The objective was to analyze the existing dialogue between the CER II/UNESC and the APS through the counter-referral system and the stratification of the epidemiological profile of patients with motor impairment, treated at the CER II/UNESC during the years 2014-2017. Cross-sectional, retrospective and descriptive study, with semi-structured interviews applied through a telephone survey and creation of a database. Sample of 32 patients, 71.9% (n=23) of whom were male, with a mean age of ±55.25 years, 46.9% (n=15) residing in Criciúma, 71.9% (n =19) accepted at CER II/UNESC for post-stroke rehabilitation treatment; time elapsed between the injury and its admission to the service of ±87.31 days, and of stay ±224.91 days. Of the sample, 81.3% (n=26) reported having received a discharge note, 56.3% (n=18) did not use it. 87.5% (n=26) were not sought by the PHC and, of these, 56.3% (n=18) were not referred to the referenced services at the time of discharge. 62.5% (n=20) reported needing some assistance from a specialist physician (12.5%, n=4). A weakened relationship between PHC and CER II/UNESC was observed, with consequent deficient dialogue. Patients find PHC ineffective from an organizational, human and work process perspective. They are not able to reintegrate when they are discharged, having their health needs discovered by the system, so that their potential is not reached, thus worsening their prognosis. It was also observed the fragility of the referral and counter-referral system and the lack of commitment and co-responsibility and the consequent lack of a sense of protagonism on the part of users. El objetivo fue analizar el diálogo existente entre el CER II / UNESC y la APS a través del sistema de contrarreferencia y la estratificación del perfil epidemiológico de los pacientes con discapacidad motora, atendidos en el CER II / UNESC durante los años 2014-2017. Estudio transversal, retrospectivo y descriptivo, con entrevistas semiestructuradas aplicadas mediante encuesta telefónica y creación de una base de datos. Muestra de 32 pacientes, 71,9% (n = 23) de los cuales eran varones, con una edad media de ± 55,25 años, 46,9% (n = 15) residentes en Criciúma, 71,9% (n = 19) aceptados en CER II / UNESC para el tratamiento de rehabilitación posterior a un accidente cerebrovascular; tiempo transcurrido entre la lesión y su ingreso al servicio de ± 87,31 días, y de estancia ± 224,91 días. De la muestra, 81,3% (n = 26) informó haber recibido nota de alta, 56,3% (n = 18) no la utilizó. El 87,5% (n = 26) no fueron buscados por la APS y, de estos, el 56,3% (n = 18) no fueron referidos a los servicios referenciados en el momento del alta. El 62,5% (n = 20) informó que necesita ayuda de un médico especialista (12,5%, n = 4). Se observó una relación debilitada entre la APS y el CER II / UNESC, con el consecuente diálogo deficiente. Los pacientes encuentran que la APS es ineficaz desde una perspectiva organizativa, humana y del proceso de trabajo. No son capaces de reintegrarse cuando son dados de alta, teniendo sus necesidades de salud descubiertas por el sistema, por lo que no se alcanza su potencial, empeorando así su pronóstico. También se observó la fragilidad del sistema de derivación y contrarreferencia y la falta de compromiso y corresponsabilidad y la consecuente falta de protagonismo por parte de los usuarios. Objetivou-se a análise da interlocução existente entre o CER II/UNESC e a APS por meio do sistema de contrarreferência e a estratificação do perfil epidemiológico dos pacientes com comprometimento motor, atendidos no CER II/UNESC durante os anos de 2014-2017. Estudo transversal, retrospectivo e descritivo, com entrevista semiestruturada aplicada por meio de inquérito telefônico e criação de banco de dados. Amostragem de 32 pacientes, sendo 71,9% (n=23) pacientes do sexo masculino, com média de idade de ±55,25 anos, 46,9% (n=15) residentes em Criciúma, 71,9% (n=19) aceitos no CER II/UNESC para tratamento de reabilitação pós AVE; tempo decorrido entre a lesão e sua admissão no serviço de ±87,31 dias e, de permanência ±224,91 dias. Da amostragem, 81,3% (n=26) relatam ter recebido nota de alta, 56,3% (n=18) não utilizou. 87,5% (n=26) não foram procurados pela APS e, desses, 56,3% (n=18) não tiveram encaminhamento para os serviços referenciados no momento da alta. 62,5% (n=20) relatam necessitarem de alguma assistência de médico especialista (12,5%, n=4). Observou-se a relação fragilizada entre APS e o CER II/UNESC, com consequente interlocução deficitária. Os pacientes encontram uma APS ineficaz dos pontos de vista organizacional, humano e dos processos de trabalho. Não conseguem reinserção quando do momento de suas altas, tendo suas necessidades de saúde descobertas pelo sistema, fazendo com que suas potencialidades não sejam atingidas, agravando, assim, seus prognósticos. Observou-se, ainda, a fragilidade do sistema de referência e contrarreferência e a falta de comprometimento e corresponsabilização e consequente inexistência do sentimento de protagonismo por parte dos usuários.