21 results on '"discriminação social"'
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2. Relatos sobre um livro com experiências de estigma/discriminação de Pessoas Vivendo com HIV/AIDS no Brasil
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Daniele Souza, Carla Pereira, and Juan Raxach
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HIV ,Estigma social ,Discriminação social ,Traços de história de vida ,Brasil ,Public aspects of medicine ,RA1-1270 - Abstract
RESUMO Ao longo de 2021, no âmbito de atividades da Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS, foi desenvolvido o projeto ‘E se fosse com você? Histórias vividas de estigma e discriminação em 40 anos de HIV/AIDS’. O projeto buscou reunir histórias reais de estigma e discriminação, bem como mostrar traumáticas experiências vividas pelas pessoas com HIV/AIDS, para estimular a empatia e a solidariedade em torno do grupo. Este texto é um relato sobre a experiência do projeto, realizado por chamada de voluntários nas redes sociais da Associação. Entre estes, foram selecionados dez indivíduos, considerando tipos de situações vividas, faixas etárias, gêneros, raças, orientações sexuais e regiões de origem, para tentar mostrar diferentes aspectos de viver com HIV/AIDS no Brasil. No intuito de nortear as entrevistas, foi preparado roteiro semiestruturado, com dezenas de perguntas adaptadas a individualidades de cada participante, para abordar diferentes histórias. A partir das entrevistas, foram escritas dez histórias diferentes, pontuando situações de estigma e discriminação em distintos momentos da vida, assim como quadros de enfrentamento e resistência. Por ocasião do Dia Mundial de Luta contra a AIDS em 2021, o livro foi lançado no seminário ‘Refazendo a Prevenção’, da mesma Associação, e está disponível para baixar gratuitamente.
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- 2023
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3. Vivenciar e enfrentar o preconceito do HIV no Rio de Janeiro, Brasil
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Marcia Gomes, Diogo Jacintho Barbosa, Antonio Marcos Gomes Tosoli, and FabianaBarbosa Assumpção de Souza
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hiv ,discriminação social ,acontecimentos que mudam a vida ,Nursing ,RT1-120 ,Medicine (General) ,R5-920 ,Public aspects of medicine ,RA1-1270 - Abstract
Objetivo: descrever como as pessoas vivenciam e enfrentam o preconceito após o diagnóstico do HIV. Método: estudo descritivo, exploratório e qualitativo com pessoas vivendo com HIV, em uso de terapia antirretroviral. Realizou-se entrevistas semiestruturadas, no ambulatório de um hospital universitário no município do Rio de Janeiro, Brasil. Aplicou a análise lexical através do software Iramuteq 0.7 alpha 2, com uso da classificação hierárquica descendente. Resultados: percebeu-seque os participantes ainda sofrem com medos e temores em revelar o diagnóstico, sendo a principal barreira para o convívio com o vírus. O entendimento sobre a cronicidadee a existência de tratamento melhoram a relação consigo mesmo. Sentem a necessidade em possuírem espaços de fala e escuta, ligado à importância de se manter um diálogo positivo acerca do HIV e reduzir a discriminação. Conclusão: a vivência das pessoas com HIV é um processo complexo, que não depende exclusivamente de cuidados clínicos, mas as instituições podem atuar de forma articulada para ações que fomentem maior conhecimento sobre o vírus e a doença, podendo somar para areduçãode preconceitos.
- Published
- 2022
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4. LGBTI+fobia virtual: notas sobre uma etnografia em comunidades virtuais no Facebook
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Adriano da Silva, Kathie Njaine, and Queiti Batista Moreira Oliveira
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Homofobia ,Minorias sexuais e de gênero ,Violência ,Discriminação social ,Redes sociais on-line ,Communication. Mass media ,P87-96 ,Public aspects of medicine ,RA1-1270 - Abstract
O artigo discute a LGBTI+fobia em ambientes virtuais, a partir de etnografia virtual realizada em duas comunidades virtuais no Facebook, “Brasil sem ideologia de gênero” e “Não à ditadura gay”. A observação silenciosa (lurking) ocorreu no período 2018 a 2019, sendo analisadas 75 postagens. Seguiu-se um roteiro que buscou identificar as características dos membros, o perfil de interação, a arquitetura das comunidades, e também a percepção dos membros sobre expressões de sexualidade e gênero dissidentes da heteronormatividade. A LGBTI+fobia começa a ficar mais perceptível a partir de discursos de ódio de natureza ultraconservadora e simbólica, que se utiliza de elementos como humor, política, desinformação, e deturpação de dados científicos, visando deslegitimar a existência da população LGBTI+, justificar a retirada de direitos, e minimizar suas pautas. Destacou-se a necessidade de observação das plataformas responsáveis por esses ambientes digitais, como também a importância de uma alfabetização digital da população, de modo a capacitá-la ao uso crítico e responsável desses ambientes digitais.
- Published
- 2022
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5. Pessoas vivendo com o vírus da imunodeficiência humana: percepção sobre atendimento odontológico
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Brisa Ketrine Lustosa de Souza, Ana Virgínia Fonseca Alves, Lucas Eduardo Calheiros, Waneska Alexandra Alves, Francielle Silvestre Verner, and Sibele Nascimento de Aquino
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sorodiagnóstico da aids ,odontologia ,discriminação social ,Medicine (General) ,R5-920 ,Public aspects of medicine ,RA1-1270 - Abstract
Objetivo: Avaliar a percepção da pessoa vivendo com o vírus da imunodeficiência humana sobre a ocorrência de atitudes discriminatórias em atendimento odontológico. Métodos: Trata-se de um estudo qualitativo, realizado com pessoas vivendo com o vírus da imunodeficiência humana e em tratamento em um centro de referência, na cidade de Governador Valadares, Minas Gerais, Brasil, no período de janeiro a julho de 2019. Foram incluídos 25 participantes no estudo, tendo sido realizadas entrevistas semiestruturadas. Os dados coletados foram submetidos à análise de conteúdo temática e, a partir daí, as categorias que emergiram incluíram o receio da informação do diagnóstico ao profissional de saúde e a recusa de atendimento por profissionais da saúde. Resultados: Entre os entrevistados, houve percepção de confiança para informação de sua condição sorológica ao profissional, embora também tenha ocorrido omissão dela. Foi percebida certa insegurança relacionada ao cirurgião-dentista na realização do tratamento odontológico, incluindo atitudes discriminatórias no consultório e até recusa de atendimento. Conclusão: Entre as pessoas vivendo com o vírus da imunodeficiência humana investigadas no presente estudo, houve percepção de condutas discriminatórias e dificuldades para conseguirem atendimento odontológico, além do receio de informar seu diagnóstico ao cirurgião-dentista, omitindo-o.
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- 2021
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6. Vivências de pessoas LGBT em situação de rua e as relações com a atenção e o cuidado em saúde em Florianópolis, SC
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Dalvan Antonio de Campos, Heitor Mondardo Cardoso, and Rodrigo Otávio Moretti-Pires
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Pessoas em situação de rua ,Minorias sexuais e de gênero ,Assistência integral à saúde ,Discriminação social ,Public aspects of medicine ,RA1-1270 - Abstract
RESUMO As identidades de gênero e as orientações sexuais têm impacto sobre as vivências das pessoas em situação de rua, sendo importante motivo na quebra de vínculo familiar e ida para a rua, no caso, Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT). LGBT em situação de rua têm sua relação com o serviço de saúde comprometida e apresentam os piores indicadores de saúde quando comparados com os heterossexuais. O objetivo deste estudo foi compreender as implicações das identidades de gênero nas relações sociais e saúde de LGBT em situação de rua de Florianópolis (SC). Trata-se de uma pesquisa qualitativa realizada entre os meses de novembro de 2017 e fevereiro de 2018, com LGBT em situação de rua, no centro de Florianópolis (SC). Foram realizadas entrevistas individuais semiestruturadas para coleta de dados. Os principais motivos de ida para a rua foram os conflitos familiares e a opção pessoal. A rua foi apresentada como um espaço de intensa discriminação e violência contra LGBT, com aspectos interseccionais relacionados com a raça, amenizadas por estratégias de ‘desvio de foco’. Devido às experiências discriminatórias com profissionais de saúde, o cuidado de saúde é feito pelas próprias pessoas em situação de rua.
- Published
- 2020
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7. Estigma e discriminação relacionados à identidade de gênero e à vulnerabilidade ao HIV/aids entre mulheres transgênero: revisão sistemática
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Laio Magno, Luis Augusto Vasconcelos da Silva, Maria Amélia Veras, Marcos Pereira-Santos, and Ines Dourado
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Estigma Social ,Discriminação Social ,Pessoas Transgênero ,HIV ,Revisão Sistemática ,Medicine ,Public aspects of medicine ,RA1-1270 - Abstract
Resumo: A prevalência de HIV entre mulheres transgênero é desproporcional quando comparamos com a população geral em vários países. O estigma e a discriminação, por conta da identidade de gênero, têm sido comumente associados à vulnerabilidade ao HIV/aids. O objetivo foi realizar uma revisão sistemática da literatura para analisar a relação entre o estigma e a discriminação relacionados à identidade de gênero de mulheres transgênero e à vulnerabilidade ao HIV/aids. Revisão sistemática da literatura, que envolveu as etapas de identificação, fichamento, análise e interpretação de resultados de estudos valendo-se da seleção em cinco bases: PubMed, Scopus, Web of Science, Science Direct e LILACS. Não houve estabelecimento de período de tempo a priori para essa revisão. Os estudos foram avaliados de acordo com critérios de inclusão e exclusão. Foram incluídos artigos em inglês, português ou espanhol, que relacionavam o estigma e a discriminação com a vulnerabilidade de mulheres transgênero ao HIV. Foram encontrados 41 artigos, majoritariamente qualitativos, publicados no período entre 2004 e 2018, e categorizados em três dimensões do estigma: nível individual, interpessoal e estrutural. Os dados permitem destacar que os efeitos do estigma relacionado à identidade de gênero, como a violência, a discriminação e a transfobia, são elementos estruturantes no processo da vulnerabilidade da população de mulheres transgênero ao HIV/aids. Os trabalhos mostraram relação entre estigma e discriminação com a vulnerabilidade de mulheres transgênero ao HIV/aids e apontaram para a necessidade de políticas públicas que combatam a discriminação na sociedade.
- Published
- 2019
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8. Unhoused people: stigma, prejudice, and health care strategies
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Cláudia Brito and Lenir Nascimento da Silva
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Serviços de saúde ,Health Policy ,Health care ,Public Health, Environmental and Occupational Health ,Discriminação social ,Health services ,Social discrimination ,Preconceito ,Homeless people ,Public aspects of medicine ,RA1-1270 ,Assistência à saúde ,Prejudice ,Pessoas em situação de rua - Abstract
Resumo Representações sociais históricas sobre estigma e preconceito relacionado à População em Situação de Rua (PSR) provocam sofrimento psíquico, sentimento de vergonha, afastamento das relações familiares e sociais. Esse artigo objetivou entender como a PSR e os profissionais de saúde percebem, reproduzem, elaboram e lidam as representações produzidas por suas condições sociais. Pesquisa qualitativa, que envolve Observação Participante; Entrevistas com 24 PSR e Grupo Focal com profissionais dos serviços que prestam cuidado à PSR. O estudo foi realizado no município do Rio de Janeiro em local onde o uso do crack tem prevalência importante. Análise foi realizada pelo método da narrativa fenomenológica. O estereótipo provoca uma autoimagem de pessoa indigna, indesejada, que justifica discriminações cotidianas e, sobretudo, a perda da condição mais importante de todos os seres: sua condição humana, além de legitimar desassistência e violência contra elas. Aprofundar as relações entre preconceitos e discriminações em contexto de população vulnerável e serviços de saúde, pode auxiliar projetos terapêuticos que promovam diminuição do sofrimento psíquico, melhor assistência e reconhecimento social de cidadania da PSR. Abstract Historical, social representations about stigma and prejudice related to unhoused people cause psychological distress, feeling of shame, and withdrawal from family and social relationships. This paper aimed to understand how unhoused people and health professionals perceive, reproduce, elaborate, and address the representations produced by their social conditions. This qualitative research employed participant observation, interviews with 24 unhoused people, and a focus group with professionals from the services providing care to the unhoused people. The study was conducted in Rio de Janeiro, Brazil, where crack use is very prevalent. An analysis was performed using the phenomenological narrative method. Stereotyping conjures the self-image of an unworthy, unwanted person, which justifies daily discrimination and, above all, the loss of the most critical condition of all beings, namely, their human condition, besides legitimizing the lack of care and violence against them. Deepening the relationship between prejudice and discrimination in the context of vulnerable populations and health services can assist therapeutic projects that promote the reduction of psychological distress, better care, and social recognition of citizenship of the unhoused people.
- Published
- 2022
9. Association between perceived racial discrimination and hypertension: findings from the ELSA-Brasil study
- Author
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Patrícia Miranda Mendes, Aline Araújo Nobre, Rosane Härter Griep, Joanna Miguez Nery Guimarães, Leidjaira Lopes Juvanhol, Sandhi Maria Barreto, Alexandre Pereira, and Dóra Chor
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Racismo ,Discriminação Social ,Hipertensão ,Medicine ,Public aspects of medicine ,RA1-1270 - Abstract
“Pardos” and blacks in Brazil and blacks in the USA are at greater risk of developing arterial hypertension than whites, and the causes of this inequality are still little understood. Psychosocial and contextual factors, including racial discrimination, are indicated as conditions associated with this inequality. The aim of this study was to identify the association between perceived racial discrimination and hypertension. The study evaluated 14,012 workers from the ELSA-Brazil baseline population. Perceived discrimination was measured by the Lifetime Major Events Scale, adapted to Portuguese. Classification by race/color followed the categories proposed by Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE). Hypertension was defined by standard criteria. The association between the compound variable - race/racial discrimination - and hypertension was estimated by Poisson regression with robust variance and stratified by the categories of body mass index (BMI) and sex. Choosing white women as the reference group, in the BMI < 25kg/m2 stratum, “pardo” women showed adjusted OR for arterial hypertension of 1.98 (95%CI: 1.17-3.36) and 1.3 (95%CI: 1.13-1.65), respectively, whether or not they experienced racial discrimination. For black women, ORs were 1.9 (95%CI: 1.42-2.62) and 1.72 (95%CI: 1.36-2.18), respectively, for the same categories. Among women with BMI > 25kg/m2 and men in any BMI category, no effect of racial discrimination was identified. Despite the differences in point estimates of prevalence of hypertension between “pardo” women who reported and those who did not report discrimination, our results are insufficient to assert that an association exists between racial discrimination and hypertension.
- Published
- 2018
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10. Discrimination and common mental disorders of undergraduate students of the Universidade Federal de Santa Catarina
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Maria Vitória Cordeiro de Souza, Isabel Lemkuhl, and João Luiz Bastos
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Discriminação social ,Estresse psicológico ,Brasil ,Estudantes ,Causalidade ,Epidemiologia ,Public aspects of medicine ,RA1-1270 - Abstract
INTRODUCTION: The pathogenic and consistent effect of discrimination on mental health has been largely documented in the literature. However, there are few studies measuring multiple types of discrimination, evaluating the existence of a dose-response relationship or investigating possible effect modifiers of such an association.OBJECTIVE: To investigate the association between experiences of discrimination attributed to multiple reasons and common mental disorders, including the adjustment for potential confounders, assessment of dose-response relations, and examination of effect modifiers in undergraduate students from southern Brazil.METHODS: In the first semester of 2012, 1,023 students from the Universidade Federal de Santa Catarina answered a self-administered questionnaire on socio-demographic characteristics, undergraduate course, experiences of discrimination and common mental disorders. Associations were analyzed through logistic regression models, estimation of Odds Ratios and 95% confidence intervals (95%CI).RESULTS: The study results showed that students reporting discrimination at high frequency and intensity were 4.4 (95%CI 1.6 - 12.4) times more likely to present common mental disorders. However, the relationship between discrimination and common mental disorders was protective among Electrical Engineering students, when compared to Accounting Sciences students who did not report discrimination.CONCLUSION: The findings suggest that the dose-response relationship between experiences of discrimination and common mental disorders reinforces the hypothetical causal nature of this association. Nevertheless, the modification of effect caused by the undergraduate course should be considered in future studies for a better understanding and measurement of both phenomena.
- Published
- 2015
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11. Estigma e discriminação: experiências de mulheres HIV positivo nos bairros populares de Maputo, Moçambique
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Rosário Gregório Andrade and Jorge Alberto Bernstein Iriart
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HIV ,Síndrome de Imunodeficiência Adquirida ,Estigma Social ,Discriminação Social ,Medicine ,Public aspects of medicine ,RA1-1270 - Abstract
A epidemia de HIV/AIDS é um sério problema de saúde pública em Moçambique, que convive com altas taxas de prevalência do HIV. O impacto da epidemia é agravado pelo forte estigma que atinge as pessoas soropositivas. O objetivo deste estudo foi investigar, com base em uma perspectiva socioantropológica, a experiência de mulheres HIV positivo nos bairros populares de Maputo e como lidam com o estigma e a discriminação. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com dez mulheres HIV positivo, residentes nos bairros populares de Maputo. Os resultados mostram como a desigualdade de gênero atua de forma importante na construção da vulnerabilidade das mulheres ao HIV, assim como em sua estigmatização e discriminação. No enfrentamento do estigma, as mulheres procuram preservar o sigilo do diagnóstico buscando apoio na reunião em grupos de pares HIV positivo. É fundamental que se implementem políticas públicas voltadas para o empoderamento das mulheres e redução do estigma associado ao HIV/AIDS.
- Published
- 2015
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12. Experiences of LGBT homeless people and its relations with health care in Florianopolis, SC
- Author
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Dalvan Antonio de Campos, Heitor Mondardo Cardoso, and Rodrigo Otávio Moretti-Pires
- Subjects
Homeless person ,Social discrimination ,Assistência integral à saúde ,Discriminação social ,Minorias sexuais e de gênero ,General Medicine ,Public aspects of medicine ,RA1-1270 ,Sexual and gender minorities ,Pessoas em situação de rua ,Comprehensive health care - Abstract
RESUMO As identidades de gênero e as orientações sexuais têm impacto sobre as vivências das pessoas em situação de rua, sendo importante motivo na quebra de vínculo familiar e ida para a rua, no caso, Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT). LGBT em situação de rua têm sua relação com o serviço de saúde comprometida e apresentam os piores indicadores de saúde quando comparados com os heterossexuais. O objetivo deste estudo foi compreender as implicações das identidades de gênero nas relações sociais e saúde de LGBT em situação de rua de Florianópolis (SC). Trata-se de uma pesquisa qualitativa realizada entre os meses de novembro de 2017 e fevereiro de 2018, com LGBT em situação de rua, no centro de Florianópolis (SC). Foram realizadas entrevistas individuais semiestruturadas para coleta de dados. Os principais motivos de ida para a rua foram os conflitos familiares e a opção pessoal. A rua foi apresentada como um espaço de intensa discriminação e violência contra LGBT, com aspectos interseccionais relacionados com a raça, amenizadas por estratégias de ‘desvio de foco’. Devido às experiências discriminatórias com profissionais de saúde, o cuidado de saúde é feito pelas próprias pessoas em situação de rua. ABSTRACT Gender identities and sexual orientation have an impact on the lives of homeless people, and are an important reason for breaking the family bond and ending up in the streets, in the case of Lesbians, Gays, Bisexuals, Transvestites and Transsexuals (LGBT). LGBT homeless people have their relationship with the health service compromised and have the worst health indicators when compared to heterosexuals. The aim of this study was to understand the implications of gender identities in social relations and health of the LGBT homeless population in Florianópolis (SC). It is a qualitative research carried out between November 2017 and February 2018, with LGBT homeless people in the city center of Florianópolis (SC). Individual semi-structured interviews were conducted for data collection. The main reasons for going to the street were family conflicts and personal choice. The street was presented as a space of intense violence and discrimination against LGBT population with intersectional aspects related to race, enlivened by some strategies of ‘shifting of focus’. Due to discriminatory experiences with health professionals, health care is carried out by the very people in homeless situation.
- Published
- 2019
13. Eqüidade e reformas na saúde nos anos 90
- Author
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Cohn Amélia and Elias Paulo Eduardo Mangeon
- Subjects
Reforma do Estado ,Reforma Sanitária ,Serviços de Saúde ,Discriminação Social ,Medicine ,Public aspects of medicine ,RA1-1270 - Abstract
O presente artigo analisa na primeira seção questões atuais colocadas para a agenda de estudos e debates sobre a Reforma Sanitária Brasileira da perspectiva da inclusão e da exclusão sociais. E numa segunda seção, à luz daquelas questões inicialmente discutidas, analisa uma experiência de parceria entre o setor público estatal (o Hospital das Clínicas HC, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo) e o Sistema Supletivo de Assistência Médica (SSAM). A tese apresentada é a do esgotamento do ideário original da Reforma Sanitária Brasileira, após a conquista do movimento consagrado na Constituição de 1988, e frente à nova realidade do país, com a conseqüente necessidade de se resgatar a ênfase na dimensão política nos estudos sobre saúde, colocando em destaque a questão da construção de identidades dos sujeitos sociais. A partir dela é analisada a experiência daquela parceria, mostrando como a existência da "dupla fila" a dos usuários SUS e a dos usuários do SSAM não implica discriminações no acesso à tecnologia, mas reproduz no interior do HC as discriminações já existentes na sociedade.
- Published
- 2002
14. Sexual, reproductive health and health status of female sex workers in 12 Brazilian cities, 2016
- Author
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Letícia Penna Braga, Giseli Nogueira Damacena, Célia Landmann Szwarcwald, and Mark Drew Crosland Guimarães
- Subjects
saúde sexual e reprodutiva ,Epidemiology ,Health Status ,Stigma (botany) ,Sex workers ,HIV Infections ,sexual and reproductive health ,inquéritos de saúde ,discriminação social ,social discrimination ,Pregnancy ,Humans ,Medicine ,Cities ,sex workers ,Reproductive health ,Sex work ,desigualdades em saúde ,Sex Workers ,business.industry ,Public Health, Environmental and Occupational Health ,Female sex ,General Medicine ,medicine.disease ,health surveys ,health status disparities ,Confidence interval ,Cross-Sectional Studies ,Reproductive Health ,populações vulneráveis ,Respondent ,profissionais do sexo ,Female ,Syphilis ,Public aspects of medicine ,RA1-1270 ,business ,Brazil ,vulnerable populations ,Demography - Abstract
Objective: To investigate differences in sexual, reproductive health and health status indicators of female sex workers in 12 Brazilian cities. Methods: Cross-sectional study of biological and behavioral surveillance survey with a minimum sample of 350 female sex workers per city, recruited by respondent driven sampling, in 2016. Complex sample design was considered in the data analysis. Indicators and 95% confidence intervals related to sexual and reproductive health, and health status were described separately by city and for the total sample. Results: The total sample consisted of 4,328 female sex workers. The coverage of Pap smear exam, human immunodeficiency virus and syphilis tests and antenatal care indicators varied by 20 percentages points or more. Pap smear exam coverage ranged from 53.4% in Recife to 73.0% in Porto Alegre. The highest percentage of female sex workers who had never been tested for human immunodeficiency virus and syphilis was in Fortaleza (36.8 and 63.8%, respectively). Antenatal coverage ranged from 61.1% in Salvador to 99.0% in Curitiba. In five cities, the proportion of female sex workers who disclosed their sex work status in health services was over 20.0%. Conclusion: The differences between the indicators in the 12 cities followed the Brazilian population profile, with more vulnerable sex workers in the North and Northeast regions. The results show that it is essential to consider the barriers to accessing health, such as stigma and discrimination, which restrict the addressing of female sex workers specific needs. RESUMO: Objetivo: Investigar diferenças nos indicadores de saúde sexual, reprodutiva e de estado de saúde de mulheres trabalhadoras do sexo em 12 cidades brasileiras. Métodos: Estudo de corte transversal comportamental e biológico, com amostra mínima de 350 mulheres trabalhadoras do sexo por cidade, recrutadas por Respondent-Driven Samplig, em 2016. Na análise de dados, foi considerado o desenho complexo de amostragem. Foram apresentados indicadores e respectivos intervalos de 95% de confiança relacionados à saúde sexual, reprodutiva e ao estado de saúde separadamente por cidade e para a amostra total. Resultados: A amostra total foi de 4.328 mulheres trabalhadoras do sexo. A cobertura de exame de Papanicolau e teste para vírus da imunodeficiência humana e sífilis, e os indicadores de pré-natal apresentaram variação igual ou superior a 20 pontos percentuais. A cobertura de exame de Papanicolau variou de 53,4%, em Recife, a 73%, em Porto Alegre. O maior percentual de mulheres trabalhadoras do sexo que nunca realizaram o teste para vírus da imunodeficiência humana e sífilis foi registrado em Fortaleza (36,8 e 63,8%, respectivamente). A cobertura de pré-natal variou de 61,1%, em Salvador, a 99%, em Curitiba. Em cinco cidades, o percentual de participantes que afirmou já ter sentido discriminação no serviço de saúde por ser trabalhadora do sexo foi superior a 20%. Conclusões: As diferenças entre os indicadores nas 12 cidades acompanharam o perfil da população brasileira, com mulheres trabalhadoras do sexo mais vulneráveis nas regiões Norte e Nordeste. Os resultados mostram que é fundamental considerar as barreiras de acesso à saúde, como o estigma e a discriminação, que impedem a contemplação das necessidades específicas dessas mulheres.
- Published
- 2021
15. Ageism against older adults in the context of the COVID-19 pandemic: an integrative review
- Author
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Marcela Fernandes Silva, Diego Salvador Muniz da Silva, Aldiane Gomes de Macedo Bacurau, Priscila Maria Stolses Bergamo Francisco, Daniela de Assumpção, Anita Liberalesso Neri, and Flávia Silva Arbex Borim
- Subjects
Estereotipagem ,Ageismo ,Review ,Infecções por coronavírus ,Ageism ,Idosos ,Política de saúde ,Infecções por Coronavírus ,Humans ,Discriminação ,Pandemics ,Aged ,Stereotyping ,Saúde do idoso ,SARS-CoV-2 ,Idoso ,Discriminação Social ,Health Policy ,COVID-19 ,Revisão ,Social Discrimination ,Idosos - saúde ,Geriatrics ,Preconceito ,Health of the Elderly ,Public aspects of medicine ,RA1-1270 ,Geriatria ,Coronavirus Infections ,Prejudice ,Brazil - Abstract
OBJETIVO: Descrever os principais resultados de estudos sobre preconceito, estereotipia e discriminação relacionados à idade (ageismo) no contexto da pandemia da covid-19. MÉTODOS: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura sobre o ageismo no contexto da pandemia da covid-19, realizada entre maio e junho de 2020, a partir das seguintes bases de dados: Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE/PubMed), Web of Science (Thompson Reuters), Scopus (Elsevier Science), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Scientific Eletronic Library Online (SciELO). RESULTADOS: Foram analisadas 21 publicações que discorreram sobre o ageismo durante a pandemia, suas origens, consequências e implicações ético-políticas. As publicações identificadas são de natureza teórica com abordagem crítico-reflexiva, sendo 90,5% artigos opinativos (n = 19) e 9,5% de pesquisa (n = 2). Os principais resultados encontrados apontam críticas em relação à destinação de recursos e cuidados intensivos baseados exclusivamente no critério etário. São também apontados os impactos do isolamento social, o uso das tecnologias e mídias sociais e as relações intergeracionais no cenário da covid-19. CONCLUSÃO: A maioria das publicações indicam que o ageismo sempre esteve presente, mas tornou-se mais evidente durante a pandemia da covid-19 como forma de discriminação contra idosos. Ressalta-se que discursos “ageistas” podem influenciar negativamente na vida dos idosos e causar impactos sociais e psicológicos prejudiciais. OBJECTIVE: To report the main results of studies on prejudice, stereotyping, and age-based discrimination (ageism) in the context of the COVID-19 pandemic. METHODS: This is an integrative review of the literature on ageism in the context of the COVID-19 pandemic, conducted between May and June 2020, with data collected from the following databases: Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE/PubMed), Web of Science (Thompson Reuters), Scopus (Elsevier Science), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs) and Scientific Eletronic Library Online (SciELO). RESULTS: Twenty-one publications addressing ageism during the pandemics, its origins, consequences, and ethical and political implications were analyzed. All publications were theoretical with a critical/reflexive approach, being 90,5% opinion articles (n = 19) and 9,5% research (n = 2). The main findings indicate criticisms regarding resources allocation and intensive care based exclusively on age. The results also highlight the impacts of social isolation, the use of technologies and social media, and intergenerational relationships within the COVID-19 scenario. CONCLUSION: According to most publications, although ageism has always been present, it became more evident during the COVID-19 pandemic as a form of discrimination against older adults. “Ageist” discourses may exert a negative influence in older adults’ lives, causing severe social and psychological impacts.
- Published
- 2020
16. O enfrentamento ao fenômeno discriminatório em uma população de adultos
- Author
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Roger Keller Celeste, Ramona Fernanda Ceriotti Toassi, and Tatiana Strümer Badalotti
- Subjects
H1-99 ,Health (social science) ,preconceito ,Health Policy ,Public Health, Environmental and Occupational Health ,fenomenologia ,Estratégias ,Discriminação social ,Social Discrimination ,Pesquisa qualitativa ,pesquisa qualitativa ,discriminação social ,Social sciences (General) ,phenomenology ,Preconceito ,Public aspects of medicine ,RA1-1270 ,Strategies ,estratégias ,Prejudice ,Qualitative Research - Abstract
Resumo A discriminação é um fenômeno social causador de prejuízos e iniquidades em saúde. O objetivo desta pesquisa foi explorar a discriminação e suas formas de enfrentamento por servidores universitários. Trata-se de estudo qualitativo analítico, usando entrevistas individuais semiestruturadas, interpretadas pela fenomenologia. A amostra foi intencional, definida pela técnica da bola de neve. Utilizou-se a análise de conteúdo temática proposta por Bardin, com o auxílio do software NVivo para definir categorias analíticas. Os principais resultados revelam um modelo de enfrentamento/combate à discriminação, no qual as categorias se inter-relacionam. A categoria cultura ocupa papel central, interligando as estratégias de cotas, educação formal, legislação e políticas públicas, mídias e educação informal. As cotas viabilizam acesso à educação formal, que reduz discriminação e aumenta oportunidades entre os indivíduos. As leis e políticas alteram o comportamento, tanto pelo seu papel educativo, quanto coercitivo. A mídia permite a interação e discussão sobre nós críticos da discriminação na sociedade. A educação informal cria ambientes viáveis de discussão e estimula o convívio menos discriminatório desde a infância. Este estudo traz novas perspectivas e abordagens alternativas para compreender formas de enfrentamento à discriminação, que é um fenômeno injusto, que cruza múltiplos espaços e contextos sociais. Abstract Discrimination is a social phenomenon that causes damage and inequities in health. This paper aimed to explore the discrimination and its ways of confrontation by university servants. This is a qualitative analytical study, using semi-structured individual interviews, interpreted by phenomenology. The sample was intentional, defined by the snowball technique. Thematic content analysis proposed by Bardin was used, with the help of NVivo software to define analytical categories. The main results reveal a model of confronting / combating discrimination, in which the categories are interrelated. The culture category occupies a central role, linking the strategies of quotas, formal education, legislation and public policies, media and informal education. Quotas allow access to formal education, which reduces discrimination and increases opportunities among individuals. Laws and policies change behavior by both its educational and coercive roles. The media allows interaction and discussion about us who are critical of discrimination in society. Informal education creates viable environments for discussion and encourages less discriminatory living since childhood. This study brings new perspectives and alternative approaches to understand ways to confront discrimination, which is an unfair phenomenon that crosses multiple spaces and social contexts.
- Published
- 2019
17. Eqüidade e reformas na saúde nos anos 90 Equity and health reforms in the 1990s
- Author
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Amélia Cohn and Paulo Eduardo Mangeon Elias
- Subjects
Reforma do Estado ,Reforma Sanitária ,Serviços de Saúde ,Discriminação Social ,State Reform ,Health Care Reform ,Health Services ,Social Discrimination ,Medicine ,Public aspects of medicine ,RA1-1270 - Abstract
O presente artigo analisa na primeira seção questões atuais colocadas para a agenda de estudos e debates sobre a Reforma Sanitária Brasileira da perspectiva da inclusão e da exclusão sociais. E numa segunda seção, à luz daquelas questões inicialmente discutidas, analisa uma experiência de parceria entre o setor público estatal (o Hospital das Clínicas HC, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo) e o Sistema Supletivo de Assistência Médica (SSAM). A tese apresentada é a do esgotamento do ideário original da Reforma Sanitária Brasileira, após a conquista do movimento consagrado na Constituição de 1988, e frente à nova realidade do país, com a conseqüente necessidade de se resgatar a ênfase na dimensão política nos estudos sobre saúde, colocando em destaque a questão da construção de identidades dos sujeitos sociais. A partir dela é analisada a experiência daquela parceria, mostrando como a existência da "dupla fila" a dos usuários SUS e a dos usuários do SSAM não implica discriminações no acesso à tecnologia, mas reproduz no interior do HC as discriminações já existentes na sociedade.The first section of this article analyzes current issues on the agenda for research and debate in Brazilian Health Reform, from the perspective of social inclusion and exclusion. In light of the issues discussed initially, the second section analyzes the experience involving partnership between the public sector (the University Hospital at the School of Medicine, University of São Paulo) and the Supplementary Health Care System (SSAM). The authors' hypothesis focuses on the depletion of the original set of ideals underlying the Brazilian Health Reform movement after the gains it obtained in the 1988 Constitution and in the face of the country's new reality, with the resulting need to recuperate the emphasis on the political dimension in health studies, highlighting the issue of constructing the identities of social stakeholders. Based on this initial approach, the authors proceed to analyze this partnership, demonstrating the existence of a "double waiting line" users of the Unified National Health System, or SUS, and those of the SSAM which does not imply discrimination per se in access to technology, but reproduces within the University Hospital the forms of discrimination that already exist in Brazilian society.
- Published
- 2002
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18. On the margins of care: gender regulations in a health care team
- Author
-
Érika Cecília Soares Oliveira, Luciane Maria Pezzato, and Rosilda Mendes
- Subjects
H1-99 ,030505 public health ,Health (social science) ,identidade de gênero ,Health Policy ,05 social sciences ,Public Health, Environmental and Occupational Health ,discriminação social ,primary health care ,violência ,Social sciences (General) ,violence ,03 medical and health sciences ,social discrimination ,políticas públicas ,atenção básica à saúde ,0502 economics and business ,gender identity ,Public aspects of medicine ,RA1-1270 ,0305 other medical science ,public policies ,050203 business & management - Abstract
Resumo Embasado em uma perspectiva feminista, este artigo analisa como uma equipe de saúde tece as redes de cuidado e define práticas de saúde a partir do percurso de uma usuária. A metodologia utilizada é da pesquisa-intervenção inspirada na perspectiva cartográfica. Na tentativa de reduzir taxas de mortalidade materno-infantil, a equipe oferece à usuária uma rede que obedece a uma lógica burocrática com regras, normas e regulações. É possível observar como políticas voltadas para a maternidade definem processos de subjetivação responsáveis por formatar as usuárias, desenhando atos performativos enrijecidos. A equipe de saúde acaba por requisitar os corpos das usuárias de diferentes maneiras pelo fato de serem mulheres. Usuárias essas que, na maioria dos casos, são mães e pobres, o que traz singularidades em relação às suas trajetórias e nos modos como são vistas pelas equipes. Laqueadura, pré-natal, cuidados com a casa e (as)os filhas(os), acesso a determinados benefícios, todos juntos constituem elementos que orientam as decisões das equipes e agem como tecnologias de regulação de gênero capazes de legitimar violências institucionais cotidianas. A politização das práticas técnico-científicas se faz urgente a fim de assegurar que questões sobre direitos humanos e sociais possam fazer parte do dia a dia das equipes que estão nos territórios. Abstract From a feminist perspective, this article analyzes how a healthcare team weaves care networks and defines health practices from the course of a female user. The methodology used is the intervention research inspired by the cartographic perspective. In the attempt to reduce mother-and-child mortality rates, the staff offers female user a network that obeys a bureaucratic logic with rules, norms and regulations. We can notice how policies for maternity define processes of subjectivation responsible for shaping the female users, outlining rigid performative acts. The healthcare team eventually requires the female users’ bodies in different ways by the fact that they are women. In most cases those users are mothers and poor, which involves singularities in relation to their trajectories and to the way the teams regard them. Tubal ligation, pre-natal care, care with house and children, access to certain benefits, together are elements that guide the staffs’ decisions and act as technologies for gender regulation able to legitimate quotidian institutional violence. The politicization of the technical-scientific practices becomes urgent in order to ensure that issues on human and social rights may be part of the daily routine of teams that work in those territories.
- Published
- 2018
19. Cad. Saúde Pública
- Author
-
Jorge Alberto Bernstein Iriart and Rosário Gregório Andrade
- Subjects
Acquired Immunodeficiency Syndrome ,Discriminação Social ,lcsh:Public aspects of medicine ,Social Stigma ,lcsh:R ,Public Health, Environmental and Occupational Health ,HIV ,VIH ,lcsh:Medicine ,Estigma Social ,lcsh:RA1-1270 ,Social Discrimination ,Síndrome de Inmunodeficiencia Adquirida ,Medicine ,Discriminación Social ,Public aspects of medicine ,RA1-1270 ,Síndrome de Imunodeficiência Adquirida - Abstract
A epidemia de HIV/AIDS é um sério problema de saúde pública em Moçambique, que convive com altas taxas de prevalência do HIV. O impacto da epidemia é agravado pelo forte estigma que atinge as pessoas soropositivas. O objetivo deste estudo foi investigar, com base em uma perspectiva socioantropológica, a experiência de mulheres HIV positivo nos bairros populares de Maputo e como lidam com o estigma e a discriminação. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com dez mulheres HIV positivo, residentes nos bairros populares de Maputo. Os resultados mostram como a desigualdade de gênero atua de forma importante na construção da vulnerabilidade das mulheres ao HIV, assim como em sua estigmatização e discriminação. No enfrentamento do estigma, as mulheres procuram preservar o sigilo do diagnóstico buscando apoio na reunião em grupos de pares HIV positivo. É fundamental que se implementem políticas públicas voltadas para o empoderamento das mulheres e redução do estigma associado ao HIV/AIDS. The HIV/AIDS epidemic is a serious public health problem in Mozambique. The country has high prevalence rates, and the epidemic's impact is aggravated by the stigma affecting HIV-positive persons. This study takes a socio-anthropological perspective to analyze the experience of HIV-positive women in poor neighborhoods of Maputo and the ways they cope with stigma and discrimination. Semi-structured interviews were conducted with 10 HIV-positive women. The results show how gender inequalities increase women's vulnerability to HIV and contribute to their stigmatization and discrimination. In dealing with stigma, women try to keep their diagnosis confidential, seeking support in group meetings with others living with HIV. Public policies should focus on women's empowerment and the reduction of HIV/AIDS-related stigma. El VIH/SIDA es un problema de salud pública grave en Mozambique, que convive con altas tasas de prevalencia del VIH. El impacto de la epidemia se ve agravada por el fuerte estigma que afecta a las personas con VIH. El objetivo de este estudio fue investigar, desde una perspectiva antropológica, la experiencia de las mujeres VIH positivas en los barrios populares de Maputo y cómo enfrentan el estigma y la discriminación. Se realizaron entrevistas semi-estructuradas con 10 mujeres VIH positivas que viven en barrios pobres de Maputo. Los resultados muestran cómo la desigualdad de género juega un papel importante en la construcción de la vulnerabilidad de las mujeres frente al VIH, así como en la estigmatización y discriminación. Para hacer frente el estigma, las mujeres buscan preservar la confidencialidad del diagnóstico y buscar apoyo en la reunión de grupos de pares con VIH. Es imprescindible implementar políticas públicas enfocadas al empoderamiento de las mujeres y a la reducción del estigma asociado con el VIH/SIDA.
- Published
- 2015
20. Differential reporting of discriminatory experiences in Brazil and the United States
- Author
-
Sarah Burgard, Debora de Pina Castiglione, Katherine Y. Lin, Aline A. Nobre, Estela M. L. Aquino, Alexandre C. Pereira, Isabela J. Martins Bensenor, Sandhi M. Barreto, and Dora Chor
- Subjects
Discriminação Social ,Grupos Étnicos ,Sexismo ,Medicine ,Public aspects of medicine ,RA1-1270 - Abstract
Abstract: There has been little cross-national comparison of perceived discrimination, and few studies have considered how intersectional identities shape perception of discriminatory treatment in different societies. Using data from the ELSA-Brasil, a study of Brazilian civil servants, and the Americans’ Changing Lives Study, a nationally-representative sample of U.S. adults, we compare reports of lifetime discrimination among race-by-gender groups in each society. We also consider whether educational attainment explains any group differences, or if differences across groups vary by level of education. Results reveal higher lifetime discrimination experiences among Black respondents in both countries, especially Black men, than among Whites, and lower reports among White women than White men. Brown men and women also reported higher levels than White men in Brazil. For all race-by-gender groups in both countries, except Brazilian White men, reports of discrimination were higher among the more educated, though adjusting for educational differences across groups did not explain group differences. In Brazil, we found the greatest racial disparities among the college educated, while U.S. Black men were more likely to report discrimination than White men at all levels of education. Results reveal broad similarities across countries, despite important differences in their histories, and an intersectional approach contributed to identification of these similarities and some differences in discrimination experiences. These findings have implications for social and public health surveillance and intervention to address the harmful consequences of discrimination.
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21. Discrimination based on sexual orientation against MSM in Brazil: a latent class analysis
- Author
-
Laio Magno, Luís Augusto V. da Silva, Mark Drew Crosland Guimarães, Maria Amélia de Sousa Mascena Veras, Luiz Fábio Alves de Deus, Andrea Fachel Leal, Daniela Riva Knauth, Ana Maria de Brito, Gustavo Machado Rocha, Luana Nepomuceno Gondim Costa Lima, Carl Kendall, Ana Rita Coimbra Motta-Castro, Ligia Regina Franco Sansigolo Kerr, Rosa Maria Salani Mota, Edgar Merchan-Hamann, and Inês Costa Dourado
- Subjects
HSH ,Discriminação social ,Orientação sexual ,Análise de classes latentes ,Brasil ,Public aspects of medicine ,RA1-1270 - Abstract
ABSTRACT Introduction: Discrimination based on sexual orientation can influence vulnerability to HIV, increasing exposure to risky sexual behavior among men who have sex with men (MSM). Objectives: To analyze data using latent class analysis (LCA) to identify groups of individuals with specific patterns of discrimination based on sexual orientation (DSO). Methods: Cross-sectional study using respondent-driven sampling in 12 Brazilian cities in 2016. LCA was used to characterize discrimination among MSM based on 13 variables in the survey questionnaire. The proportions of men reporting DSO and other variables of interest were estimated using Gile’s Successive Sampling estimator. Results: Most MSM were young, single, had a religion, had a high school or college degree, black or brown skin color, and socioeconomic status classified as average. More than half of the participants reported that they had been discriminated against during the last 12 months due to their sexual orientation (65%), more than a third said they had felt afraid of walking in public places during the past 12 months, and about one-fifth of participants reported having been victims of physical or sexual assault due to DSO. DSO was classified into four latent classes: “very high”, “high”, “moderate” and “low”, with estimates of 2.2%, 16.4%, 35.1%, and 46.19%, respectively. Conclusion: We observed a high proportion of discrimination against MSM in this study. The use of LCA differentiated parsimoniously classes of discrimination.
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