Several middle and upper income countries carry out household surveys that seek to trace the profile of access and use of health services. Probably one of the most ambitious examples is Brazil, with its National Health Survey (PNS-2019). We evaluated PNS-2019, presenting in an unprecedented way, one of its innovations, which refer to Starfield and Shi's adult Primary Care Assessment Tool (PCAT).Based on a cross-sectional study, we evaluated Module H of the PNS-2019, which interviewed a probabilistic sample of about 10,000 adults in 2019 in all 27 Brazilian states. According to the PCAT methodology, an average score equal to or above 6.6 indicates a greater orientation and quality of the evaluated primary care services.Brazilian overall PCAT score [5, 9] reveals the need to improve primary health care services across the country. There were no statistically significant differences in the scores by sex (men and women, 5.9), and race (whites 5.9 [5.7; 6.0] and brown / black 5.9 [5.8; 6.0]). On the other hand, there was a difference in terms of age. The elderly evaluated the services in a more positive way (score = 6.1 [6.0; 6.2]), when compared to those aged 40-59 years (5.9 [5.7; 6.0]) and 18 to 39 years (5.6 [5.5; 5.8]). First results of PNS-2019 show that the population that most needs primary care services in SUS is the one with the best perception and the most positive evaluation of the actions and procedures offered in health facilities.During 2019, Brazil undertook important structural reforms in PHC based on a new financing model with the aim of inducing an improvement in efficiency and strengthening its attributes. It is essential that countries with universal health coverage (UHC) guarantee access to their population and, especially, the most vulnerable, seek better efficiency of these services and regularly assess PHC based on the population's perception, through an independent methodology that monitor the quality of services and the strength of PHC, generating value for public resources applied to health services.INTRODUçãO: Vários países de renda média e alta realizam pesquisas domiciliares que procuram traçar o perfil de acesso e uso dos serviços de saúde. Provavelmente um dos exemplos mais ambiciosos é o Brasil, com sua PNS. Avaliamos esse inquérito e apresentamos, de forma inédita uma de suas inovações, que se refere ao uso do instrumento Primary Care Assessment Tool (PCAT). MéTODOS: Com base em um estudo transversal, avaliamos o Módulo H da PNS-2019, que entrevistou uma amostra probabilística de cerca de 10.000 adultos em 2019 em todos os 27 estados brasileiros. De acordo com a metodologia do PCAT, um escore médio igual ou acima de 6,6 indica uma maior orientação e qualidade dos serviços de atenção primária avaliados.O escore médio geral do PCAT no Brasil foi de 5,9, revelando a necessidade de melhoria dos serviços de atenção primária à saúde em todo o país. Não houve diferenças estatisticamente significantes nos escores por sexo (homens e mulheres, 5,9) e raça (brancos 5,9 [5,7; 6,0] e pardos / pretos 5,9 [5,8; 6,0]). Por outro lado, houve diferença em termos de idade. Os idosos avaliaram os serviços de forma mais positiva (escore = 6,1 [6,0; 6,2]), quando comparados aos de 40–59 anos (5,9 [5,7; 6,0]) e 18 a 39 anos (5,6 [5,5; 5,8]). Os primeiros resultados da PNS-2019 mostram que a população que mais necessita dos serviços de atenção básica no SUS é aquela que tem melhor percepção e avaliação mais positiva das ações e procedimentos oferecidos nas unidades de saúde. DISCUSSãO: Durante o ano de 2019, o Brasil fez reformas estruturais importantes na APS a partir de um novo modelo de financiamento, com o objetivo de induzir uma melhoria da eficiência e fortalecer seus atributos. É fundamental que países com sistemas de saúde de cobertura universal, garantam acesso a sua população e, em especial, aos mais vulneráveis; busquem melhor eficiência desses serviços e avaliem regularmente a APS a partir da percepção da população, por meio de uma metodologia independente que monitore a qualidade dos serviços e a força da APS, gerando valor aos recursos públicos aplicados nos serviços de saúde.