1. CÂNCER GÁSTRICO COM EXPRESSÃO POSITIVA DO RECEPTOR DE ESTROGÊNIO ALFA: UMA SÉRIE DE CASOS DE UM ÚNICO CENTRO OCIDENTAL
- Author
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Alice Cristina Castro DA SILVA, Marina Alessandra PEREIRA, Marcus Fernando Kodama Pertille RAMOS, Leonardo CARDILI, Ulysses RIBEIRO JR, Bruno ZILBERSTEIN, Evandro Sobroza de MELLO, and Tiago Biachi de CASTRIA
- Subjects
Neoplasias Gástricas ,Receptor alfa de Estrogênio ,Imuno-Histoquímica ,Terapia de Alvo Molecular ,Prognóstico ,Surgery ,RD1-811 ,Diseases of the digestive system. Gastroenterology ,RC799-869 - Abstract
RESUMO - RACIONAL: Apesar do avanço nas terapias, o prognóstico de pacientes com câncer gástrico (CG) avançado permanece ruim. Vários estudos demonstraram a expressão do receptor de estrogênio alfa (REa), porém seu significado no CG permanece controverso. OBJETIVO: relatar uma série de casos de CG com expressão de REa-positivo, e descrever suas características clínicopatológicas e prognóstico. MÉTODOS: Avaliamos retrospectivamente os pacientes com CG submetidos à gastrectomia com intenção curativa entre 2009 e 2019. A expressão do REa foi avaliada por imuno-histoquímica por meio da construção de microarranjos de tecido (TMA). Pacientes com adenocarcinoma gástrico ERa-negativos serviram como grupo comparação. RESULTADOS: No período selecionado, foram identificados 6 (1,8%) CG REa-positivos entre os 345 CG analisados. Todos os ERa-positivos eram homens, com idades entre 34-78 anos, tinham CG do tipo difuso de Lauren e pN+. Comparado aos REa-negativos, os CG REa-positivos associaram-se a maior diâmetro (p=0,031), gastrectomia total (p=0,012), tipo de Lauren difuso/misto (p=0,012), presença de invasão perineural (p=0,030) e metástase linfonodal (p=0,215). O estágio final foi o IIA em um caso; IIIA em três e IIIB em dois casos. Entre os 6 pacientes REa -positivos, 3 tiveram recorrência da doença (peritoneal) e morreram. Não houve diferença significativa na sobrevida entre os grupos REa-positivo e negativo. CONCLUSÃO: A expressão do REa é menos comum no CG, estando associada à histologia difusa e presença de metástases linfonodal, podendo servir como um marcador relacionado à progressão tumoral e pior prognóstico. Além disso, uma alta taxa de recorrência peritoneal foi observada em pacientes ERa-positivos.
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- 2022
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