Resumen A través de un análisis comparativo -entre estrategias narrativas producidas en un mismo contexto; entre contextos distintos pero cuyos procesos de construcción cultural dependen de una reformulación de la visualidad en la modernidad temprana; y entre medios y dispositivos visuales que producen, pero también reorganizan el conocimiento- este artículo propone una nueva interpretación de las célebres pinturas murales de las casas tunjanas de finales del siglo XVI y la primera parte del siglo XVII, en el marco de un Renacimiento global. En este proceso, se reconsideran los conceptos que han sido utilizados en interpretaciones anteriores, tales como originalidad, identidad y exotismo, matizando así el enfoque tradicional de los estudios iconográficos que han predominado en la interpretación de estos murales. Dicha perspectiva permite salirse del paradigma binario en el que suelen inscribirse las interpretaciones del uso de las fuentes grabadas; así, se redimensiona el problema de las fuentes y de las relaciones habitualmente establecidas entre texto e imagen. Finalmente, se contextualizan dichas pinturas en su entorno específico, pero en un marco global, que a su vez redistribuye el modelo de centro y periferia. Abstract Based on a comparative analysis -between narrative strategies created within the same context; between different contexts in which processes of cultural construction depended on the reformulation of visual culture in the Early Modern period; and between media and devices that produce but also reorganize knowledge- this article proposes a new interpretation of the renowned late-sixteenth and early-seventeenth-century wall paintings in a series of houses in Tunja, as seen within the framework of a Global Renaissance. In this process, concepts that have been used in earlier interpretations, such as originality, identity and exoticism, are reconsidered, thus nuancing the traditional iconographic focus that has predominated in the studies of these paintings. This perspective goes beyond the binary paradigm usually used to interpret the use of printed sources; in this way, the problem of sources and of the relationship usually established between text and image is reconsidered. Finally, these paintings are contextualized in their specific surroundings, but within a global frame, which serves to redistribute the model of center and periphery. Resumo Através de uma análise comparativa -entre estratégias narrativas produzidas em um mesmo contexto; entre contextos diferentes, mas cujos processos de construção cultural dependem de uma reformulação da visualidade na primeira época moderna; entre meios e dispositivos visuais que produzem conhecimento, mas também o reorganizam- este artigo propõe uma nova interpretação das célebres pinturas das casas de Tunja do final do século XVI e da primeira metade do século XVII no contexto de um Renascimento global. Neste processo, reconsideram-se os conceitos que foram utilizados em interpretações anteriores, tais como originalidade, identidade e exotismo, matizando, assim, o enfoque tradicional dos estudos iconográficos que predominaram na interpretação desses murais. Esta perspectiva permite sair do paradigma binário no qual costumam inscrever-se as interpretações do uso das fontes gravadas; assim, redimensiona-se o problema das fontes e das relações habitualmente estabelecidas entre texto e imagem. Finalmente, contextualizase essas pinturas em seu meio específico, mas em um contexto global, o qual, por sua vez, redistribui o modelo de centro e periferia.