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Os hidrolisados de proteína e diversos outros compostos azotados extraídos de subprodutos de origem animal ou vegetal têm vindo a ter uma presença crescente na alimentação humana e nas rações para animais, bem como em produtos para a nutrição das plantas. As versões comerciais mais comuns destinadas à nutrição vegetal surgem como produtos ricos em aminoácidos livres e péptidos, e são sobretudo recomendados para aplicação foliar, embora alguns sejam também recomendados para fertirrega e hidroponia. A gama presente no mercado é extensa e de composição por vezes muito complexa, uma vez que os produtos comerciais contendo aminoácidos resultam frequentemente de misturas de hidrolisados de proteína com extratos de algas e micronutrientes. Destes produtos espera-se sobretudo um efeito “bioestimulante nas plantas”, com múltiplos benefícios potenciais para os processos fisiológicos, que possam conduzir a aumentos de produtividade e/ou qualidade dos produtos agrícolas. Contudo, a bibliografia internacional reporta também muitos fracassos com a utilização deste tipo de produtos, pelo que dispor de mais informação experimental é muito importante para se poder dar alguma orientação ao setor produtivo. info:eu-repo/semantics/publishedVersion

Uma gama variada de produtos é hoje comercializada como "bioestimulante" vegetal. Um bioestimulante vegetal é um produto que contém substâncias e/ou microrganismos cuja função é estimular processos naturais que beneficiem a absorção e a eficiência de uso de nutrientes, a tolerância a stresses abióticos, bióticos e/ou a qualidade dos produtos. A União Europeia reconheceu recentemente os bioestimulantes como uma categoria distinta dentro dos produtos fertilizantes [Regulamento (UE) 2019/1009, de 5 de junho). A gama de produtos que podem ser usados como bioestimulantes é virtualmente infinita. Alguns dos grupos mais importante são: i) hidrolisados de proteína (sobretudo aminoácidos livres); ii) extratos de algas marinhas; iii) ácidos húmicos e fúlvicos; iv) quitosana e outros biopolímeros; v) compostos inorgânicos; vi) fungos benéficos; e vii) bactérias benéficas. Os produtos comerciais podem ser baseados em apenas um destes materiais ou em misturas de vários produtos. A complexidade de materiais presentes nos mercados é enorme e uma boa parte está autorizada para agricultura biológica. O maior problema do ponto de vista científico é perceber os seus modos de ação, o que é virtualmente impossível devido à enorme complexidade da sua composição. Do ponto de vista comercial o maior problema é regular a qualidade dos produtos obtidos, a partir de matrizes por vezes complexas, e assegurar um efetivo efeito benéfico para as plantas. Na perspetiva do agricultor, os bioestimulantes são fatores de produção que têm um preço. Era importante saber se os efeitos na produtividade compensam os custos com o produto e a sua aplicação. É sobre este último aspeto que se debruçará esta comunicação usando com referência campos experimentais instalados em espécies produtoras de frutos secos. Financiado no âmbito do projeto EGIS • Estratégias de Gestão Integrada do Solo e da Água em Espécies Produtoras de Frutos Secos info:eu-repo/semantics/publishedVersion

A área cultivada de aveleira (Corylus avellana L.) em Portugal é relativamente baixa, ainda que exista algum potencial no centro e norte do país info:eu-repo/semantics/publishedVersion

Aplicação de algas marinhas em caldas foliaresA utilização de algas marinhas como alimento ou fertilizante agrícola é ancestral. Nos últimos anos elas têm surgido no mercado dos fertilizantes sobretudo na forma de extrato para aplicação ao solo, na água de rega, ou por via foliar. A sua concentração em nutrientes é diminuta e as doses aplicadas muito baixas, pelo que os seus efeitos nas plantas não serão devidos ao fornecimento de nutrientes. Nos últimos anos estes produtos têm vindo a ser designados de bioestimulantes e assume-se que têm um efeito positivo nas plantas para além da sua concentração em nutrientes. A designação de “bioestimulante para as plantas” foi recentemente adotada pela União Europeia, que passou a integrar uma grande diversidade de produtos para uso agrícola, incluindo os que contêm microrganismos benéficos. O uso crescente de produtos comerciais contendo algas marinhas na agricultura justifica que a investigação lhe dê atenção para que os produtores possam tirar o melhor partido do seu uso. info:eu-repo/semantics/publishedVersion

Em Bragança, na Qta do Poulão, está instalado um campo experimental desde 2001 onde se compara o efeito de três sistemas de gestão do solo na produção de azeitona, estado nutricional das árvores e propriedades do solo. Os sistemas de gestão do solo instalados são mobilização convencional, herbicida não seletivo total (glifosato) e pastoreio com rebanho de cabras e ovelhas. No acumulado das colheitas de 2002 a 2011, o talhão gerido com herbicida originou maior produção (187,2 kg árvore-1), seguido do talhão mobilizado (142,9 kg árvore-1) e do talhão com pastoreio (89,5 kg árvore-1). Contudo, o teor de carbono orgânico aumentou no talhão pastoreado. Neste período, o encabeçamento médio da Qta do Poulão foi de 1,2 cabeças normais por hectare. Em 2012, o talhão que foi anteriormente tratado como pastagem passou a ser tratado com herbicida e vice-versa. O talhão mobilizado permaneceu o mesmo. Entretanto foi aumentada a carga animal na primavera no talhão pastoreado e reduzido de duas para uma o número de mobilizações no talhão mobilizado. Em resultado das alterações efetuadas no campo experimental, nas últimas 10 colheitas (2012-2021) a produção estabilizou entre tratamentos, não se tendo registado diferenças significativas no total acumulado (valores médios de 24 kg árvore-1 ano-1). Parece que o pastoreio pode ser uma forma de manter cobertos vegetais nos olivais de sequeiro, desde que ajustada a carga animal na primavera, de forma a que não permita competição excessiva da vegetação herbácea com as árvores. Agradecimento: integrado nas atividades do Grupo Operacional “Novas práticas em olivais de sequeiro - estratégias de mitigação e adaptação às alterações climáticas” (Iniciativa ID 278). info:eu-repo/semantics/publishedVersion

Olive cultivation is considered as one of the most significant agricultural activities in Mediterranean region, from a financial, social and ecological point of view. Under climate change threats, there is a growing need to adapt the conventional agronomic practices used in rainfed olive orchards by sustainable practices, in order to preserve soil health, while ensure olive tree performance and olive oil quality. During three years, the effects of leguminous cover crops (LC) and its combination with zeolites (ZL) were evaluated on soil properties, olive tree physiological performance, yield, composition and quality of olive fruits and oil, and compared with soil tillage (T). Results show that both LC and ZL strategies were able to improve photosynthetic performance and crop yield, relatively to T. However, ZL strategy was clearly more efficient in improving soil quality, through decreasing acidity, improving soil N, P and B availability, CEC and soil microbiology. Considering the effects of these practices on olive fruit and oil composition, ZL increased the oleic/linoleic ratio on fruits, and the levels of 3,4-dihydroxyphenylglycol, tyrosol, verbascoside and caffeic acid on olive oil. In short, both sustainable soil management strategies appear to be promising practices to implement in olive orchards under rainfed conditions, but the innovative strategy of combining zeolites with legumes cover crops confer advantages from a nutritional and technological point of view, while preserving soil quality. Nevertheless, studies subjected to long-term use of these practices should be experienced to ensure the sustainability of crop yield and olive oil quality This work was funded by Doctoral fellowship under the Doctoral Program ‘‘Agricultural Production Chains—from fork to farm’’ (PD/00122/2012) provided by the FCT-Portuguese Foundation for Science and Technology to S. Martins (PD/BD/135327/2017). This research was funded by the Operational Group “Novas práticas em olivais de sequeiro: estratégias de mitigação e adaptação às alterações climáticas”, funded by PT2020 and EAFRD (European Agricultural Fund for Rural Development). The authors are grateful to the Foundation for Science and Technology (FCT, Portugal) and FEDER under Programme PT2020 for financial support to CQ-VR (UIDB/00616/2020), CIMO (UIDB/00690/2020) and CITAB (UIDB/04033/2020) and also to AgriFood XXI Project, No. NORTE-01-0145-FEDER-000041, co-financed by the European Regional Development Fund (ERDF) through NORTE 2020 (North Regional Operational Program 2014–2020) info:eu-repo/semantics/publishedVersion

Almond is highly produced in the NE of Portugal, where late frosts during flowering, low precipitation, and high temperature in summer affect productivity and quality. In addition to late-flowering cultivars, plant biostimulants (PBs) and boron-based fertilizers have been used to improve cell division, vegetative growth, photoassimilates rate, and nutritional status of almond trees. Despite the wide use of PBs in multiple food crops, the scientific evaluation of their effects is scarce. Our team previously analyzed the effects of PBs and boron-based fertilizers in the mitotic cell cycle of almonds and verified the intensification of cell division without significant anomalies. This work focused on the molecular characterization of three-years-old almond trees of cv. ‘Vairo’ was treated with two PBs (based on seaweed extract and free amino acids) and two boron-based fertilizers (applied on soil and leaves) in a rainfed orchard (NE Portugal) using leaf samples collected through the summer of 2019 in treated trees. Three monthly applications of individual PBs based on seaweed extract (AN), amino acids (AA), and boron ethanolamine (BE) and a unique application of boron on the soil (BS) were made. The molecular stability was assayed by comparing with untreated trees using ISSR, RAPD, IRAP, REMAP, and iPBS markers. The molecular data achieved in ‘Vairo,’ under the edaphoclimatic conditions where it was studied, revealed that AA, BE, or BS treatments induced higher molecular stability, corroborating our previous cytogenetic results. This work was supported by National Funds by the FCT – Portuguese Foundation for Science and Technology under the project UIDB/04033/2020. Author AC thanks to the FCT and UTAD for her contract as a researcher under the scope of D.L. no. 57/2016 of 29 August and Law no. 57/2017 of 19 July. info:eu-repo/semantics/publishedVersion

Olive orchards represent a key agricultural system in the Mediterranean basin. Soil degradation processes associated to unsustainable agronomic practices and climate change could severely impact the sustainability of Mediterranean rainfed olive orchards. In this context, soil amendments are important tools that can be used to enhance soil fertility for sustained environmental quality and plant performance. For two years, we evaluated, under rainfed conditions, the effects of a fertilizer compound (FC) and its combination with zeolites (ZL) and biochar (BC) amendments on soil moisture, photosynthetic activity, yield, fruit and oil composition and quality indices. Although no significant effects were observed on crop yield, the application of ZL and BC improved plant photosynthetic performance due to lower stomatal limitations. The effects on soil quality were more evident in ZL amendment, due to the reduction of acidity, and enhanced moisture, cation exchange capacity, microbial biomass carbon and enzymatic activity. Results relative to olive composition show that the polyphenolic content was strongly influenced by treatments. ZL improved fruit fatty acid composition and oil quality, while BC enhanced the concentrations of polyphenols with high nutritional value (3,4-dihydroxyphenylglycol, oleuropein and rutin). In contrast, olive oil from FC fruits showed the poorest quality. The applied soil amendments appear to be a promising sustainable strategy to implement in olive rainfed orchards, and can be an interesting complement to mineral fertilization, in order to promote soil quality, increase physiological performance and olive oil quality. This work was funded by Doctoral fellowship under the Doctoral Program “Agricultural Production Chains—from fork to farm” (PD/00122/2012) provided by the FCT-Portuguese Foundation for Science and Technology to S. Martins (PD/BD/135327/2017). This research was funded by the Operational Group “Novas práticas em olivais de sequeiro: estratégias de mitigação e adaptação às alterações climáticas”, funded by PT2020 and EAFRD (European Agricultural Fund for Rural Development). The authors are grateful to the Foundation for Science and Technology (FCT, Portugal) and FEDER under Programme PT2020 for financial support to CQ-VR (UIDB/00616/2020), CIMO (UIDB/00690/2020) and CITAB (UIDB/04033/2020) and also to AgriFood XXI Project, No. NORTE-01-0145-FEDER-000041, co-financed by the European Regional Development Fund (ERDF) through NORTE 2020 (North Regional Operational Program 2014–2020). info:eu-repo/semantics/publishedVersion

Olive tree is one of the most important crops in the Mediterranean basin with a huge social and economic impact. Considering the predicted scenarios of climate change, there is a growing need for the adaptation of agronomic practices, in order to mitigate the negative effects of those changes on plant physiology, yield, and olive fruit and oil quality. However, in Portuguese rainfed orchards the most frequently used soil management practice is the conventional tillage, which significantly contributes to the decline of soil health and fertility, with serious consequences to plants and environment. In this way, cover cropping has emerged as a sustainable practice of soil management, able to provide numerous ecosystem services, which contribute to crop productivity and quality. The objective of this study was to compare the effects of a cover crop of self-reseeding annual legumes of short growing cycle (LC) with the conventional tillage (T) on physiology, yield and fruit composition of twenty-seven-year-old olive trees (Olea europaea L. cv. Cobrançosa) grown under rainfed conditions. The experiment was carried out during 2018 and 2019 in Trás-os-Montes region, northeast of Portugal. The physiological performance was significantly improved on LC plants, considering the rise of net photosynthesis, transpiration rate and stomatal conductance. Moreover, LC trees registered consistently higher yields, accompanied by a significant increase on fruit weight, length and maturation index. Regarding fruit biochemistry, results were more evident on the first year, showing a decrease of total phenols, ortho-diphenols and total antioxidant activity of LC fruits, probably associated with their higher ripening state. The fruit fatty acid profile obtained on a Trace GC-FID (gas chromatograph with flame ionized detector), showed that in 2018 LC fruits presented higher concentration of oleic acid (C18:1) and a lower content of palmitic (C16:0) and linoleic acids (C18:2). These results give evidence that leguminous cover crops provided several benefits comparing with the conventional tillage technique. Therefore, this is a very promising strategy of sustainable soil management to implement in olive orchards under drought conditions This work was financed by Doctoral fellowship under the Doctoral Program “Agricultural Production Chains – from fork to farm” (PD/00122/2012) provided by the FCT-Portuguese Foundation for Science and Technology to S. Martins (PD/BD/135327/2017), and project “Novas práticas em olivais de sequeiro: estratégias de mitigação e adaptação às alterações climáticas”, PDR2020-101-032119, financed by the European Agricultural Fund for Rural Development (EAFRD) and the Portuguese State under Ação 1.1 “Grupos Operacionais”, integrada na Medida 1. “Inovação” do PDR 2020: Programa de Desenvolvimento Rural do Continente. info:eu-repo/semantics/publishedVersion

Espera-se que condicionadores de solo e microrganismos benéficos reduzam o uso de fertilizantes minerais em sistemas agrícolas de baixa intervenção fitotécnica. Neste estudo, um ensaio de campo de quatro anos foi conduzido em olival adulto de sequeiro para avaliar o efeito da aplicação de biochar, zeólitos e fungos micorrízicos comerciais no desempenho fotossintético, estado hídrico e nutricional das árvores, produtividade da oliveira e propriedades do solo. O delineamento experimental também incluiu um tratamento de fertilização mineral com azoto, fósforo, potássio e boro (50 kg ha·1 de N, P20S e K20 e 2 kg ha" 1 de B) e uma testemunha não fertilizada. O tratamento com fertilizante mineral aumentou significativamente a lenha de poda e a produção de azeitona (em 21% em relação à testemunha). O tratamento mineral melhorou o estado nutricional azotado, sendo esta a principal razão pela qual as árvores deste tratamento tiveram melhor desempenho. O tratamento mineral e o biochar aumentaram a matéria orgânica do solo, o primeiro provavelmente devido ao aumento do desenvolvimento de vegetação herbácea e das raízes da oliveira, o último como resultado do carbono contido no próprio condicionador. O biochar e os zeólitos não melhoraram o desempenho produtivo das árvores, mas aumentaram a capacidade de troca catiónica do solo, o que pode beneficiar as árvores a longo prazo. Os fungos micorrízicos não mostraram nenhum benefício para o solo ou plantas, o que pode significar que a micorrização não foi estabeiecida. As árvores já estariam micorrizadas por microrganismos nativos, o que parece reduzir o interesse do uso de fungos micorrízicos comerciais em pomares de árvores adultas. Grupo Operacional Novas práticas em olivais de sequeiro: estratégias de mitigação e adaptação às alterações climáticas (Iniciativa ID 278) info:eu-repo/semantics/publishedVersion

Neste trabalho avaliou-se o efeito de fungos micorrízicos comerciais no desenvolvimento de oliveiras jovens cultivadas em estufa na fase de viveiro. O estudo constou de duas experiências, uma organizada num fatorial com três cultivares (Cobrançosa, Madural e Verdeal Transmontana) e três tratamentos de solo (fungos micorrízicos comerciais, zeólitos e testemunha) e outra segundo um delineamento completamente casualizado com quatro tratamentos [fungos micorrízicos comerciais, solo esterilizado, solo esterilizado mais um extrato de solo sem fungos micorrízicos arbusculares e testemunha]. A Cobrançosa desenvolveu-se melhor que as outras cultivares, apresentando bom enraizamento e melhores características iniciais de crescimento. As plantas micorrizadas apresentaram crescimento reduzido em comparação com as da testemunha. O resultado foi explicado pela competição por fotoassimilados entre o crescimento das plantas e o estabelecimento da simbiose, com a expansão das hifas dos fungos. O facto de as plantas apresentarem reduzida área foliar no início da experiência e a estufa ter uma cobertura de policarbonato de parede dupla, um tanto opaca à radiação fotossintética ativa, podem ter contribuído para reduzir a atividade fotossintética e retardar o crescimento das plantas inoculadas. Porém, nos vasos micorrizados, o carbono orgânico do solo e os teores da maioria dos nutrientes aumentaram, provavelmente devido à presença de hifas de fungos nas amostras e ao aumento da atividade enzimática do solo. Os zeólitos reduziram a produção de matéria seca das plantas e a concentração de fósforo nos tecidos em relação à testemunha, aumentando a disponibilidade no solo dos catiões que entram em sua composição. A esterilização do solo parece ter reduzido a biodisponibilidade de fósforo, talvez por ter inativado enzimas do solo. O extrato de solo sem fungos micorrízicos arbusculares não apresentou benefícios para as plantas ou qualquer efeito relevante nas propriedades do solo. Grupo Operacional Novas práticas em olivais de sequeiro: estratégias de mitigação e adaptação às alterações climáticas (Iniciativa ID 278). info:eu-repo/semantics/publishedVersion

O uso de algas marinhas como fertilizante agrícola é ancestral. Nas últimas décadas elas têm vindo a ser usadas sobretudo na forma de extrato para aplicação ao solo, na água de rega, ou por via foliar. As quantidades de nutrientes que se aplicam são mínimas, pelo que os efeitos esperados nas plantas não podem ser apenas devidos ao seu conteúdo em nutrientes. Nos últimos anos estes produtos têm vindo a ser designados de bioestimulantes. A designação de "bioestimulante para plantas" foi recentemente adotada pela União Europeia, que passou também a integrar produtos com microrganismos benéficos habitualmente designados de biofertilizantes Grupo Operacional Novas práticas em olivais de sequeiro: estratégias de mitigação e adaptação às alterações climáticas (Iniciativa ID 278). Grupo Operacional EGIS, estratégias para a gestão do solo e da água em espécies produtoras de frutos secos (Iniciativa ID 91 ). info:eu-repo/semantics/publishedVersion

A poda do olival é uma prática cultural que sempre recebeu grande atenção ao longo dos tempos. Lúcio Columela, um escritor do Império Romano reconhecido pelos seus tratados sobre agronomia, destacava o papei da poda na produtividade da oliveira . Recentemente, dizse da poda que é necessária para manter o equilíbrio entre as partes vegetativas e reprodutivas, para renovar as árvores envelhecidas e estimular a produção. Ainda que generalista, esta conceptualização da poda não está tecnicamente correta nem se consegue demonstrar experimentalmente. Através da poda não se consegue aumentar a produção. O que justifica a poda é o controlo da volumetria da árvore, de forma a que outras técnicas culturais sejam facilmente implementadas com destaque para a colheita. Outro dos grandes problemas da poda são os custos que acarreta, se feita pelo modelo tradicional de poda de detalhe, como se pratica no norte de Portugal. Efetuada em três cortes, pode ser bastante económica, consumindo menos tempo acumulado que no sistema atual em que a poda é efetuada de três em três ou de quatro em quatro anos. Diversos ensaios de campo mostraram que a poda ligeira não reduz de forma significativa a produção, desde que não se remova mais de 10 a 20 % da rama em cada evento de poda . O que melhor caracteriza a poda em três cortes é que uma árvore podada não se deve distinguir de uma árvore não podada, logo que a rama caída ao solo seja removida. Este é o segredo da poda do olival tradicional, permitindo que uma árvore adulta tenha sempre o mesmo volume de copa e mantenha o mesmo potencial de produção ano após ano. A poda da oliveira baseia-se em dar liberdade à árvore, condicionando-a apenas ligeiramente com pequenos cortes anuais para que a sua volumetria e o seu potencial de produção não se alterem Grupo Operacional Novas práticas em olivais de sequeiro: estratégias de mitigação e adaptação às alterações climáticas (Iniciativa ID 278). info:eu-repo/semantics/publishedVersion

In Northeast Portugal, crop productivity is low when compared to other world regions, which reduces the economic sustainability of this territory. One of the biggest obstacles of increasing the territory's competitiveness is the lack of a conclusive diagnosis that points out the causes of low productivity from which measures can be taken to reverse the situation. This work has the objective of using different soils from the two main lithological formations in the region, schists (a soil with pH 4.8) and granites (a soil with pH 4.6), with the expectation that their acidity poses different problems to young Arbequina olive trees growth. A pot experiment was arranged as a completely randomized design with six treatments, consisting on the application of Ca and Mg, P, B, Mo, a negative control (no nutrient application) and a positive control (application of Ca, Mg, P, B and Mo) and four replicates. All the pots also received N and K that were not part of the experimental design. The plants in the schist pots presented higher total shoot length, leaded by B, with an average of 66.0 cm per plant and followed by P, with 57.8 cm. The treatment that displayed the smallest total shoot length were Ca and Mg, with an average of 32.3 cm (granite) and 35.3 cm (schist). This is surprising given the acidity of the soil. The chlorophyll fluorescence ratio FV/FM was found the highest in the B treatment (granite) and the lowest in the negative control (also in granite). The pots containing schist had their higher values in Mo and the lower ones in the Ca and Mg treatment. The results, although provisional, seem to show that the management of acidic soils may not be an easy task. Grupo Operacional Novas práticas em olivais de sequeiro: estratégias de mitigação e adaptação às alterações climáticas (Iniciativa ID 278). info:eu-repo/semantics/publishedVersion

The use of a controlled-release fertilizer (CRF) was studied in a traditional rainfed olive grove in the northeast of Portugal where precipitation is very irregular, particularly in the spring. The objective of the study was to assess whether a CRF can improve the olive tree' s performance compared to a conventional nitrogen (N) fertilizer (CF), by supplying N gradually and reducing the risk of potential N loss from leaching. The fertilized treatments showed better plant N nutritional status, which resulted in enhanced net photosynthesis and higher leaf concentrations of total soluble sugars, chlorophylls and soluble proteins which, in turn, increased olive yield by 43% in comparison to the unfertilized control. Meanwhile, CRF show some advantages over the CF, although by an unexpected effect. Not in a direct way, by improving trees performance, but by enhancing soil fertility. The CRF treatments showed higher leveis of inorganic N in the soil by autumn, an aspect that at the outset could be interpreted as nega tive, since it could lead to N loss by leaching, but that proved to be a factor that may be behind the increase in the ol'ganic carbon, kjeldahl nitrogen and glomalin-related soil proteins. Thus, the availability of soil inürganlc-N in the autumn, in a climate in which excess precipitation and the risk of ieaching usually only occur in winter, led to weeds growth that seem to act as a catch crop, capturing residual inorganic N. Additionally, they contribute to protect the soil from erosion and to increase soi! organic matter, aspects that can benefit the agrosystem in the long-term. Ermelinda Silva acknowledge the financiai support provided by national funds through FCT (PD/BD/128274/2017), under PhD AgriChains (PD/00122/2012) and from the European Social Funds and the Regional Operational Programme Norte 2020. This study was also supported by CITAB research unit (UIDB/04033/2020). The research was integrated in the activities of the Operational Group "Novas práticas em olivais de sequeiro: estratégias de mitigação e adaptação às alterações climáticas", funded by PT2020 and EAFRD (European Agricultural Fund for Rural Development). Ermelinda Silva also acknowledges the financiai support from NORTE 2020 throughout the ,CERES project (NORTE-OI-0145-FEDER-000082), funded by the Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) and project NORTE-06-3559-FSE-000I03 funded by the Fundo Social Europeu (FSE), Livro info:eu-repo/semantics/publishedVersion

Os fungos micorrízicos estabelecem relações mutuamente benéficas com as plantas cultivadas. Estas fornecem produtos da fotossíntese aos fungos e recebem em troca água e nutrientes. A aplicação de fungos micorrízicos comerciais não garante, contudo, benefícios para as plantas. As plantas estabelecem estas associações com a microbiologia nativa do solo, pelo que a aplicação de microrganismos comerciais pode ser redundante. Nestes textos discute-se se os fungos comerciais podem ser ferramentas úteis ao incremento da sustentabilidade dos sistemas de produção. Grupo Operacional “Novas práticas em olivais de sequeiro: estratégias de mitigação e adaptação às alterações climáticas” (Iniciativa ID 278). Grupo Operacional “EGIS, estratégias para a gestão do solo e da água em espécies produtoras de frutos secos” (Iniciativa ID 91). info:eu-repo/semantics/publishedVersion

The increasing interest in natural foods with functional effects requires ever-higher levels of production. Dried fruits are an example of this, since they are a relevant source of bioactive constituents. Almond [Prunus dulcis (Miller) D.A. Webb] is one of the most popular nuts in the world, standing out in the first place in what production level concern. 1,2 The benefits of including this nut in the human diet are partly related to its content on monounsaturated fatty acids (MUFA), particularly oleic acid, and polyunsaturated fatty acids (PUFA), namely linoleic acid, tocopherols (e.g., α-tocopherol) and phytosterols (e.g., β-sitosterol). 3,4 Nonetheless, the high production levels generates a global concern towards an agriculture less harmful to the environment, which raises the need for ecological alternatives to the use of conventional fertilizers and pesticides.5,6 Plant biostimulants, a class of bio-based agriculture products designed to improve crop development, might be used in agricultural fields to replace or reduce chemical fertilizers. In the study reported herein, different plant biostimulants compatible with organic farming (Fitoalgas Green®, a seaweed extract of Ascophyllum nodosum, Sprint Plus®, an amino acid-rich foliar spray, and Tradebor®, a boron fertilizer for soil and foliar application) were tested on almond orchards of the NE of Portugal. After field-treatments and collection, the nut samples were analysed for their nutritional value, fatty acids profile and tocopherols content. The nutritional evaluation showed that almond nut is mainly composed of fat (around 55% on a fresh weight basis), which reached maximum values in the untreated control, with slight differences resulting from using different plant biostimulants. For protein levels, values close to 15 g/100 g fw were obtained. Ash and water, the minor components, showed minimal variations, each representing about 3 g/100 g fw. In what concerns energy, the maximal value (669 kcal/100 g fw) was obtained in the control treatment. Sucrose was the only identified soluble sugar, with an average content of approximately 12 g/100 g fw. Tradebor treatments induced a higher sucrose content (13 g/100 g fw). As a general rule, low levels of monosaccharides (fructose and glucose, for example) in nuts serve as an indicator of the good storage conditions of the products.7 Regarding fatty acids, oleic acid (C18: 1n9c) was the predominant one (close to 70%), and its content remained almost unchanged in almond despite using different plant biostimulants. The lack of significant changes in almond was also observed for linoleic acid (C18:2n6c), which was detected up to 16%. The following fatty acids were palmitic acid (C16:0), with percentages close to 8.5%, and stearic acid (C18: 0), with values of approximately 2%. Other fatty acids were detected in trace percentages (total sum was less than 2%): myristic acid (C14:0), palmitoleic acid (C16:1), marginal acid (C17:0), α- linolenic (C18:3n3), eicosanoic acid (C20:0) and eicosenoic acid (C20:1), but without significant differences between fertilizer treatments. As in most foods with high-fat content, the concentration of tocopherols was elevated: average values of 50 mg/100 g fw, which is in agreement with previous reports. 8,9 Considering the concentration in total tocopherols, Fitoalgas Green® induced an increase of around 10% (50 to 55 mg/100 g fw), mainly due to the rise in α-tocopherol and γ- tocopherol. Nonetheless, all other assayed biostimulants had the opposite effect. Overall, the most notorious effects in almond samples were obtained with Fitoalgas Green®, particularly reflected in the upraising around 10% of γ-tocopherol and β-tocopherol contents. Due to the high levels of α-tocopherol in almonds, consuming these products, besides being enjoyable, may also have important benefits because they can significantly increase the levels of dietary vitamin E.10 These results are important to help selecting the best plant biostimulant to be applied to increase the expression of a specific bioactive compound, adding greater commercial value to these products and enabling a potential application in functional foods. The authors are grateful to the Foundation for Science and Technology (FCT, Portugal) for financial support through national funds FCT/MCTES to CIMO (UIDB/00690/2020); to the national funding by FCT, P.I., through the institutional scientific employment program-contract for L. Barros and to J. Barreira individual scientific employment program-contract (CEECIND/04479/2017). Further acknowledgments are due to the European Regional Development Fund (ERDF) through the Regional Operational Program North 2020, within the scope of Project Mobilizador Norte-01-0247-FEDER-024479: ValorNatural®, whom the author F.S. Reis thanks for her contract. This work was also funded by FEDER-Interreg España-Portugal programme through the 311 project TRANSCoLAB 0612_TRANS_CO_LAB_2_P, and integrated in the activities of the Operational Group EGIS – Estratégias de Gestão Integrada do Solo e da Água em Espécies Produtoras de Frutos Secos, funded by PT2020 and EAFRD (European Agricultural Fund for Rural Development). info:eu-repo/semantics/publishedVersion

With the advances of climate change, it is expected harmful consequences to olive tree (Olea europaea L.). Therefore, it is necessary to develop cost-effective practices to reduce the vulnerability of olive crops to the adverse impacts of environmental stresses. Rainfed olive trees were sprayed with zeolites, natural crystalline aluminosilicates, and its effects on photosynthetic activity, phenolic composition, antioxidant activity, leaf minerais concentrations, plant growth, yield, and olive oil quality were assessed. Zeolites application enhanced photosynthetic activity, as well the concentrations of N, Mg, Cu, Zn and Mn in leaves, and changed the secondary metabolism, with decrease oftotal phenols, ortho-diphenols and total antioxidant activity, signs of lower oxidative stress. As consequence, zeolites boosted plant growth, crop yield, and size and weight of fruits. The foliar spray did not significantly affect the oil quality indices free acidity, peroxide value and Km and K270 coefficients. This study strongly suggests that folial' zeolites might be an effective strategy to mitigate the adverse environmental conditions. This research was funded by the Foundation for Science and Technology (FCT, Portugal) and FEDER under Programme PT2020 for financiai support to ClTAB (UIDB/04033/2020), and the Operational Group "Novas práticas em olivais de sequeiro: estratégias de mitigação e adaptação às alterações climáticas" I funded by PT2020 and EAFRD (European Agricultural Fund for Rural Development). Sandra Martins acknowledges the financiai support provided by the FCT-Portuguese Foundation for Science and Technology (PD/BD/135327/2017), under the Doctoral programme "Agricultural Production Chains-from fork to farm". info:eu-repo/semantics/publishedVersion

Quatro tratamentos ao solo, consistindo em dois fungos micorrízicos comerciais, um zeólito e uma testemunha, foram instalados em um delineamento fatorial com dois tratamentos de fertilização foliar (pulverização foliar e testemunha), para estudar o efeito de fungos micorrízicos comerciais e zeólitos no crescimento de oliveiras jovens, cultivadas em sequeiro num solo muito ácido. A concentração nos tecidos vegetais da maioria dos nutrientes essenciais, em particular azoto (N), fósforo (P), potássio (K) e boro (B), não variou significativamente com os tratamentos ao solo, enquanto as concentrações de N e B nas folhas aumentaram significativamente com a fertilização foliar. Os níveis de cálcio (Ca) e magnésio (Mg) nas folhas foram encontrados muito abaixo dos seus respetivos intervalos de suficiência e aumentaram com as aplicações dos biofertilizantes e do condicionador do solo. Os tratamentos ao solo contribuíram ainda para a melhoria do estado hídrico e para o aumento da atividade fotossintética e da área foliar total das plantas. Em última análise, os fungos micorrízicos aumentaram o crescimento das árvores jovens, enquanto o efeito dos zeólitos foi muito menor e não significativamente diferente da testemunha. Assim, parece que neste solo muito ácido e em condições de sequeiro, os principais benefícios para as plantas com a aplicação de fungos micorrízicos e zeólitos foram o alívio do stresse hídrico e da deficiência em Ca e Mg nos tecidos. Este trabalho foi financiado por Fundos Nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, no âmbito do projeto UIDB/04033/2020" e pelo Grupo Operacional Novas práticas em olivais de sequeiro: estratégias de mitigação e adaptação às alterações climáticas (Iniciativa ID 278). info:eu-repo/semantics/publishedVersion

Resíduos orgânicos de atividades domésticas ou agroindustriais devem ser reciclados, sendo o seu uso como corretivo de solo uma possibilidade interessante. Neste estudo, avaliouse durante quatro anos o efeito da aplicação de resíduos sólidos urbanos (RSU), estrume de curral (EC), cinzas de biomassa suplementadas com azoto (C+N), fertilização inorgânica comum na região (50 kg ha-1 de N, P20 S e K20) como testemunha (T) e T suplementada com 70 kg N ha- 1 (dose elevada de azoto, N+) em olival de sequeiro gerido com mobilização tradicional. O tratamento W aumentou a produtividade em comparação com os outros tratamentos (+ 165% do que RSU), tendo o N disponível mostrado ser a principal razão, em estreita associação com os incrementos da atividade fotossintética e da dimensão da superfície assimiladora a partir do terceiro ano do estudo. Por outro lado, em geral, as árvores tratadas com corretivos orgânicos apresentaram taxas fotossintéticas líquidas similares às plantas que receberam fertilização mineral convencional. As aplicações de RSU e EC aumentaram o teor de matéria orgânica no solo, os níveis de fósforo e a capacidade de troca catiónica, deixando boas indicações para o futuro, embora tenham fornecido pouco N às éÍrvores. O tratamento W reduziu significativamente o teor de matéria orgânica no solo (-63% do que RSU), resultado atribuído em parte ao sistema de gestão do solo por não permitir o desenvolvimento de vegetação herbácea, mas também a um efeito conhecido como interação do N adicionado, aspeto que compromete a sustentabilidade dessa estratégia de fertilização. Embora os RSU e as cinzas de biomassa possam estar associados a riscos de contaminação ambiental com metais pesados, neste estudo os níveis de metais no solo ou nos tecidos das plantas não foram preocupantes, pelo que a sua utilização nos olivais pode ser recomendada embora os seus efeitos devam continuar a ser monitorizados. Este trabalho foi financiado por Fundos Nacionais através da FCT - Fundação para a Ciência e a Tecnologia, no âmbito do projeto UIDB/04033/2020" e pelo Grupo Operacional Novas práticas em olivais de sequeiro: estratégias de mitigação e adaptação às alterações climáticas (Iniciativa ID 278). info:eu-repo/semantics/publishedVersion

A definição de biofertilizante pode variar, dependendo do contexto social em que se aplica ou da região do globo. Em meio científico, um biofertilizante tende a ser definido como uma substância que contêm organismos vivos que, quando aplicados a uma semente, sobre uma planta ou ao solo, colonizam a rizosfera ou o interior da planta aumentando o fornecimento ou a biodisponibilidade de nutrientes no solo, beneficiando o crescimento da planta (Vessey, 2003). Recentemente, a União Europeia integrou os produtos comerciais contendo microrganismos benéficos (fungos ou bactérias) no grupo dos “bioestimulantes para plantas” [Regulamento (UE) 2019/1009, de 5 de junho]. De forma simplificada, um bioestimulante para plantas é um produto que promove a nutrição ou a tolerância das plantas a stresses bióticos independentemente do seu conteúdo em nutrientes (du Jardin et al,. 2020). Grupo Operacional EGIS, estratégias para a gestão do solo e da água em espécies produtoras de frutos secos (Iniciativa ID 91). Grupo Operacional Novas práticas em olivais de sequeiro: estratégias de mitigação e adaptação às alterações climáticas (Iniciativa ID 278). info:eu-repo/semantics/publishedVersion

Agriculture in the Northeast of Portugal lacks competitiveness due to ecological constraints and reduced technological development. There are many ecological limitations, but soil acidity is one of the main reasons that prevents a sustainable agricultural intensification. This work aims to investigate some of the ways as soil acidity manifests itself on young Cobrançosa olive trees in a pot experiment with the two main soils found in the region, granite (a soil of pH 4.6) and schist (a soil with pH 4.8). The pot experiment was arranged as a completely randomized design with six treatments, consisting on the application of Ca and Mg, P, B, Mo, a negative control– (no nutrient application) and a positive control+ (application of Ca, Mg, P, B and Mo) and four replicates. All the pots also received N and K that were not part of the experimental design. In the schist soil, the treatment showing higher total shoot length was control+, with an average of 61.0 cm per plant, followed by B, with an average of 60.5 cm, whereas the smallest plants were found in the P treatment, averaging 46.8 cm of higher total shoot length. In the granite soil, the treatment that presented the higher and the lower shoot growth were, respectively, control+, with an average of 53.5 cm per plant and control– with an average of 21.0 cm per plant. Chlorophyll fluorescence ratios (FV/FM and FV/F0) and OJIP transient tests showed also a poor performance of the plants receiving Ca + Mg, particularly in the granitic soil. The results showed the marked influence of soil acidity on nutrient availability and the unpredictability of the effect on plants of different strategies to manage soil acidity. Grupo Operacional Novas práticas em olivais de sequeiro: estratégias de mitigação e adaptação às alterações climáticas (Iniciativa ID 278). info:eu-repo/semantics/publishedVersion

Devido ao elevado valor do fruto, o castanheiro europeu (Castanea sativa Mill.), no passado cultivado em sistemas agroflorestais, tem sido plantado como espécie fruteira estreme em pomares conduzidos com práticas cada vez mais intensivas, como o uso regular de fertilizantes. Para isso são necessários programas de fertilização orientados para a intensificação ecológica. Neste trabalho são apresentados resultados da produção, do estado nutricional das árvores e das propriedades do solo, com base em um ensaio de campo de quatro anos no qual foram usados três fertilizantes NPK (20:7:10, 13:11:21 e 7:14:14) e uma testemunha não fertilizada . A produção de castanha não variou significativamente entre tratamentos, embora os valores médios da testemunha tenham apresentado uma clara tendência de queda. O azoto fornecido pelos fertilizantes parece ter sido o fator mais importante na diferença entre os tratamentos fertilizados e testemunha, uma vez que as concentrações foliares de N foram menores na testemunha, tendo surgido por vezes abaixo do limite inferior do intervalo de suficiência. Os níveis de N inorgânico do solo no outono e as concentrações de N nos tecidos no coberto vegetal herbáceo que se desenvolveu sob as árvores, indicaram riscos de perda de N para o meio ambiente e destacaram a importância da proteção que essa vegetação confere ao sol.o durante o inverno. A fraca resposta do castanheiro à aplicação de fertilizantes foi atribuída ao efeito tampão da enorme estrutura perene das árvores na remobilização dos nutrientes para as partes em crescimento. Assim, em árvores de grande porte, parece apropriado basear o plano de fertilização anual na concentração de nutrientes nas folhas, usando um método de otimização dinâmica ao longo do tempo, em vez de se usarem dados de apenas um ano como acontece habitualmente info:eu-repo/semantics/publishedVersion

Os hidrolisados de proteína e diversos outros compostos azotados têm vindo a ter uma presença crescente na alimentação humana e nas rações para animais, bem como em produtos para a nutrição das plantas. As versões comerciais mais comuns destinadas à nutrição vegetal surgem como produtos ricos em aminoácidos livres e péptidos, e são sobretudo recomendados para aplicação foliar, embora alguns sejam também recomendados para fertirrega, hidroponia e peletização de sementes. A gama presente no mercado é extensa e de composição por vezes muito complexa, uma vez que os produtos comerciais contendo aminoácidos resultam frequentemente de misturas de hidrolisados de proteína com extratos de algas e micronutrientes. Destes produtos espera-se sobretudo um efeito “bioestimulante nas plantas”, com múltiplos benefícios potenciais para os processos fisiológicos, que possam conduzir a aumentos de produtividade e/ou qualidade dos produtos agrícolas. Integrado nas actividades do Grupo Operacional EGIS – Estratégias de Gestão Integrado do Solo e da Água em Espécies Produtoras de Frutos Secos (Iniciativa ID 91). info:eu-repo/semantics/publishedVersion

A agricultura é uma fonte importante de emissões de gases com efeito de estufa, contribuindo fortemente para as alterações climáticas e, ao mesmo tempo, é um dos setores económicos mais afetados, particularmente devido à modificação dos padrões de precipitação e temperatura. Sendo as regiões com clima mediterrânico "pontos quentes" das alterações climáticas, são esperados efeitos negativos nas culturas perenes no interior de Portugal, especialmente sob regime de sequeiro. Ao mesmo tempo, assistimos à degradação do solo, fenómeno que potencia as causas e as consequências das alterações climáticcas nas culturas. Neste artigo apresentamos uma visão crítica das duas grandes ameaças ambientais e socioeconómicas e deixamos em aberto possíveis soluções, de forma a minimizar os impactes da mudança no clima e a preservar para as gerações futuras este recurso natural, limitado e não renovável a curto prazo. "Novas práticas em olivais de sequeiro: estratégias de mitigação e adaptação às alterações climáticas'; com a referência PDR2020-101-032119, e "EGIS: Estratégias para uma gestão integrada do solo e da água em espécies produtoras de frutos secos'; com a referência PDR2020-101-030994, financiados pelo Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural (FEADER) e pelo Estado Português no âmbito da Ação 1.1 <>, integrada na Medida 1. <

A castanha é o único produto que a maioria das explorações agrícolas das zonas montanhosas do nordeste de Portugal comercializa, o que tem levado a que os agricultores estejam a fertilizar o castanheiro com maior regularidade. Isso exige mais estudos para os orientar para uma intensificação mais ecológica. Os efeitos de três fertilizantes de libertação controlada, dois que libertam nutrientes em três meses (BoskGrow© 20:05:20_3m, Exactyon© 18:05:13_3m) e um em seis meses (Exactyon 18: 05: 12_6m), e um fertilizante orgânico autorizado para agricultura biológica (Humix© 12:03:05), foram comparados com uma modalidade testemunha não fertilizada durante três anos (2019-2021). BoskGrow 20:05:20_3m, Exactyon 18:05:13_3m e Humix 12:03:05 originaram produções de castanha significativamente mais elevadas (90,6 a 97,0 kg árvore-1, médias de 2019 + 2021) do que Exactyon 18:05:12_6m (66,3 kg árvore-1) e testemunha (69,5 kg árvore-1). As concentrações foliares de azoto e potássio tenderam a ser maiores nos tratamentos BoskGrow 20:05:20_3m e Exactyon 18:05:13_3m e foram consideradas as causas mais importantes no estabelecimento dos dois grupos produtivos. Humix 12:03:05, embora menos concentrado em nutrientes, conduziu a uma produção de castanha ao nível dos tratamentos mais produtivos, possivelmente devido aos múltiplos efeitos positivos da matéria orgânica no solo e nas plantas. Nas condições deste ensaio, onde a precipitação de verão é reduzida, fertilizantes cuja libertação de nutrientes seja muito retardada, como Exactyon 18:05:12_6m, parecem não ser uma boa opção devido à redução da absorção de nutrientes e aumento dos níveis de azoto inorgânico do solo no final da estação de crescimento. Humix 12:03:05 surgiu como uma possível solução para os produtores biológicos. Financiado no âmbito do projeto EGIS - Estratégias de Gestão Integrada do Solo e da Água em Espécies Produtoras de Frutos Secos info:eu-repo/semantics/publishedVersion