Resumo O objetivo central deste artigo é discutir o campo epistemológico da ciência da administração tomando como referência as contribuições da administração política, como base teórico-epistemológica e metodológica, para (re)interpretar, de forma crítica e contextualizada, as dimensões abstratas/conceituais (gestão) e empíricas (práticas gerenciais/gerência) das políticas públicas. Para dar conta da problemática epistemológica da administração, é fundamental reconhecer que se trata de um saber e uma prática social que não se vê, ainda, como campo do conhecimento autônomo. Como percurso metodológico, são apresentadas, inicialmente, as questões conceituais que fundamentam as bases da epistemologia e da metodologia da administração política que defende ser a gestão seu objeto científico e as organizações seu objeto de estudo privilegiado. Posteriormente, após a apresentação do campo de reflexão e ação da ciência da administração, os autores estabelecem estreito diálogo com outros campos científicos, em especial com a economia política. Por fim, são tecidas reflexões preliminares sobre contribuições que os estudos empíricos em administração política podem trazer para a (re)interpretação das relações sociais de produção, circulação e distribuição no capitalismo contemporâneo no que se refere à avaliação de políticas públicas. Abstract The aim of this essay is to discuss the epistemological field of the science of administration, using the contributions of the Political Administration, as a theoretical-epistemological and methodological basis to understand, in a critical and contextualized way, the abstract/conceptual (‘management’) and empirical (‘administration practices’) dimensions of public policies. In order to address the administration epistemologic problem, it is crucial to recognize that administration is a social ‘knowledge’ and ‘practice’ that is still not perceived as an autonomous field of knowledge. As for the methodological path, the study presents the conceptual issues supporting the epistemological and methodological basis of the Political Administration, which defends that the ‘management’ is its ‘scientific object’ and the ‘organization’ its privileged ‘object of study’. Subsequently, after broadening the understanding of the field of reflection and action of administration science, the authors establish a dialogue with other scientific fields, especially with Political Economy. Finally, the essay presents preliminary reflections on contributions that empirical studies in Political Administration can bring to understanding social relations of production, circulation and distribution in contemporary capitalism in terms of evaluation of public policies. Resumen El objetivo central de este ensayo es discutir el campo epistemológico de la ciencia de la Administración, tomando como referencia las contribuciones de la Administración Política, como base teórico-epistemológica y metodológica para reinterpretar, de forma crítica y contextualizada, las dimensiones abstractas y conceptuales (gestión), así como las empíricas (prácticas gerenciales/gerencia) de las políticas públicas. Para dar cuenta de la problemática epistemológica de la Administración, es fundamental reconocer que se trata de un saber y práctica social que todavía no se ve como campo de conocimiento autónomo. En el trayecto metodológico se presentan, inicialmente, las cuestiones conceptuales que fundamentan las bases epistemológicas y metodológicas de la Administración Política, que defiende la gestión como su objeto científico y las organizaciones como su objeto de estudio privilegiado. Al ampliar la comprensión del campo de reflexión y acción de la ciencia de la Administración, los autores establecen un diálogo estrecho con otros campos científicos, en especial con la Economía Política. En las conclusiones, se presentan reflexiones preliminares acerca de las contribuciones que los estudios empíricos en Administración Política pueden aportar a la reinterpretación de las relaciones sociales de producción, circulación y distribución en el capitalismo contemporáneo, en lo que se refiere a la evaluación de las políticas públicas.