Spiassi, Ana Lucia, Faustino, Deivison Mendes, Viso, Ana Teresa Rodriguez, Cavalheiro, Larissa Ottati, Vichessi, Débora Fernanda, Sant'Anna, Virginia, and Akerman, Marco
OBJECTIVE: To present the integration possibility evaluation (between the agendas of the black movement with the themes of health, particularly in relation to prevention of STD/AIDS). METHODS: We used the qualitative instrument called the Delphi Panel, given its flexibility to consultations with stakeholders with different power resources. 135 were registered entities of the black movement: 41 of them agreed to participate in the panel of questions. The project was extended to seven cities in the ABC region, bringing together 655,886 inhabitants (browns and blacks), who represent 32.8% of the total population of the region. RESULTS: The group of 41 participating (grass-roots organizations) proposed to act in actions of prevention of STD/AIDS directly (by adding them to their daily activities) or indirectly (through actions of social control) and assessed the need to understand socio-history of the greater vulnerability of the black population, not only in relation to the prevention of STD/AIDS, but also of health as a whole and the totality of life: "[...] the history of black dehumanization is a denial of the condition to be human, which exposes blacks to any disease. The information is unreliable, if coming this way. Blacks must be seen as a whole. CONCLUSIONS: The racism is understood as something that precedes any other, it has an impact on the access to health and has been reflected in the greater vulnerability of black men and women to HIV infection. The elements of affirmation of racial identity contribute to promoting the health of black people. Joint actions between health services and social movements provide conditions to strengthen a policy of confronting STD/AIDS among black women and black men, all Brazilians. OBJETIVO: Apresentar a avaliação realizada sobre as possibilidades de integração entre as agendas do movimento negro e a prevenção das DST/aids. METODOLOGIA: Utilizou-se o instrumento qualitativo chamado de Panel Delphi, dada a sua flexibilidade de consultas. Foram cadastradas 135 entidades do movimento negro, tendo 41 delas aceitado a proposta de participar do painel de questões. O projeto foi extensivo aos sete municípios da região do ABC paulista, sendo que 32,8% do total da população da região é composta de pretos e pardos. RESULTADOS: O grupo de 41 entidades participantes propôs-se a atuar em ações de prevenção das DST/aids diretamente (agregando-as às suas atividades cotidianas), ou indiretamente (através de ações de controle social) e avaliou a necessidade de um entendimento sócio-histórico da vulnerabilidade da população negra, em relação não somente à prevenção de DTS/aids, mas também da saúde como um todo e da totalidade da vida: "[...] a história do negro é de desumanização, negação da condição de ser humano, que expõe os negros a qualquer doença. A informação fica sem credibilidade vinda dessa maneira. O negro precisa ser visto como ser pleno." (1.10.1). CONCLUSÕES: O racismo vivenciado tem impacto nas condições de acesso à saúde e tem se refletido na maior vulnerabilidade de homens e mulheres negros para a infecção de HIV. Os elementos de afirmação da identidade racial contribuem para a promoção da saúde da população negra. Ações conjuntas entre os serviços de saúde e o movimento social possibilitam condições de fortalecimento de uma política de enfrentamento das DST/aids entre as negras e os negros brasileiros.