TSH. Strategies on these tests were assembled to evaluate the cost and effectiveness in diagnosing disorders that affect bone mass. The strategy using PTH, urine calcium and 25OHD for all women and TSH for those users of levothyroxine performs 100% of diagnoses at a cost of R$ 123.34 per patient and R$ 149.94 per diagnosis. The strategy using PTH and urinary calcium for all patients, 25OH for those with abnormalities in one of the previous tests and TSH for users of levothyroxine identified 84.31% of the disorders at a lower cost of R$ 98.42 per patient and R$ 141.91 per diagnosis. There is no consensus on the minimum workup to evaluate patients with OP. A number of disorders that affect bone mass are common and easily diagnosed and treated. In this study population, calciuria, PTH, 25OHD and TSH were cost-effectiveness in the investigation of major disorders that contribute to low bone mass.
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- 2010
78. Estudo de familias com neopastia endocrina multipla tipo 2A, 2B e carcinoma medular familiar: correlação genotipo, fenótipo e isoformas da proteína RET (RET 9 e RET 51)
- Author
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Elizabete Rosaria de Miranda, Maria Marta Sarquis Soares, Luiz Armando Cunha De Marco, Paula Vieira Teixeira Vidigal, Maria de Fatima Haueisen S Diniz, Rui Monteiro de Barros Maciel, and Beatriz Santana Soares
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Carcinoma medular da tireóide ,Neoplasias da glândula tireóide ,Neoplasia endócrina múltipla tipo 2 (MEN-2) ,Neoplasia endócrina múltipla tipo 2A/genética ,Carcinoma medular ,RET ,Isoformas de Proteínas ,Proteínas Proto-Oncogênicas c-ret ,Isoformas da proteína RET - Abstract
A neoplasia endócrina múltipla Tipo 2 (MEN-2) é uma síndrome hereditária que compreende: carcinoma medular da tireoide (CMT), hiperparatireoidismo primário, feocromocitoma e outras doenças não-endócrinas. Está subdividida em três desordens fenotípicas relacionadas: MEN-2A, MEN-2B e apresentação única do carcinoma medular familiar da tireoide (FMTC). A MEN-2A compreende CMT (95% a 100% dos casos), feocromocitoma (30% a 50%) e a hiperplasia daparatireoide (10% a 30%). A MEN-2B apresenta CMT (95% a 100%),feocromocitoma (30% a 50%), neurofibromatose de mucosas e do tratogastrointestinal e anomalias músculo-esqueléticas em 100% dos casos. A MEN-2 está associada a mutações no proto-oncogene RET (10q11.2), que determinam a ativação permanente do receptor RET . O proto-oncogene RET gene codifica cerca de 10 isoformas, sendo as isoformas RET 9 e RET 51, as mais importantes no desenvolvimento da MEN-2. Para a determinação da correlação genótipo-fenótipo eisoformas da proteína RET (RET 9, RET 51 e resíduo Tyr Y1062) foram estudados 58 indivíduos residentes no Estado de Minas Gerais (33 casos de CMT isolados e 25 familiares). Foram utilizadas as técnicas de sequenciamento genético do sangue periférico e imunoistoquímica dos blocos de parafina provenientes do tratamento cirúrgico a que haviam sido submetidos os pacientes. O fenótipo mais prevalente foi o FMTC e a mutação observada foi a L790F. Vinte e três pacientes apresentaram oSNP L790F, seis pacientes o SNPG691S e quatro pacientes o SNP A764A, não relatado na literatura. O número reduzido de pacientes com MEN-2 dos quais se obteve material parafinizado não permitiu a interpretação da correlação entre o fenótipo, o genótipo e a expressão das isoformas da proteína RET. Acredita-se que o trabalho tenha relevância clínica e laboratorial por ser a primeira tentativa de investigação e registro dos pacientes com CMT esporádico e CMT familiar (MEN-2) no Estado de Minas Gerais. The multiple endocrine neoplasia Type 2 (MEN-2) is a hereditary syndrome comprising: medullary thyroid carcinoma (MTC), primary hyperparathyroidism, pheochromocytoma and other non-endocrine diseases. Is subdivided into three phenotypic related disorders: MEN-2A, MEN-2B and familial medullary thyroid carcinoma (FMTC). The MEN-2A comprises MTC (95% to 100% of cases), pheochromocytoma (30% to 50%) and parathyroid hyperplasia (10% to 30%). The MEN-2B presents MTC (95% to 100%), pheochromocytoma (30% to 50%), ganglioneuromatosis of the gastrointestinal tract, and an asthenic "Marfanoid" body habitus. in 100% of cases. The MEN-2 is associated with mutations in proto-oncogene RET (10q11), which determine the standing of the RET receptor activation. The protooncogene RET gene encodes around 10 isoformas, and isoformas RET 9 and RET 51, the most important in the development of MEN-2. For the determination of correlation genotype-phenotype and isoformas protein RET (RET 9, RET 51 and residue Tyr Y1062) were studied 58 individuals resident in the State of Minas Gerais (33 cases of MTC isolated and 25 family). Were used genetic sequencing techniques of peripheral blood and immunohistochemistry of paraffin blocks from surgical treatment that hadundergone patients. The most prevalent phenotype was FMTC and mutation observed was the L790F. Twenty-three patients presented the SNP L790F, six SNPG691S patients and four patients the SNP A764A, not reported in the literature. The small number of patients with MEN-2 from whom the paraffin blocks were obtained has not allowed the interpretation of the correlation between genotype and phenotype, and theexpression of isoformas protein ret. The work has relevance clinical and laboratory for being the first attempt to research and patient record with CMT sporadic and CMT family (MEN-2) in the State of Minas Gerais.
- Published
- 2010
79. Frequência dos fatores de risco cardiovascular nos pacientes acromegálicos com doença controlada e descontrolada
- Author
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Simone Magnavita Sabino, Antonio Ribeiro de Oliveira Junior, Alexandre Varella Giannetti, and Maria Marta Sarquis Soares
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Doenças cardiovasculares ,Dislipidemias ,Diabetes mellitus ,Síndrome metabólica ,Obesidade ,Fatores de risco ,Dislipidemia ,Fatores de risco cardiovascular ,Doenças metabólicas ,Hipertensão arterial ,Acromegalia ,Hipertensão - Abstract
Apesar de rara, a acromegalia e uma doenca associada a um risco demortalidade 2 a 4 vezes maior do que aquele da populacao com mesmo sexo e idade. Esse risco e reduzido quando os pacientes passam a apresentar controle da doenca. Alem disso, a principal causa de morte nos acromegalicos e cardiovascular e diversos estudos ja demonstraram aumento da frequencia dos fatores de risco cardiovascular nesses pacientes em comparacao a populacao saudavel. Entretanto, muita controversia ainda existe a respeito devarios aspectos da acromegalia como a definicao do melhor ponto de corte de hormonio do crescimento (GH) que resultaria em controle da doenca. Paralelamente a esses fatos, avancos recentes foram feitos e especial enfase tem sido dada aos aspectos geneticos e moleculares da doenca. Todas essas constatacoes motivaram a realizacao dessa dissertacao na forma de dois artigos. O primeiro artigo teve como objetivo testar a hipotese de que as frequencias dos fatores de risco cardiovascular e sindrome metabolica seriam maiores entre os pacientes acromegalicos com doenca descontrolada em comparacao aqueles com doenca controlada. Para tanto, foram avaliados 68pacientes acompanhados nos ambulatorios de Neuroendocrinologia daFaculdade de Medicina da UFMG, da Santa Casa Belo Horizonte e nosconsultorios particulares de Endocrinologia de Belo Horizonte. Os dados foram coletados de Dezembro de 2006 a Dezembro de 2008. Foram dosados nos pacientes do estudo os niveis basais de GH, IGF-1, colesterol total e fracoes, triglicerides, glicemia em jejum e insulina em jejum. Foram tambem realizadas as medidas de cintura, peso, altura e pressao arterial pelo mesmo observador. Os pacientes foram questionados quanto ao habito tabagico e uso de medicamentos. Apartir dos niveis de GH e IGF-1, os pacientes foram alocados em dois grupos: pacientes com doenca controlada: GH
- Published
- 2009
80. Alterações ultrassonográficas de paratireóide podem predizer evolução clínica de pacientes em diálise com hiperparatirioidismo secundário?
- Author
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Claudia Ribeiro, Lucas Jose de Campos Machado, Maria Goretti Moreira Guimaraes Penido, Maria Marta Sarquis Soares, and Marcelo de Sousa Tavares
- Subjects
Insuficiência renal ,Hiperparatireoidismo secundário ,Ultrassonografia ,Paratireoidectomia ,Insuficiência renal crônica ,Clínica médica ,Diálise - Abstract
Introdução: O achado de paratireóides aumentadas à ultrassonografia (US) indica má resposta ao tratamento em pacientes com hiperparatireoidismo secundário à insuficiência renal (IR).Métodos: Oitenta e cinco pacientes com níveis de PTH maiores de 800pg/mL de janeiro de 2005 a janeiro de 2006 foram submetidos a US e acompanhados até janeiro de 2009. Foram avaliados parâmetros laboratoriais(cálcio(Ca), fósforo(P), PTH, fosfatase alcalina e fosfatase alcalina óssea), clínicos e demográficos (etiologia da IR, sexo, idade, tempo em diálise, acesso vascular, uso de vitamina D) e ocorrência deóbito, eventos vasculares e alterações ósseas. Resultados: Cinquenta e três pacientes (62,4%) apresentavam nódulos de paratireóides e maiores níveis de PTH, Ca e P. Não houve associação entre ocorrência de nódulo e morbimortalidade. Os pacientes submetidos à paratireoidectomia (15 pacientes) apresentaram melhora significativa dos níveis de P e produto Ca x P (P= 0,03 e 0,006 respectivamente). Também apresentaram menor mortalidade (32 % vs 68%; p = 0,01) emenor ocorrência de eventos cardiovasculares ou cerebrovasculares ( 27% vs 73%.; p = 0,02). Produto Ca x P acima de 55mg²/dL (RR 1,48 [1,06; 2,08], p = 0,03) , presença de calcificação vascular (1,33 [1,01; 1,76], p = 0,015) e ocorrência anterior de eventos vasculares (RR 2,25 [1,27; 3,98], p < 0,001 ) foram fatores de risco de mortalidade nesta população. Conclusão: A presença de nódulos de paratireóides à US está associada a pior perfil osteometabólico em pacientes com hiperparatireoidismo grave, mas não pode predizer evolução clínica destes pacientes. Paratireoidectomia está associada com menormorbidade cardiovascular e menor mortalidade em pacientes com nódulos. Mais estudos são necessários para definir a utilidade da US na condução do hiperparatireoidismo secundário à IR. Introduction: The ultrasonographic finding of increased parathyroid indicates poor response to treatment in patients with hyperparathyroidism secondary to renal insufficiency (RI).Methods: Eighty-five patients with levels of PTH higher than800pg/mL, from January 2005 to January 2006 were submitted to US and followed until January 2009. We evaluated laboratory parameters, clinical and demographic data and occurrence of death, vascular events and bone disease. Results: Fifty-three patients (62.4%) had parathyroid nodules and higher levels of PTH, Ca and P. There was no association between nodule occurrence AND morbidity or mortality. Patients who underwent parathyroidectomy (n = 15) showed significant improvement in phosphorus levels as well as Ca x P product (P = 0.03 and 0.006 respectively). They also had lower mortality (32% vs 68%, p = 0.01) and lower incidence of cardiovascular or cerebrovascular events (27% vs 73%., P = 0.02). Calcium x Phosphorus product above 55mg ² / dL (RR 1.48 [1.06, 2.08], p = 0.03), presence of vascular calcification (1.33 [1.01, 1.76], p = 0.015) previous occurrence of vascular events (RR 2.25 [1.27, 3.98], p
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- 2009
81. Parâmetros de predição de risco cardiovascular em pacientes infectados pelo HIV
- Author
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Milena Maria Moreira Guimaraes, Lucas Jose de Campos Machado, Dirceu Bartolomeu Greco, Maria Marta Sarquis Soares, Unai Tupinambas, Adriana Aparecida Bosco, and Nêmora Tregnago Barcellos
- Subjects
Doenças cardiovasculares ,Fatores de risco ,Anti-retrovirais/uso terapêutico ,Clínica médica ,Terapia anti-retroviral de alta atividade ,Infecções por HIV ,Ciências Aplicadas à Saúde do Adulto - Abstract
Introdução: A epidemia da infecção pelo HIV continua se propagando em condições alarmantes e estimava-se que em 2007 cerca de 33 milhões de pessoas estariam vivendo com o HIV em todo o mundo. Após a introdução da terapia anti-retroviral de alta potência, chamada em inglês de highly active antiretroviral therapy (HAART) a infecção pelo HIV evoluiu com características de uma doença crônica, em que há um bom controle imuno-virológico na grande maioria dos casos. Entretanto, as reações adversas aos fármacos transformaram-se em desafios com os quais toda a equipe que dá assistência ao paciente infectado pelo HIV precisa lidar. As alterações metabólicas (dislipidemia e alterações da homeostase da glicose) e modificações da gordura corporal, que começaram a ser descritas após a introdução da terapia anti-retroviral (TARV) combinada, são conhecidos fatores de risco cardiovascular na população geral. O objetivo geral deste trabalho foi avaliar fatores preditivos de risco cardiovascular em pacientes infectados pelo HIV em tratamento anti-retroviral (ARV) ou não e os objetivos específicos foram verificar a associação entre o uso de anti-retrovirais e os níveis de proteína C reativa ultra-sensível (PCR-us); correlacionar os níveis de PCR-us a tradicionais fatores de risco cardiovascular e a parâmetros próprios da infecção pelo HIV e comparar as equações de avaliação de risco cardiovascular de Framingham, SCORE (Systematic Coronary Risk Evaluation) e PROCAM (Prospective Cardiovascular Munster) em pacientes infectados pelo HIV sem doença cardiovascular clinicamente aparente. Metodologia: Esta tese é apresentada no formato de três artigos. No primeiro artigo realizou-se revisão de artigos médicos relacionados às complicações cardiovasculares em pacientes infectados pelo HIV, principalmente as doenças isquêmicas, antes e após o uso da terapia anti-retroviral de alta potência. Foi dado maior destaque aos estudos longitudinais avaliando incidência de eventos cardiovasculares na população infectada pelo HIV. No segundo artigo foram avaliados os níveis da PCR-us em pacientes tratados ou não com ARV e sua correlação com fatores tradicionais de risco cardiovascular como níveis glicêmicos e de lípides plasmáticos e com fatores próprios da infecção pelo HIV, como carga viral e contagem de linfócitos CD4+. Foram avaliados 171 pacientes, sendo 129 pacientes usuários de drogas anti-retrovirais e 42 não usuários. Estes pacientes foram submetidos a avaliação antropométrica, medida da pressão arterial, exames laboratoriais, ultrassonografia para medida da gordura intra-abdominal e impedanciometria. No terceiro artigo foi realizada uma comparação entre equações para cálculo de risco cardiovascular (equações de Framingham, SCORE e PROCAM) em pacientes infectados pelo HIV não portadores de doença cardíaca sabidamente manifesta. Foram incluídos 220 pacientes, sendo 164 usuários de ARV e 56 não usuários. Resultados: Primeiro artigo: A maior parte dos estudos já publicados em que foram avaliadas grandes populações infectadas pelo HIV acompanhadas durante vários anos mostrou maior incidência de eventos cardiovasculares nesta população quando comparada à população geral. Entretanto, os dados são bastante controversos. Ainda não está claro o papel que os medicamentos ARV, a inflamação sub-clínica secundária à infecção pelo HIV e os transtornos metabólicos podem desempenhar no desenvolvimento da doença aterosclerótica nesta população. Os estudos prospectivos observacionais desenhados para esta finalidade poderão ser mais esclarecedores. Segundo artigo: Os níveis plasmáticos da PCR-us foram mais elevados em pacientes em uso de ARV (p
- Published
- 2009
82. Células tronco mesenquimais: diferenciação osteogênica in vitro estimulada pela atividade física in vivo com e sem bloqueio de óxido nitrico sintase e sua aplicação no tratamento local de osteoporose de ratas
- Author
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Natalia de Melo Ocarino, Rogeria Serakides, Alfredo Miranda de Goes, Umeko Marubayashi, Patricia Valerio, Adriana Bozzi de Melo, Maria Marta Sarquis Soares, and Eliane Goncalves de Melo
- Subjects
Veterinária ,osteoporose ,célula tronco ,Células tronco ,diferenciação osteogência ,Rato como animal de laboratório - Abstract
Foram realizados três experimentos. O experimento 1 avaliou o efeito da atividade física com e sem inibição da oxido nítrico sintase na histomorfometria óssea de ratas com osteoporose. O experimento 2 avaliou a diferenciação osteogênica in vitro de células tronco mesenquimais (CTM) de ratas com osteoporose submetidas à atividade física com e sem inibição da oxido nítrico sintase. O experimento 3 avaliou o efeito da injeção intra-óssea de CTM diferenciadas invitro no tratamento da osteoporose femoral de ratas. Concluiu-se que o óxido nítrico atua como mediador dos efeitos da atividade física sobre o osso de ratas com osteoporose. As CTM das ratas com osteoporose apresentaram menor diferenciação osteogênica. A atividade físicaaumentou a diferenciação osteogênica de CTM de ratas com osteoporose. A inibição da óxido nítrico sintase teve efeito negativo na diferenciação osteogênica de CTM de ratas normais e com osteoporose submetidas à atividade física, mas aumentou a diferenciação osteogênica de CTM de ratas com osteoporose sedentárias. O tratamento da osteoporose femoral com CTM diferenciadas promoveu aumento da porcentagem de tecido trabecular igualando-o ao grupocontrole em todo o fêmur Three experiments were performed. The experiment 1 evaluated the effect of the physicalactivity with and without the nitric oxide synthase inhibition in the bone histomorfometry of ratswith osteoporosis. The experiment 2 evaluated the osteogenic differentiation in vitro ofmesenchymal stem cells (MSCs) of rats with osteoporosis submitted to the physical activitywith and without nitric oxide synthase inhibition. The experiment 3 evaluated the effect of theintra-bone injection of differentiated MSCs in vitro in the treatment of the femoral osteoporosisof rats. It was conclude that the nitric oxide acts as mediator of the effects of the physicalactivity on the bone of rats with osteoporosis. MSCs of the rats with osteoporosis presentedsmaller osteogenic differentiation. The physical activity increased the osteogenic differentiationof MSCs of rats with osteoporosis. The nitric oxide synthase inhibition had negative effect inthe osteogenic differentiation of MSCs of normal rats and with osteoporosis submitted to thephysical activity, but it increased the osteogenic differentiation of MSCs of rats with sedentaryosteoporosis. The treatment of the femoral osteoporosis with differentiated MSCs promotedincrease the trabecular bone percentage for values similar to the control group in the wholefemur
- Published
- 2008
83. Estudo de prevalência do estigma fenotípico sindactilia nos pés de pacientes diabéticos do Tipo 2
- Author
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Leonardo Mauricio Diniz, Valeria Maria de Azeredo Passos, Fernando Augusto Proietti, Maria Marta Sarquis Soares, Jose Otavio Penido Fonseca, André Fernandes Reis, and Eduardo Faerstein
- Subjects
Probabilidade ,Clinica Médica ,Diabetes mellitus tipo 2/complicações ,Pé diabético ,Fenótipo ,Clínica médica ,Sindactilia/genética ,Sindactilia/complicações - Abstract
Foi pesquisada a presença de sindactilia em pacientes diabéticos com o objetivo de verificar se sua freqüência seria diferente da encontrada na população geral. Em estudo observacional (2003-2007) foram examinados os pés de 410 pacientes diabéticos tipo 2, idade 40 anos e fotografados aqueles com suspeita de sindactilia. As fotos foram examinadas por dois observadores independentes, para certificação dos achados. Os resultados foram avaliados pelos testes do x² e de análise bivariada. Foram encontrados 107/410 casos de sindactilia do tipo I (26,1%), 104 em extensão parcial (25,4%) e 3/410 com fusão total (0,7%). A maior proporção ocorreu em pacientes diabéticos com IMC 25 40 anos e prevalênica de diabetes estimada em 8% (~120.000), na qual, pela probabilidade calculada de se encontrar individuos com sindactilia e diabetes simultaneamente, seriam esperados de 49 a 281 casos. A probabilidade de encontrar sindactilia em pacientes diabéticos do tipo 2 foi 1.300 vezes maior nestes pacientes do que a esperada na população de origem. A sindactilia é um achado raro, associado entre outras, a síndrome endócrinas que incluem diabetes e excesso de peso. O gene Fto foi associado à sindactilia em camundongos não obesos eo gene Fto, seu equivalente em humanos, associado à obesidade, Os achados dessa investigação sugerem que a sindactilia possa ser um marcador para diabetes e para sobrepeso.
- Published
- 2008
84. Efeito da triiodotironina (T3) na diferenciação osteogênica in vitro de células tronco mesenquimais da medula óssea de ratas
- Author
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Jankerle Neves Boeloni, Rogeria Serakides, Patricia Valerio, Maria Marta Sarquis Soares, Adriana Bozzi de Melo, and Eliane Goncalves de Melo
- Subjects
Células ,Células tronco mesenquimais ,diferenciação osteogênica ,Células tronco ,triiodotironina ,ratas ,Rato como animal de laboratório - Abstract
O objetivo deste estudo foi verificar o efeito dose dependente de T3 na diferenciação osteogênica de CTM de ratas. Utilizaram-se fêmur e tíbia de ratas Wistar (30 dias) para extração das CTM da medula óssea, cultivadas em DMEM enriquecido e soro fetal bovino a 37oC e 5% de CO2. Após quatro repiques, 1x105 CTM foram cultivadas em triplicata em DMEM enriquecido acrescido de ácido ascórbico, -glicerofosfato e dexametasona por 7, 14 e 21 dias com T3 (doses de 10-3nM, 10-2nM, 1nM e 100 nM) e sem T3 (controle). A caracterização fenotipica das células foi realizada antes da diferenciação osteogênica por citometria de fluxo. Durante a diferenciação osteogênica, foi avaliada a atividade da fosfatase alcalina pelo ensaio BCIP-NBT e a capacidade de conversão do MTT em cristais de formazan, ambos por espectrofotometria. O colágeno foi corado pelo sirius red, dosado em espectrofotômetro e avaliado em microscopia de campo escuro. Nódulos de mineralização foram corados pelo Von Kossa para avaliação do número de nódulos/campo e do diâmetro médio dos nódulos. As médias foram comparadas pelo teste SNK. Antes da diferenciação osteogênica, as células apresentaram expressão de CD73 (93,99%), CD54 (95,10%) e CD90 (86,77%) e ausência de expressão de CD45 (96,94%). A dose de 100nM apresentou efeito negativo na diferenciação osteogênica de CTM, com menor síntese de colágeno em comparação ao controle com formação de inúmeros cristais de fosfato de cálcio. A dose de 10-3nM apresentou síntese de colágeno, atividade de fosfatase alcalina e número de nódulos de mineralização superiores ao controle e semelhantes à dose de 10-2nM. Mas, 10-2nM demonstrou resultados ainda melhores sob a diferenciação osteogênica das CTM, havendo maior redução do MTT, melhor maturação do colágeno e maior diâmetro médio dos nódulos de mineralização. Conclui-se que o efeito de T3 na diferenciação in vitro das CTM é dose dependente, sendo 10-2nM a dose que promove melhor diferenciação osteogênica das CTM da medula óssea The objective of this study was to verify the dose-dependent effect of T3 in the osteogenic differentiation of MSC of female rats. Long bones (femur and tibia) from female Wistar rats (30 days) were obtained for the extraction of MSC from bone marrow, expanded in culture in enriched DMEM supplemented with fetal calf serum at 37ºC and 5% of CO2. After four passages, 1x105 MSC were cultivated in triplicate in enriched DMEM added to ascorbic acid, -glycerophosphate and dexamethasone for 7, 14 and 21 days with T3 (doses of 10-3nM, 10-2nM, 1nM and 100 nM) and without T3 (control). The phenotypic characterization of the cells was accomplished before the osteogenic differentiation by flow cytometry. During the osteogenic differentiation, the alkaline phosphatase activity was evaluated by the BCIP-NBT assay and the capacity of conversion of MTT in formazan crystals, both by espectrofotometry. The collagen was stained with sirius red, dosed in spectrophotometer and appraised in polarization microscopy. Mineralized nodules were stained by Von Kossa for evaluation of the number of nodules/field and mean nodules diameter. The means were compared by the SNK test. Before the osteogenic differentiation, the cells were positive for CD73 (93,99%), CD54 (95,10%) and CD90 (86,77%) and were negative for CD45 (96,94%). The dose of 100nM showed negative effect in the MSC osteogenic differentiation, with less collagen synthesis in comparison to the control and formation of countless calcium phosphate crystals. The 10-3nM dose showed collagen synthesis, alkaline phosphatase activity and mineralized nodules number higher then the control and similar to the 10-2nM dose. Nevertheless, the 10-2nM dose demonstrated better results under the MSC osteogenic differentiation, with more MTT reduction, better collagen maturation and larger mean diameter of the mineralized nodules. It was concluded that the T3 effect in the MSC in vitro differentiation is dose-dependent and the 10-2nM dose promotes better bone marrow MSC osteogenic differentiation
- Published
- 2008
85. Estudo dos genes WNT4 E CTNNB1 na síndrome de MAYER-ROKITANSKY-KÜSTER-HAUSER
- Author
-
Juliana Beaudette Drummond, Luiz Armando Cunha De Marco, Fernando Marcos dos Reis, Maria Marta Sarquis Soares, and HERICA CRISTINA MENDONÇA
- Subjects
Diferenciação sexual ,Sexo Causa e determinação ,ß-catenina ,WNT-4 ,Ductos de Müller ,Síndrome de Mayer-Rokitansky-Küster-Hauser ,Aparelho genital feminino - Abstract
A Síndrome de Mayer-Rokitansky-Kuster-Hauser (SMRKH), caracterizada pela malformação congênita do trato genital feminino, é a segunda causa mais freqüente de amenorréia primária em nosso meio, acometendo uma em cada 5000 mulheres nascidas vivas. No entanto, a base molecular da SMRKH ainda não é conhecida. A elucidação dos processos envolvidos na patogênese da SMRKH não só nos permitiria a compreensão desta condição relativamente comum, como também faria uma grande contribuição ao conhecimento sobre o controle genético da diferenciação sexual dos seres humanos, principalmente no tocante ao sexo feminino, que até recentemente, foi considerado o sexo da ausência. Com esses objetivos em vista, procuramos estudar dois genes amplamente envolvidos na determinação e diferenciação do sexo feminino WNT4 e CTNNB1 (-catenina 1, gene) em pacientes portadoras da SMRKH. O gene WNT4 é crucial para a manutenção da arquitetura ovariana durante o desenvolvimento embrionário e para a formação dos ductos de Müller. Recentemente, mutações no gene WNT4 foram descritas em pacientes portadoras de anomalias do trato genital feminino e hiperandrogenismo. No entanto, tais achados não foram confirmados em outros grupos de pacientes portadoras da SMRKH. A -catenina tem participação importante nas vias de sinalização dos WNTs e do hormônio anti-Mülleriano (AMH), principal responsável pela regressão dos ductos de Müller no sexo masculino. A estimulação das células mesenquimais peri-ductais pelo AMH determina acúmulo da -catenina. O exon 3 do gene CTNNB1 abriga seqüências nucleotídicas responsáveis pela codificação dos sítios de fosforilação da -catenina, essenciais para sua degradação; mutações nesses sítios determinam acúmulo citoplasmático e nuclear da -catenina, e poderiam determinar, em última instância, regressão anômala dos ductos de Müller nas pacientes afetadas. Estudamos seis pacientes portadoras da SMRKH, provenientes de um centro de infertilidade no Brasil. Os 5 exons do gene WNT4 e o exon 3 do gene CTNNB1 foram amplificados por PCR, com a utilização de iniciadores específicos, a partir de DNA genômico. Os produtos de PCR foram purificados e sequenciados em um sequenciador automático. Não encontramos mutações nos cinco exons do gene WNT4, tampouco no exon 3 do gene CTNNB1 no grupo de pacientes estudadas. Em nosso estudo, concluímos que mutações da região codificadora do gene WNT4 não estão associadas com a SMRKH e a procura de mutações nesse gene deve ser reservada para pacientes com anormalidades nos derivados de Müller associadas ao hiperandrogenismo. A presença de mutações no exon 3 do gene CTNNB1 é uma causa improvável da SMRKH. Outras moléculas efetoras das vias de sinalização WNT e AMH deveriam ser estudadas em busca do esclarecimento da base molecular da SMRKH, que ainda permanece obscura The Mayer-Rokitansky-Küster-Hauser (MRKH) syndrome is a congenital malformation of the female genital tract and is the second cause of primary amenorrhea, affecting one in every 5000 female live births. The genetic defect associated with the Mayer-Rokitansky-Küster-Hauser (MRKH) syndrome has not been determined. Its elucidation would not only shed light up on the pathogenesis of the MRKH syndrome, but would greatly contribute to the general understanding of the genetic control of human fetal sexual development, specially the female sex, which has always been considered the default pathway. We conducted this study to investigate whether two genes extensively involved with female sexual determination and differentiation - WNT4 and CTNNB1 (-catenin-1, gene) - are affected in patients with Müllerian defects. The gene WNT4 is crucial for maintenance of ovarian structure during fetal life and for Müllerian duct formation. Recently, WNT4 gene mutations were described in patients with Müllerian duct regression and hyperandrogenism. Nevertheless, this finding has not been confirmed in other groups of patients with the MRKH syndrome. -catenin is a key downstream component of both WNTs and AMH (anti-Müllerian hormone) signaling pathways; AMH is directly responsible for Müllerian duct regression in males and leads to -catenin stabilization in periductal mesenchymal cells. -catenin serine/threonine phosphorilation sites are codified by nucleotidic sequences in the exon 3 of the CTNNB1. Mutations affecting this exon protect -catenin protein from degradation, leading to its accumulation in the citoplasm and nucleus, which could ultimately contribute to a putative abnormal regression of the Müllerian ducts. Six female patients with the MRKH syndrome presenting to a Brazilian infertility center were studied. DNA was extracted from peripheral blood and subjected to PCR. After purification of PCR products, direct DNA automated sequencing to screen for nucleotide variation of the five coding exons of the WNT4 and the exon 3 of the CTNNB1 gene was performed. No significant nucleotidic variations on the WNT4 gene or on the exon 3 of CTNNB1 were found in this group of MRKH patients. In our study we concluded that WNT4 gene mutations are not associated with the MRKH syndrome. Screening for WNT4 mutations should be reserved for patients presenting with Müllerian defects and associated hyperandrogenism. Mutations on the exon 3 of CTNNB1 gene are an unlikely cause of the MRKH syndrome. Other dowstream effector molecules of the WNTs and AMH signaling pathways should be investigated in attempt to elucidate the genetic defect associated with the MRKH syndrome.
- Published
- 2007
86. Interleukin-6-174G/C polymorphism is associated with a decreased risk of type 2 diabetes in patients with chronic hepatitis C virus.
- Author
-
da Silva CB, Vieira DA, de Melo LF, Chagas ALS, Gomes AD, de Faria CLL Jr, Teixeira R, de Magalhães Queiroz DM, Rocha GA, Soares MMS, Bezerra JMT, and Silva LD
- Abstract
Background: Chronic hepatitis C (CHC) is associated with type 2 diabetes mellitus. Although the pathogenesis remains to be elucidated, a growing evidence has suggested a role of pro-inflammatory immune response. Increased serum concentrations of Interleukin 6 (IL-6) have been associated with insulin resistance, type 2 diabetes mellitus as well as advanced forms of liver disease in chronic hepatitis C infection., Aim: To investigate the frequency of IL-6-174G/C (rs1800795) single nucleotide polymorphism (SNP) in CHC patients and in healthy subjects of the same ethnicity. Associations between type 2 diabetes mellitus (dependent variable) and demographic, clinical, nutritional, virological and, IL-6 genotyping data were also investigated in CHC patients., Methods: Two hundred and forty-five patients with CHC and 179 healthy control subjects (blood donors) were prospectively included. Type 2 diabetes mellitus was diagnosed according to the criteria of the American Diabetes Association. Clinical, biochemical, histological and radiological methods were used for the diagnosis of the liver disease. IL-6 polymorphism was evaluated by Taqman SNP genotyping assay. The data were analysed by logistic regression models., Results: Type 2 diabetes mellitus, blood hypertension and liver cirrhosis were observed in 20.8% (51/245), 40.0% (98/245) and 38.4% (94/245) of the patients, respectively. The frequency of the studied IL-6 SNP did not differ between the CHC patients and controls ( P = 0.81) and all alleles were in Hardy-Weinberg equilibrium ( P = 0.38). In the multivariate analysis, type 2 diabetes mellitus was inversely associated with GC and CC genotypes of IL-6-174 (OR = 0.42; 95%CI = 0.22-0.78; P = 0.006) and positively associated with blood hypertension (OR = 5.56; 95%CI = 2.79-11.09; P < 0.001)., Conclusion: This study was the first to show that GC and CC genotypes of IL-6-174 SNP are associated with a decreased risk of type 2 diabetes mellitus in patients chronically infected with hepatitis C virus. The identification of potential inflammatory mediators involved in the crosstalk between hepatitis C virus and the axis pancreas-liver remains important issues that deserve further investigations., (©The Author(s) 2020. Published by Baishideng Publishing Group Inc. All rights reserved.)
- Published
- 2020
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87. [Analysis of factors associated with changes in the oral glucose tolerance test, regardless of the values of fasting glucose].
- Author
-
Lauria MW, Dias IN, Soares MM, Cordeiro GV, Barbosa VE, and Ramos AV
- Subjects
- Blood Glucose metabolism, Cross-Sectional Studies, Female, Glucose Intolerance blood, Humans, Male, Middle Aged, Multivariate Analysis, Blood Glucose analysis, Fasting metabolism, Glucose Intolerance diagnosis, Glucose Tolerance Test methods
- Abstract
Objective: To identify factors associated with changes in oral glucose tolerance test (OGTT), regardless of fasting glucose (FG)., Subjects and Methods: 377 patients (53.8 ± 15.2 years, 77.7% women and BMI = 31.4 ± 5.9 kg/m²) with no history of diabetes mellitus(DM), underwent OGTT and compared according to the results: normal (NGT), impaired (IGT) and DM., Results: 202 patients (53.6%) had altered glucose tolerance: 69 with DM (18.3%) and 133 with IGT (35.3%). In multivariate analysis, factors regardless of FG that were associated (P < 0.05) with changes in the OGTT were age (DM = 58.7 ± 12.9; IGT = 56.7 ± 14.3; NGT = 49.6 ± 15.6 years), hypertension (DM = 69.6%; IGT = 63.9%; NGT = 43.4%), FG (DM = 111.9 ± 9.2; IGT = 103.5 ± 10.3; NGT = 96.6 ± 11.1 mg/dL), HbA1C (DM = 6.1 ± 0.7%; IGT = 6.1 ± 0.5%; NGT = 5.8 ± 0.4%), triglycerides (DM = 179.3 ± 169.9; IGT = 154.2 ± 84.1; NGT = 129.1 ± 71.9 mg/dL), HDL-c (DM =44.7 ± 9.2; IGT = 47.5 ± 12.3; NGT = 50.6 ± 13.4 mg/dL) and uric acid in women (DM = 5.3 ± 1.5; IGT = 5.3 ± 1.3; NGT = 4.7 ± 1.3 mg/dL)., Conclusion: Age, hypertension, elevated triglycerides, HbA1C, uric acid (in women) and low HDL-C are associated with changes in the OGTT patients with overweight / obesity, irrespective of FG.
- Published
- 2011
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88. [Benign hepatic cyst mimicking thyroid carcinoma metastasis].
- Author
-
Gonçalves AP, Jorge CS, Resende JP, Villela JR, Soares MM, and Ramos AV
- Subjects
- Aged, Carcinoma, Papillary secondary, Diagnosis, Differential, Female, Humans, Radionuclide Imaging, Thyroglobulin therapeutic use, Ultrasonography, Whole Body Imaging, Carcinoma, Papillary diagnostic imaging, Cysts diagnostic imaging, Iodine Radioisotopes, Liver Diseases diagnostic imaging, Thyroid Neoplasms
- Abstract
Introduction: The follow-up of differentiated thyroid carcinoma (DTC) for detecting persistent or recurrent disease is based on iodine whole body scan (WBS), the evaluation of the tumor marker thyroglobulin (Tg), the anti-thyroglobulin antibody (anti-Tg) and neck ultrasonography (US). Well known false-positive causes of WBS include inflammatory processes, some non-thyroid tumors, kidney or even sebaceous cysts ., Methods: We reported a case of false-positive WBS, after therapeutic dose of (131I) NaI., Results: We enphasize the importance of recognizing benign liver cysts mimicking DTC metastasis., Conclusions: False-positive and negative results may occur with WBS and must be recognized to avoid mismanagement.
- Published
- 2009
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89. [Prevalence of vitamin D deficiency and its correlation with PTH, biochemical bone turnover markers and bone mineral density, among patients from ambulatories].
- Author
-
Silva BC, Camargos BM, Fujii JB, Dias EP, and Soares MM
- Subjects
- Adolescent, Adult, Aged, Aged, 80 and over, Ambulatory Care Facilities, Biomarkers blood, Bone Diseases, Metabolic blood, Bone Diseases, Metabolic diagnosis, Brazil epidemiology, Densitometry, Female, Humans, Hypothyroidism blood, Hypothyroidism diagnosis, Male, Middle Aged, Osteomalacia blood, Osteomalacia diagnosis, Osteoporosis blood, Prevalence, Statistics, Nonparametric, Vitamin D blood, Vitamin D Deficiency blood, Vitamin D Deficiency prevention & control, Young Adult, Bone Density, Bone Remodeling physiology, Osteoporosis diagnosis, Parathyroid Hormone blood, Vitamin D analogs & derivatives, Vitamin D Deficiency epidemiology
- Abstract
Consequences of VD deficiency include rickets and osteomalacia. However, marginal concentrations of 25-hydroxyvitamin D (25(OH)VD) are associated with secondary hyperparathyroidism and osteoporosis. In this context, levels of 25(OH)VD capable to elevate parathyroid hormone (PTH) could be considered as insufficient. The VD insufficiency, although widely prevalent, is still under-recognized and under-treated. The authors have studied 180 patients followed in a endocrinology clinic in Belo Horizonte, who had 25(OH)VD measured, correlating it with PTH, biochemical bone turnover markers and bone mineral density. To determine the sufficiency of VD, 25(OH)VD was correlated with PTH and the cutoff found was of 32ng/ml. CTX-1 and PTH were significantly negative correlated to 25(OH)VD and the prevalence of VD insufficiency was 42%. One concludes that the VD insufficiency is widely prevalent among patients who frequently come to our offices, alerting us for the importance to assess VD status more often and to practice politics for prevention of VD insufficiency.
- Published
- 2008
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