JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A indução da anestesia geral em pacientes com estômago cheio pode resultar em regurgitação do conteúdo gástrico e aspiração pulmonar. A indução em sequência rápida (ISR) tem a função de minimizar o intervalo de tempo entre a perda dos reflexos protetores da via aérea e intubação traqueal com um tubo com balonete. O objetivo desse estudo foi avaliar a execução da indução em sequência rápida entre os anestesiologistas do Hospital São Paulo. MÉTODO: Os participantes responderam o questionário de forma voluntária e anônima, após esclarecimento e livre consentimento. O questionário continha 60 questões acerca dos pontos fundamentais da ISR. As questões se dividiam em pré-oxigenação, circuitos, drogas utilizadas na indução (opioides, hipnóticos, bloqueadores neuromusculares), técnicas de pressão cricoide, intubação e intubação difícil. RESULTADOS: Foram aplicados 75 questionários, sendo 22 descartados por preenchimento incompleto. Todos anestesiologistas declaram sempre realizar pré-oxigenação e administrar opioide, hipnótico e bloqueador neuromuscular. A maioria utiliza fentanila (83%), propofol (74,5%) e succinilcolina (68,6%). Todos anestesiologistas realizam pressão cricoide. A maioria não soube a pressão correta a ser aplicada na cartilagem cricoide. As falhas de intubação já ocorreram com 71,7% dos anestesiologistas e com 40% a regurgitação. Diante de uma intubação difícil e inesperada, 35,5% dos anestesiologistas solicitam máscara laríngea. CONCLUSÕES: Este estudo mostrou uma ampla variedade individual na técnica da ISR, fato já relatado por diversos autores. A dificuldade em se estabelecer um protocolo de ISR pode ser atribuída às constantes evidências que a ciência proporciona, fazendo da atualização parte da boa prática médica ao longo dos tempos. BACKGROUND AND OBJECTIVES: The induction of the general anesthesia in patients on a full stomach can result in regurgitation of the gastric content and pulmonary aspiration. The function of the rapid sequence induction (RSI) is to minimize the time interval between the loss of the airway protection reflexes and tracheal intubation tube balloon. The objective of this study was to evaluate the rapid sequence induction among the anesthesiologists of the São Paulo Hospital. METHODS: The participants answered the questionnaire voluntarily and anonymously, after signed consent. The questionnaire consisted of 60 questions about the fundamental points of the RSI. The questions were divided in pre-oxygenation, circuits, drugs used in the induction (opioids, hypnotics, neuromuscular blockers), cricoid pressure techniques, intubation and difficult intubation. RESULTS: Seventy-five questionnaires were applied and 22 were discarded due to incomplete answering. All anesthesiologists always declare doing pre-oxygenation and administering opioid, hypnotic, and neuromuscular blocker. Most use fentanyl (83%), propofol (74.5%) and succinylcoline (68.6%). All anesthesiologists apply cricoid pressure. Most did not know the correct pressure to be applied on the cricoid cartilage. Intubation failures have already occurred with 71.7% of anesthesiologists and with 40%, the regurgitation. When faced with an unexpected difficult intubation, anesthesiologists ask for the laryngeal mask (35.5%). CONCLUSIONS: This study showed a broad individual variety of the RSI technique, a fact already reported by different authors. The difficulty in establishing a RSI protocol can be attributed to constant evidence that science provides us, where updating over the years becomes good medical practice. JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: La inducción de la anestesia general en pacientes con estómago lleno puede resultar en una regurgitación del contenido gástrico y en la aspiración pulmonar. La inducción en secuencia rápida (ISR), tiene la función de minimizar el intervalo de tiempo entre la pérdida de los reflejos protectores de la vía aérea y la intubación traqueal con un tubo con balón. El objetivo de este estudio, fue evaluar la ejecución de la inducción en secuencia rápida entre los anestesiólogos del Hospital São Paulo. MÉTODO: Los participantes respondieron al cuestionario de forma voluntaria y anónima, con la pertinente clarificación y con la posterior firma del Término de Consentimiento Informado. El cuestionario contenía 60 preguntas sobre los puntos fundamentales de la ISR. Las preguntas se dividían en preoxigenación, circuitos, fármacos utilizados en la inducción (opioides, hipnóticos, bloqueantes neuromusculares), técnicas de presión cricoide, intubación y desentubación difícil. RESULTADOS: Se aplicaron 75 cuestionarios y de ellos, 22 se descartaron porque fueron rellenados de forma incompleta. Todos los anestesiólogos siempre realizan una preoxigenación y siempre administran opioide, hipnótico y bloqueante neuromuscular. La mayoría utiliza fentanila (83%), propofol (74,5%) y succinilcolina (68,6%). Todos los anestesiólogos realizan presión cricoide. La mayoría no tuvo conocimiento respecto de la presión correcta que sería aplicada en el cartílago cricoide. Los fallos de intubación ya ocurrieron con un 71,7% de los anestesiólogos y con un 40% la regurgitación. Frente a una intubación difícil e inesperada los anestesiólogos solicitan mascarilla laríngea (35,5%). CONCLUSIONES: Este estudio mostró una amplia variedad individual en la técnica de la ISR, hecho que ya fue relatado por diversos autores. La dificultad en establecer un protocolo de ISR puede ser atribuida a las constantes evidencias que la ciencia nos proporciona, haciendo con que la actualización forme parte de la buena práctica médica a lo largo de los tiempos. Universidade Federal do Paraná Hospital do Trabalhador SAMMEDI CET Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) UNIFESP, EPM SciELO