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Na região nordeste do Pará, entre os meridianos 48º15’20” WGr a 46º38’25” WGr e paralelos 0º35’11” S a 01º25’32” S, residem 3,7 milhões de habitantes (IBGE, 2014), e nela predomina o déficit de água para uso humano, em área urbana e rural. Utilizando-se dos métodos potenciométrico e gravimétrico, com suporte de SIG, buscou-se definir as bacias hidrogeológicas do aquífero livre Barreiras e estabelecer correlações com as bacias hidrográficas presentes nessa região. O mapa potenciométrico foi elaborado a partir de 576 poços cadastrados pelo Projeto SIAGAS, da CPRM e o mapa gravimétrico extraído do Projeto Geologia e Recursos Minerais do Estado do Pará (CPRM, 2008). Os resultados obtidos da interpolação, entre o mapa potenciométrico e o gravimétrico, mostram a posição dos divisores hidrogeológicos. Observou-se que ocorre concordância entre o divisor da bacia hidrográfica e o da bacia hidrogeológica, com exceção de duas pequenas áreas, destacadas no mapa de bacias hidrogeológicas, nas quais o fluxo das águas subterrâneas rasas não acompanha as configurações da superfície do terreno, ultrapassando divisores topográficos e os limites das bacias hidrográficas. A esta discordância entre os divisores das bacias hidrográficas e hidrogeológicas atribuem-se variações litológicas, condicionantes tectônicos ou até a presença de rocha cárstica, próxima a superfície.

O Sistema Aqüífero Grande Amazônia – SAGA compreende unidades litoestratigráficas posicionadas do Eo-Neo Cretáceo à Era Cenozóica que ocorrem, no Brasil, nas bacias do Marajó, Amazonas e Solimões e Acre, todas na região amazônica, e, talvez, até nas bacias sub-andinas. A caracterização geométrica do SAGA em cada uma das bacias é, ainda, preliminar. Os cálculos iniciais sobre reservas aquíferas indicam volumes hídricos que alcançam mais de 160.000 km³ situando-o, assim, entre os maiores sistemas aquíferos do mundo.

O Sistema Aqüífero Grande Amazônia – SAGA compreende unidades litoestratigráficas posicionadas do Eo-Neo Cretáceo à Era Cenozóica que ocorrem, no Brasil, nas bacias do Marajó, Amazonas e Solimões e Acre, todas na região amazônica, e, talvez, até nas bacias sub-andinas. A caracterização geométrica do SAGA em cada uma das bacias é, ainda, preliminar. Os cálculos iniciais sobre reservas aquíferas indicam volumes hídricos que alcançam mais de 160.000 km³ situando-o, assim, entre os maiores sistemas aquíferos do mundo.

Este trabalho tem por objetivo avaliar a qualidade das águas subterrâneas da microbacia do Rio Maguariaçu (MRM), localizada entre os limites do município de Ananindeua na Mesorregião Metropolitana de Belém-PA. As ações antrópicas vêm contribuindo significativamente para o aumento da degradação, principalmente, dos corpos hídricos da região. Foi realizada a coleta de 12 amostras, no período de estiagem no mês de novembro de 2010 e outra no período chuvoso no mês de fevereiro de 2011, somando um total de 24 amostras. Os parâmetros físico-químicos seguiram os padrões técnicos especificados pela Portaria nº. 2914 (2011) o Ministério da Saúde do Brasil e a APHA Standard Methods. Os parâmetros escolhidos para a análise fisico-química mostraram que essas águas estão dentro dos padrões de potabilidade da legislação vigente, com exceção dos valores do pH, ferro total e amônia.

O presente trabalho tem por objetivo disponibilizar informações acerca dos sistemas aquíferos da Microbacia do Rio Maguariaçu, Ananindeua-Pa, através da formulação de uma proposta de abastecimento alternativa, utilizando mapas de fluxos hídricos, informações geológicas acerca dos aquíferos e dados da distribuição demográfica da população envolvida, no âmbito da bacia hidrográfica, com vistas a um melhor gerenciamento dos recursos hídricos nela disponíveis.

A área de estudo localiza-se no município de Ananindeua no estado do Pará. A falta de investimentos e melhoria na infraestrutura básica somada a ações antrópicas geram transtornos para a população que faz uso dos recursos hídricos. Os fluxos hídricos subterrâneos tiveram seus aspectos geométricos analisados através de 53 poços cadastrados. De cada um deles foram obtidos os valores dos potenciais hidráulicos que foram utilizados para determinação das isolinhas na caracterização da superfície potenciométrica e interpretação da direção e sentido do fluxo subterrâneo do aquífero mais superior. A ausência de saneamento básico e a precariedade com o sistema de abastecimento público força a população a construção de poços próximos a fossas sépticas, quando a solução mais apropriada seria a integração do abastecimento presente a um sistema baseado a partir de poços profundos.

Os resultados da aplicação de técnicas geológicas multidisciplinares, na Ilha de Mosqueiro, Região Metropolitana de Belém – Pará – Brasil, (RMB) sugerem que o arranjo geométrico dos sistemas hidrogeológicos presentes é fortemente influenciado por estruturação neotectônica, a qual possivelmente induziu a conexão hidráulica, entre os aquíferos rasos (livres) e aqueles até então considerados confinados, sendo a mesma realizada principalmente por meio de zonas de falhas e fraturas trativas encontradas na região. Em decorrência desse quadro, os recursos hídricos subterrâneos podem estar fortemente vulneráveis a contaminação.

A área de estudo localiza-se na porção centro-oeste do município de Castanhal, estado do Pará, onde esta ocorrendo um processo de urbanização, devido o crescimento populacional da cidade. Este processo esta provocando algumas alterações ambientais, entre elas a locação desordenada de fontes de poluição/contaminação de aquíferos. O que demonstra a relevância deste trabalho, que contribuirá com informações relacionadas à caracterização litológica em subsuperficie, análise do comportamento geométrico do fluxo hídrico subterrâneo e exibição das áreas de descarga e recarga dos aquíferos freáticos, assim como apresenta as principais fontes potenciais de poluição e contaminação das águas subterrâneas da região. A integração destes dados mostrou que os sistemas hidrogeológicos livres (Superior e Barreiras) estão sendo recarregados em duas áreas, uma localizada próximo ao igarapé Couro de Curió e a outra próxima ao igarapé Defunto. Estas áreas merecem uma atenção maior por parte dos gestores, pois a locação de fontes potenciais de poluição sem medidas de controle poderá comprometer a qualidade da água, uma vez que são regiões de infiltração natural e com vulnerabilidade.

O estudo foi realizado no bairro de Umarizal em Belém/PA com o objetivo de observar o comportamento do nitrato, amônio e de outros parâmetros físico-químicos nas águas do aqüífero Barreiras frente ao uso do saneamento in situ por domicílios residenciais. Foram selecionados dois poços locados no aqüífero Barreiras, um residencial tubular (Uma8) de 30 metros de profundidade e outro de monitoramento (M3) com 12m de profundidade. O poço M3 foi locado na mesma residência do poço Uma8 a cerca de 1 metro do sumidouro da fossa residencial. Foram realizadas dez campanhas de amostragem em períodos sazonais distintos (setembro de 2001 a novembro de 2002). No poço Uma8, os teores de nitrato e amônio permaneceram sempre elevados, independentes do mês de coleta, e com pH sempre ácido. Sugerindo que o poço está localizado em uma área com altas e constantes recargas de efluentes domésticos. O poço M3 apresentou os maiores teores de nitrato (acima de 30 mg/L) nos dois primeiros meses de amostragem, acompanhados pelos teores mais baixos de amônio. No poço M3 existe uma tendência de oxidação do amônio para nitrato (nitrificação) nos primeiros meses de coleta. Fica constatada a pouca influência da sazonalidade na caracterização hidroquímica dos poços estudados.

Devido às peculiaridades hídricas da Amazônia e, ainda, às suas condições de desenvolvimento, inclusive baixa densidade técnica, é vital compreender o seu papel estratégico no cenário mundial no que diz respeito a recursos hídricos, bem como a nova maneira de gestão de recursos hídricos, proposta pela Lei 9.433/97, para que se possa buscar que essa sua riqueza venha a trazer melhorias de qualidade de vida para a sua população. No âmbito específico da UFPA, o GT de Recursos Hídricos, partindo de um diagnóstico sobre o potencial humano e material existente na instituição, desenvolve ações que se traduzem na formação de massa crítica capacitada a tratar de gestão de recursos hídricos e, ainda, no estudo e no estabelecimento de procedimentos metodológicos de gestão com ênfase no ciclo da água para ações políticas nas esferas federal, estadual e municipal com a universidade como mediadora dos interesses, para serem colocados à disposição da sociedade, visando mitigar, prevenir e remediar agressões ao meio ambiente, preparando a sustentabilidade das gerações futuras. Devido ao não comparecimento das esferas estadual e federal, essas ações estão sendo desenvolvidas muito aquém do que a realidade exige.