A vasta dimensão da internet alterou o consumo noticioso, o que modificou o sistema mediático e colocou em causa a sobrevivência de inúmeros meios de comunicação regionais. Para fazer frente ao digital, os media de proximidade necessitam então de se adaptar ao novo mercado mediático e apostar na inovação empresarial e editorial, de modo a conquistarem novos públicos. No entanto, na era da comunicação rápida - onde para além de móvel e portátil o jornalismo é também ubíquo e personalizado -, é efetivamente mais difícil captar a atenção das audiências e fidelizá-las, de forma a garantir a estabilidade do negócio. Para que isto ocorra, a produção de conteúdos díspares é essencial, talqualmente como a aposta nas redes sociais, que têm um custo marginal bastante reduzido. Importa salientar que, só por si, o jornalismo regional já é diferente dos demais. Contudo, este necessita de transformar a sua especificidade na sua força. A proximidade que o mesmo estabelece com os seus públicos pode facilitar a criação de laços, de comunidades e, em última instância, assim assegurando a sua sobrevivência. Posto isto e, de modo a manterem vivo o jornalismo de proximidade, os media devem apostar nas gerações mais novas, não só porque as redações devem ser representativas da sociedade, como pelo valor que um jovem pode acrescentar a um meio. Se por um lado um jovem jornalista procura experiência, por outro um órgão regional necessita de recursos humanos conhecedores das novas ferramentas digitais e tendências de mercado. Defende-se, assim, que o jornalismo regional precisa de conquistar as gerações mais novas, estabelecendo com as mesmas uma relação mais direta e íntima. Estas ideias, mencionadas nos parágrafos anteriores, são resultado de seis entrevistas realizadas a meios de comunicação da região de Torres Vedras, Médio Tejo e Covilhã e de um inquérito feito a 85 jovens. Através do método misto, analisou-se então o impacto dos jovens enquanto produtores e recetores de informação regional e concluiu-se que os mesmos podem contribuir para uma renovação e reafirmação do jornalismo regional. The vast dissemination of the internet has changed the way news is consumed, having modified the media system and challenged the survival of numerous regional media. In order to face the digital era, local media need to adapt to the new media market and invest in business as well as editorial innovation, to attract new audiences. Notwithstanding, in the era of fast communication – where journalism is not only mobile and portable, but also ubiquitous and personalized – it is in fact more difficult to capture the attention of audiences and retain them, so as to guarantee business stability. For this to occur, the production of varied content is essential, as is the commitment to social networks, which have a very low marginal cost. It is important to highlight that, on its own, regional journalism is already different from other kinds of journalism. However, the former needs to transform its specificity into its strength. The proximity it establishes with its audiences can facilitate the creation of ties, communities, thus ensuring its survival. To keep regional journalism alive, the media must focus on the younger generations, not only because the media should be representative of society, but also because of the value that the young can add to a medium. If on the one hand young journalists are looking for experience, on the other hand regional media needs human resources that understand new digital tools and market trends. As such, we defend that regional journalism needs to attract the younger generations, establishing a more direct and intimate relationship with them. These ideas, mentioned in the previous paragraphs, are the result of six interviews carried out with media from the Torres Vedras, Médio Tejo and Covilhã region and a survey conducted among 85 young people. The impact of young people as producers and receivers of regional information was thus analysed through mixed method research, and it was concluded that youth cohorts can contribute to a renewal and reaffirmation of regional journalism