To assess some characteristics and outcomes associated with pregnancy among Indigenous adolescents and compare them with other women who gave birth in a public hospital in Guatemala.We conducted a retrospective cohort study of 8048 cases. Sociocultural variables, gynecological and obstetric history, childbirth, and perinatal outcomes were compared among women who gave birth at San Juan De Dios Hospital between January 2018 and June 2019. They were classified into four groups according to age and ethnicity. Indigenous adolescents (819/10.2%) were compared with Nonindigenous adolescents (813/10.1%), Indigenous adult women (3324/41.3%), and Nonindigenous adult women (3092/38.4%). Bivariate analysis and multiple logistic regression were applied.We found that Indigenous adolescents who gave birth in the public hospital had fewer years of schooling than Nonindigenous adolescents (p 0.001), Indigenous adults (p 0.001), and Nonindigenous adults (p 0.001). Indigenous adolescents were more likely to have an unplanned pregnancy than Nonindigenous adolescents (p = 0.038) and Nonindigenous adults (p 0.001) and were more likely to be single (p 0.001) and use less previous contraception than Indigenous and Nonindigenous adult women (p = 0.007 and p = 0.013, respectively). More than one-third of Indigenous adolescents and adults did not attend antenatal care; Indigenous adolescents had fewer antenatal care visits than Nonindigenous adults (p 0.001), and the results were borderline in comparison to Nonindigenous adolescents (p = 0.051). Indigenous and Nonindigenous adult women underwent episiotomy less often than Indigenous adolescents (OR: 0.60 [95% CI 0.49-0.74] and OR: 0.56 [95% CI 0.45-0.70], respectively) and received less local anesthesia than Indigenous adolescents (OR: 0.59 [95% CI 0.46-0.76] and OR: 0.77 [95% CI 0.60-0.99], respectively). Nonindigenous adults received more analgesia than Indigenous adolescents (OR: 1.36 [95% CI 1.07-1.73]). Nonindigenous adolescents had more newborns with low birth weight than Indigenous adolescents (OR: 1.44 [95% CI 1.10-1.87]).Indigenous adolescents who gave birth in a public hospital in Guatemala were more likely to be single during pregnancy and attend fewer years of school than Nonindigenous adolescents. Unplanned pregnancies were more common among Indigenous adolescents, and some of them underwent not recommended obstetric practices during childbirth, such as episiotomy. Police should be enforced ensuring equal opportunities for different ethnic and age groups regarding pregnancy.OBJETIVO: Avaliar as características e os desfechos associados à gravidez em adolescentes indígenas e compará-los com mulheres que tiveram o parto em um hospital público da Guatemala. MéTODOS: Estudo de coorte retrospectivo com 8,048 casos. Variáveis socioculturais, histórico ginecológico e obstétrico, dados referentes ao parto e resultados perinatais foram comparados entre as mulheres que deram à luz no Hospital San Juan De Dios entre janeiro de 2018 e junho de 2019. As mulheres foram classificadas em quatro grupos; segundo idade e etnia. As adolescentes indígenas (819/10.2%) foram comparadas com adolescentes não indígenas (813/10.1%), adultas indígenas (3324/41.3%) e adultas não indígenas (3092/38.4%). Análise bivariada e regressão logística múltipla foram realizadas.Adolescentes indígenas que deram à luz no hospital público tinham menos anos de estudo em relação às adolescentes não indígenas (p 0.001), adultas indígenas (p 0.001) e adultas não indígenas (p 0.001). Adolescentes indígenas apresentaram maior probabilidade de ter uma gravidez não planejada em relação às adolescentes não indígenas (p = 0.038) e adultas não indígenas (p 0.001) e maior probabilidade de serem solteiras (p 0.001) e não usarem contracepção prévia em relação às adultas indígenas e adultas não indígenas (p = 0.007 e p = 0.013, respectivamente). Mais de um terço das adolescentes e adultas indígenas não compareceram ao pré-natal; Adolescentes indígenas tiveram menos consultas de pré-natal em relação às adultas não indígenas (p 0.001), e os resultados foram limítrofes em comparação com as adolescentes não indígenas (p = 0.051). Mulheres adultas indígenas e não indígenas foram submetidas a episiotomia com menor frequência em comparação as adolescentes indígenas (OR: 0.60 [IC 95%: 0.49–0.74] e OR: 0.56 [IC 95%: 0.45–0.70], respectivamente) e receberam menos anestesia local do que as adolescentes indígenas (OR: 0.59 [IC 95%: 0.46–0.76] e OR: 0.77 [IC 95%: 0.60–0.99], respectivamente). Adultas não indígenas tiveram maior prevalência no uso de analgesia do que as adolescentes indígenas (OR: 1.36 [IC 95%: 1.07–1.73]). Adolescentes não indígenas tiveram maior prevalência de recém-nascidos com baixo peso do que adolescentes indígenas (OR: 1.44 [IC 95%: 1.10–1.87]). CONCLUSãO: Adolescentes indígenas que deram à luz em um hospital público na Guatemala tiveram maior probabilidade de serem solteiras durante a gravidez e terem menos anos de escolaridade do que as adolescentes não indígenas. Além disso, adolescentes indígenas tiveram mais gestações não planejadas e experimentaram mais práticas obstétricas não recomendadas durante o parto, como a episiotomia. Fiscalizações devem ser aplicadas a fim de garantir oportunidades iguais para diferentes grupos étnicos e etários em relação aos direitos reprodutivos e ao monitoramento da gravidez.OBJETIVO: Evaluar algunas características y resultados asociados al embarazo en adolescentes indígenas, y compararlos con otras mujeres que tuvieron partos en un hospital público de Guatemala. MéTODOS: Realizamos un estudio de cohorte retrospectivo de 8.048 casos. Se compararon variables socioculturales, antecedentes ginecológicos y obstétricos, así como resultados perinatales y del parto entre mujeres que tuvieron sus partos en el Hospital San Juan de Dios entre enero de 2018 y junio de 2019. Las mujeres fueron clasificadas en cuatro grupos, según su edad y etnia. Se compararon adolescentes indígenas (819/10,2%) con adolescentes no indígenas (813/10,1%), mujeres adultas indígenas (3.324/41,3%) y mujeres adultas no indígenas (3.092/38,4%). Para el análisis estadístico se empleó análisis bivariado y regresión logística múltiple.Las adolescentes indígenas que tuvieron su parto en un hospital público tenían menos años de escolaridad que las adolescentes no indígenas (p 0,001), las adultas indígenas (p 0,001) y las adultas no indígenas (p 0,001). Las adolescentes indígenas tenían más probabilidades de tener un embarazo no planificado que las adolescentes no indígenas (p = 0,038) y las adultas no indígenas (p 0,001), así como tenían más probabilidades de ser solteras (p 0,001) y usaban menos métodos anticonceptivos antes del embarazo que las mujeres adultas indígenas y no indígenas (p = 0,007 y p = 0,013, respectivamente). Más de un tercio de las adolescentes y de adultas indígenas no asistieron a consultas prenatales. Las adolescentes indígenas tuvieron menos consultas prenatales que las adultas no indígenas (p 0,001), y los resultados fueron limítrofes en comparación con las adolescentes no indígenas (p = 0,051). Las mujeres adultas indígenas y no indígenas fueron sometidas a episiotomía con menos frecuencia que las adolescentes indígenas (OR: 0,60 [IC 95%: 0,49–0,74] y OR: 0,56 [IC 95%: 0,45–0,70], respectivamente) y recibieron menos anestesia local que las adolescentes indígenas (OR: 0,59 [IC 95%: 0,46-0,76] y OR: 0,77 [IC 95%: 0,60-0,99], respectivamente). Las adultas no indígenas recibieron más analgesia que las adolescentes indígenas (OR: 1,36 [IC 95%: 1,07–1,73]). Las adolescentes no indígenas tuvieron más recién nacidos con bajo peso al nacer que las adolescentes indígenas (OR: 1,44 [IC 95%: 1,10–1,87]). CONCLUSIóN: Las adolescentes indígenas que tuvieron su parto en un hospital público de Guatemala tenían más probabilidades de estar solteras durante el embarazo y presentar menos años de escolaridad que las adolescentes no indígenas. Los embarazos no planificados fueron más comunes entre las adolescentes indígenas, y algunas de ellas fueron sometidas a prácticas obstétricas no recomendadas durante el parto, como episiotomía. En relación con la asistencia durante el embarazo, se deben implementar medidas que garanticen la igualdad de oportunidades para diferentes grupos étnicos y etarios.This study aims to evaluate the sociodemographic characteristics and outcomes associated with pregnancy in Indigenous adolescents and compare them to other women who gave birth in a public hospital in Guatemala. We conducted a retrospective cohort study on four groups: Indigenous adolescents, Nonindigenous adolescents, Indigenous adults, and Nonindigenous adults. Subsequently, we compared the sociodemographic characteristics of the latter three groups with those of the Indigenous adolescents to evaluate whether being in this age group in combination with belonging to an Indigenous ethnic group increased unfavorable outcomes during pregnancy, childbirth, and postpartum. We observed that Indigenous adolescents have limited academic opportunities compared with Nonindigenous adolescents; the usage of contraceptive methods was lower in adolescents (Indigenous and non-Indigenous), and unplanned pregnancies were more frequent in Indigenous adolescents than in Nonindigenous adolescents and adults), and a high percentage of all women did not attend antenatal care. We analyzed obstetric practices during childbirth, and a high incidence of episiotomies was reported in both groups of adolescents (42.5% for Indigenous women and 38.8% for Nonindigenous women). Newborns of Nonindigenous adolescents had a higher frequency of low birth weight. Our study provides an overview of the characteristics of pregnancy among different age groups, findings that could be used to develop targeted interventions for each group and create public policies that would provide equal opportunities for all women while also ensuring a healthy pregnancy.