Although the title reference of this article is to the song “Cap. 4, Vers. 3”, from the album-disc Sobrevivendo no Inferno (1997/2018), the track from the album Nada Como Um Dia Além O Outros Dia (2002): Jesus Chorou, a song by the group Racionais Mc's, becomes the central object of the reflections of this paper. In Brazil, rap appears as a popular manifestation of the periphery, indirectly linked to the black movement, as well as Hip Hop, carried a racist social stigma for a long time, being labeled as “thug music”. However it is the target of prejudice, both rap and the group Racionais Mc's have gained recognition and boast a podium of representation and strength. In this sense, the purpose of this work is to offer a study focused on the lyrics of the song together with its sound and performance aspects, in order to verify the meanings that the song expresses considering: fictional elements in the lyrics, the voices, the performance and the social context. This paper is based on studies by Zumthor (1993), Fernandes (2012), Finnegann (2008) and Wisnik (2019), in addition to considerations on marginalized masculinities, from Emicida (2020), JJ Bola (2020) and Oliveira (2018), in order to discuss the issues surrounding the expressions of masculinity inherent to violence and resistance portrayed in the lyrics of the song, the result is the unfolding of the intonation of the voice in contemporary literature., Embora a referência do título deste artigo seja à canção “Cap. 4, Vers. 3”, do livro-disco Sobrevivendo no Inferno (1997/2018), é a faixa Jesus Chorou, do álbum Nada Como Um Dia Após O Outro Dia (2002), canção do grupo Racionais Mc’s, o objeto central das reflexões deste trabalho. No Brasil, o rap surge como manifestação popular da periferia, vinculado indiretamente ao movimento negro, bem como o Hip Hop, carregou por muito tempo um estigma social racista, sendo rotulada como “música de bandido”. Ainda que seja alvo de preconceitos, tanto o rap, quanto o grupo Racionais Mc’s conquistaram reconhecimento e ostentam um pódio de representatividade e força. Nesse sentido, o intuito deste trabalho é oferecer um estudo voltado à letra da canção junto aos seus aspectos sonoros e performáticos, a fim de verificar os significados que a canção expressa considerando: elementos ficcionais na letra, as vozes, a performance e o contexto social. Firma-se este trabalho nos estudos de Zumthor (1993), Fernandes (2012), Finnegann (2008) e Wisnik (2019), além das considerações sobre masculinidades marginalizadas, a partir de Emicida (2020), JJ Bola (2020) e Oliveira (2018), de modo a discutir as problemáticas em torno das expressões de masculinidades inerentes à violência e a resistência retratadas na letra da canção, o resultado é o desdobramento da entoação da voz na literatura contemporânea.